9 mitos sobre psicologia desmitificados
-
0:01 - 0:04Já ouviram falar do QI,
a vossa inteligência geral, -
0:04 - 0:06mas e o vosso Q-Psi?
-
0:06 - 0:08Quanto sabem sobre
o que vos motiva, -
0:08 - 0:11e quão bons são em prever
o comportamento dos outros -
0:11 - 0:12ou mesmo o vosso?
-
0:12 - 0:15E quanto do que julgam saber
sobre psicologia está errado? -
0:15 - 0:18Vamos descobrir, contando
os principais mitos da psicologia. -
0:19 - 0:22Takvez já tenham ouvido dizer
que, quanto à sua psicologia, -
0:22 - 0:25é como se os homens viessem de Marte,
e as mulheres de Vénus. -
0:25 - 0:28Mas quão diferentes são de facto
os homens e as mulheres? -
0:28 - 0:30Para descobrir, comecemos por uma coisa
-
0:30 - 0:32em que os homens e as mulheres
são diferentes, -
0:32 - 0:35e vamos mapear na mesma escala
diferenças psicológicas entre sexos. -
0:35 - 0:38Homens e mulheres
são, de facto, diferentes -
0:38 - 0:40na distância a que conseguem
atirar uma bola. -
0:40 - 0:41Vendo os dados relativos aos homens,
-
0:41 - 0:43vemos uma curva
de distribuição normal. -
0:43 - 0:46Poucos conseguem atirar muito longe,
e poucos nada longe, -
0:46 - 0:48mas a maioria atira a bola
a uma distância média. -
0:48 - 0:52As mulheres têm a mesma distribuição,
mas há uma grande diferença. -
0:52 - 0:55O homem médio consegue
atirar a bola mais longe -
0:55 - 0:57do que cerca de 98% das mulheres.
-
0:57 - 1:00Agora vamos ver como são
as diferenças psicológicas entre sexos, -
1:00 - 1:02na mesma escala normalizada.
-
1:03 - 1:04Qualquer psicólogo vos dirá
-
1:04 - 1:07que os homens são melhores
em perceção espacial abstrata, -
1:07 - 1:09em coisas como ler mapas, por exemplo.
E é verdade. -
1:09 - 1:12Mas vamos olhar para
a dimensão dessa diferença. -
1:12 - 1:15É mínima: as linhas são tão próximas
que quase se sobrepõem. -
1:15 - 1:19Na verdade, a mulher média é melhor
do que 33% dos homens, -
1:19 - 1:21e, claro, se esse valor fosse de 50%,
-
1:21 - 1:24os dois sexos
seriam exatamente iguais. -
1:24 - 1:27Esta diferença e aquela
que vou mostrar a seguir -
1:27 - 1:29são praticamente as maiores
diferenças psicológicas entre sexos -
1:29 - 1:31que a psicologia já encontrou.
-
1:31 - 1:32Aqui está a próxima:
-
1:33 - 1:35Os psicólogos dirão
que as mulheres são melhores -
1:35 - 1:37em linguagem e gramática
do que os homens. -
1:37 - 1:39Este é o desempenho
num teste de gramática. -
1:39 - 1:41Ali estão as mulheres.
Ali os homens. -
1:41 - 1:44Sim, as mulheres são melhores,
em média, mas as linhas são tão próximas -
1:44 - 1:48que 33% dos homens são melhores
do que a média das mulheres. -
1:48 - 1:50Mais uma vez, se o valor fosse de 50%,
-
1:50 - 1:52isso significaria
a total igualdade entre os sexos. -
1:52 - 1:54Portanto, não se trata de Marte e Vénus.
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1:55 - 1:57Quando muito, Mars e Snickers.
-
1:57 - 2:00São basicamente a mesma coisa,
mas talvez um tenha mais frutos secos. -
2:01 - 2:03Quando fazem um bolo, preferem
-
2:03 - 2:05(a) preferem usar um livro de receitas
com imagens? -
2:05 - 2:07Sim, algumas pessoas.
-
2:07 - 2:09(b) Preferem ter um amigo
a dizer-vos a receita? -
2:09 - 2:12Ou (c) experimentar,
inventando à medida que fazem? -
2:12 - 2:14Bastantes pessoas.
-
2:14 - 2:15Muito bem, se disseram (a),
-
2:15 - 2:18significa que
aprendem visualmente -
2:18 - 2:21e que aprendem melhor quando
a informação é apresentada visualmente. -
2:21 - 2:24Se disseram (b), significa
que aprendem auditivamente, -
2:24 - 2:26aprendem melhor quando
a informação é apresentada sonoramente. -
2:27 - 2:30E se disseram (c), significa
que aprendem cinestesicamente, -
2:30 - 2:33aprendem melhor quando
põem mãos à obra. -
2:33 - 2:35Só que, é claro,
como já devem ter adivinhado -
2:35 - 2:38não é verdade, porque
é tudo um grande mito. -
2:38 - 2:42Os tipos de aprendizagem são uma invenção
que não se baseia em provas científicas. -
2:42 - 2:46Sabemo-lo porque em estudos
rigorosamente controlados, -
2:46 - 2:48quando se dá às pessoas
material de aprendizagem -
2:48 - 2:51do seu tipo preferido
ou de um tipo oposto, -
2:51 - 2:54não faz qualquer diferença
na quantidade de informação que retêm. -
2:54 - 2:56E se pensarem nisso
por um segundo -
2:56 - 2:58é simplesmente óbvio
que tem de ser verdade. -
2:58 - 3:01É óbvio que
o melhor método de apresentação -
3:01 - 3:04não depende da pessoa,
mas do que queremos aprender. -
3:04 - 3:07Por exemplo, poderiam aprender
a conduzir um carro -
3:07 - 3:09apenas ouvindo alguém
a dar instruções, -
3:09 - 3:11sem nenhuma experiência cinestética?
-
3:11 - 3:13Poderiam resolver
equações simultâneas -
3:13 - 3:15pensando nelas
sem escrever nada no papel? -
3:15 - 3:17Fazer revisões
para um exame de arquitetura -
3:17 - 3:20usando dança interpretativa,
se forem aprendizes cinestéticos? -
3:20 - 3:23Não. Devem adaptar
o que tem que ser aprendido -
3:23 - 3:26ao formato de apresentação
não a vocês. -
3:27 - 3:30Muitos de vocês são alunos de 20 valores
-
3:30 - 3:32e receberam há pouco os resultados
dos exames do secundário. -
3:32 - 3:34Se não tiveram as notas que esperavam,
-
3:34 - 3:36não podem pôr as culpas
no vosso tipo de aprendizagem, -
3:36 - 3:39mas poderão querer pôr as culpas
nos vossos genes. -
3:40 - 3:43Falo de um estudo recente
da University College London, -
3:43 - 3:46que concluiu que 58% da variação
-
3:46 - 3:49entre diferentes alunos
e os seus resultados nos exames -
3:49 - 3:51se devia a fatores genéticos.
-
3:51 - 3:54Soa a um número muito preciso.
Como é que sabemos? -
3:55 - 3:58Quando queremos extrair
as contribuições relativas -
3:58 - 4:00dos genes e do ambiente,
-
4:00 - 4:02fazemos um estudo com gémeos.
-
4:02 - 4:05Os gémeos idênticos têm
um ambiente 100% igual, -
4:05 - 4:07e genes 100% iguais,
-
4:07 - 4:11enquanto que os gémeos não idênticos
têm um ambiente 100% igual, -
4:11 - 4:14mas, como quaisquer irmãos ou irmãs,
apenas partilham 50% dos genes. -
4:14 - 4:19Comparando as semelhanças nos
resultados de exames de gémeos idênticos -
4:19 - 4:21com os resultados de
gémeos não idênticos, -
4:21 - 4:23e com alguma matemática astuta,
-
4:23 - 4:26podemos ter uma ideia de
quanto da variação se deve ao ambiente -
4:26 - 4:28e quanto se deve aos genes.
-
4:28 - 4:31E concluiu-se que cerca de 58%
se deve aos genes. -
4:32 - 4:36Não se pretende sabotar o trabalho duro
que vocês e os vossos professores tiveram. -
4:36 - 4:38Se não tiveram as notas que esperavam,
-
4:38 - 4:43podem sempre tentar culpar os vossos pais,
ou pelo menos os genes deles. -
4:43 - 4:45Uma coisa que não devem culpar
-
4:45 - 4:48é serem um aprendiz
de lado esquerdo ou direito do cérebro. -
4:48 - 4:50Porque, mais uma vez, isso é um mito.
-
4:50 - 4:53O mito diz que
o lado esquerdo do cérebro é lógico -
4:53 - 4:55que é bom em equações como esta,
-
4:55 - 4:58e o lado direito é mais criativo,
que é melhor em música. -
4:58 - 5:01Mais uma vez, é um mito
porque quase tudo o que fazemos -
5:01 - 5:04envolve quase todas as áreas do cérebro
que falam umas com as outras, -
5:04 - 5:07mesmo as coisas mais mundanas,
como ter uma conversa normal. -
5:08 - 5:11No entanto, uma das razões pela qual
talvez este mito tenha sobrevivido -
5:11 - 5:13é porque há nele um grão de verdade.
-
5:14 - 5:15Uma versão deste mito
-
5:15 - 5:18é a de que as pessoas esquerdinas
são mais criativas do que as destras. -
5:18 - 5:21Isto faz mais ou menos sentido,
porque o cérebro controla a mão oposta. -
5:21 - 5:23Portanto, nas pessoas esquerdinas
-
5:23 - 5:26o lado direito do cérebro
é levemente mais ativo do que o esquerdo -
5:26 - 5:29e a ideia é que o lado direito
é mais criativo. -
5:29 - 5:32Isto não é, em si, verdadeiro,
-
5:32 - 5:34que as pessoas esquerdinas
sejam mais criativas do que as destras. -
5:34 - 5:37O que é verdadeiro é que
as pessoas ambidestras, -
5:37 - 5:39pessoas que usam ambas as mãos
para várias tarefas, -
5:39 - 5:43têm um pensamento mais criativo
do que as que só usam uma mão, -
5:43 - 5:45porque ser ambidestro implica
-
5:45 - 5:47ter ambos os lados do cérebro
a comunicar muito um com o outro, -
5:47 - 5:51o que aparenta fazer parte
da criação de pensamento flexível. -
5:51 - 5:53O mito dos esquerdinos criativos
-
5:53 - 5:55surge do facto de que ser ambidestro
-
5:55 - 5:58é mais comum entre os esquerdinos
do que os destros, -
5:58 - 6:01portanto há um grão de verdade
na ideia do esquerdino criativo, -
6:01 - 6:03mas não muito.
-
6:03 - 6:05Um mito relacionado com este,
-
6:05 - 6:07é o de que usamos apenas
10% do nosso cérebro. -
6:07 - 6:09Mais uma vez, é absolutamente um mito.
-
6:09 - 6:12Em quase tudo o que fazemos,
mesmo nas coisas mais mundanas, -
6:12 - 6:14usamos a quase totalidade
do nosso cérebro. -
6:15 - 6:17Dito isto, é verdade, claro,
-
6:17 - 6:22que a maioria de nós não usa
o seu poder cerebral tanto quando podia. -
6:22 - 6:25Então o que poderemos fazer
para aumentar o nosso poder cerebral? -
6:25 - 6:27Talvez ouvir um pouco de Mozart.
-
6:27 - 6:29Já ouviram falar da ideia
do efeito Mozart? -
6:30 - 6:33A ideia é que ouvir Mozart
nos faz mais inteligentes, -
6:33 - 6:35e melhora os nossos resultados
em testes de Q.I. -
6:36 - 6:37Mais uma vez,
o que é interessante neste mito -
6:37 - 6:40é que, apesar de ser um mito,
tem um grão de verdade. -
6:41 - 6:43O estudo inicial concluiu
-
6:43 - 6:46que os participantes que ouviram
a música de Mozart por alguns minutos -
6:46 - 6:49se saíram melhor num teste de Q.I.
realizado em seguida, -
6:49 - 6:52do que os participantes
que esperaram em silêncio. -
6:52 - 6:55Mas um estudo de seguimento
recrutou pessoas que gostavam de Mozart -
6:55 - 6:57e outro grupo de pessoas
-
6:57 - 6:59que eram fãs das histórias de terror
do Stephen King. -
7:00 - 7:03E puseram as pessoas a ouvir
a música, ou as histórias. -
7:04 - 7:06As pessoas que
preferiam Mozart às histórias -
7:06 - 7:09tiveram um maior aumento de Q.I.
ouvindo Mozart do que as histórias, -
7:09 - 7:11mas as pessoas que
preferiam as histórias a Mozart -
7:11 - 7:14tiveram um maior aumento de Q.I.
ouvindo as histórias do Stephen King -
7:14 - 7:16do que ouvindo Mozart.
-
7:16 - 7:19Portanto a verdade é que
ouvir algo de que gostamos -
7:19 - 7:22levanta-nos o espírito
e dá-nos um aumento temporário de Q.I. -
7:22 - 7:24numa gama limitada de tarefas.
-
7:24 - 7:26Nada sugere que ouvir Mozart
-
7:26 - 7:28ou histórias do Stephen King,
-
7:28 - 7:31nos vá tornar mais inteligentes
a longo prazo. -
7:32 - 7:34Outra versão do mito de Mozart
-
7:34 - 7:39é que ouvir Mozart nos pode tornar não só
mais inteligentes, mas mais saudáveis. -
7:39 - 7:42Infelizmente, não parece ser o caso
-
7:42 - 7:44de alguém que ouvia a música de Mozart
quase todos os dias, -
7:44 - 7:46o próprio Mozart,
-
7:46 - 7:49que sofreu de gonorreia,
varíola, artrite, -
7:49 - 7:53e, o que a maioria crê tê-lo morto,
de sífilis. -
7:54 - 7:57Isto sugere que talvez Mozart
devesse ter sido mais precavido -
7:57 - 7:59na escolha de parceiros sexuais.
-
7:59 - 8:01Mas como escolhemos um parceiro?
-
8:01 - 8:07Um mito que, devo dizer,
é às vezes propagado pelos sociólogos -
8:07 - 8:11é o de que a escolha de um parceiro
romântico é resultado da nossa cultura, -
8:11 - 8:13de que somos muito específicos,
culturalmente. -
8:13 - 8:15Mas, na verdade,
os dados não confirmam isso. -
8:15 - 8:19Um estudo acompanhou pessoas de
37 culturas diferentes, de todo o mundo, -
8:19 - 8:20de americanos a zulus,
-
8:20 - 8:22querendo saber o que
procuravam num parceiro. -
8:23 - 8:25Em quase todas as culturas,
por todo o mundo, -
8:25 - 8:28os homens davam mais valor
à atração física por um parceiro -
8:28 - 8:30do que as mulheres,
-
8:30 - 8:31e em todas as culturas, também,
-
8:31 - 8:36as mulheres davam mais importância do que
os homens à ambição e aos rendimentos. -
8:36 - 8:38Em todas as culturas, também,
-
8:38 - 8:40os homens preferiam mulheres
mais jovens do que eles, -
8:40 - 8:43em média 2,66 anos, julgo eu,
-
8:43 - 8:45e em todas as culturas, também,
-
8:45 - 8:47as mulheres preferiam homens
que fossem mais velhos do que elas, -
8:47 - 8:50em média 3,42 anos,
-
8:50 - 8:53por isso temos aqui
"Toda a gente precisa de um paizinho." -
8:54 - 8:56Passemos de tentar marcar pontos
com um parceiro -
8:56 - 9:00para tentar marcar em basquetebol,
ou futebol, ou no vosso desporto. -
9:00 - 9:04O mito é que os desportistas têm fases
de "mãos-quentes", dizem os americanos, -
9:04 - 9:06ou "fases roxas", como dizemos
por vezes em Inglaterra, -
9:06 - 9:09em que nunca falham,
como este tipo aqui. -
9:09 - 9:13Na verdade, o que sucede,
se analisarmos o padrão -
9:13 - 9:15de acertos e falhas, estatisticamente,
-
9:15 - 9:17verificamos que é quase sempre aleatório.
-
9:17 - 9:19O nosso cérebro cria padrões
a partir do aleatório. -
9:19 - 9:21Se atirarmos uma moeda ao ar,
-
9:21 - 9:25uma sequência de caras ou coroas
aparece no meio do aleatório, -
9:25 - 9:27e como o cérebro gosta de ver padrões
onde não existem nenhuns, -
9:28 - 9:30olhamos para essas sequências
e atribuímos-lhes significados, -
9:30 - 9:32e dizemos:
"Sim, ele hoje está em forma," -
9:32 - 9:34quando, na verdade, obteríamos
o mesmo padrão -
9:34 - 9:37se tivéssemos acertos e falhas
aleatoriamente. -
9:39 - 9:42No entanto, existe uma exceção,
as grandes penalidades. -
9:42 - 9:45Um estudo recente sobre desempates
por grandes penalidades no futebol -
9:45 - 9:47mostra que os jogadores
que representam países -
9:47 - 9:49têm um registo muito mau
em grandes penalidades -
9:49 - 9:51como, por exemplo, a Inglaterra.
-
9:51 - 9:55Marcam as penalidades mais depressa
do que os de países com melhor registo -
9:55 - 9:59e, presumivelmente, o resultado
é que têm mais tendência a falhar. -
9:59 - 10:01O que levanta a questão
-
10:01 - 10:04se existe alguma maneira
de melhorar o desempenho das pessoas. -
10:04 - 10:06Uma coisa que vos pode ocorrer fazer
-
10:06 - 10:09é punir as pessoas pelos seus falhanços
e ver se isso as faz melhorar. -
10:09 - 10:13Esta ideia, de que a punição
pode melhorar o desempenho, -
10:13 - 10:15era o que os participantes
julgavam estar a testar -
10:15 - 10:18na famosa experiência de Milgram
sobre aprendizagem e punição -
10:18 - 10:20de que talvez ouviram falar,
se são estudantes de psicologia. -
10:20 - 10:24Conta-se que os participantes
estavam prontos a administrar -
10:24 - 10:27choques elétricos fatais
a outros participantes -
10:27 - 10:29quando eles erravam uma pergunta,
-
10:29 - 10:31só porque alguém de bata branca
lhes ordenava que o fizessem. -
10:32 - 10:34Mas esta história é um mito,
por três razões. -
10:34 - 10:38Primeiro, e o mais importante,
a bata não era branca, era cinzenta. -
10:39 - 10:43Em segundo lugar, disseram aos
participantes antes do estudo -
10:43 - 10:46e lembraram-lhes,
sempre que exprimiam preocupação, -
10:46 - 10:49de que apesar de serem dolorosos,
os choques não eram fatais -
10:49 - 10:51e que não causavam
quaisquer danos permanentes. -
10:52 - 10:54Em terceiro lugar, os participantes
não administravam os choques -
10:54 - 10:57só porque alguém de bata
lhes dizia para o fazerem. -
10:57 - 10:59Quando foram entrevistados
após o estudo, -
10:59 - 11:01todos os participantes disseram
que acreditavam firmemente -
11:01 - 11:04que o estudo de aprendizagem e punição
servia um propósito científico válido -
11:04 - 11:07que traria ganhos duradouros
para a ciência -
11:07 - 11:12ao contrário do desconforto, momentâneo
e não-fatal, que trazia aos participantes. -
11:14 - 11:17Estou a falar há cerca de 12 minutos
-
11:17 - 11:19e, provavelmente, têm estado aí
sentados a ouvir-me, -
11:19 - 11:21a analisar os meus padrões de fala
e a minha linguagem corporal -
11:21 - 11:25e a tentar perceber
se devem ligar ao que estou a dizer, -
11:25 - 11:27se estou a dizer a verdade
ou se estou a mentir. -
11:27 - 11:30Se o fizeram, o mais provável
é terem falhado redondamente -
11:30 - 11:32porque, embora achemos
que se pode apanhar um mentiroso -
11:32 - 11:34pela linguagem corporal
e padrões de fala, -
11:34 - 11:37centenas de testes psicológicos
ao longo dos anos mostraram -
11:37 - 11:39que todos, incluindo
agentes da polícia e detetives, -
11:39 - 11:43andamos ao acaso, no que toca a detetar
a mentira pela linguagem corporal -
11:43 - 11:44e pelos padrões verbais.
-
11:44 - 11:47Curiosamente, há uma exceção:
-
11:47 - 11:49Os apelos na TV sobre
parentes desaparecidos. -
11:49 - 11:52É muito fácil prever
se os parentes desapareceram -
11:52 - 11:55e se quem faz esse apelo
foi quem assassinou os parentes. -
11:55 - 11:59Os falsos queixosos provavelmente
abanam a cabeça, olham para longe, -
11:59 - 12:00e fazem erros no discurso,
-
12:00 - 12:03enquanto que os queixosos genuínos
quase sempre -
12:03 - 12:05expressam esperança no regresso
da pessoa, em segurança, -
12:05 - 12:07e evitam linguagem violenta.
-
12:07 - 12:11Diriam, por exemplo:
"levaram-nos" em vez de "mataram." -
12:11 - 12:14Por falar nisso,
está na hora de matar esta conversa -
12:14 - 12:16mas, antes de o fazer,
queria dar-vos, em 30 segundos, -
12:17 - 12:20o mito fundamental da psicologia.
-
12:20 - 12:25O mito é o de que a psicologia é apenas
uma coleção de teorias interessantes, -
12:25 - 12:28em que todas dizem algo de útil,
e todas têm algo a oferecer. -
12:28 - 12:30Espero ter-vos mostrado
nestes últimos minutos -
12:30 - 12:32que isso não é verdade.
-
12:32 - 12:36O que temos de fazer é avaliar
as teorias da psicologia -
12:36 - 12:38vendo quais as previsões que fazem,
-
12:38 - 12:40seja que ouvir Mozart
nos torna mais inteligentes, -
12:40 - 12:45ou que aprendemos melhor quando nos dão
informações da maneira que preferimos -
12:45 - 12:48ou seja o que for, todas estas previsões
são empíricas e testáveis. -
12:48 - 12:50Só podemos progredir
-
12:50 - 12:52se compararmos estas previsões
com os dados -
12:52 - 12:55em estudos experimentais
rigorosamente controlados. -
12:55 - 12:57Só assim podemos esperar descobrir
-
12:57 - 13:00quais dessas teorias são fundamentadas
-
13:00 - 13:03e quais — como as de que
vos falei hoje — são mitos. -
13:04 - 13:05Obrigado.
-
13:05 - 13:08(Aplausos))
- Title:
- 9 mitos sobre psicologia desmitificados
- Speaker:
- Ben Ambridge
- Description:
-
Quantas coisas que vocês pensam sobre o vosso cérebro são erradas? Neste passeio de descoberta de ciência desmascarada, Ben Ambridge trata 9 ideias populares sobre psicologia que provaram ser erradas — e revela algumas verdades surpreendentes sobre como o nosso cérebro realmente funciona.
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- English
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked | ||
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked | ||
Guillermo Sobral edited Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked | ||
Guillermo Sobral edited Portuguese subtitles for 9 myths about psychology, debunked |