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Claude Monet, Cliff Walk at Pourville, 1882

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    Eu me coloco na posição dessas figuras
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    neste penhasco e eu quase sinto o vento
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    forte a minha volta e minha instabilidade
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    no penhasco como resultado.
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    Eu consigo ouvir o tecido
    da minha blusa batendo.
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    Acho que estamos prontos para
    os efeitos sonoros agora.
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    [vento soprando]
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    Não é uma boa ideia.
    Monet não precisa disso.
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    Temos esse brilhante dia de verão,
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    estamos em um passeio no penhasco
    em um refúgio no litoral
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    no noroeste da França, no Canal da Mancha,
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    vemos essas duas mulheres
    Essa é uma adorável
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    imagem de pessoas andando
    em um caminho na natureza.
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    Bom, acho que o fato de
    imediatamente dizermos,
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    "eu sei como é esse momento"
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    é indicativo do fato que
    Monet está fazendo
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    algo que ainda fazemos hoje.
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    Passamos férias no litoral
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    É fascinante caminhar nos penhascos
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    e sentir o vento e olhar para o mar.
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    Somos parte do mundo moderno,
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    em que ele vivia e há uma noção
    de iminência
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    e isso aparece nas pinceladas.
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    Então é a mão dele se movendo pela tela,
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    mas também é o vento movendo a grama
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    no topo do penhasco.
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    Ainda assim, tudo isso é rodeado por
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    estas duas características verticais
    que vemos das rochas
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    que imitam a verticalidade das figuras.
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    E olha como ele usa essas
    faces do penhasco
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    para criar uma sensação
    de brilho para o dia.
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    Estão em sombra profunda.
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    O contraste é tão forte
    que nos lembra de quando
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    há uma espécie de luz do sol.
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    Mas mesmo a pintura parecendo
    completamente
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    espontânea, ela foi
    cuidadosamente trabalhada,
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    sabemos, das cartas de Monet, que quando
    ele pintava essas imagens,
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    e ele pintou umas cem delas...
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    Dessas cenas da costa da Normandia
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    no início dos anos 1880.
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    Ele voltava e voltava e voltava
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    para elas, dez, quinze, até vinte vezes.
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    Então há camadas de pintura
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    e quando você se aproxima,
    você pode ver essas camadas.
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    Há esse conflito entre a espontaneidade,
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    a momentariedade dessa cena
    e o modo que ele
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    trabalhou para atingir esse efeito.
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    Vamos avançar. Vejamos isso de perto.
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    Algumas vezes, você vê áreas onde
    a tinta ainda está muito fresca.
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    Lembre que isso é óleo.
    Não seca rapidamente
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    e pode-se ver como ele pinta tinta fresca
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    acima de tinta fresca.
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    Se você pinta tinta fresca sobre fresca,
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    você vai borrar a camada de baixo.
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    Pode-se ver isso olhando
    especificamente
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    para as mulheres no topo do penhasco.
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    Olha os vestidos delas.
    Você vê, por exemplo,
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    na mulher perto de nós, o modo em que
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    há esse branco na parte de baixo
    de seu vestido,
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    olha como o sino do vestido é empurrado
    contra suas pernas,
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    dando uma sensação do vento.
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    E as pinceladas estão se movendo
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    naquela direção, também, mas olha como
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    o branco se empurra no vermelho
    e pega um pouco dele.
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    Isso é a tinta fresca que está espalhando
    outra tinta fresca
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    pela superfície.
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    Podemos ver isso na figura
    no fundo também,
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    onde o branco que ele acrescentou
    no topo da
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    cor vermelha do guarda-sol
    a borra na camada.
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    Correto, e isso é muito diferente da
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    linha do horizonte, por exemplo.
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    Você vai perceber que tem um verde jade,
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    e você vai perceber
    que tem áreas onde
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    a tinta parece pular uma camada de baixo
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    e essa camada de verde mais pálido
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    estava seca e tinha saliências
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    e quando ele desenhou o arbusto ,
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    ele pegou essas saliências.
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    Então isso é tinta fresca acima de seca.
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    É apenas esse conhecimento incrível
    dos seus materiais
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    e o que ele precisa fazer
    com esses materiais
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    para atingir o que ele quer atingir.
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    Correto. Acho que ele está ali
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    para prestar atenção no que está vendo.
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    Esta é uma pintura sobre o prazer de ver.
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    É uma atração turística.
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    As figuras estão aproveitando
    sua caminhada no penhasco.
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    Elas estão olhando essa adorável paisagem
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    pitoresca de penhascos e mar e céu
    e nuvens em movimento.
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    Temos esse prazer visual
    e eles estão experimentando
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    o prazer visual.
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    É sobre olhar o mundo moderno,
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    um tipo de experiência de ser
    uma pessoa de classe média
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    em seu lazer nas férias, algo que
    podemos nos relacionar.
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    Mas pintada de forma que
    nos leva para dentro,
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    de um modo incrivelmente íntimo e direto,
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    então também sentimos o vento.
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    [vento soprando]
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    [Legendado por Raysa Valentim]
Title:
Claude Monet, Cliff Walk at Pourville, 1882
Description:

Claude Monet, Cliff Walk at Pourville, 1882, óleo sobre tela, 66.5 x 82.3 cm (Art Institute of Chicago)

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Video Language:
English
Duration:
04:30

Portuguese, Brazilian subtitles

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