O malcheiroso mistério das feromonas humanas
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0:01 - 0:04"Feromona" é uma palavra muito poderosa.
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0:04 - 0:09Evoca sexo, abandono, perda de controlo,
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0:09 - 0:12e é muito importante enquanto palavra.
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0:13 - 0:17Mas tem apenas 50 anos.
Foi inventada em 1959. -
0:18 - 0:20Se procurarem esta palavra na Internet
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0:20 - 0:22— como talvez já tenham feito —
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0:22 - 0:24encontrarão milhões de respostas.
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0:24 - 0:27Quase todos os "sites"
estão a tentar vender -
0:27 - 0:29uma coisa que vos torne irresistíveis
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0:29 - 0:31por 10 dólares ou mais.
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0:33 - 0:34É uma ideia muito atraente
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0:34 - 0:37e as moléculas que eles referem
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0:37 - 0:39têm um ar muito científico.
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0:39 - 0:40Têm muitas sílabas.
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0:40 - 0:43São coisas como androstenol, androstenona,
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0:43 - 0:45ou androstenediona.
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0:45 - 0:47São cada vez melhores.
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0:47 - 0:50Quando juntamos isso
a batas brancas de laboratório, -
0:50 - 0:53podemos imaginar que existe
uma ciência fantástica por trás disso. -
0:54 - 1:00Infelizmente, essas designações
são fraudulentas -
1:00 - 1:02apoiadas numa ciência duvidosa.
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1:02 - 1:05O problema é que, embora existam
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1:05 - 1:07muitos bons cientistas a trabalhar
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1:07 - 1:09no que consideram ser
feromonas humanas, -
1:09 - 1:12e que publicam em revistas respeitáveis,
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1:12 - 1:17na sua base, apesar
de experiências muito sofisticadas, -
1:17 - 1:19não há uma verdadeira ciência
por trás disso, -
1:19 - 1:23porque ela baseia-se num problema,
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1:23 - 1:26ou seja, ninguém analisou sistematicamente
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1:26 - 1:28todos os odores produzidos
pelos seres humanos -
1:28 - 1:31e há milhares de moléculas
que nós expelimos. -
1:31 - 1:35Nós somos mamíferos.
Produzimos muitos odores. -
1:35 - 1:36Ninguém analisou sistematicamente
-
1:36 - 1:39para descobrir quais as moléculas
que são feromonas. -
1:39 - 1:43Apenas agarraram nalgumas e
todas as experiências são baseadas nelas, -
1:43 - 1:46mas não há nenhuns indícios seguros.
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1:46 - 1:50Isto não quer dizer que o cheiro
não seja importante para as pessoas. -
1:50 - 1:53É sim, e há pessoas
que são realmente entusiastas. -
1:54 - 1:57Uma delas era Napoleão.
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1:57 - 1:59É conhecido, devem lembrar-se
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1:59 - 2:02que, na sua campanha de guerra,
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2:02 - 2:05ele escreveu à sua amada,
a Imperatriz Josefina, dizendo: -
2:05 - 2:08"Não se lave. Estou de regresso a casa."
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2:08 - 2:09(Risos)
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2:09 - 2:12Ele não queria perder nada da riqueza dela
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2:12 - 2:14nos dias antes de regressar a casa.
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2:14 - 2:17E isto continua, podem
encontrar "sites" na Internet -
2:17 - 2:20que oferecem isso
como um importante capricho. -
2:20 - 2:21Mas. ao mesmo tempo,
-
2:21 - 2:25nós gastamos tanto dinheiro
para eliminar os nossos cheiros -
2:25 - 2:29como para voltar a pô-los
através de perfumes -
2:29 - 2:31e a perfumaria é um negócio
de muitos milhões. -
2:32 - 2:35O que eu quero, no resto desta conversa,
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2:35 - 2:40é dizer-vos o que são
realmente as feromonas, -
2:40 - 2:43dizer porque é que acho
que podemos presumir -
2:43 - 2:46que os seres humanos têm feromonas,
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2:46 - 2:50falar-vos de algumas
das confusões com feromonas -
2:50 - 2:55e, finalmente, quero concluir
com um caminho promissor -
2:55 - 2:58que nos mostre como devemos prosseguir.
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2:59 - 3:03Os antigos gregos sabiam
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3:03 - 3:07que os cães trocavam sinais invisíveis
uns entre os outros. -
3:07 - 3:10Uma cadela no cio
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3:10 - 3:13enviava um sinal invisível para os cães
a quilómetros de distância, -
3:13 - 3:15e não era um som, era um odor.
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3:15 - 3:17Podemos agarrar no cheiro da fêmea
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3:17 - 3:20e os machos irão perseguir o pano.
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3:20 - 3:23Mas o problema para quem via este efeito
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3:23 - 3:25era que não era possível
identificar as moléculas. -
3:25 - 3:28Era impossível mostrar
que era uma coisa química. -
3:28 - 3:29Claro que a razão para isso
-
3:29 - 3:32é que cada um destes animais
produz pequenas quantidades. -
3:32 - 3:34No caso dos cães,
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3:34 - 3:36os machos sentem o cheiro,
mas nós não. -
3:37 - 3:41Só em 1959, uma equipa alemã,
-
3:41 - 3:44depois de 20 anos
à procura destas moléculas, -
3:44 - 3:48descobriu e identificou
a primeira feromona. -
3:48 - 3:52Foi a feromona sexual
duma borboleta do bicho-da-seda. -
3:52 - 3:55Foi uma escolha inspirada
por Adolf Butenandt e a sua equipa, -
3:55 - 3:58porque ele precisou
de meio milhão de borboletas -
3:58 - 4:00para ter material suficiente
para as análises químicas. -
4:00 - 4:03Mas ele criou o modelo de procedimentos
-
4:03 - 4:05para a análise de feromonas.
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4:05 - 4:07Basicamente, procedeu sistematicamente
-
4:07 - 4:10demonstrando que
aquela molécula em questão -
4:10 - 4:14era a única que estimulava os machos,
e não as demais. -
4:14 - 4:16Analisou-a meticulosamente.
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4:16 - 4:18Sintetizou essa molécula
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4:18 - 4:22e testou a molécula sintetizada
nos machos. -
4:22 - 4:26Obteve reações e demonstrou
que, de facto, era aquela molécula. -
4:26 - 4:28Isso fechou o ciclo.
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4:28 - 4:31É o que nunca foi feito com seres humanos:
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4:31 - 4:34nada sistemático,
nenhuma demonstração real. -
4:35 - 4:36Com este novo conceito,
-
4:36 - 4:39nós precisávamos
de uma nova palavra, -
4:39 - 4:41e foi a palavra "feromona"
-
4:41 - 4:46que é, basicamente, a excitação
transferida entre indivíduos. -
4:47 - 4:50A partir de 1959,
têm-se encontrado feromonas -
4:50 - 4:52por todo o reino animal,
-
4:52 - 4:54em machos e em fêmeas.
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4:54 - 4:57Também funciona debaixo de água
com os peixinhos e as lagostas. -
4:57 - 5:00Em quase todos os mamíferos
em que possamos pensar -
5:00 - 5:01identificou-se uma feromona
-
5:01 - 5:04e claro, também
num enorme número de insetos. -
5:05 - 5:09Sabemos então que existem feromonas
em todo o reino animal. -
5:09 - 5:11E nos seres humanos?
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5:11 - 5:14Bom, a primeira coisa, naturalmente,
é que somos mamíferos -
5:14 - 5:16e os mamíferos produzem cheiros.
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5:16 - 5:18Como qualquer dono de um cão
pode confirmar, -
5:18 - 5:20nós cheiramos, eles cheiram.
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5:20 - 5:24Mas a razão pela qual devemos pensar
que os seres humanos têm feromonas -
5:24 - 5:27é a mudança que ocorre quando crescemos.
-
5:27 - 5:31O cheiro de um quarto de adolescente
é muito diferente -
5:31 - 5:33do cheiro do quarto
de uma criança pequena. -
5:33 - 5:36O que mudou? Claro, é a puberdade.
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5:36 - 5:39Juntamente com os pelos púbicos
e os pelos nas axilas, -
5:39 - 5:43há novas secreções glandulares
nesses sítios, -
5:43 - 5:46e é isso que causa a mudança de odor.
-
5:46 - 5:48Se fôssemos qualquer
outra espécie de mamífero -
5:48 - 5:50ou qualquer outro tipo
de animal, diríamos: -
5:50 - 5:53"Deve ter a ver alguma coisa
com as feromonas" -
5:53 - 5:55e começaríamos a pesquisar devidamente.
-
5:55 - 5:57Mas há alguns problemas,
pela seguinte razão: -
5:57 - 6:00acho que as pessoas não investigaram
-
6:00 - 6:03as feromonas tão eficazmente
nos seres humanos. -
6:03 - 6:05Na verdade, há problemas.
-
6:05 - 6:08O primeiro é talvez surpreendente.
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6:08 - 6:10É uma questão de cultura.
-
6:10 - 6:12As borboletas não aprendem muito
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6:12 - 6:16sobre o que é bom de cheirar,
mas os seres humanos aprendem. -
6:16 - 6:18Mais ou menos pelos quatro anos,
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6:18 - 6:20qualquer cheiro, por mais rançoso que seja,
-
6:20 - 6:22é apenas interessante.
-
6:22 - 6:25Eu percebo que o principal papel dos pais
-
6:25 - 6:28seja impedir os filhos
de meter os dedos no cocó, -
6:28 - 6:31porque há sempre
outra coisa boa para cheirar. -
6:31 - 6:33Mas a pouco e pouco
aprendemos o que não é bom. -
6:33 - 6:35Uma das coisas que aprendemos
-
6:35 - 6:37ao mesmo tempo do que não é bom,
-
6:37 - 6:39é o que é bom.
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6:39 - 6:41O queijo que está atrás de mim
-
6:41 - 6:45é uma iguaria britânica, talvez inglesa.
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6:45 - 6:48É o queijo azul Stilton.
-
6:48 - 6:52Gostar dele é incompreensível
para pessoas de outros países. -
6:53 - 6:56Cada cultura tem a sua comida especial,
-
6:56 - 6:58a sua iguaria nacional.
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6:58 - 7:00Se vocês são islandeses,
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7:00 - 7:04o vosso prato nacional
é carne de tubarão podre. -
7:04 - 7:07Todas estas coisas são gostos adquiridos,
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7:07 - 7:10mas quase que formam
um crachá de identidade. -
7:10 - 7:13Pertencemos a esse grupo.
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7:14 - 7:18A segunda coisa é o sentido do olfato.
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7:18 - 7:22Cada um de nós tem
um mundo de cheiros único -
7:22 - 7:27no sentido de que cada um de nós
cheira um mundo completamente diferente. -
7:27 - 7:30O olfato foi o sentido
mais difícil de desvendar. -
7:30 - 7:35O Prémio Nobel para
Richard Axel e Linda Buck -
7:35 - 7:37só foi entregue em 2004
-
7:37 - 7:39pela descoberta
do funcionamento do olfato. -
7:39 - 7:41É muito difícil
-
7:41 - 7:43mas, na essência, os nervos cerebrais
-
7:43 - 7:45sobem pelo nariz acima
-
7:45 - 7:49e nestes nervos expostos
ao ar externo no nariz -
7:49 - 7:51estão recetores.
-
7:51 - 7:54As moléculas de odor entram
durante uma fungadela -
7:54 - 7:57e interagem com estes recetores.
-
7:57 - 8:00Se eles se ligarem,
mandam um sinal ao nervo -
8:00 - 8:02que volta ao cérebro.
-
8:03 - 8:05Não temos só um tipo de recetor.
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8:05 - 8:09Os seres humanos têm cerca de 400
tipos diferentes de recetores. -
8:09 - 8:11O cérebro reconhece
o que estamos a cheirar -
8:11 - 8:13por causa da combinação de recetores
-
8:13 - 8:16e das células nervosas que eles ativam,
-
8:16 - 8:20ao enviar mensagens para o cérebro
de forma combinada. -
8:20 - 8:22Mas é um pouco mais complicado
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8:22 - 8:23porque cada um destes 400 recetores
-
8:23 - 8:26tem variantes diferentes.
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8:26 - 8:28Dependendo da variante que tivermos,
-
8:28 - 8:32sentimos o cheiro dos coentros,
daquela erva, -
8:32 - 8:35como uma coisa deliciosa e saborosa
-
8:35 - 8:37ou como uma coisa que parece sabão.
-
8:37 - 8:40Cada um de nós tem
um mundo individual de cheiros -
8:40 - 8:43o que complica muito
quando estudamos o olfato. -
8:43 - 8:46Nós temos mesmo que falar sobre axilas,
-
8:46 - 8:50e devo dizer que tenho umas
particularmente boas. -
8:50 - 8:51Não vou partilhá-las convosco,
-
8:51 - 8:54mas este é o local em que
a maior parte das pessoas -
8:54 - 8:55tem procurado as feromonas.
-
8:55 - 8:58Há uma boa razão para tal.
-
8:58 - 9:02Os grandes símios têm axilas
como uma característica única. -
9:02 - 9:06Os outros primatas têm glândulas odoríferas
noutras partes do corpo. -
9:07 - 9:11Os grandes símios têm as axilas
cheias de glândulas secretoras -
9:11 - 9:14que estão sempre a produzir cheiros.
-
9:14 - 9:17enorme quantidade de moléculas.
-
9:18 - 9:21Quando são segregadas pelas glândulas,
as moléculas são inodoras. -
9:21 - 9:23Não têm nenhum cheiro,
-
9:23 - 9:25e é somente a maravilhosa bactéria
-
9:25 - 9:27que cresce na floresta tropical dos cabelos
-
9:27 - 9:31que produz os cheiros
que conhecemos e amamos. -
9:31 - 9:34Incidentalmente,
se quisermos reduzir o cheiro, -
9:34 - 9:36rapar os pelos das axilas
-
9:36 - 9:40é uma maneira muito eficaz de reduzir
o "habitat" da bactéria, -
9:40 - 9:43e vemos logo que o cheiro diminui
durante mais tempo. -
9:44 - 9:47Acho que o facto de nos termos
concentrado nas axilas, -
9:47 - 9:49em parte, é porque elas
são o lugar menos embaraçoso -
9:49 - 9:52para se pedir amostras às pessoas.
-
9:52 - 9:55Há ainda outra razão
para não procurarmos aqui -
9:55 - 9:57uma feromona sexual.
-
9:57 - 10:01É porque 20% da população mundial
-
10:01 - 10:04não tem axilas malcheirosas como eu.
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10:05 - 10:09São os povos da China, do Japão, da Coreia
-
10:09 - 10:11e de outras partes do nordeste asiático.
-
10:11 - 10:15Eles não segregam os precursores inodoros
-
10:15 - 10:19que as bactérias gostam de usar
para produzir os cheiros -
10:19 - 10:21que, de forma etnocêntrica,
nós sempre considerámos -
10:21 - 10:24característicos das axilas.
-
10:24 - 10:27Isso não se aplica a 20% do mundo.
-
10:28 - 10:31Então, o que devemos fazer
-
10:31 - 10:34na nossa pesquisa
sobre as feromonas humanas? -
10:34 - 10:36Estou bastante convencido de que as temos.
-
10:36 - 10:40Somos mamíferos e,
como todos os mamíferos, -
10:40 - 10:42provavelmente temo-las.
-
10:42 - 10:44Mas o que eu acho que devemos fazer
-
10:44 - 10:48é voltar ao início
e investigar em todo o corpo. -
10:48 - 10:51Por mais embaraçoso que seja,
-
10:51 - 10:53é preciso procurar e ir pela primeira vez
-
10:53 - 10:56onde ninguém se atreveu a procurar.
-
10:56 - 10:59Vai ser difícil, vai ser embaraçoso,
mas é preciso investigar. -
11:00 - 11:02Também precisamos de voltar às ideias
-
11:02 - 11:06que Butenandt usou quando estudou
a borboleta do bicho-da-seda. -
11:06 - 11:09Precisamos voltar atrás
e observar sistematicamente -
11:09 - 11:12todas as moléculas
que estão a ser produzidas, -
11:12 - 11:14e trabalhar naquelas
que estão realmente envolvidas. -
11:14 - 11:16Não basta agarrar apenas nalgumas e dizer:
-
11:16 - 11:18"Estas servem."
-
11:18 - 11:19Temos que demonstrar
-
11:19 - 11:22que elas têm realmente
os efeitos que afirmamos. -
11:22 - 11:25Há uma equipa que me impressionou muito.
-
11:25 - 11:28Está em França e o seu êxito anterior
-
11:28 - 11:33foi a identificação
da feromona mamária do coelho. -
11:33 - 11:35Agora voltaram a atenção
-
11:35 - 11:38para bebés humanos e para as suas mães.
-
11:39 - 11:44Este é um bebé a mamar o leite
do peito da mãe. -
11:44 - 11:48O mamilo dela está totalmente tapado
pela cabeça do bebé. -
11:48 - 11:53Mas reparem numa bolinha branca
com uma seta a apontar para ela. -
11:53 - 11:56É a secreção das glândulas areolares.
-
11:56 - 11:59Todos as temos, homens e mulheres.
-
11:59 - 12:02São as pequenas saliências
em volta do mamilo. -
12:02 - 12:06Numa mulher que amamenta
elas começam a segregar. -
12:06 - 12:09É um fenómeno muito interessante.
-
12:09 - 12:12Benoist Schaal e a sua equipa
-
12:12 - 12:14desenvolveram um simples teste
-
12:14 - 12:17para investigar o efeito
que esta secreção pode causar, -
12:17 - 12:20na realidade, um simples bioensaio.
-
12:20 - 12:23Este é um bebé a dormir.
-
12:23 - 12:27Colocamos sob o nariz
uma haste de vidro, limpa. -
12:28 - 12:30O bebé continua a dormir,
-
12:30 - 12:33não demonstrando qualquer interesse.
-
12:33 - 12:35Mas se arranjarmos uma mãe qualquer
-
12:35 - 12:37que esteja a segregar
das glândulas areolares, -
12:37 - 12:40— por isso não se trata de reconhecimento,
pode ser qualquer mãe — -
12:40 - 12:45se retirarmos a secreção e a colocarmos
sob o nariz do bebé, -
12:45 - 12:47obtemos uma reação muito diferente.
-
12:47 - 12:50É a reação de prazer de um conhecedor.
-
12:50 - 12:54Ele abre a boca, deita a língua de fora
-
12:54 - 12:56e começa a chupar.
-
12:56 - 12:58Agora, como isso é feito com qualquer mãe,
-
12:58 - 13:00pode tratar-se de uma feromona.
-
13:00 - 13:02Não se trata de reconhecimento individual.
-
13:02 - 13:04Funciona com qualquer mãe.
-
13:04 - 13:07Então, porque é que isso é importante,
para além de ser muito interessante? -
13:07 - 13:12É porque as mulheres variam
quanto ao número de glândulas areolares, -
13:12 - 13:15e há uma correlação entre a facilidade
-
13:15 - 13:17com que os bebés começam a mamar
-
13:17 - 13:19e o número de glândulas que a mulher tem.
-
13:19 - 13:22Parece que quanto mais secreção ela tem,
-
13:22 - 13:25mais provável é que o bebé
mame rapidamente. -
13:25 - 13:30Nos mamíferos, o período
mais perigoso da vida -
13:30 - 13:32é o de algumas horas após o parto.
-
13:32 - 13:35É preciso ter o primeiro gole de leite
-
13:35 - 13:39e se não houver, não se sobrevive.
-
13:39 - 13:41É morte certa.
-
13:41 - 13:44Uma vez que muitos bebés
têm dificuldade com a primeira refeição, -
13:44 - 13:47porque não estão a ter o estímulo certo,
-
13:47 - 13:50se pudermos identificar
que molécula é essa, -
13:50 - 13:52— e a equipa francesa
está a ser muito cautelosa — -
13:52 - 13:54mas se pudermos identificar a molécula,
-
13:54 - 13:56e sintetizá-la, isso poderá significar
-
13:56 - 13:59que os bebés prematuros
ficarão mais aptos a mamar, -
13:59 - 14:03e todos os bebés poderão ter
mais hipóteses de sobreviver. -
14:03 - 14:05Portanto, o que eu quero argumentar
é que este exemplo -
14:05 - 14:09duma abordagem sistemática
e verdadeiramente científica -
14:09 - 14:13pode de facto chegar a
uma compreensão das feromonas. -
14:13 - 14:15Pode haver todo o tipo
de intervenções médicas. -
14:15 - 14:17Pode haver todo o tipo de coisas
-
14:17 - 14:19que se estão a fazer com as feromonas
-
14:19 - 14:20que nós desconhecemos neste momento.
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14:20 - 14:24É preciso lembrarmo-nos que as feromonas
não têm a ver só com sexo. -
14:24 - 14:25Têm a ver com todo o tipo de coisas
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14:25 - 14:27relacionadas com a vida dos mamíferos.
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14:27 - 14:30Então é ir além e pesquisar mais.
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14:30 - 14:31Há muito para descobrir.
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14:31 - 14:33Muito obrigado.
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14:33 - 14:36(Aplausos)
- Title:
- O malcheiroso mistério das feromonas humanas
- Speaker:
- Tristram Wyatt
- Description:
-
Os nossos cheiros tornam-nos sensuais? A ciência popular sugere que sim —as feromonas enviam sinais químicos das nossas axilas sobre sexo e atração para potenciais parceiros. Mas, apesar do que possamos ter ouvido, não há nenhuma pesquisa conclusiva que confirme que os seres humanos têm essas moléculas odoríferas. Nesta palestra de abrir os olhos, o zoólogo Tristram Wyatt explica as falhas fundamentais na atual pesquisa sobre as feromonas e partilha a sua esperança de um futuro que desvende o conhecimento fascinante, potencialmente salvador de vidas ligado ao nosso cheiro.
- Video Language:
- English
- Team:
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- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:53
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Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone | |
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Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone | |
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Patrícia Imada edited Portuguese subtitles for The smelly mystery of the human pheromone |
Margarida Ferreira
Esta tradução está feita em português do Brasil!