-
Willkommen, bienvenue, bem-vindos.
-
Sempre quis dizer isto em palco.
-
(risos)
-
Isto vai ser inspirador porque este
é o painel inspirador oficial do Wikibase
-
da WikidataCon 2019.
-
O objetivo deste painel é deixar-se
inspirar por tudo aquilo que as pessoas
-
nos diferentes países,
nos diferentes campos
-
fazem com o Wikibase,
o software por trás do Wikidata.
-
Fiquei muito surpreendido
quando alguém me disse
-
"É a primeira vez que estou
a ouvir falar do Wikibase".
-
É o software que gere o Wikidata.
-
Se quiserem ordenar as coisas no mundo
-
como o Wikidata o faz
-
mas não concordam
com os itens que lá temos
-
porque talvez precisem
de um maior nível de detalhe
-
ou talvez não queiram começar
com o Q1, que é o universo,
-
porque, no vosso mundo
-
o Q1 poderia ser um livro
se fossem uma biblioteca
-
ou poderia ser um animal
se trabalhassem em biologia
-
ou uma personagem histórica
se estudassem Humanidades Digitais
-
mas quisessem
o mesmo sistema de ordenação.
-
Então, o Wikibase é o que procuram.
-
Nos últimos um ou dois anos,
estabelecemos contactos
-
com pessoas extraordinárias
que são pioneiras, percursoras,
-
que avaliam o Wikibase
-
e que fazem coisas fantásticas com ele.
-
Este painel vai ser muito rápido.
-
Todos os participantes
deste painel mereciam
-
uma hora para fazer a sua apresentação.
-
Mas o nosso programa está recheado.
-
Mantenham os cintos apertados
para uma viagem agitada
-
pelo mundo inspirador dos Wikibases.
-
O primeiro é um projeto
de duas organizações,
-
o que por si só é uma sensação.
-
A Bibliothéque Nationale de France,
a biblioteca nacional francesa
-
e Abes, que é uma autoridade
do ensino superior.
-
Mas creio que irão aprofundar isso
na vossa apresentação.
-
Gostaria de chamar ao palco
Anila Angjeli e Benjamin Bober
-
para os primeiros
10 minutos de inspiração.
-
(aplausos)
-
Olá a todos.
-
O meu nome é Benjamin Bober.
-
Trabalho para a Abes,
-
que significa
Bibliographic Higher Education Agency.
-
Basicamente, trabalhamos com todas
as bibliotecas universitárias da França
-
e gerimos o catálogo coletivo.
-
E também os seus ficheiros de autoridade.
-
Estou aqui com Anila Angjeli da BnF,
-
Biblioteca Nacional Francesa.
-
Vamos falar-vos
do nosso projeto conjunto
-
que trata de criar
uma nova ferramenta de produção
-
para dados de autoridade.
-
Pessoas, órgãos sociais, conceitos, etc.
-
Estamos há meses
a pedir ao Wikibase para fazer isto.
-
Irei contextualizar-vos rapidamente
-
porque é importante para nós,
enquanto bibliotecas...
-
Recentemente,
houve uma mudança tecnológica
-
com os dados abertos interligados
-
e queríamos,
enquanto agência bibliográfica,
-
acompanhar esta nova tendência.
-
Já lá vão anos desde que
-
fizemos testes
com dados abertos interligados.
-
RDF, SPARQL e por aí fora.
-
Mas acreditamos que agora
é uma boa altura para avançar.
-
É também uma boa altura
porque houve... não uma mudança,
-
mas uma alteração fundamental
-
na forma como encaramos
os dados bibliográficos.
-
Costumávamos ter, e ainda temos,
-
dados armazenados em registos.
Chamamos-lhes registos MARC
-
no contexto das bibliotecas.
-
Utilizávamos um formato
específico chamado MARC.
-
Mas recentemente
tem havido uma tendência
-
para pensar nisso de outro ponto de vista.
-
Ir de um mundo baseado em registos
para um mundo baseado em entidades
-
quando tentamos interligar
pessoas, trabalhos
-
e outras entidades.
-
Neste contexto, decidimos
lançar esta iniciativa conjunta.
-
Mas o nosso objetivo
vai muito além das bibliotecas.
-
Gostaríamos de ter connosco
-
outros GLAMS franceses, por exemplo,
-
porque achamos que o nosso projeto
também os pode ajudar.
-
Basicamente, o nosso projeto
chama-se Fichier National d'Entités.
-
Ficheiro Nacional de Entidades.
-
Será uma plataforma partilhada
para a criação e manutenção colaborativas
-
de dados de referência
sobre entidades.
-
Como disse, pessoas, órgãos sociais,
lugares, conceitos e trabalhos criativos.
-
Abrangemos várias coisas.
-
É um desafio porque é a primeira vez
-
que a BnF e a Abes colaboram a este nível.
-
Vou mostrar-vos rapidamente onde estamos,
-
de onde viemos
e onde estamos agora.
-
Estamos a trabalhar
neste projeto desde 2017.
-
Avaliámos outras iniciativas semelhantes
e chegámos à conclusão
-
de que havia um forte interesse
no Wikibase como a espinha dorsal da FNE.
-
Achámos que seria
uma boa solução para desenvolver
-
mas ainda tínhamos algumas dúvidas
-
porque temos necessidades
específicas para cumprir.
-
Então, decidimos passar este ano
-
a fazer uma demonstração de conceitos
com dados reais
-
do catálogo da BnF, do catálogo
de autoridade e dos nossos catálogos.
-
E a tentar reunir estes dados no Wikibase.
-
Ver como se comportavam
-
e como a ferramenta poderia
atender às nossas necessidades.
-
Recebemos ajuda
nesta demonstração de conceitos
-
da Maxime e do Vincent
da Inventaire.io,
-
que nos ajudaram a perceber melhor
-
o que o Wikibase nos poderia dar.
-
A Anila irá falar
sobre as primeiras conclusões.
-
Esta decisão de avançar
-
com os testes do Wikibase
-
como a infraestrutura técnica,
espinha dorsal
-
ou estrutura básica do nosso FNE
-
deveu-se ao facto de não ser trivial
passar de um sistema para outro.
-
E devido à iniciativa de usar o Wikibase
-
como a infraestrutura técnica
dos nossos dados.
-
Deveu-se a ambos.
-
Significa que passámos do clássico
-
sistema de informações de biblioteca
-
para algo diferente.
-
Precisávamos de testar primeiro
-
e ver se um conjunto de funcionalidades
-
que normalmente
precisamos de executar e cumprir
-
no nosso ambiente profissional...
-
Estou a falar de criar e manter,
-
não em publicar, que é muito diferente.
-
Estiveram na sessão anterior
-
com o Wikidata Commons,
-
"Estratégias de contribuição para GLAM".
-
Era sobre a publicação
e as suas formas de criação.
-
Temos de ir passo a passo.
-
Foi por isso que realizámos esta
experiência, esta prova de conceitos.
-
E, surpresa, não houve dificuldades
em obter dados de biblioteca
-
de acordo com uma
ontologia específica, que é...
-
Mencionei brevemente que separámos
dados em dois tipos diferentes de MARC,
-
depois definimos propriedades essenciais
-
para poder fundir os dados
-
e não houve dificuldades
do ponto de vista técnico.
-
Como é óbvio, tivemos a confirmação
-
de que o Wikibase
oferece funcionalidades integradas
-
que podem ser utilizadas como base
para a infraestrutura técnica do FNE.
-
Mas a decisão ainda não foi tomada
porque os testes ainda estão...
-
Digamos que os desenvolvimentos
foram concluídos.
-
Agora estamos na fase
de redigir as conclusões finais
-
e a decisão ainda não foi feita
do ponto de vista estratégico,
-
mas estas são as primeiras conclusões
que podemos mencionar.
-
E o Wikibase...
-
Parece-nos que o Wikibase
poderá ser uma boa solução operacional
-
para gerir esta iniciativa,
ou seja, em conjunto, em colaboração
-
criar estas entidades, estas coisas
-
para vos relembrar da oposição
entre coisas e strings.
-
Contudo, reparámos que há lacunas.
-
Nas necessidades específicas
das nossas instituições específicas,
-
existem comunidades definidas
com a sua própria cultura, práticas.
-
É um processo inerente às bibliotecas
-
e a solução oferecida pelo Wikibase,
por exemplo, a pesquisa.
-
Do ponto de vista profissional,
-
não apenas do ponto de vista
do utilizador final,
-
mas profissionalmente,
precisamos de índices
-
para assegurar a qualidade
e a curadoria dos dados
-
e isto é muito importante
para o profissional.
-
O Wikibase, com a sua Elasticsearch
-
e CirrusSearch não o oferece.
-
Mas ainda há margem para investigação.
-
E como são geridas as funções?
O Burocrata, o Verificador...
-
Não foi propriamente
o que aconteceu no nosso mundo.
-
Embora haja um nível
que pode ser usado,
-
sobre o qual podemos construir
outras funções que se adequam mais
-
à nossa forma de gerir os dados.
-
Ou diferentes limitações
relacionadas com a publicação de dados...
-
Está ali um erro, temos de corrigir.
-
A política de dados. Muito bem, obrigada.
-
Há coisas que precisam de ser...
-
É necessário construir
outros níveis e degraus sobre o Wikibase.
-
Uma das principais razões,
a razão por que estamos aqui convosco
-
é que estamos dispostos
e sentimos a necessidade
-
de ser parte de uma comunidade
que partilha as mesmas preocupações.
-
Dado o programa, todos nós sabemos
que as bibliotecas e os GLAMS
-
estão altamente representados
neste evento.
-
Então...
-
Acreditamos que possivelmente
dentro de umas semanas
-
ou no próximo ano, poderemos
comunicar de forma mais aberta
-
sobre a nossa decisão
de avançar com esta solução.
-
- Obrigada.
- Muito obrigado.
-
(aplausos)
-
Teremos pequenas apresentações primeiro
e voltaremos todos ao palco
-
para responder a dúvidas,
se tivermos tempo, mas...
-
Ouvimos algo vindo da França.
-
Há outro projeto. Chama-se...
-
Não é o Fichier National d'Ent...
-
(dificuldade em pronunciar o nome)
-
É o Gemeinsame Normdatei.
-
O catálogo de autoridade universal
dos países de língua alemã.
-
É um prazer ter bons amigos
do movimento Wikimedia aqui.
-
Barbara Fischer e Sarah Hartmann.
-
Muito obrigada pelo convite
para falar sobre o nosso projeto,
-
que se chama "GND meets Wikibase".
-
É um projeto conjunto
da Wikimedia Deutschland e do GND.
-
Gostaríamos de apresentar
uma breve descrição.
-
Como o Jens disse anteriormente,
só temos 10 minutos.
-
Porque escolhemos esta abordagem
para avaliar o Wikibase,
-
se preenche os requisitos
para gerir dados de autoridade
-
a nível colaborativo, diria eu.
-
O que nos traz aqui e qual é
a ideia de controlo de autoridade?
-
E GND, que significa
Gemeinsame Normdatei.
-
O que está por trás disso?
-
O que nos traz aqui,
como referi anteriormente.
-
Não é muito diferente
do que disseram a Anila e o Ben
-
há alguns segundos.
-
O GND é utilizado
para a descrição de recursos,
-
como publicações e objetos, por exemplo.
-
E para permitir
a recuperação precisa dos dados.
-
Diria que o GND fornece
entidades inequívocas e distintas
-
para essa recuperação.
-
Existem identificadores permanentes,
como bem sabem,
-
para identificação e referência
dessas entidades.
-
O catálogo de autoridade é utilizado
principalmente por bibliotecas,
-
nos países de língua alemã,
-
mas também outras instituições
do domínio da herança cultural
-
começam a utilizá-lo.
-
No total, há cerca de
60 milhões de registos
-
e, no Wikibase, diríamos "itens",
-
que se referem
a pessoas, nomes de pessoas,
-
organismos corporativos, por exemplo,
nomes geográficos e trabalhos.
-
O GND é gerido corporativamente
pelas chamadas agências GND
-
e, de momento,
há cerca de 1000 instituições
-
que são utilizadoras ativas do GND,
ou seja, estabelecem novos registos
-
e acrescentam
registos ou itens regularmente.
-
E o mais importante
-
é que os dados do GND
são fornecidos gratuitamente
-
sem direitos de autor
-
e todos os API e documentos
são também de código aberto.
-
Por falar nisso,
-
esse é o ponto fulcral.
-
Neste momento,
lançámos o desafio de abrir o GND
-
a outras instituições GLAM
e instituições do domínio da Ciência.
-
Neste momento, está muito focado
no setor das bibliotecas.
-
Isso significa que a ferramenta
dos bibliotecários tem de evoluir
-
para um instrumento
que seja usado e aceite entre setores.
-
Isso implica muito trabalho
a nível de organizações,
-
edifícios comunitários, discussões
sobre o modelo de dados atual
-
e problemas técnicos e infraestruturais.
-
Sim.
-
Por falar nos problemas infraestruturais,
-
tivemos a ideia de nos associarmos
-
ao Wikibase, por isso temos
basicamente os mesmos objetivos,
-
nomeadamente tornar os dados culturais
mais acessíveis e interoperáveis.
-
Como tal, agora avaliamos o software,
-
que originalmente foi concebido
para uma só aplicação, o Wikidata,
-
se fosse suficiente
para gerir dados de autoridade.
-
Olá da minha parte.
-
Estamos concentrados na avaliação
que fazemos regularmente
-
com a Wikimedia Deutschland.
-
Primeiro, se o Wikibase
cumpre os requisitos
-
das instituições GLAM - galerias,
bibliotecas, arquivos e museus -
-
de gerir colaborativamente
um catálogo de autoridade,
-
que é a nossa principal questão.
-
Também gostaríamos
de aumentar a usabilidade do Wikibase.
-
Como o sistema de software
que utilizamos atualmente
-
é um pouco complexo
-
e não é tão prático como gostaríamos.
-
E depois gostaríamos de saber
-
se o Wikibase facilitaria
a associação de dados
-
e o desenvolvimento
de uma comunidade diversificada.
-
Como disse a Sarah,
estamos num processo de nos abrirmos
-
a um leque mais amplo
de instituições GLAM
-
e instituições científicas.
-
Como é óbvio, elas trabalham
dentro das suas estruturas de software
-
e gostaríamos de saber
se o Wikibase facilitaria
-
a cooperação e colaboração connosco.
-
Porque fazemos isso?
-
É porque achamos que o Wikibase
-
talvez possa ser
uma zona comunitária atrativa,
-
ou seja... tive de o anotar.
-
Primeiro, como é de código aberto,
estará mais acessível
-
do que qualquer fonte
de software proprietário utilizado
-
nos setores da catalogação
das instituições GLAM.
-
Depois,
sentimos que a comunidade Wikibase
-
é uma comunidade muito dedicada
-
e gostaríamos de participar
nessa comunidade dedicada,
-
porque acreditamos
que o importante é partilhar.
-
O que queremos partilhar
é o nosso conhecimento e o vosso
-
para evitar a redundância,
-
não editando as mesmas informações
uma e outra vez,
-
mas reutilizando os dados, associando-os,
citando-os e enriquecendo-os.
-
Incluí aqui na imagem
uma das ferramentas
-
que é amplamente utilizada
no Wikidata, a Histropedia
-
porque achamos que se conseguirmos
introduzir os nossos dados no Wikibase
-
podemos conseguir partilhar
ferramentas, melhorar o código
-
e ser uma parte ativa
e contributiva da comunidade.
-
Obrigada.
-
Gostaria de debater isso
convosco mais tarde.
-
Muito obrigado.
-
(aplausos)
-
Muito obrigado.
-
A dada altura, perguntámo-nos:
-
"Será que sem querer escrevemos
um software de biblioteca?"
-
Porque a adoção do Wikibase
no setor das bibliotecas é avassaladora.
-
Mas não é só isso.
-
E, como é óbvio, não escrevemos
um sistema de biblioteca sem querer.
-
Também pode ser usado noutras áreas.
-
Por exemplo, na Biologia.
-
E David Fichtmueller irá
falar-nos sobre usar o Wikibase
-
como uma plataforma para a biodiversidade.
-
- Creio que estava a cinzento.
- Sim.
-
Ecrã inteiro? Muito bem.
-
Olá a todos.
-
Sou o David e trabalho no jardim botânico,
-
no Museu Botânico, aqui em Berlim.
-
Sou informático.
-
Temos um departamento
chamado Informática da Biodiversidade.
-
Em termos gerais, desenvolvemos o software
que os biólogos utilizam diariamente.
-
E a nível pessoal
-
sou contribuidor da Wikipedia
há quase 15 anos
-
e contribuidor do Wikidata
há quase cinco anos.
-
Como parte do meu trabalho,
-
sou também co-administrador
de uma "quinta" MediaWiki
-
com mais de 80 wikis
sobre a comunidade bióloga.
-
Há uns anos,
fui designado para um projeto
-
que envolvia trabalhar numa norma.
-
Especificamente,
uma norma chamada ABCD
-
que precisava de algumas melhorias.
-
Presumo que a maioria
não ouviu falar do ABCD,
-
o que não é de todo mau.
-
É muito específico.
-
Significa "Access to Biological
Collection Data".
-
É um esquema XML.
-
Expressa informações biológicas,
-
coisas específicas como informações
sobre folhas de herbário,
-
sobre coleções,
como peixes em frascos de álcool...
-
Mas também observações.
-
Cientistas em campo a observar
certas plantas, certos animais.
-
Uma grande variedade.
E, como tal, é uma grande norma.
-
Temos 1800 conceitos diferentes
lá guardados.
-
Tendo em conta os diferentes
XPaths existentes no catálogo.
-
O desafio era convertê-lo
-
numa nova e moderna norma semântica.
-
Queríamos utilizar uma ontologia OWL
-
que fosse capaz de expressar
o mesmo tipo de informações
-
que fora anteriormente expresso
nos ficheiros XML
-
e também manter
toda a documentação existente
-
restrições e associações entre os itens
-
e construir uma plataforma colaborativa
-
onde outros cientistas
pudessem contribuir e aconselhar-nos
-
sobre as suas áreas de estudo específicas.
-
"Modelámos isto bem?
Há alguma coisa em falta?"
-
Com tudo isto em mente,
fomos à procura
-
e encontrámos uma solução.
Não é surpresa para ninguém.
-
É o Wikibase.
Caso contrário, não estaria aqui.
-
Por isso, decidimos usar o Wikibase.
-
Começámos a instalá-lo
sem o Docker Image.
-
Grande erro. Não repitam.
-
(risos)
-
Em nossa defesa,
começámos isto há dois anos e meio.
-
E foi há dois anos, na WikidataCon,
-
que o Docker Image
foi lançado pela primeira vez.
-
Tivemos de nos desenrascar.
-
E assim que pusemos tudo a funcionar,
-
não quisemos alterar nada.
-
Agora, temos o Docker
instalado para o Query Service
-
e temos uma instalação
híbrida e personalizada,
-
uma instalação Docker
e scripts modificados
-
a ligar essas duas instâncias.
-
Depois, instalámos
manualmente o QuickStatements
-
porque naquela altura
não fazia parte do Query Service.
-
Fizemos algumas modificações
e ajustes para que funcionasse.
-
Sei que agora faz parte do Docker Image.
-
Mas pusemo-lo a funcionar,
não nos importamos em alterá-lo.
-
Já voltamos a isto.
-
Antes de falar sobre o que fizemos,
quero evitar uma possível confusão
-
porque estamos a falar
sobre normas de dados
-
e quando expressarmos
as coisas de forma semântica
-
iremos converter os conceitos
do XML em Classes e Propriedades.
-
Propriedades de Objetos
que ligam as diferentes classes
-
e Propriedades de Tipos de Dados,
que incluem o conteúdo,
-
ou seja, para guardar texto,
números e coisas assim.
-
Expressamos tudo isto no Wikibase,
mas tudo isto são itens no Wikibase.
-
E são descritos utilizando
propriedades do Wikibase.
-
Temos propriedades ABCD
como itens que são descritos
-
como propriedades do Wikibase.
-
Tento usar os prefixos em conformidade
-
para que saibam do que estou
a falar quando falo sobre propriedades
-
nesta palestra.
-
Olhemos para as propriedades,
-
em particular as Propriedades Wikibase.
-
Sentámo-nos e pensámos,
"O que precisamos de descrever?
-
Os conceitos que queremos modelar?"
-
E acabámos por usar
cerca de 25 propriedades
-
além de "etiqueta", "descrição" e "alias".
-
Não vou mencioná-las a todas,
vejam a variedade.
-
Aquelas preenchem os nossos requisitos.
-
Algumas expressam restrições e outras...
-
A maioria é opcional.
Poucas são obrigatórias.
-
Depois, decidimos importar
toda esta informação.
-
Criámos um Interpretador de Esquemas
que extrai os diferentes conceitos.
-
Tudo o que tem um XPath
dentro do esquema XML
-
e toda a documentação
que faz parte do esquema XML
-
e reunimo-lo num ficheiro CSV
-
e depois pudemos trabalhar nele
e importá-lo utilizando o QuickStatements.
-
Funcionou bem.
-
Mas tínhamos mais de 1800 conceitos
na nossa instância do Wikibase.
-
Quando tínhamos coisas
como nomes de pessoas,
-
e-mails de contacto...
-
Apareceram algumas vezes
dentro do esquema.
-
Proprietários de dados,
autores de imagens, coisas do género.
-
Obviamente, tivemos de reduzir isso
e combiná-lo em classes reutilizáveis.
-
Houve muita edição manual
para reduzir o número de conceitos
-
e, no final,
acabámos com pouco mais de 500.
-
Temos Classes, Propriedades de Objetos,
Propriedades de Dados,
-
alguns que vou ignorar
para evitar a complexidade.
-
Para grandes edições,
também usámos o QuickStatements.
-
Fizemos as edições e queríamos garantir
-
que os dados que tínhamos
eram consistentes.
-
Foi então que usámos
as Consultas de Manutenção.
-
Usámos a interface de consulta
com algumas consultas SPARQL
-
para verificar propriedades em falta,
-
associações incorretas entre conceitos,
-
coisas que não correspondiam
ao nosso conceito, à nossa estrutura.
-
No final, também tivemos de fazer
uma revisão manual de todos os conceitos
-
para garantir que não escapou nada.
-
Deu muito trabalho
-
porque se tirarmos
cinco minutos para cada item
-
e os multiplicarmos por 550
-
dá mais de uma semana
de trabalho intenso.
-
Mas como é óbvio
não precisamos de cinco minutos,
-
porque passamos meia hora
a corrigir um determinado item
-
quando há problemas com a modelação.
-
Agora, tínhamos todos os dados.
Era altura de os exportar do Wikibase.
-
Criámos um script de exportação
no Python que usa o Query Service
-
para obter informações sobre os conceitos
-
e inseri-las em templates preparados.
-
No final, obtivemos um ficheiro OWL válido
que contém tudo o que precisamos.
-
Esta é a base da norma.
-
Em futuras versões,
quando fizermos revisões,
-
o Wikibase será
a nossa platafo \rma de trabalho.
-
Assim que fizermos uma exportação,
esta será a nova versão da norma.
-
Mantê-las separadas
também nos irá permitir
-
transferir o servidor para outra instância
ou, como disse, mudar a instalação.
-
Exportamos JSON
para a documentação do site.
-
E também exportamos os dados
para uma segunda instância do Wikibase.
-
Para já, isto é muito experimental.
Ainda não o usámos em produção.
-
Os conceitos podem ser utilizados
para descrever dados reais.
-
Estamos a decompor esses...
-
Estamos a abandonar a ideia
de que as propriedades são itens Wikibase
-
e a convertê-las
em verdadeiras propriedades Wikibase.
-
São muitos requisitos, muitos passos,
-
para manter todos os dados
e associações consistentes,
-
mas funciona.
-
No final, foi um sucesso.
-
Há uma grande comunidade...
-
Há uma comunidade,
a Biodiversity Information Standards,
-
que também teve
o seu encontro anual nos últimos dias.
-
Há um grande interesse
em reutilizar esta abordagem
-
para outras normas.
-
No futuro, queremos
fazer testes com Shape Expressions.
-
Como disse,
temos algumas restrições para as exportar
-
e construir melhores fluxos de trabalho
para controlo de versão.
-
Ainda não o fizemos.
-
E substituir a instância do Docker.
-
No final, terei uma pequena lista
de coisas que poderiam ser melhoradas.
-
Há muito mais ferramentas
que foram criadas para o Wikidata,
-
mas que podem ser mais agnósticas.
-
Em particular, o QuickStatements.
-
Como disse,
fiz alguns ajustes manualmente.
-
Muitos dos problemas
que tive já terão sido resolvidos,
-
mas não todos.
-
Queremos importar os modelos existentes
-
ou o modelo SPARQL, os modelos Q e P.
-
São muito úteis
ao trabalhar com o Wikibase.
-
Isto seria feito automaticamente.
-
E, como disse,
fizemos muitas edições manuais.
-
Seria útil e ideal
se tivéssemos uma ferramenta
-
como uma tabela de Excel.
-
Carregamos alguns itens
e algumas propriedades
-
e saltamos de célula em célula.
-
Editamos muita coisa muito rapidamente
-
de forma semiautomática.
-
Obrigado. Chegámos ao fim.
-
Muito obrigado.
-
(aplausos)
-
Há muito a dizer.
-
Há não só... Como saio daqui?
-
Não se trata apenas
de ciência nem de bibliotecas.
-
Também podemos criar
arte e beleza com o Wikibase.
-
E quem melhor para nos falar
sobre isto do que Stuart Prior?
-
É embaraçoso falar de arte e beleza
e ter uma apresentação tão feia.
-
(risos)
-
A começar por uma sala
cheia de Wikimedians...
-
Comboios, as pessoas gostam de comboios.
-
Mas tem um objetivo.
-
Esta é a Hackney Downs Station
no nordeste de Londres.
-
Está relacionada
com a Banner Repeater e o Wikibase.
-
Explicarei adiante.
-
Esta é uma fotografia terrível.
-
Mas é onde está um arquivo
de publicações de artista,
-
que é na plataforma
de uma estação de comboios.
-
Ali, têm centenas de cópias
de vários tipos de publicações de artista.
-
Há muito movimento.
Há muita proximidade com o público.
-
Entramos no comboio
e deparamo-nos com obras de arte obscura.
-
É um projeto muito interessante
-
mas faz parte
de uma comunidade mais ampla.
-
O que são publicações e livros de artista?
-
Eu também não sabia.
-
A definição, de acordo com a Wikipedia,
-
é "livros de artista são obras de arte
realizadas sob a forma de um livro".
-
Podem ler.
-
Mas são obras de arte individuais
-
ou coleções de arte
que utilizam a publicação como meio.
-
Isto varia bastante, é muito interessante.
-
Era tipo...
-
Via-se muito no início dos anos 20 e 30
-
e voltou a surgir nos anos 60 e 70
e continua a expandir-se.
-
Tem uma grande comunidade global,
multilingue,
-
algo distinta
das grandes instituições artísticas.
-
Encontrarão coleções.
-
A V&A tem uma coleção, como é óbvio.
-
Têm vários itens como este.
-
Isto é apenas um artigo,
não é o melhor exemplo.
-
Mas é uma área interessante,
embora de nicho.
-
Mas não é muito boa no Wikidata.
-
Esta é outra fotografia terrível,
não é minha.
-
São algumas das coisas
guardadas no arquivo da Banner Repeater.
-
Ali no meio, o cor-de-rosa, Blast,
-
é uma publicação de autor
bastante notável dos anos 20.
-
Qual o aspeto no Wikidata?
-
Não é bom.
-
É frequentemente confundido com livros
ou outras formas de publicação.
-
O típico item do Wikidata
para uma publicação de artista notável
-
não tem muito a dizer sobre ela.
-
É apenas... aqui têm.
-
Não há muitos números identificadores.
-
Há muita coisa em falta
-
no que diz respeito
às publicações de artista
-
em comparação
com formas de arte mais tradicionais.
-
Pinturas, esculturas, etc.
-
E há um grande desejo na comunidade
-
de começar a codificar isto
e a torná-lo real.
-
Vou dar-vos um exemplo
do que realmente está disponível.
-
Podem indicar o que
está errado com esta consulta.
-
Isto é tudo o que há.
-
São todos os livros de artista
no Wikidata.
-
Não é muita coisa.
Alguns nem etiquetas têm.
-
É algo que precisa de ser explorado.
E que tem capacidade para tal.
-
Já alguém percebeu
o que há de errado com esta consulta?
-
As etiquetas dizem "salsicha"
-
porque roubei a consulta de outra pessoa
e alterei o número-chave.
-
(risos)
-
Na verdade,
é uma consulta sobre salsichas.
-
Avançando.
-
Estão a ver que não tem grande presença.
-
Fomos abordados pela Banner Repeater.
-
Trabalho para a Wikimedia UK.
-
Fomos abordados pela Banner Repeater
para os ajudar
-
com a configuração do Wikibase.
-
Em termos de financiamento adicional,
-
mas também em termos de atrair
uma comunidade mais ampla
-
e de participar no processo.
-
O processo consiste basicamente
em reunir esta comunidade
-
de artistas, arquivistas
e especialistas de dados interligados
-
e perceber qual deveria ser
o esquema, o modelo de dados
-
para as publicações de artista.
-
É um campo muito especializado.
-
Não se enquadra muito no Wikidata.
Provavelmente, é demasiado detalhado.
-
E outro aspeto é a flexibilidade.
Talvez não se adeque ao Wikidata.
-
Talvez seja demasiado rígida de momento.
-
O Wikibase está em fase de construção,
-
por isso não tenho muito para
vos mostrar. Ainda não foi construído.
-
Isto tem mais a ver com o processo.
-
O processo é a consulta extensiva
da comunidade, de alguns níveis.
-
Não vamos fazer isto em apenas uma sessão.
-
A decisão não é só de alguns.
É um processo contínuo.
-
O impacto disto
pode ser muito substancial
-
porque mais ninguém
está a fazer este trabalho.
-
Muitas das instituições de maior dimensão
têm publicações de artista esquecidas.
-
Não sabem como as categorizar.
Não as categorizaram bem.
-
Não têm grande interesse nisso.
-
Mas há uma grande comunidade que tem.
-
Basicamente, este é o processo atual.
-
O workshop inicial já foi realizado.
-
Foi um workshop especializado
com pessoas
-
profundamente ligadas
às publicações de artista.
-
Arquivistas, colecionistas, etc.
-
Para estabelecer prioridades básicas
-
e analisar o que de facto existia.
-
Qual o estado no Wikidata
e como poderia ser expandido ou melhorado.
-
Depois, documentaram isso
e estabeleceram esta estrutura básica.
-
Agora, avançámos para o próximo passo,
que é alcançar uma comunidade mais ampla.
-
Não só titulares de dados,
mas criadores também.
-
Haverá muita narrativa
e muitos aspetos qualitativos.
-
Coisas que não pertencem ao Wikidata.
-
Mas também trabalhar com arquivistas,
especialistas de dados interligados, etc.
-
para juntar tudo isto.
-
Para criar um recurso
que tenha um front-end acessível
-
e construir uma comunidade
que possa contribuir para isso
-
e deter este conjunto de dados.
-
Vou mostrar-vos o que já temos.
-
Isto está sujeito a alterações.
-
Mas é basicamente
o que obtivemos com os especialistas.
-
Diferentes "números P"
e o seu equivalente no Wikidata.
-
E, obviamente, é muito mais detalhado
-
do que as informações
no Wikidata, de momento.
-
Há muitos detalhes e qualidades,
-
como altura, largura, espessura, etc.,
-
que não estão tão presentes
-
noutros grupos
de publicações de artista no Wikidata.
-
Mas também há outras coisas
como "autor do pedido" e "colaboradores".
-
Muitos destes trabalhos
terão vários colaboradores.
-
E várias edições.
-
Há muita informação detalhada
que se pode referir.
-
E muita narrativa também.
-
À medida que as coisas
se alteram e são reinterpretadas.
-
E foi isto que criámos.
-
Mais uma vez, a maioria
tem equivalentes no Wikidata
-
mas alguns ainda não.
-
O que temos aqui?
-
Outras edições e coisas assim.
-
É bastante especializado.
Esta é a primeira fase.
-
Vai passar por outro processo
-
à medida que as pessoas
retiram coisas ou contribuem.
-
A flexibilidade é muito importante.
-
Trata-se de fugir às normas antigas
-
e passar para algo mais atualizado
-
e algo onde a comunidade
possa fazer a diferença
-
sem que isso lhe seja imposto.
Vou falar mais rápido.
-
A dinâmica de poder atual
e porquê o Wikibase.
-
Atualmente, este é o mundo das artes.
Uma coisa grande e laranja.
-
Temos as grandes instituições
e temos grupos de publicações de artista.
-
Pode ser Deli,
Cidade do México, Londres, etc.
-
O que não queremos é esta situação
-
onde as grandes instituições
e os especialistas impõem
-
o tipo de ontologia
e a forma como as coisas vão funcionar.
-
Trabalhar para estabelecer um Wikibase
entre uma comunidade de artistas
-
pode ajudá-los
a perceber o que vão fazer.
-
E depois começam a empurrar
para as instituições maiores
-
com um modelo de dados mais flexível,
-
algo mais atual
e típico de organizações base
-
em vez de instituições, por assim dizer.
-
Creio que há
um enorme valor nesta abordagem
-
em termos de criar
uma espécie de infraestrutura paralela
-
para comunidades de pessoas
que detêm conteúdo e assim.
-
Muito à semelhança do Wikimedia.
-
E expandir para as instituições
em vez do contrário.
-
Tenho mais um diapositivo?
O que se segue?
-
Incluo sempre este
porque é o pior e é um estereótipo.
-
O que se segue? Vamos avançar
para a fase de consulta da comunidade.
-
Tornar-nos-emos
mais expansivos e interessantes.
-
Obviamente, esta base de dados
irá dialogar com o Wikidata,
-
mas ainda não sabemos em que termos.
-
Mas poderá tornar-se
-
uma instância muito específica
de publicações de artista
-
que o Wikidata
poderá usar e vice-versa.
-
Vou terminar com esta fotografia
porque gosto dela.
-
Está tudo dito. Obrigado.
-
Muito obrigado.
(aplausos)
-
Estamos quase no final
da nossa agitada viagem e...
-
O que dizer?
Guardamos o melhor para o fim?
-
Não, mas deixámos a última apresentação
-
para alguém que é um verdadeiro
pioneiro na utilização do Wikibase
-
na área das Humanidades Digitais.
-
Sim, Olaf Simons.
-
Não tens uma apresentação,
mas vais improvisar.
-
Exato.
-
Faço parte da Wikipedia desde 2004.
Faz agora 15 anos.
-
O que vou mostrar-vos?
-
Já me felicitaram por isto.
-
Vou mostrar-vos a instância
do Wikibase que criámos.
-
Não é um Docker Image.
-
Concordo que ter um Docker
não é a melhor opção.
-
Ter uma instalação independente
não é o melhor.
-
É difícil. E tem sido
extremamente difícil para nós.
-
Estamos gratos à Wikimedia Germany
-
por nos ajudar a cumprir
o nosso acordo mútuo.
-
Basicamente, temos aqui vários projetos.
-
É mais orientado para projetos
do que o Wikidata.
-
As minhas coisas deverão estar aqui.
-
Abro isto e vou... Já o devia ter feito.
-
Aqui temos.
-
A história dos Illuminati.
Vou começar por este.
-
É um pequeno vídeo
-
que foi criado por Paul-Olivier Dehaye,
-
que apenas conheço do Twitter
-
quando nos perguntou
que tipo de testes fizemos
-
quando obtivemos o nosso Wikibase.
Ele estava a fazer os seus.
-
Falei com ele
sobre as coisas que podíamos fazer
-
e as coisas que não podíamos.
-
Isto era um vídeo
que eu queria muito fazer.
-
E ele disse, "Isso é simples.
-
"Posso fazer uma pesquisa SPARQL,
obter as informações
-
e reuni-las num programa
onde poderás vê-las."
-
São 20 anos de investigação
sobre os Illuminati
-
e oferece uma pequena história
sobre toda a organização
-
e todas as suas correspondências.
-
Não é uma ferramenta Wikimedia.
Não é uma ferramenta do Wikibase.
-
Mas é algo que podem fazer.
-
E, na verdade, eu gosto
que ainda não seja uma ferramenta.
-
Deverá tornar-se uma.
-
Gosto dela porque mostra
que os nossos dados são realmente grátis.
-
Alguém pode transferir
os nossos dados, fazer algo com eles
-
que não esperávamos
e pode ser feito numa questão de horas
-
se forem inteligentes.
E ele é, claramente.
-
Então, ele criou isto para nós.
Voltando à minha apresentação.
-
Porquê no Wikibase?
-
Esta foi a primeira pergunta
quando abordámos a Wikimedia.
-
Já conhecia o Wikidata desde 2010.
-
E, em 2017, estava pronto
para ser utilizado por nós.
-
E havia um interesse do pessoal
da Wikimedia em dizer,
-
"Façam-no, nós apoiamo-vos."
-
Porquê a nossa própria base?
-
Basicamente, devido à investigação
original que temos de conduzir.
-
E toda a instalação
é uma ferramenta de pesquisa.
-
Não serve só para vermos o que fizemos
e para efeitos de apresentação.
-
Eu uso-a todos os dias
para a minha investigação.
-
Altero datas de documentos
-
e vejo como as coisas ficam quando o faço.
-
Trabalho muito com hipóteses.
-
Pedimos aos projetos que têm dados
que nos forneçam os seus dados,
-
que os introduzam no sistema
-
e que lhes atribuam uma etiqueta,
-
um item aos seus conjuntos de dados.
-
Isto foi produzido
pelo projeto que se segue.
-
Os próximos projetos podem continuar.
Mas já lá está o marcador
-
de que este é um conjunto de dados
com trabalho de um determinado projeto.
-
Se tiverem um projeto, DFG...
-
...financiado pelo DFG,
o instituto de investigação alemão,
-
se tiverem um projeto
cujo trabalho queiram apresentar,
-
podem fazer uma pesquisa SPARQL
-
e apresentar todo o grupo
de conjuntos de dados
-
no resumo final do vosso trabalho.
-
Obtemos estudos originais,
identificamo-los
-
e encorajamos a hipótese de trabalho.
-
Esta é uma ferramenta de trabalho.
-
E é bastante útil para começar do ínicio,
não para apresentar algo do final
-
mas desde o primeiro dia.
-
Podem colocar no Wikibase
-
o que acreditam
ser a resposta correta a essa pergunta
-
e fundamentar informações
-
até verificarem que esta
é a identificação certa de uma pessoa
-
ou a data certa de algo
que ainda não conseguimos datar.
-
Acumulem trabalho enquanto o fazem.
-
Usem o Wikibase
como uma espécie de ferramenta
-
que vos aproxima do resultado final.
-
O nosso primeiro encontro
foi a 1 de dezembro de 2017.
-
E lembro-me que tinha
um pequeno desafio para vocês
-
que era a data de um óbito,
o óbito de uma pessoa.
-
Queria que alguém me mostrasse a fonte
-
e foi extremamente difícil
porque era preciso criar a fonte
-
antes de a poder associar.
-
Na sala, tínhamos a noção clara
de que se fizéssemos isto
-
fá-lo-íamos com as fontes que já faziam
parte da nossa instalação Wikibase.
-
E se tivéssemos lá as fontes,
-
ou seja, todos os livros
modernos que foram impressos,
-
seria o ideal.
-
Se os tivéssemos lá,
precisávamos do GND.
-
E quando soubemos que o pessoal do GND
estava em vias de testar o software
-
abordei-os e perguntei, "Não gostariam
de fazer isto em colaboração connosco?
-
Para podermos ter acesso aos vossos dados,
que queremos ter de qualquer maneira
-
e para que possam ver
como funcionam num Wikibase".
-
E é aqui que nos encontramos.
-
De momento, diria que não sabemos
como fazer uma série de coisas
-
ou eu pelo menos não sei.
-
Como fazer o input.
Como passar de um recurso de strings
-
para um recurso baseado em itens,
muita coisa.
-
E, basicamente,
a minha palestra é um convite.
-
Juntem-se a nós.
-
Ainda não fazemos parte
da comunidade Wikibase.
-
Isso não existe.
Temos uma comunidade Wikidata.
-
Está a acontecer muita coisa no Wikidata,
-
mas pedir ajuda para um Wikibase
que não é um Wikidata é difícil.
-
Primeiro, gostaria de dizer
que trabalhar connosco é fixe
-
porque podem usar os dados do Wikidata
a qualquer momento sem direitos de autor.
-
Podem usá-los
como incubadoras do vosso trabalho
-
e trazê-los para o Wikidata.
-
Além disso, vamos trabalhar com grandes
volumes de dados, quando tivermos o GND.
-
Vai ser muito interessante.
-
Se querem mesmo o desafio,
podem fazê-lo na nossa plataforma.
-
E oferecemos comunidades interessantes.
-
Basicamente, uma das coisas que difere
-
é que todos temos contas
e instituições honestas.
-
Isso também significa
que podem fazer coisas
-
que não poderiam fazer no Wikidata.
-
Podem fazer
a vossa genealogia no nosso site.
-
Não nos importamos. É interessante
ver pessoas a obter esses dados.
-
Podem fazer
a investigação histórica da vossa cidade
-
na nossa plataforma, não nos importamos.
-
Podem fazer investigação
na nossa plataforma.
-
É preciso fazer muita coisa.
-
Temos imensos problemas
em gerir a base de dados.
-
Foi implementada pelo Wikimedia,
-
mas agora vemos
que muita coisa não funciona.
-
Não conseguimos corrigir isso.
-
É muito difícil arranjar ajuda
-
para gerir a base de dados,
para a atulizar
-
para resolver pequenos problemas técnicos
-
que enfrentamos assim que executamos
uma instância fora do Wikidata.
-
É difícil obter o link direto do GND.
-
Funciona no Wikidata,
mas não na nossa instância.
-
Exportar imagens do Wikimedia Commons
-
para o nosso Wikibase
não é assim tão fácil.
-
Ainda há muito por resolver.
Por isso, isto é um convite.
-
Se quiserem juntar-se a nós, façam-no.
-
Falem connosco.
-
Se quiserem ajudar-nos
com aspetos técnicos,
-
são muito bem-vindos.
-
E depois precisamos de ferramentas.
Viram a ferramenta que tínhamos no início.
-
Na verdade, não é assim
tão difícil obter essas ferramentas.
-
Vi o tipo de consulta
que fazem para obter essa visualização
-
e, assim que a têm,
deverão conseguir modificá-la facilmente.
-
Estas ferramentas
são extremamente importantes
-
na nossa comunidade
de projetos de Humanidades Digitais.
-
Há poucas empresas
que criam estas ferramentas
-
uma e outra vez e obtêm lucro com isso.
-
Eu adoraria ter estas ferramentas
gratuitamente de uma vez por todas.
-
No mercado e a trabalhar
com uma instância do Wikibase.
-
Quem tiver interesse em desenvolver
ferramentas que fale connosco.
-
Temos muitas ideias
-
do que os historiadores de visualização
gostariam de ver e devemos fazê-lo.
-
Basicamente, ainda há muito por fazer.
Tenho um minuto. Não preciso de um minuto.
-
Estão a pôr-me sob pressão.
-
(pessoa) Dê-o ao público.
-
- Dou um minuto ao público.
- Muito obrigado.
-
Talvez te queiras sentar.
-
Gostaria de voltar
a chamar toda a gente ao palco.
-
Podemos ter uma sessão de perguntas.
-
Gostei muito que tivéssemos
terminado com um convite
-
porque é disso mesmo que se trata.
-
Estão convidados a fazer perguntas.
-
Também estão convidados a juntarem-se
a nós amanhã no encontro do Wikibase.
-
Se tiverem alguma ideia
-
para uma excelente instalação Wikibase
-
para a vossa instituição,
passatempo ou para mudar o mundo
-
juntem-se a nós, iremos reunir-nos e...
-
Há aqui um problema com as cadeiras.
-
Ficamos de pé. Muito bem.
-
Acho que temos aqui outro microfone.
-
(pessoa) Eu tenho
o microfone para as perguntas.
-
Muito bem.
-
Obrigado aos oradores.
-
Venham ter connosco
ao encontro do Wikibase.
-
Agora, mal posso esperar
para ouvir as vossas perguntas.
-
(pessoa) Quem é o primeiro?
-
(pessoa) Olá. Também sou oradora
na sessão de esclarecimento
-
sobre geociência e sobre como
-
há muitos repositórios de dados
em giociências que recolheram
-
e partilharam dados com a comunidade
-
durante anos
e até décadas em alguns casos.
-
Eles fazem a curadoria do conjunto
de dados, melhoram os esquemas
-
obtêm muito feedback da comunidade.
-
Tudo o que mais querem
é organizar a comunidade
-
para permitir
o crescimento destes repositórios.
-
Não querem necessariamente
colocar todo o seu conteúdo no Wikidata
-
e perder o controlo sobre ele.
-
Oferecem um excelente serviço
de curadoria deste conteúdo.
-
Então, só queria salientar
que alguns dos requisitos
-
e necessidades
que foram referidos pelos oradores
-
estão presentes nas minhas comunidades.
-
A minha questão é
-
como misturam ou mantêm o controlo
-
sobre esses esquemas, sobre as normas
-
ao mesmo tempo que permitem
que a comunidade introduza feedback
-
e tenha mais deste espírito
de crowdsourcing do Wikidata?
-
Todos podem responder,
mas talvez queiras começar, David?
-
Não sei se serei a pessoa certa para
responder a isto porque no nosso caso...
-
Em termos de modelação de dados,
-
somos muito poucas pessoas
a fazer o trabalho.
-
Contactamos especialistas
para os segmentos relevantes
-
e alguns deles podem contribuir,
mas no caso atual
-
só eu e dois colegas
é que trabalhámos nisso.
-
Queremos ter esta opção
de chamar especialistas,
-
mas sempre
em estreita colaboração connosco
-
para que não nos preocupemos
com o problema do crowdsourcing.
-
Como membro da comunidade Wikimedia,
não me preocuparia tanto.
-
95% das edições são boas
e introduzem melhorias. Mais de 95%.
-
Assim que temos
uma instância que está fechada,
-
onde ofereço as contas com nomes reais,
-
é um impedimento adicional
que ninguém é louco para contornar.
-
Na nossa instância, as pessoas
são obrigadas a fornecer um endereço.
-
Na página. Não a mim, mas na página.
-
E isto é algo que normalmente
só as instituições fazem.
-
Ou entidades privadas.
-
"Sou uma entidade privada.
Adoro este estudo.
-
Esta é a minha área.
Dou-vos o meu endereço."
-
E isso é algo que desencoraja
-
qualquer vândalo
que queira destruir o Wikidata.
-
Podemos encerrar o sistema
-
mas assim não faríamos parte
da mesma comunidade evolutiva.
-
Mas repito,
se abdicarem dos direitos de autor,
-
podem abrir-se, ser a incubadora
-
onde as pessoas fazem as pesquisas
e as disponibilizam à comunidade.
-
Mas é um convite.
-
Usem trabalhos fechados
-
e uma instância onde trabalhem
com pessoas que admiram.
-
Eu creio que...
-
Não creio que seja apenas a minha opinião.
-
Há diferentes perspetivas.
-
E é difícil conciliar
todas as perspetivas e dizer,
-
"O Wikidata é a solução
para todo o mundo".
-
Com isto, não quero dizer
que o Wikidata não é uma solução
-
mas há diferentes perspetivas
e necessidades.
-
O mundo é...
-
Há uma grande variedade de necessidades,
-
de perspetivas profissionais
que não é possível conciliar
-
numa única base de dados universal.
-
Por isso, creio que ambos...
-
O mais desafiador é como conciliar
e encontrar formas de diálogo
-
entre estas duas grandes famílias
de necessidades e perspetivas.
-
Se houver mais perguntas,
preferia responder a outras.
-
Mais alguém?
-
Se não, enquanto
pensam nas vossas perguntas
-
gostaria de dizer
que essa é uma das razões
-
por que considerámos o Wikibase.
-
Acreditamos que adicionar,
editar informações
-
na instância do Wikibase, onde temos
direitos e funções como no Wikidata
-
nos dá a oportunidade
de partilhar essas informações
-
com as informações no Wikidata
de forma mais fácil e conveniente
-
do que se tentarmos estabelecer
ligações entre o catálogo de autoridade
-
e o Wikidata, neste momento.
-
(pessoa) É muito interessante
-
saber como estão
a "energizar" as comunidades
-
para encontrar as suas próprias
formas de modelação de dados
-
e introduzi-las no Wikibase.
-
Em relação à comunidade do Stuart Prior,
mas também algumas das outras,
-
tentarão integrar as abordagens
que, enquanto comunidade,
-
acharem que funcionam
de volta no Wikidata e dizer:
-
"Fizemos livros de artista,
vasculhámos em várias iterações
-
"e descobrimos o que realmente funciona
e as propriedades que deverão ter
-
"ou revisões que deverão fazer
ao modelo de dados do Wikidata".
-
Boa pergunta. Uma resposta curtinha.
-
É uma pergunta interessante.
-
Não sei se isto é um modelo
que irá funcionar com outros tipos.
-
Espero que sim.
-
Mas é difícil saber
-
se a comunidade Wikidata
aceita o tipo de autoridade
-
de uma comunidade separada
que se distancia e faz o trabalho por si.
-
Mas espero que seja uma forma de as
pessoas contribuírem para este processo
-
sem terem de ir ao Wikidata para o fazer.
-
Eu diria, levem.
-
Levem se for conveniente e vejam
como funciona nas outras instâncias.
-
E se sentirem que é uma boa propriedade
-
para fazer determinadas pesquisas,
então será adotada, irá circular.
-
Não vejo as autoridades a fazer isso.
-
(pessoa) Como utilizador do Wikidata,
o que é fantástico
-
é que estabeleceram um código
que funciona e é executável.
-
Estabeleceram um modelo de dados
que as pessoas conseguem ver.
-
É implementável e funciona.
-
Então, na comunidade do código aberto,
mostrem-nos o código.
-
Podem fazer isso.
-
É por isso que acho
tão entusiasmante ter estas ramificações
-
que podem sustentar
a modelação de dados.
-
Sim, obrigado. A questão é mesmo essa.
-
Também gostei
do verbo que usou, "energizar".
-
É isso mesmo que queremos fazer.
-
Energizar, como no Star Trek.
-
Este painel chegou ao fim.
-
Se tiverem mais questões
-
sobre estes projetos Wikibase, falem.
-
- Venham amanhã.
- Conversem.
-
É esse o objetivo desta conferência.
Muito obrigado.
-
(aplausos)