Willkommen, bienvenue, bem-vindos. Sempre quis dizer isto em palco. (risos) Isto vai ser inspirador porque este é o painel inspirador oficial do Wikibase da WikidataCon 2019. O objetivo deste painel é deixar-se inspirar por tudo aquilo que as pessoas nos diferentes países, nos diferentes campos fazem com o Wikibase, o software por trás do Wikidata. Fiquei muito surpreendido quando alguém me disse "É a primeira vez que estou a ouvir falar do Wikibase". É o software que gere o Wikidata. Se quiserem ordenar as coisas no mundo como o Wikidata o faz mas não concordam com os itens que lá temos porque talvez precisem de um maior nível de detalhe ou talvez não queiram começar com o Q1, que é o universo, porque, no vosso mundo o Q1 poderia ser um livro se fossem uma biblioteca ou poderia ser um animal se trabalhassem em biologia ou uma personagem histórica se estudassem Humanidades Digitais mas quisessem o mesmo sistema de ordenação. Então, o Wikibase é o que procuram. Nos últimos um ou dois anos, estabelecemos contactos com pessoas extraordinárias que são pioneiras, percursoras, que avaliam o Wikibase e que fazem coisas fantásticas com ele. Este painel vai ser muito rápido. Todos os participantes deste painel mereciam uma hora para fazer a sua apresentação. Mas o nosso programa está recheado. Mantenham os cintos apertados para uma viagem agitada pelo mundo inspirador dos Wikibases. O primeiro é um projeto de duas organizações, o que por si só é uma sensação. A Bibliothéque Nationale de France, a biblioteca nacional francesa e Abes, que é uma autoridade do ensino superior. Mas creio que irão aprofundar isso na vossa apresentação. Gostaria de chamar ao palco Anila Angjeli e Benjamin Bober para os primeiros 10 minutos de inspiração. (aplausos) Olá a todos. O meu nome é Benjamin Bober. Trabalho para a Abes, que significa Bibliographic Higher Education Agency. Basicamente, trabalhamos com todas as bibliotecas universitárias da França e gerimos o catálogo coletivo. E também os seus ficheiros de autoridade. Estou aqui com Anila Angjeli da BnF, Biblioteca Nacional Francesa. Vamos falar-vos do nosso projeto conjunto que trata de criar uma nova ferramenta de produção para dados de autoridade. Pessoas, órgãos sociais, conceitos, etc. Estamos há meses a pedir ao Wikibase para fazer isto. Irei contextualizar-vos rapidamente porque é importante para nós, enquanto bibliotecas... Recentemente, houve uma mudança tecnológica com os dados abertos interligados e queríamos, enquanto agência bibliográfica, acompanhar esta nova tendência. Já lá vão anos desde que fizemos testes com dados abertos interligados. RDF, SPARQL e por aí fora. Mas acreditamos que agora é uma boa altura para avançar. É também uma boa altura porque houve... não uma mudança, mas uma alteração fundamental na forma como encaramos os dados bibliográficos. Costumávamos ter, e ainda temos, dados armazenados em registos. Chamamos-lhes registos MARC no contexto das bibliotecas. Utilizávamos um formato específico chamado MARC. Mas recentemente tem havido uma tendência para pensar nisso de outro ponto de vista. Ir de um mundo baseado em registos para um mundo baseado em entidades quando tentamos interligar pessoas, trabalhos e outras entidades. Neste contexto, decidimos lançar esta iniciativa conjunta. Mas o nosso objetivo vai muito além das bibliotecas. Gostaríamos de ter connosco outros GLAMS franceses, por exemplo, porque achamos que o nosso projeto também os pode ajudar. Basicamente, o nosso projeto chama-se Fichier National d'Entités. Ficheiro Nacional de Entidades. Será uma plataforma partilhada para a criação e manutenção colaborativas de dados de referência sobre entidades. Como disse, pessoas, órgãos sociais, lugares, conceitos e trabalhos criativos. Abrangemos várias coisas. É um desafio porque é a primeira vez que a BnF e a Abes colaboram a este nível. Vou mostrar-vos rapidamente onde estamos, de onde viemos e onde estamos agora. Estamos a trabalhar neste projeto desde 2017. Avaliámos outras iniciativas semelhantes e chegámos à conclusão de que havia um forte interesse no Wikibase como a espinha dorsal da FNE. Achámos que seria uma boa solução para desenvolver mas ainda tínhamos algumas dúvidas porque temos necessidades específicas para cumprir. Então, decidimos passar este ano a fazer uma demonstração de conceitos com dados reais do catálogo da BnF, do catálogo de autoridade e dos nossos catálogos. E a tentar reunir estes dados no Wikibase. Ver como se comportavam e como a ferramenta poderia atender às nossas necessidades. Recebemos ajuda nesta demonstração de conceitos da Maxime e do Vincent da Inventaire.io, que nos ajudaram a perceber melhor o que o Wikibase nos poderia dar. A Anila irá falar sobre as primeiras conclusões. Esta decisão de avançar com os testes do Wikibase como a infraestrutura técnica, espinha dorsal ou estrutura básica do nosso FNE deveu-se ao facto de não ser trivial passar de um sistema para outro. E devido à iniciativa de usar o Wikibase como a infraestrutura técnica dos nossos dados. Deveu-se a ambos. Significa que passámos do clássico sistema de informações de biblioteca para algo diferente. Precisávamos de testar primeiro e ver se um conjunto de funcionalidades que normalmente precisamos de executar e cumprir no nosso ambiente profissional... Estou a falar de criar e manter, não em publicar, que é muito diferente. Estiveram na sessão anterior com o Wikidata Commons, "Estratégias de contribuição para GLAM". Era sobre a publicação e as suas formas de criação. Temos de ir passo a passo. Foi por isso que realizámos esta experiência, esta prova de conceitos. E, surpresa, não houve dificuldades em obter dados de biblioteca de acordo com uma ontologia específica, que é... Mencionei brevemente que separámos dados em dois tipos diferentes de MARC, depois definimos propriedades essenciais para poder fundir os dados e não houve dificuldades do ponto de vista técnico. Como é óbvio, tivemos a confirmação de que o Wikibase oferece funcionalidades integradas que podem ser utilizadas como base para a infraestrutura técnica do FNE. Mas a decisão ainda não foi tomada porque os testes ainda estão... Digamos que os desenvolvimentos foram concluídos. Agora estamos na fase de redigir as conclusões finais e a decisão ainda não foi feita do ponto de vista estratégico, mas estas são as primeiras conclusões que podemos mencionar. E o Wikibase... Parece-nos que o Wikibase poderá ser uma boa solução operacional para gerir esta iniciativa, ou seja, em conjunto, em colaboração criar estas entidades, estas coisas para vos relembrar da oposição entre coisas e strings. Contudo, reparámos que há lacunas. Nas necessidades específicas das nossas instituições específicas, existem comunidades definidas com a sua própria cultura, práticas. É um processo inerente às bibliotecas e a solução oferecida pelo Wikibase, por exemplo, a pesquisa. Do ponto de vista profissional, não apenas do ponto de vista do utilizador final, mas profissionalmente, precisamos de índices para assegurar a qualidade e a curadoria dos dados e isto é muito importante para o profissional. O Wikibase, com a sua Elasticsearch e CirrusSearch não o oferece. Mas ainda há margem para investigação. E como são geridas as funções? O Burocrata, o Verificador... Não foi propriamente o que aconteceu no nosso mundo. Embora haja um nível que pode ser usado, sobre o qual podemos construir outras funções que se adequam mais à nossa forma de gerir os dados. Ou diferentes limitações relacionadas com a publicação de dados... Está ali um erro, temos de corrigir. A política de dados. Muito bem, obrigada. Há coisas que precisam de ser... É necessário construir outros níveis e degraus sobre o Wikibase. Uma das principais razões, a razão por que estamos aqui convosco é que estamos dispostos e sentimos a necessidade de ser parte de uma comunidade que partilha as mesmas preocupações. Dado o programa, todos nós sabemos que as bibliotecas e os GLAMS estão altamente representados neste evento. Então... Acreditamos que possivelmente dentro de umas semanas ou no próximo ano, poderemos comunicar de forma mais aberta sobre a nossa decisão de avançar com esta solução. - Obrigada. - Muito obrigado. (aplausos) Teremos pequenas apresentações primeiro e voltaremos todos ao palco para responder a dúvidas, se tivermos tempo, mas... Ouvimos algo vindo da França. Há outro projeto. Chama-se... Não é o Fichier National d'Ent... (dificuldade em pronunciar o nome) É o Gemeinsame Normdatei. O catálogo de autoridade universal dos países de língua alemã. É um prazer ter bons amigos do movimento Wikimedia aqui. Barbara Fischer e Sarah Hartmann. Muito obrigada pelo convite para falar sobre o nosso projeto, que se chama "GND meets Wikibase". É um projeto conjunto da Wikimedia Deutschland e do GND. Gostaríamos de apresentar uma breve descrição. Como o Jens disse anteriormente, só temos 10 minutos. Porque escolhemos esta abordagem para avaliar o Wikibase, se preenche os requisitos para gerir dados de autoridade a nível colaborativo, diria eu. O que nos traz aqui e qual é a ideia de controlo de autoridade? E GND, que significa Gemeinsame Normdatei. O que está por trás disso? O que nos traz aqui, como referi anteriormente. Não é muito diferente do que disseram a Anila e o Ben há alguns segundos. O GND é utilizado para a descrição de recursos, como publicações e objetos, por exemplo. E para permitir a recuperação precisa dos dados. Diria que o GND fornece entidades inequívocas e distintas para essa recuperação. Existem identificadores permanentes, como bem sabem, para identificação e referência dessas entidades. O catálogo de autoridade é utilizado principalmente por bibliotecas, nos países de língua alemã, mas também outras instituições do domínio da herança cultural começam a utilizá-lo. No total, há cerca de 60 milhões de registos e, no Wikibase, diríamos "itens", que se referem a pessoas, nomes de pessoas, organismos corporativos, por exemplo, nomes geográficos e trabalhos. O GND é gerido corporativamente pelas chamadas agências GND e, de momento, há cerca de 1000 instituições que são utilizadoras ativas do GND, ou seja, estabelecem novos registos e acrescentam registos ou itens regularmente. E o mais importante é que os dados do GND são fornecidos gratuitamente sem direitos de autor e todos os API e documentos são também de código aberto. Por falar nisso, esse é o ponto fulcral. Neste momento, lançámos o desafio de abrir o GND a outras instituições GLAM e instituições do domínio da Ciência. Neste momento, está muito focado no setor das bibliotecas. Isso significa que a ferramenta dos bibliotecários tem de evoluir para um instrumento que seja usado e aceite entre setores. Isso implica muito trabalho a nível de organizações, edifícios comunitários, discussões sobre o modelo de dados atual e problemas técnicos e infraestruturais. Sim. Por falar nos problemas infraestruturais, tivemos a ideia de nos associarmos ao Wikibase, por isso temos basicamente os mesmos objetivos, nomeadamente tornar os dados culturais mais acessíveis e interoperáveis. Como tal, agora avaliamos o software, que originalmente foi concebido para uma só aplicação, o Wikidata, se fosse suficiente para gerir dados de autoridade. Olá da minha parte. Estamos concentrados na avaliação que fazemos regularmente com a Wikimedia Deutschland. Primeiro, se o Wikibase cumpre os requisitos das instituições GLAM - galerias, bibliotecas, arquivos e museus - de gerir colaborativamente um catálogo de autoridade, que é a nossa principal questão. Também gostaríamos de aumentar a usabilidade do Wikibase. Como o sistema de software que utilizamos atualmente é um pouco complexo e não é tão prático como gostaríamos. E depois gostaríamos de saber se o Wikibase facilitaria a associação de dados e o desenvolvimento de uma comunidade diversificada. Como disse a Sarah, estamos num processo de nos abrirmos a um leque mais amplo de instituições GLAM e instituições científicas. Como é óbvio, elas trabalham dentro das suas estruturas de software e gostaríamos de saber se o Wikibase facilitaria a cooperação e colaboração connosco. Porque fazemos isso? É porque achamos que o Wikibase talvez possa ser uma zona comunitária atrativa, ou seja... tive de o anotar. Primeiro, como é de código aberto, estará mais acessível do que qualquer fonte de software proprietário utilizado nos setores da catalogação das instituições GLAM. Depois, sentimos que a comunidade Wikibase é uma comunidade muito dedicada e gostaríamos de participar nessa comunidade dedicada, porque acreditamos que o importante é partilhar. O que queremos partilhar é o nosso conhecimento e o vosso para evitar a redundância, não editando as mesmas informações uma e outra vez, mas reutilizando os dados, associando-os, citando-os e enriquecendo-os. Incluí aqui na imagem uma das ferramentas que é amplamente utilizada no Wikidata, a Histropedia porque achamos que se conseguirmos introduzir os nossos dados no Wikibase podemos conseguir partilhar ferramentas, melhorar o código e ser uma parte ativa e contributiva da comunidade. Obrigada. Gostaria de debater isso convosco mais tarde. Muito obrigado. (aplausos) Muito obrigado. A dada altura, perguntámo-nos: "Será que sem querer escrevemos um software de biblioteca?" Porque a adoção do Wikibase no setor das bibliotecas é avassaladora. Mas não é só isso. E, como é óbvio, não escrevemos um sistema de biblioteca sem querer. Também pode ser usado noutras áreas. Por exemplo, na Biologia. E David Fichtmueller irá falar-nos sobre usar o Wikibase como uma plataforma para a biodiversidade. - Creio que estava a cinzento. - Sim. Ecrã inteiro? Muito bem. Olá a todos. Sou o David e trabalho no jardim botânico, no Museu Botânico, aqui em Berlim. Sou informático. Temos um departamento chamado Informática da Biodiversidade. Em termos gerais, desenvolvemos o software que os biólogos utilizam diariamente. E a nível pessoal sou contribuidor da Wikipedia há quase 15 anos e contribuidor do Wikidata há quase cinco anos. Como parte do meu trabalho, sou também co-administrador de uma "quinta" MediaWiki com mais de 80 wikis sobre a comunidade bióloga. Há uns anos, fui designado para um projeto que envolvia trabalhar numa norma. Especificamente, uma norma chamada ABCD que precisava de algumas melhorias. Presumo que a maioria não ouviu falar do ABCD, o que não é de todo mau. É muito específico. Significa "Access to Biological Collection Data". É um esquema XML. Expressa informações biológicas, coisas específicas como informações sobre folhas de herbário, sobre coleções, como peixes em frascos de álcool... Mas também observações. Cientistas em campo a observar certas plantas, certos animais. Uma grande variedade. E, como tal, é uma grande norma. Temos 1800 conceitos diferentes lá guardados. Tendo em conta os diferentes XPaths existentes no catálogo. O desafio era convertê-lo numa nova e moderna norma semântica. Queríamos utilizar uma ontologia OWL que fosse capaz de expressar o mesmo tipo de informações que fora anteriormente expresso nos ficheiros XML e também manter toda a documentação existente restrições e associações entre os itens e construir uma plataforma colaborativa onde outros cientistas pudessem contribuir e aconselhar-nos sobre as suas áreas de estudo específicas. "Modelámos isto bem? Há alguma coisa em falta?" Com tudo isto em mente, fomos à procura e encontrámos uma solução. Não é surpresa para ninguém. É o Wikibase. Caso contrário, não estaria aqui. Por isso, decidimos usar o Wikibase. Começámos a instalá-lo sem o Docker Image. Grande erro. Não repitam. (risos) Em nossa defesa, começámos isto há dois anos e meio. E foi há dois anos, na WikidataCon, que o Docker Image foi lançado pela primeira vez. Tivemos de nos desenrascar. E assim que pusemos tudo a funcionar, não quisemos alterar nada. Agora, temos o Docker instalado para o Query Service e temos uma instalação híbrida e personalizada, uma instalação Docker e scripts modificados a ligar essas duas instâncias. Depois, instalámos manualmente o QuickStatements porque naquela altura não fazia parte do Query Service. Fizemos algumas modificações e ajustes para que funcionasse. Sei que agora faz parte do Docker Image. Mas pusemo-lo a funcionar, não nos importamos em alterá-lo. Já voltamos a isto. Antes de falar sobre o que fizemos, quero evitar uma possível confusão porque estamos a falar sobre normas de dados e quando expressarmos as coisas de forma semântica iremos converter os conceitos do XML em Classes e Propriedades. Propriedades de Objetos que ligam as diferentes classes e Propriedades de Tipos de Dados, que incluem o conteúdo, ou seja, para guardar texto, números e coisas assim. Expressamos tudo isto no Wikibase, mas tudo isto são itens no Wikibase. E são descritos utilizando propriedades do Wikibase. Temos propriedades ABCD como itens que são descritos como propriedades do Wikibase. Tento usar os prefixos em conformidade para que saibam do que estou a falar quando falo sobre propriedades nesta palestra. Olhemos para as propriedades, em particular as Propriedades Wikibase. Sentámo-nos e pensámos, "O que precisamos de descrever? Os conceitos que queremos modelar?" E acabámos por usar cerca de 25 propriedades além de "etiqueta", "descrição" e "alias". Não vou mencioná-las a todas, vejam a variedade. Aquelas preenchem os nossos requisitos. Algumas expressam restrições e outras... A maioria é opcional. Poucas são obrigatórias. Depois, decidimos importar toda esta informação. Criámos um Interpretador de Esquemas que extrai os diferentes conceitos. Tudo o que tem um XPath dentro do esquema XML e toda a documentação que faz parte do esquema XML e reunimo-lo num ficheiro CSV e depois pudemos trabalhar nele e importá-lo utilizando o QuickStatements. Funcionou bem. Mas tínhamos mais de 1800 conceitos na nossa instância do Wikibase. Quando tínhamos coisas como nomes de pessoas, e-mails de contacto... Apareceram algumas vezes dentro do esquema. Proprietários de dados, autores de imagens, coisas do género. Obviamente, tivemos de reduzir isso e combiná-lo em classes reutilizáveis. Houve muita edição manual para reduzir o número de conceitos e, no final, acabámos com pouco mais de 500. Temos Classes, Propriedades de Objetos, Propriedades de Dados, alguns que vou ignorar para evitar a complexidade. Para grandes edições, também usámos o QuickStatements. Fizemos as edições e queríamos garantir que os dados que tínhamos eram consistentes. Foi então que usámos as Consultas de Manutenção. Usámos a interface de consulta com algumas consultas SPARQL para verificar propriedades em falta, associações incorretas entre conceitos, coisas que não correspondiam ao nosso conceito, à nossa estrutura. No final, também tivemos de fazer uma revisão manual de todos os conceitos para garantir que não escapou nada. Deu muito trabalho porque se tirarmos cinco minutos para cada item e os multiplicarmos por 550 dá mais de uma semana de trabalho intenso. Mas como é óbvio não precisamos de cinco minutos, porque passamos meia hora a corrigir um determinado item quando há problemas com a modelação. Agora, tínhamos todos os dados. Era altura de os exportar do Wikibase. Criámos um script de exportação no Python que usa o Query Service para obter informações sobre os conceitos e inseri-las em templates preparados. No final, obtivemos um ficheiro OWL válido que contém tudo o que precisamos. Esta é a base da norma. Em futuras versões, quando fizermos revisões, o Wikibase será a nossa platafo \rma de trabalho. Assim que fizermos uma exportação, esta será a nova versão da norma. Mantê-las separadas também nos irá permitir transferir o servidor para outra instância ou, como disse, mudar a instalação. Exportamos JSON para a documentação do site. E também exportamos os dados para uma segunda instância do Wikibase. Para já, isto é muito experimental. Ainda não o usámos em produção. Os conceitos podem ser utilizados para descrever dados reais. Estamos a decompor esses... Estamos a abandonar a ideia de que as propriedades são itens Wikibase e a convertê-las em verdadeiras propriedades Wikibase. São muitos requisitos, muitos passos, para manter todos os dados e associações consistentes, mas funciona. No final, foi um sucesso. Há uma grande comunidade... Há uma comunidade, a Biodiversity Information Standards, que também teve o seu encontro anual nos últimos dias. Há um grande interesse em reutilizar esta abordagem para outras normas. No futuro, queremos fazer testes com Shape Expressions. Como disse, temos algumas restrições para as exportar e construir melhores fluxos de trabalho para controlo de versão. Ainda não o fizemos. E substituir a instância do Docker. No final, terei uma pequena lista de coisas que poderiam ser melhoradas. Há muito mais ferramentas que foram criadas para o Wikidata, mas que podem ser mais agnósticas. Em particular, o QuickStatements. Como disse, fiz alguns ajustes manualmente. Muitos dos problemas que tive já terão sido resolvidos, mas não todos. Queremos importar os modelos existentes ou o modelo SPARQL, os modelos Q e P. São muito úteis ao trabalhar com o Wikibase. Isto seria feito automaticamente. E, como disse, fizemos muitas edições manuais. Seria útil e ideal se tivéssemos uma ferramenta como uma tabela de Excel. Carregamos alguns itens e algumas propriedades e saltamos de célula em célula. Editamos muita coisa muito rapidamente de forma semiautomática. Obrigado. Chegámos ao fim. Muito obrigado. (aplausos) Há muito a dizer. Há não só... Como saio daqui? Não se trata apenas de ciência nem de bibliotecas. Também podemos criar arte e beleza com o Wikibase. E quem melhor para nos falar sobre isto do que Stuart Prior? É embaraçoso falar de arte e beleza e ter uma apresentação tão feia. (risos) A começar por uma sala cheia de Wikimedians... Comboios, as pessoas gostam de comboios. Mas tem um objetivo. Esta é a Hackney Downs Station no nordeste de Londres. Está relacionada com a Banner Repeater e o Wikibase. Explicarei adiante. Esta é uma fotografia terrível. Mas é onde está um arquivo de publicações de artista, que é na plataforma de uma estação de comboios. Ali, têm centenas de cópias de vários tipos de publicações de artista. Há muito movimento. Há muita proximidade com o público. Entramos no comboio e deparamo-nos com obras de arte obscura. É um projeto muito interessante mas faz parte de uma comunidade mais ampla. O que são publicações e livros de artista? Eu também não sabia. A definição, de acordo com a Wikipedia, é "livros de artista são obras de arte realizadas sob a forma de um livro". Podem ler. Mas são obras de arte individuais ou coleções de arte que utilizam a publicação como meio. Isto varia bastante, é muito interessante. Era tipo... Via-se muito no início dos anos 20 e 30 e voltou a surgir nos anos 60 e 70 e continua a expandir-se. Tem uma grande comunidade global, multilingue, algo distinta das grandes instituições artísticas. Encontrarão coleções. A V&A tem uma coleção, como é óbvio. Têm vários itens como este. Isto é apenas um artigo, não é o melhor exemplo. Mas é uma área interessante, embora de nicho. Mas não é muito boa no Wikidata. Esta é outra fotografia terrível, não é minha. São algumas das coisas guardadas no arquivo da Banner Repeater. Ali no meio, o cor-de-rosa, Blast, é uma publicação de autor bastante notável dos anos 20. Qual o aspeto no Wikidata? Não é bom. É frequentemente confundido com livros ou outras formas de publicação. O típico item do Wikidata para uma publicação de artista notável não tem muito a dizer sobre ela. É apenas... aqui têm. Não há muitos números identificadores. Há muita coisa em falta no que diz respeito às publicações de artista em comparação com formas de arte mais tradicionais. Pinturas, esculturas, etc. E há um grande desejo na comunidade de começar a codificar isto e a torná-lo real. Vou dar-vos um exemplo do que realmente está disponível. Podem indicar o que está errado com esta consulta. Isto é tudo o que há. São todos os livros de artista no Wikidata. Não é muita coisa. Alguns nem etiquetas têm. É algo que precisa de ser explorado. E que tem capacidade para tal. Já alguém percebeu o que há de errado com esta consulta? As etiquetas dizem "salsicha" porque roubei a consulta de outra pessoa e alterei o número-chave. (risos) Na verdade, é uma consulta sobre salsichas. Avançando. Estão a ver que não tem grande presença. Fomos abordados pela Banner Repeater. Trabalho para a Wikimedia UK. Fomos abordados pela Banner Repeater para os ajudar com a configuração do Wikibase. Em termos de financiamento adicional, mas também em termos de atrair uma comunidade mais ampla e de participar no processo. O processo consiste basicamente em reunir esta comunidade de artistas, arquivistas e especialistas de dados interligados e perceber qual deveria ser o esquema, o modelo de dados para as publicações de artista. É um campo muito especializado. Não se enquadra muito no Wikidata. Provavelmente, é demasiado detalhado. E outro aspeto é a flexibilidade. Talvez não se adeque ao Wikidata. Talvez seja demasiado rígida de momento. O Wikibase está em fase de construção, por isso não tenho muito para vos mostrar. Ainda não foi construído. Isto tem mais a ver com o processo. O processo é a consulta extensiva da comunidade, de alguns níveis. Não vamos fazer isto em apenas uma sessão. A decisão não é só de alguns. É um processo contínuo. O impacto disto pode ser muito substancial porque mais ninguém está a fazer este trabalho. Muitas das instituições de maior dimensão têm publicações de artista esquecidas. Não sabem como as categorizar. Não as categorizaram bem. Não têm grande interesse nisso. Mas há uma grande comunidade que tem. Basicamente, este é o processo atual. O workshop inicial já foi realizado. Foi um workshop especializado com pessoas profundamente ligadas às publicações de artista. Arquivistas, colecionistas, etc. Para estabelecer prioridades básicas e analisar o que de facto existia. Qual o estado no Wikidata e como poderia ser expandido ou melhorado. Depois, documentaram isso e estabeleceram esta estrutura básica. Agora, avançámos para o próximo passo, que é alcançar uma comunidade mais ampla. Não só titulares de dados, mas criadores também. Haverá muita narrativa e muitos aspetos qualitativos. Coisas que não pertencem ao Wikidata. Mas também trabalhar com arquivistas, especialistas de dados interligados, etc. para juntar tudo isto. Para criar um recurso que tenha um front-end acessível e construir uma comunidade que possa contribuir para isso e deter este conjunto de dados. Vou mostrar-vos o que já temos. Isto está sujeito a alterações. Mas é basicamente o que obtivemos com os especialistas. Diferentes "números P" e o seu equivalente no Wikidata. E, obviamente, é muito mais detalhado do que as informações no Wikidata, de momento. Há muitos detalhes e qualidades, como altura, largura, espessura, etc., que não estão tão presentes noutros grupos de publicações de artista no Wikidata. Mas também há outras coisas como "autor do pedido" e "colaboradores". Muitos destes trabalhos terão vários colaboradores. E várias edições. Há muita informação detalhada que se pode referir. E muita narrativa também. À medida que as coisas se alteram e são reinterpretadas. E foi isto que criámos. Mais uma vez, a maioria tem equivalentes no Wikidata mas alguns ainda não. O que temos aqui? Outras edições e coisas assim. É bastante especializado. Esta é a primeira fase. Vai passar por outro processo à medida que as pessoas retiram coisas ou contribuem. A flexibilidade é muito importante. Trata-se de fugir às normas antigas e passar para algo mais atualizado e algo onde a comunidade possa fazer a diferença sem que isso lhe seja imposto. Vou falar mais rápido. A dinâmica de poder atual e porquê o Wikibase. Atualmente, este é o mundo das artes. Uma coisa grande e laranja. Temos as grandes instituições e temos grupos de publicações de artista. Pode ser Deli, Cidade do México, Londres, etc. O que não queremos é esta situação onde as grandes instituições e os especialistas impõem o tipo de ontologia e a forma como as coisas vão funcionar. Trabalhar para estabelecer um Wikibase entre uma comunidade de artistas pode ajudá-los a perceber o que vão fazer. E depois começam a empurrar para as instituições maiores com um modelo de dados mais flexível, algo mais atual e típico de organizações base em vez de instituições, por assim dizer. Creio que há um enorme valor nesta abordagem em termos de criar uma espécie de infraestrutura paralela para comunidades de pessoas que detêm conteúdo e assim. Muito à semelhança do Wikimedia. E expandir para as instituições em vez do contrário. Tenho mais um diapositivo? O que se segue? Incluo sempre este porque é o pior e é um estereótipo. O que se segue? Vamos avançar para a fase de consulta da comunidade. Tornar-nos-emos mais expansivos e interessantes. Obviamente, esta base de dados irá dialogar com o Wikidata, mas ainda não sabemos em que termos. Mas poderá tornar-se uma instância muito específica de publicações de artista que o Wikidata poderá usar e vice-versa. Vou terminar com esta fotografia porque gosto dela. Está tudo dito. Obrigado. Muito obrigado. (aplausos) Estamos quase no final da nossa agitada viagem e... O que dizer? Guardamos o melhor para o fim? Não, mas deixámos a última apresentação para alguém que é um verdadeiro pioneiro na utilização do Wikibase na área das Humanidades Digitais. Sim, Olaf Simons. Não tens uma apresentação, mas vais improvisar. Exato. Faço parte da Wikipedia desde 2004. Faz agora 15 anos. O que vou mostrar-vos? Já me felicitaram por isto. Vou mostrar-vos a instância do Wikibase que criámos. Não é um Docker Image. Concordo que ter um Docker não é a melhor opção. Ter uma instalação independente não é o melhor. É difícil. E tem sido extremamente difícil para nós. Estamos gratos à Wikimedia Germany por nos ajudar a cumprir o nosso acordo mútuo. Basicamente, temos aqui vários projetos. É mais orientado para projetos do que o Wikidata. As minhas coisas deverão estar aqui. Abro isto e vou... Já o devia ter feito. Aqui temos. A história dos Illuminati. Vou começar por este. É um pequeno vídeo que foi criado por Paul-Olivier Dehaye, que apenas conheço do Twitter quando nos perguntou que tipo de testes fizemos quando obtivemos o nosso Wikibase. Ele estava a fazer os seus. Falei com ele sobre as coisas que podíamos fazer e as coisas que não podíamos. Isto era um vídeo que eu queria muito fazer. E ele disse, "Isso é simples. "Posso fazer uma pesquisa SPARQL, obter as informações e reuni-las num programa onde poderás vê-las." São 20 anos de investigação sobre os Illuminati e oferece uma pequena história sobre toda a organização e todas as suas correspondências. Não é uma ferramenta Wikimedia. Não é uma ferramenta do Wikibase. Mas é algo que podem fazer. E, na verdade, eu gosto que ainda não seja uma ferramenta. Deverá tornar-se uma. Gosto dela porque mostra que os nossos dados são realmente grátis. Alguém pode transferir os nossos dados, fazer algo com eles que não esperávamos e pode ser feito numa questão de horas se forem inteligentes. E ele é, claramente. Então, ele criou isto para nós. Voltando à minha apresentação. Porquê no Wikibase? Esta foi a primeira pergunta quando abordámos a Wikimedia. Já conhecia o Wikidata desde 2010. E, em 2017, estava pronto para ser utilizado por nós. E havia um interesse do pessoal da Wikimedia em dizer, "Façam-no, nós apoiamo-vos." Porquê a nossa própria base? Basicamente, devido à investigação original que temos de conduzir. E toda a instalação é uma ferramenta de pesquisa. Não serve só para vermos o que fizemos e para efeitos de apresentação. Eu uso-a todos os dias para a minha investigação. Altero datas de documentos e vejo como as coisas ficam quando o faço. Trabalho muito com hipóteses. Pedimos aos projetos que têm dados que nos forneçam os seus dados, que os introduzam no sistema e que lhes atribuam uma etiqueta, um item aos seus conjuntos de dados. Isto foi produzido pelo projeto que se segue. Os próximos projetos podem continuar. Mas já lá está o marcador de que este é um conjunto de dados com trabalho de um determinado projeto. Se tiverem um projeto, DFG... ...financiado pelo DFG, o instituto de investigação alemão, se tiverem um projeto cujo trabalho queiram apresentar, podem fazer uma pesquisa SPARQL e apresentar todo o grupo de conjuntos de dados no resumo final do vosso trabalho. Obtemos estudos originais, identificamo-los e encorajamos a hipótese de trabalho. Esta é uma ferramenta de trabalho. E é bastante útil para começar do ínicio, não para apresentar algo do final mas desde o primeiro dia. Podem colocar no Wikibase o que acreditam ser a resposta correta a essa pergunta e fundamentar informações até verificarem que esta é a identificação certa de uma pessoa ou a data certa de algo que ainda não conseguimos datar. Acumulem trabalho enquanto o fazem. Usem o Wikibase como uma espécie de ferramenta que vos aproxima do resultado final. O nosso primeiro encontro foi a 1 de dezembro de 2017. E lembro-me que tinha um pequeno desafio para vocês que era a data de um óbito, o óbito de uma pessoa. Queria que alguém me mostrasse a fonte e foi extremamente difícil porque era preciso criar a fonte antes de a poder associar. Na sala, tínhamos a noção clara de que se fizéssemos isto fá-lo-íamos com as fontes que já faziam parte da nossa instalação Wikibase. E se tivéssemos lá as fontes, ou seja, todos os livros modernos que foram impressos, seria o ideal. Se os tivéssemos lá, precisávamos do GND. E quando soubemos que o pessoal do GND estava em vias de testar o software abordei-os e perguntei, "Não gostariam de fazer isto em colaboração connosco? Para podermos ter acesso aos vossos dados, que queremos ter de qualquer maneira e para que possam ver como funcionam num Wikibase". E é aqui que nos encontramos. De momento, diria que não sabemos como fazer uma série de coisas ou eu pelo menos não sei. Como fazer o input. Como passar de um recurso de strings para um recurso baseado em itens, muita coisa. E, basicamente, a minha palestra é um convite. Juntem-se a nós. Ainda não fazemos parte da comunidade Wikibase. Isso não existe. Temos uma comunidade Wikidata. Está a acontecer muita coisa no Wikidata, mas pedir ajuda para um Wikibase que não é um Wikidata é difícil. Primeiro, gostaria de dizer que trabalhar connosco é fixe porque podem usar os dados do Wikidata a qualquer momento sem direitos de autor. Podem usá-los como incubadoras do vosso trabalho e trazê-los para o Wikidata. Além disso, vamos trabalhar com grandes volumes de dados, quando tivermos o GND. Vai ser muito interessante. Se querem mesmo o desafio, podem fazê-lo na nossa plataforma. E oferecemos comunidades interessantes. Basicamente, uma das coisas que difere é que todos temos contas e instituições honestas. Isso também significa que podem fazer coisas que não poderiam fazer no Wikidata. Podem fazer a vossa genealogia no nosso site. Não nos importamos. É interessante ver pessoas a obter esses dados. Podem fazer a investigação histórica da vossa cidade na nossa plataforma, não nos importamos. Podem fazer investigação na nossa plataforma. É preciso fazer muita coisa. Temos imensos problemas em gerir a base de dados. Foi implementada pelo Wikimedia, mas agora vemos que muita coisa não funciona. Não conseguimos corrigir isso. É muito difícil arranjar ajuda para gerir a base de dados, para a atulizar para resolver pequenos problemas técnicos que enfrentamos assim que executamos uma instância fora do Wikidata. É difícil obter o link direto do GND. Funciona no Wikidata, mas não na nossa instância. Exportar imagens do Wikimedia Commons para o nosso Wikibase não é assim tão fácil. Ainda há muito por resolver. Por isso, isto é um convite. Se quiserem juntar-se a nós, façam-no. Falem connosco. Se quiserem ajudar-nos com aspetos técnicos, são muito bem-vindos. E depois precisamos de ferramentas. Viram a ferramenta que tínhamos no início. Na verdade, não é assim tão difícil obter essas ferramentas. Vi o tipo de consulta que fazem para obter essa visualização e, assim que a têm, deverão conseguir modificá-la facilmente. Estas ferramentas são extremamente importantes na nossa comunidade de projetos de Humanidades Digitais. Há poucas empresas que criam estas ferramentas uma e outra vez e obtêm lucro com isso. Eu adoraria ter estas ferramentas gratuitamente de uma vez por todas. No mercado e a trabalhar com uma instância do Wikibase. Quem tiver interesse em desenvolver ferramentas que fale connosco. Temos muitas ideias do que os historiadores de visualização gostariam de ver e devemos fazê-lo. Basicamente, ainda há muito por fazer. Tenho um minuto. Não preciso de um minuto. Estão a pôr-me sob pressão. (pessoa) Dê-o ao público. - Dou um minuto ao público. - Muito obrigado. Talvez te queiras sentar. Gostaria de voltar a chamar toda a gente ao palco. Podemos ter uma sessão de perguntas. Gostei muito que tivéssemos terminado com um convite porque é disso mesmo que se trata. Estão convidados a fazer perguntas. Também estão convidados a juntarem-se a nós amanhã no encontro do Wikibase. Se tiverem alguma ideia para uma excelente instalação Wikibase para a vossa instituição, passatempo ou para mudar o mundo juntem-se a nós, iremos reunir-nos e... Há aqui um problema com as cadeiras. Ficamos de pé. Muito bem. Acho que temos aqui outro microfone. (pessoa) Eu tenho o microfone para as perguntas. Muito bem. Obrigado aos oradores. Venham ter connosco ao encontro do Wikibase. Agora, mal posso esperar para ouvir as vossas perguntas. (pessoa) Quem é o primeiro? (pessoa) Olá. Também sou oradora na sessão de esclarecimento sobre geociência e sobre como há muitos repositórios de dados em giociências que recolheram e partilharam dados com a comunidade durante anos e até décadas em alguns casos. Eles fazem a curadoria do conjunto de dados, melhoram os esquemas obtêm muito feedback da comunidade. Tudo o que mais querem é organizar a comunidade para permitir o crescimento destes repositórios. Não querem necessariamente colocar todo o seu conteúdo no Wikidata e perder o controlo sobre ele. Oferecem um excelente serviço de curadoria deste conteúdo. Então, só queria salientar que alguns dos requisitos e necessidades que foram referidos pelos oradores estão presentes nas minhas comunidades. A minha questão é como misturam ou mantêm o controlo sobre esses esquemas, sobre as normas ao mesmo tempo que permitem que a comunidade introduza feedback e tenha mais deste espírito de crowdsourcing do Wikidata? Todos podem responder, mas talvez queiras começar, David? Não sei se serei a pessoa certa para responder a isto porque no nosso caso... Em termos de modelação de dados, somos muito poucas pessoas a fazer o trabalho. Contactamos especialistas para os segmentos relevantes e alguns deles podem contribuir, mas no caso atual só eu e dois colegas é que trabalhámos nisso. Queremos ter esta opção de chamar especialistas, mas sempre em estreita colaboração connosco para que não nos preocupemos com o problema do crowdsourcing. Como membro da comunidade Wikimedia, não me preocuparia tanto. 95% das edições são boas e introduzem melhorias. Mais de 95%. Assim que temos uma instância que está fechada, onde ofereço as contas com nomes reais, é um impedimento adicional que ninguém é louco para contornar. Na nossa instância, as pessoas são obrigadas a fornecer um endereço. Na página. Não a mim, mas na página. E isto é algo que normalmente só as instituições fazem. Ou entidades privadas. "Sou uma entidade privada. Adoro este estudo. Esta é a minha área. Dou-vos o meu endereço." E isso é algo que desencoraja qualquer vândalo que queira destruir o Wikidata. Podemos encerrar o sistema mas assim não faríamos parte da mesma comunidade evolutiva. Mas repito, se abdicarem dos direitos de autor, podem abrir-se, ser a incubadora onde as pessoas fazem as pesquisas e as disponibilizam à comunidade. Mas é um convite. Usem trabalhos fechados e uma instância onde trabalhem com pessoas que admiram. Eu creio que... Não creio que seja apenas a minha opinião. Há diferentes perspetivas. E é difícil conciliar todas as perspetivas e dizer, "O Wikidata é a solução para todo o mundo". Com isto, não quero dizer que o Wikidata não é uma solução mas há diferentes perspetivas e necessidades. O mundo é... Há uma grande variedade de necessidades, de perspetivas profissionais que não é possível conciliar numa única base de dados universal. Por isso, creio que ambos... O mais desafiador é como conciliar e encontrar formas de diálogo entre estas duas grandes famílias de necessidades e perspetivas. Se houver mais perguntas, preferia responder a outras. Mais alguém? Se não, enquanto pensam nas vossas perguntas gostaria de dizer que essa é uma das razões por que considerámos o Wikibase. Acreditamos que adicionar, editar informações na instância do Wikibase, onde temos direitos e funções como no Wikidata nos dá a oportunidade de partilhar essas informações com as informações no Wikidata de forma mais fácil e conveniente do que se tentarmos estabelecer ligações entre o catálogo de autoridade e o Wikidata, neste momento. (pessoa) É muito interessante saber como estão a "energizar" as comunidades para encontrar as suas próprias formas de modelação de dados e introduzi-las no Wikibase. Em relação à comunidade do Stuart Prior, mas também algumas das outras, tentarão integrar as abordagens que, enquanto comunidade, acharem que funcionam de volta no Wikidata e dizer: "Fizemos livros de artista, vasculhámos em várias iterações "e descobrimos o que realmente funciona e as propriedades que deverão ter "ou revisões que deverão fazer ao modelo de dados do Wikidata". Boa pergunta. Uma resposta curtinha. É uma pergunta interessante. Não sei se isto é um modelo que irá funcionar com outros tipos. Espero que sim. Mas é difícil saber se a comunidade Wikidata aceita o tipo de autoridade de uma comunidade separada que se distancia e faz o trabalho por si. Mas espero que seja uma forma de as pessoas contribuírem para este processo sem terem de ir ao Wikidata para o fazer. Eu diria, levem. Levem se for conveniente e vejam como funciona nas outras instâncias. E se sentirem que é uma boa propriedade para fazer determinadas pesquisas, então será adotada, irá circular. Não vejo as autoridades a fazer isso. (pessoa) Como utilizador do Wikidata, o que é fantástico é que estabeleceram um código que funciona e é executável. Estabeleceram um modelo de dados que as pessoas conseguem ver. É implementável e funciona. Então, na comunidade do código aberto, mostrem-nos o código. Podem fazer isso. É por isso que acho tão entusiasmante ter estas ramificações que podem sustentar a modelação de dados. Sim, obrigado. A questão é mesmo essa. Também gostei do verbo que usou, "energizar". É isso mesmo que queremos fazer. Energizar, como no Star Trek. Este painel chegou ao fim. Se tiverem mais questões sobre estes projetos Wikibase, falem. - Venham amanhã. - Conversem. É esse o objetivo desta conferência. Muito obrigado. (aplausos)