A história dos manuscritos ilustrados na arte medieval. - Michelle Brown
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0:06 - 0:09Um coelho tenta tocar um órgão de igreja,
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0:09 - 0:11um cavaleiro luta com um caracol gigante
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0:11 - 0:15e um homem nu toca
trompete com seu traseiro. -
0:15 - 0:19Pintados com pincéis de pelos
de esquilo em velinos ou pergaminhos -
0:19 - 0:22por monges, freiras e artesãos urbanos,
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0:22 - 0:29essas imagens bizarras povoam as bordas
dos livros mais renomados da Idade Média. -
0:29 - 0:34As ilustrações contam uma segunda
história tão rica quanto o texto em si. -
0:35 - 0:38Algumas imagens aparecem
em vários manuscritos diferentes -
0:38 - 0:42e normalmente reforçam o conteúdo
religioso dos livros que decoraram. -
0:42 - 0:46Por exemplo, um porco-espinho
colhendo frutas com seus espinhos -
0:46 - 0:50pode representar o Diabo
roubando os frutos de fé, -
0:50 - 0:54ou Cristo carregando
os pecados da humanidade. -
0:54 - 0:58A crença medieval rezava que um caçador
só podia capturar um unicórnio -
0:58 - 1:01quando ele repousava seu chifre
no colo de uma virgem, -
1:01 - 1:05por isso o unicórnio podia
simbolizar tentação sexual, -
1:05 - 1:08ou Cristo capturado por seus inimigos.
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1:08 - 1:12Já os coelhos podiam
representar a luxúria humana, -
1:12 - 1:15que poderiam se redimir tentando
compor músicas sacras -
1:15 - 1:18apesar de seus pecados.
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1:18 - 1:21Todas essas referências seriam familiares
aos europeus da Idade Média, -
1:21 - 1:24vindas de outras manifestações
artísticas e tradição oral, -
1:24 - 1:28apesar de algumas ficarem
obscurecidas com o passar dos séculos. -
1:28 - 1:30Hoje, ninguém pode dizer ao certo
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1:30 - 1:34o que significava o cavaleiro
lutando com o caracol, -
1:34 - 1:38ou por que o cavaleiro
sempre parecia perder. -
1:38 - 1:41O caracol talvez representasse
a inevitabilidade da morte, -
1:41 - 1:44que derrotaria até
o guerreiro mais poderoso, -
1:44 - 1:50ou a humildade e a necessidade
do guerreiro vencer seu próprio orgulho. -
1:50 - 1:55Muitos manuscritos ilustrados eram
cópias de textos religiosos ou clássicos, -
1:55 - 1:59e os copistas incluíram suas próprias
ideias e opiniões nas ilustrações. -
2:00 - 2:02Por exemplo, o trompete no traseiro,
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2:02 - 2:05que provavelmente era uma maneira
de expressar desaprovação, -
2:05 - 2:09ou dar uma tirada sarcástica,
à ação no texto. -
2:10 - 2:14Os desenhos podiam ser usados para fazer
comentários políticos subversivos. -
2:14 - 2:16O texto em os "Decretos de Smithfield"
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2:16 - 2:20detalha as leis da igreja
e a punição para os infratores, -
2:20 - 2:24mas as bordas mostram
uma raposa enforcada por gansos, -
2:24 - 2:28uma possível alusão às pessoas comuns
voltando-se contra opressores poderosos. -
2:29 - 2:31Em "Chronica Majora",
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2:31 - 2:34Mateus de Paris conta
um escândalo de seus dias, -
2:34 - 2:40no qual o príncipe galês Griffin
cai da Torre de Londres e morre. -
2:40 - 2:43Paris escreveu que alguns achavam
que o príncipe caiu -
2:43 - 2:45e que outros pensavam que foi empurrado.
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2:45 - 2:47Ele deixou sua própria opinião nas bordas,
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2:47 - 2:50que mostram o príncipe caindo,
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2:50 - 2:53enquanto tentava fugir
em uma corda feita de lençóis. -
2:53 - 2:57Algumas bordas contam
histórias mais pessoais. -
2:57 - 2:58O "Luttrell Psalter",
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2:58 - 3:03um livro de salmos e orações
encomendado pelo Sir Geoffrey Luttrell, -
3:03 - 3:05mostra uma jovem arrumando o cabelo,
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3:05 - 3:08enquanto um homem pega
um pássaro com uma rede. -
3:08 - 3:11Dá pra ver a coroa raspada
na cabeça dele com cabelo crescendo, -
3:11 - 3:15indicando que era um clérigo
que negligenciou seus deveres. -
3:15 - 3:17Isso alude a um escândalo familiar,
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3:17 - 3:21no qual o jovem clérigo foge
com Elizabeth, filha de Sir Geoffrey. -
3:21 - 3:26Provavelmente, o conselheiro espiritual
da família desenhou isso no livro -
3:26 - 3:28para lembrar seus clientes das suas falhas
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3:28 - 3:31e incentivar o desenvolvimento
espiritual deles. -
3:32 - 3:35Alguns artistas chegaram a pintar
a si mesmos nos manuscritos. -
3:35 - 3:39A imagem inicial da coleção
de trabalhos de Christine de Pisan -
3:39 - 3:43mostra Pisan apresentando
seu livro à rainha da França. -
3:43 - 3:47A rainha ficou tão impressionada
com o trabalho anterior de Pisan -
3:47 - 3:49que encomendou sua própria cópia.
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3:49 - 3:55Este patrocínio real possibilitou que ela
abrisse sua própria editora em Paris. -
3:55 - 4:00A tradição dos manuscritos ilustrados
durou mais de mil anos. -
4:00 - 4:05Os livros foram criados por indivíduos,
ou equipes por uma infinidade de razões, -
4:05 - 4:10desde ajuda a orações particulares,
ofícios religiosos, livros didáticos -
4:10 - 4:14e amuletos protetores
para serem levados às batalhas. -
4:14 - 4:16Com toda essa variedade,
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4:16 - 4:18aqueles pequenos desenhos
curiosos nas bordas -
4:18 - 4:23são uma janela única
para a mente dos artistas medievais.
- Title:
- A história dos manuscritos ilustrados na arte medieval. - Michelle Brown
- Speaker:
- Michelle Brown
- Description:
-
Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/what-is-a-butt-tuba-and-why-is-it-in-medieval-art-michelle-brown
Um coelho tenta tocar o órgão de uma igreja, um cavaleiro luta contra um caracol gigante e um homem nu toca um trompete com o traseiro. Essas imagens bizarras, feitas por monges, freiras e artesãos urbanos em papeis velino com pincéis de pelo de esquilo ou pergaminhos, aparecem com frequência as bordas dos livros mais renomados da Idade Média. Michelle Brows explora a rica história e tradição dos manuscritos ilustrados.
Lição de Michelle Brown, direção de WOW-HOW Studio.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
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