"Designs" simples que salvam vidas
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0:00 - 0:02No que toca à invenção,
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0:02 - 0:05gostava de vos contar a história de um dos meus projectos preferidos.
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0:05 - 0:08Penso que é um dos mais excitantes em que estou a trabalhar,
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0:08 - 0:10mas acho que é também o mais simples.
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0:10 - 0:14É um projecto que tem o potencial de causar um impacto gigante em todo o mundo.
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0:14 - 0:18Aborda um dos maiores problemas de saúde pública no planeta,
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0:18 - 0:21a primeira causa de morte em crianças com menos de 5 anos,
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0:21 - 0:26que é...? Doenças transmitidas pela água? Diarreia? Má Nutrição?
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0:26 - 0:32Não, é a inalação de fumos de fogueiras interiores para a preparação de alimentos --
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0:32 - 0:37que causam infecções respiratórias graves. Acreditam nisto?
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0:37 - 0:40Acho isto chocante e de algum modo revoltante.
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0:40 - 0:43Será que não conseguimos criar combustíveis que queimem de uma forma mais limpa?
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0:43 - 0:45Será que não conseguimos fazer melhores fogões?
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0:45 - 0:49Como será possível que isto possa provocar dois milhões de mortes todos os anos?
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0:49 - 0:51Sei que o Bill Joy esteve a falar convosco
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0:51 - 0:53acerca das maravilhas dos nanotubos de carbono.
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0:53 - 0:55Então eu vou falar-vos acerca
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0:55 - 0:59das maravilhas dos nanotubos de carbono, que é o carvão!
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1:01 - 1:06Esta é uma foto do Haiti rural. Actualmente, 98% do Haiti está desflorestado.
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1:06 - 1:09Vêem-se cenários destes por toda a ilha.
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1:09 - 1:12Provoca todo o tipo de problemas ambientais
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1:12 - 1:17e proplemas que afectam a população por todo o país.
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1:17 - 1:19Há uns anos atrás houveram cheias gravíssimas
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1:19 - 1:20que provocaram milhares de mortes.
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1:20 - 1:22e isso é directamente atribuído ao facto
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1:22 - 1:25de já não haverem árvores para estabilizarem o solo.
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1:25 - 1:29Então, quando a chuva vem, enche os rios, e as cheias acontecem!
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1:30 - 1:33Uma das razões pelas quais há tão poucas árvores é a seguinte:
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1:33 - 1:36as pessoas precisam de cozinhar, e recolhem a madeira
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1:36 - 1:39e fazem carvão com ela.
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1:39 - 1:42Não é que as pessoas sejam ignorantes para com os danos ambientais.
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1:42 - 1:45Sabem perfeitamente, mas não têm alternativa.
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1:45 - 1:47Os combustíveis fósseis não estão disponíveis,
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1:47 - 1:52e a energia solar não cozinha os alimentos da forma que eles gostam.
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1:52 - 1:54E então é isto que eles fazem.
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1:54 - 1:58Podem-se encontrar famílias como esta que procuram uma árvore na floresta,
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1:58 - 2:01abatem-na e fazem carvão com ela.
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2:02 - 2:05Então, e sem surpresa, existe um grande esforço
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2:05 - 2:09que tem sido feito para procurar combustíveis alternativos para cozinhar.
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2:09 - 2:12Acerca de 4 anos levei uma equipa de estudantes ao Haiti,
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2:12 - 2:15e trabalhámos com os voluntários do Corpo de Paz.
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2:15 - 2:17Este é um desses voluntários,
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2:17 - 2:20e este é um aparelho que ele construiu na aldeia onde trabalhou.
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2:20 - 2:22E a ideia era que se podia pegar em desperdícios de papel,
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2:22 - 2:26comprimi-los e fazer briquetes que poderiam ser usadas como combustível.
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2:26 - 2:28Mas este aparelho era demasiado lento.
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2:28 - 2:31Então os nossos estudantes de engenharia trabalharam nele
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2:31 - 2:34e com umas alterações muito simples
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2:34 - 2:37conseguiram triplicar a produção deste aparelho.
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2:37 - 2:39Podem imaginar que eles estavam muito excitados com isto.
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2:39 - 2:43E levaram as briquetes de volta ao MIT para testá-las.
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2:43 - 2:48E uma das coisas que descobriam foi que elas não ardiam.
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2:48 - 2:51Isto foi um pouco desencorajador para os alunos.
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2:52 - 2:56E de facto se olharem com atenção, aqui mesmo,
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2:56 - 2:58podem ver que diz, "Corpo de Paz dos EUA".
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2:58 - 3:02Acontece que, na verdade não havia desperdício de papel nesta aldeia.
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3:02 - 3:06E embora fosse um bom uso da papelada do governo
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3:06 - 3:08para este voluntário trazer o papel com ele para a sua aldeia,
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3:08 - 3:10percorreu uma distância de 800 km.
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3:10 - 3:14Então achámos que talvez houvesse uma maneira melhor
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3:14 - 3:16de arranjar um combustível alternativo.
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3:16 - 3:19O que queríamos fazer, era combustível
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3:19 - 3:22que utilizasse algo que estivesse facilmente disponível a nível local.
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3:22 - 3:26Também podem ver isto por todo o Haiti. São pequenas refinarias de açúcar.
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3:26 - 3:27E o desperdíco
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3:27 - 3:31da extracção dos sucos da cana de açúcar, é chamado de bagaço.
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3:31 - 3:34Não tem outro uso. Não tem valor nutricional,
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3:34 - 3:36então não o dão ao gado.
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3:36 - 3:40Fica apenas num grande monte perto da refinaria até que acabam por queimá-lo.
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3:40 - 3:43O que queriamos fazer era descobrir uma maneira
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3:43 - 3:46de recolher este recurso desperdiçado e tranformá-lo num combustível
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3:46 - 3:49que fosse algo com o qual as pessoas pudessem cozinhar facilmente,
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3:49 - 3:51algo como o carvão.
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3:51 - 3:56Então, nos anos seguintes, os estudantes e eu trabalhámos para desenvolver um processo.
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3:56 - 4:00Então começa-se com o bagaço e depois, com um simples forno,
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4:00 - 4:03que se pode fazer com um bidão velho de vinte litros.
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4:03 - 4:07Após algum tempo, depois de lhe atear fogo, sela-se
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4:07 - 4:10para restringir o oxigénio que entra na fornalha,
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4:10 - 4:14e disto resulta este material carbonizado.
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4:14 - 4:16No entanto, isto não se pode queimar. É demasiado fino
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4:16 - 4:20e queima demasiado depressa para ser util para cozinhar.
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4:20 - 4:24Então tínhamos que tentar encontrar uma forma de transformá-lo em briquetes úteis.
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4:24 - 4:27E convenientemente, um dos meus alunos era do Ghana,
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4:27 - 4:32e ele lembrou-se de um prato que a mãe costumava fazer para ele, chamado Kokonte,
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4:32 - 4:35que é uma papa muito peganhenta feita com raiz de cassava.
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4:35 - 4:37Então, o que fizémos foi procurar, e descobrimos
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4:37 - 4:41que a cassava é, de facto, cultivada no Haiti, mas chamada de mandioca.
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4:41 - 4:43E é, de facto, cultivada por todo o mundo --
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4:43 - 4:47yucca, tapioca, mandioca, cassava, é tudo a mesma coisa --
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4:47 - 4:49um vegetal com uma raíz com muito amido.
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4:49 - 4:52E pode-se fazer com ela uma papa muito grossa e peganhenta,
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4:52 - 4:56que se pode usar para aglutinar as briquetes de carvão.
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4:56 - 4:59E foi o que fizémos. Fomos ao Haiti.
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4:59 - 5:02Estes são os graduados da primeira Escola de Chabon,
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5:02 - 5:04ou Instituto do Carvão (IC). E estes --
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5:04 - 5:06(Risos)
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5:06 - 5:11-- é isso mesmo. Actualmente sou instrutora no MIT bem como no IC.
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5:11 - 5:15E estas são as briquetes que fizemos.
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5:15 - 5:20Agora vou levá-los a um continente diferente. Isto é a Índia,
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5:20 - 5:25e este é o combustível mais utilizado para cozinhar: bosta de vaca.
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5:25 - 5:29E mais do que no Haiti, isto produz fogueiras muito fumarentas,
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5:29 - 5:32e isto é onde se vê o impacto que tem na saúde
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5:32 - 5:36o facto de se cozinhar usando com bosta de vaca e biomassa como combustivel.
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5:36 - 5:39As crianças e as mulheres são especialmente afectados por isso,
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5:39 - 5:41porque são elas que estão em redor das fogueiras.
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5:41 - 5:44Então quisemos ver se podíamos introduzir
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5:44 - 5:46aqui esta tecnologia de fabrico de carvão.
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5:46 - 5:49Bem, infelizmente eles não tinham cana de açúcar
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5:49 - 5:52e não tinham mandioca, mas isso não nos parou.
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5:52 - 5:56O que fizémos foi: descobrimos quais as fontes locais de biomassa disponíveis.
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5:56 - 5:59E havia palha de trigo e de arroz nesta área.
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5:59 - 6:01E o que podíamos usar como aglutinante
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6:01 - 6:03era, de facto, pequenas quantidades de estrume de vaca,
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6:03 - 6:06que eles usavam normalmente como combustivel.
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6:06 - 6:10E fizémos testes lado a lado, e aqui pode-se ver
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6:10 - 6:13as briquetes de carvão, e aqui a bosta de vaca.
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6:13 - 6:16E podem ver que é um combustível com uma queima bem mais limpa.
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6:16 - 6:19E, de facto, aquece a água muito mais rapidamente.
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6:19 - 6:21De modo que ficámos muito contentes, até agora.
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6:21 - 6:23Mas uma das coisas que descobrimos
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6:23 - 6:26foi que quando comparavamos lado a lado com carvão de madeira,
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6:26 - 6:29não queimava por tanto tempo. E as briquetes desfaziam-se um bocado,
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6:29 - 6:32e perdíamos energia à medida que se iam desfazendo quando se cozinhava.
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6:32 - 6:36Então quisemos tentar descobrir uma forma de fazer uma briquete mais forte
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6:36 - 6:40para que pudessemos competir com o mercado de carvão de madeira no Haiti.
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6:40 - 6:44Então voltámos ao MIT, desencantámos a máquina de testes Instron,
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6:44 - 6:47e descobrimos que tipo de forças precisaríamos
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6:47 - 6:49para comprimir uma briquette a um nível
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6:49 - 6:52de onde se pudesse retirar uma performance melhorada da mesma.
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6:52 - 6:56E ao mesmo tempo que tínhamos alunos no laboratório a resolver isto,
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6:56 - 7:02tinhamos também parceiros na comunidade no Haiti a tentar desenvolver o processo,
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7:02 - 7:08para melhorá-lo e torná-lo mais acessível às pessoas nas aldeias de lá.
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7:08 - 7:10E após algum tempo,
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7:10 - 7:15desenvolvemos uma prensa barata que permite produzir carvão,
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7:15 - 7:22que até queima durante mais tempo e de forma mais limpa que o carvão de madeira.
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7:22 - 7:26Estamos então agora numa situação em que temos um produto que é na realidade melhor
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7:26 - 7:29que aquele que se pode comprar no mercado no Haiti,
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7:29 - 7:32que é um local maravilhoso para se estar.
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7:33 - 7:39Só no Haiti, todos os anos são cortadas cerca de 30 milhões de árvores.
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7:39 - 7:41Há uma possibilidade de isto ser implementado
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7:41 - 7:43e salvar uma grande parte dessas árvores.
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7:43 - 7:49Para além disto, os dividendos gerados desse carvão são cerca de 260 milhões de dólares.
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7:49 - 7:52Isso é mesmo muito para um país como o Haiti --
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7:52 - 7:54com uma população de oito milhões
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7:54 - 7:58e com um rendimento médio de menos de 400 dólares.
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7:58 - 8:03Isto é onde estamos também a andar para a frente com o nosso projecto do carvão.
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8:03 - 8:05E uma das coisas que eu penso ser também interessante,
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8:05 - 8:10é que eu tenho um amigo na Universidade da Califórnia em Berkeley que tem andado a fazer análises de risco.
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8:10 - 8:13E ele olhou para o problema dos impactos na saúde
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8:13 - 8:15da queima de madeira em vez de carvão.
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8:15 - 8:17E descobriu que, por todo o mundo,
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8:17 - 8:21se poderiam prevenir um milhão de mortes mudando da madeira para carvão
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8:21 - 8:23como combustível. E isso é notável.
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8:23 - 8:26Mas até agora, não havia maneira de o fazer sem derrubar árvores.
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8:26 - 8:28Mas agora temos uma maneira
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8:28 - 8:32que usa os desperdícios agrícolas para criar um combustível.
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8:32 - 8:34No entanto, uma das coisas mais excitantes
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8:34 - 8:37é algo que saiu da viagem que fiz ao Ghana no mês passado.
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8:37 - 8:40E isto é, penso, a coisa mais porreira,
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8:40 - 8:43e é ainda mais "low-tech" do que aquilo que acabaram de ver,
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8:43 - 8:46se é que conseguem imaginá-lo. Cá está.
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8:46 - 8:51O que é isto? Isto são carolos de milho transformados em carvão.
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8:51 - 8:54E a beleza disto é que não é preciso fazer briquettes.
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8:54 - 8:58Já vem pronto! Este é o meu portátil de 100 dólares, aqui mesmo.
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8:58 - 9:01E, na verdade, como o Nick, eu trouxe amostras.
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9:01 - 9:04(Risos)
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9:04 - 9:06Podemos fazê-las circular.
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9:07 - 9:12São completamente funcionais, testadas no terreno, prontas a serem distribuídas.
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9:15 - 9:20E penso que uma das coisas que é também verdadeiramente notável nesta tecnologia
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9:20 - 9:24é a transferência da mesma ser tão fácil.
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9:24 - 9:26Comparado com o carvão de cana de açúcar,
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9:26 - 9:29onde temos que realmente ensinar as pessoas a formar as briquetes
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9:29 - 9:31e existe o passo intermédio de cozinhar o ligante,
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9:31 - 9:33este já vem em pré-briquetes!
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9:33 - 9:36E isto é a coisa mais excitante da minha vida, de momento,
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9:36 - 9:39que é talvez um triste comentário acerca da minha vida.
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9:39 - 9:41(Risos)
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9:41 - 9:44Mas assim que o virem, como o pessoal da fila da frente, certo,
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9:44 - 9:46yeah, ok. De qualquer modo --
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9:46 - 9:48(Risos)
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9:48 - 9:52-- aqui está. E acho que isto é o exemplo perfeito
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9:52 - 9:57daquelas coisas de soma diferente de zero, das quais o Ribert Wright falava.
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9:57 - 10:00Não só se têm os benefícios de saúde,
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10:00 - 10:02como os ambientais.
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10:02 - 10:05Mas esta é uma das situações incrivelmente raras
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10:05 - 10:08onde também se têm benefícios económicos.
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10:08 - 10:12As pessoas podem fazer o seu próprio combustível a partir de desperdícios.
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10:12 - 10:14E podem gerar rendimentos a partir disto.
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10:14 - 10:17Podem poupar o dinheiro que iriam gastar em carvão,
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10:17 - 10:19e podem produzir em excesso e vendê-lo no mercado
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10:19 - 10:21às pessoas que não fabricam o seu.
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10:21 - 10:23É muito raro não comprometer uma das coisas
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10:23 - 10:27entre saúde e economia, ou o ambiente e a economia.
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10:27 - 10:30Este é um projecto que eu acho extremamente excitante,
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10:30 - 10:36e estou muito ansiosa para ver onde nos leva.
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10:37 - 10:41Então, quando agora falamos acerca do futuro que vamos criar,
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10:41 - 10:44uma das coisas que penso ser necessária
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10:44 - 10:48é ter uma visão muito clara do mundo em que vivemos.
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10:48 - 10:52E não me refiro exactamente ao mundo em que nós vivemos.
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10:52 - 10:56Refiro-me ao mundo no qual as mulheres passam duas a três horas por dia
-
10:56 - 10:59a moer grão para alimentar as suas famílias.
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10:59 - 11:02Refiro-me ao mundo onde os materiais de construção avançados
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11:02 - 11:05significam telhados de placas de cimento feitas à mão,
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11:05 - 11:08e onde, quando se trabalha dez horas por dia,
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11:08 - 11:11se continua a ganhar apenas 60 dólares num mês.
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11:12 - 11:20Refiro-me ao mundo onde mulheres e crianças passam 40 mil milhões de horas por dia na busca de água.
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11:20 - 11:24Isso é como se toda a mão de obra do Estado da Califórnia
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11:24 - 11:28trabalhasse a tempo inteiro durante um ano não fazendo mais do que procurar água.
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11:28 - 11:33É um local onde, por exemplo, se isto fosse a Índia,
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11:33 - 11:36nesta sala, apenas um terço de nós teria carro.
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11:36 - 11:37Se estivéssemos no Afganistão,
-
11:37 - 11:41apenas uma pessoa nesta sala saberia usar a Internet.
-
11:41 - 11:46Se isto fosse a Zâmbia, 300 de nós seriam agricultores,
-
11:46 - 11:49100 de vós teriam SIDA ou o VIH.
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11:49 - 11:53E mais de metade de vós viveria com menos de um dólar por dia.
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11:53 - 11:58Estas são as questões para as quais precisamos de encontrar soluções.
-
11:58 - 12:03São para estas questões que temos que treinar os nossos engenheiros,
-
12:03 - 12:07os nossos designers, os nossos homens de negócios, os nossos empreendedores.
-
12:07 - 12:10São estas as soluções que precisamos encontrar.
-
12:10 - 12:15Penso que há certas áreas em que é especialmente importante o nosso foco.
-
12:15 - 12:21Uma delas é a criação de tecnologias que promovam as micro-finanças e as micro-empresas,
-
12:21 - 12:25para que as pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza possam ter uma forma de sair dela --
-
12:25 - 12:27e que não estão a conseguir
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12:27 - 12:31usando o mesmo modo de sempre de fazer cestos, de criar aves, etc.
-
12:31 - 12:34Mas existem novas tecnologias e novos produtos
-
12:34 - 12:36que podem fazer em pequena escala.
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12:36 - 12:41Outra coisa em que acredito é que é necessário criar tecnologias para os agricultores pobres
-
12:41 - 12:44adicionarem valor às suas culturas,
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12:44 - 12:47E temos que repensar as nossas estratégias de desenvolvimento,
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12:47 - 12:51para que não estejamos a promover campanhas educacionais
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12:51 - 12:53para que eles deixem de ser agricultores,
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12:53 - 12:56mas para que deixem de ser agricultores pobres!
-
12:56 - 12:59E temos que pensar em como podemos, efectivamente, fazer isso,
-
12:59 - 13:02Precisamos de trabalhar com as pessoas nestas comunidades,
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13:02 - 13:05e dar-lhes os recursos e as ferramentas de que necessitam
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13:05 - 13:08para resolver os seus próprios problemas. Essa é a melhor forma de o fazer.
-
13:08 - 13:10Não devíamos fazê-lo de fora.
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13:10 - 13:15Então precisamos de criar este futuro, e precisamos de começar a fazê-lo agora.
-
13:15 - 13:17Obrigada.
-
13:17 - 13:26(Aplausos)
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13:26 - 13:29Chris Anderson: Diga-nos -- só enquanto vemos se alguém tem questões --
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13:29 - 13:32conta-nos apenas acerca de uma das outras coisas em que trabalhaste.
-
13:32 - 13:34Umas das outras coisas em que estamos a trabalhar
-
13:34 - 13:37é na procura de maneiras para testar a qualidade da água a baixo custo,
-
13:37 - 13:40para que as comunidades possam fazer a manutenção dos seus próprios sistemas de água,
-
13:40 - 13:43saber quando estão a funcionar, quando tratá-los, etc.
-
13:43 - 13:45Estamos também a olhar para sistemas de tratamento de águas low-cost!
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13:45 - 13:49Uma das coisas verdadeiramente excitantes é a pesquisa sobre a desinfecção solar da água,
-
13:49 - 13:52e melhorar a capacidade de ser capaz de fazer isso.
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13:52 - 13:56Qual é o maior entrave para que estas coisas se disseminem?
-
13:56 - 13:59Precisam de encontrar empreendedores, ou investidores de risco,
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13:59 - 14:04ou o que é que precisam para disseminar aquilo que já têm?
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14:04 - 14:07Sim, penso que o que falta é um grande numero de pessoas para levar isto para a frente.
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14:07 - 14:10É difícil: é um mercado muito fragmentado
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14:10 - 14:12e uma população consumidora sem rendimentos.
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14:12 - 14:16Por isso não se podem usar os mesmos modelos que se usam nos Estados Unidos
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14:16 - 14:18para fazer as coisas andar para a frente.
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14:18 - 14:21E somos muito poucos funcionários... eu.
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14:21 - 14:22(Risos)
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14:22 - 14:25Então... faço o que posso com os alunos.
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14:25 - 14:27Todos os anos temos 30 alunos a ir para o campo
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14:27 - 14:29tentar implementar e andar com isto para a frente,
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14:29 - 14:33A outra coisa é que é preciso fazer as coisas a longo prazo,
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14:33 - 14:37já que -- sabem, não se pode esperar que algo fique feito num ou dois anos.
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14:37 - 14:39Temos que olhar cinco a 10 anos para a frente.
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14:39 - 14:43Mas acho que com a visão para o fazer, podemos seguir em frente.
- Title:
- "Designs" simples que salvam vidas
- Speaker:
- Amy Smith
- Description:
-
Os gases de combustão das fogueiras internas para a preparação de alimentos matam mais de dois milhões de crianças por ano nos países em desenvolvimento, A engenheira do MIT Amy Smith explica em detalhe uma solução entusiasmante mas simples: uma ferramenta para transformar os desperdícios agrícolas num carvão limpo.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:43
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Simple designs to save a life | |
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Ana Brochado added a translation |