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Hans Rosling revela novas percepções sobre a pobreza

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    Eu lhes disse três coisas ano passado.
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    Eu lhes disse que as estatísticas do mundo
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    não foram propriamente disponibilizadas.
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    Por causa disso, nós ainda mantemos a antiga mentalidade
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    de países industrializados e em desenvolvimento, o que é errado.
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    E que gráficos animados podem fazer a diferença.
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    As coisas estão mudando.
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    E hoje, a página principal do site da Divisão de Estatísticas da ONU,
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    diz que, em primeiro de maio, dará acesso total às bases de dados.
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    (Aplausos)
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    E se eu puder compartilhar com vocês a imagem na tela.
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    Então, três coisas aconteceram.
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    As Nações Unidas abriram suas bases de dado de estatísticas
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    e nós temos uma nova versão do programa
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    disponível na internet
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    de forma que vocês não precisam mais baixá-lo.
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    E deixem me repetir o que vocês viram no ano que passado.
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    As bolhas são os países.
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    Aqui nós temos a taxa de fertilidade - o número de crianças por mulher -
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    e lá vocês têm a expectativa de vida em anos.
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    Isto é 1950 - aqueles são os países industrializados,
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    aqueles são os países em desenvolvimento.
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    Nessa época existia um "nós" e "eles".
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    Existia uma grande diferença no mundo
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    Mas isso mudou e as coisas melhoraram bastante.
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    E isso é o que acontece.
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    Vocês podem ver como a China é a grande bolha vermelha;
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    a azul ali é a Índia.
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    Eu vou tentar ser
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    um pouco mais sério esse ano ao mostrar para vocês
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    como as coisas realmente mudaram.
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    E é a África que se sobressai como o grande problema aqui embaixo, não é?
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    Famílias grandes e a epidemia de HIV
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    trouxeram para baixo, países como esse.
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    Isso é mais ou menos o que vimos no ano passado,
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    e isso é como será no futuro.
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    E eu vou falar sobre: será que isso possível?
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    Porque como vocês podem ver agora, eu apresentei estatísticas que não existem.
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    Porque aqui é onde estamos.
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    Será possível que isso aconteça?
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    Eu abrangi meu tempo de vida aqui, sabia?
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    Eu espero viver 100 anos.
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    E aqui é onde estamos hoje.
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    Agora, ao invés disso, podemos olhar para a situação econômica do mundo?
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    E eu gostaria de mostrar isso contra a sobrevivência infantil
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    Nós vamos mudar o eixo:
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    aqui, vocês têm mortalidade infantil -- isto é, sobrevivência --
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    quatro crianças morrendo ali, duzentas morrendo ali.
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    E isso é o PIB per capita nesse eixo.
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    E isso é 2007.
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    E se eu voltar no tempo, eu adicionei algumas estatísticas históricas --
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    aqui vamos nós, aqui vamos nós -- Não temos muitas estatísticas 100 anos atrás.
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    Alguns países ainda têm estatísticas.
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    Nós estamos olhando dentro dos arquivos,
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    e quando nós estamos lá em 1820,
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    são apenas Áustria e Suécia que podem produzir números.
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    (Risos)
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    Mas eles estavam aqui embaixo, eles tinham 1.000 dólares por pessoa por ano.
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    E eles perderam um quinto de suas crianças antes do seu primeiro aniversário.
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    Então, isso é o que acontece com o mundo, se nós rodarmos o mundo todo,
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    como eles se tornam, vagarosamente, mais e mais ricos,
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    e eles adicionam estatísticas.
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    Não é lindo quando eles recebem estatísticas?
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    Vocês podem ver a importância nisso?
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    E aqui, crianças não vivem por mais tempo.
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    O último século, 1870, foi ruim para as crianças da Europa,
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    porque a maioria das estatísticas é da Europa.
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    Foi apenas na virada do século
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    que mais de 90 por cento das crianças sobreviveram seus primeiros anos.
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    Essa é a Índia aparecendo, com os primeiros dados da Índia.
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    E esse são os EUA se movendo para longe aqui, ganhando mais dinheiro.
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    E nós logo veremos a China aparecendo no canto mais afastado aqui.
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    E ela se move para cima com Mao Tse-Tung conseguindo saúde,
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    mas não enriquecendo.
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    Aqui ele morreu, e Deng Xiaoping traz dinheiro,
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    ela se move nessa direção aqui.
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    E as bolhas continuam se movendo aqui em cima,
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    e isso é como o mundo se parece hoje.
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    (Aplausos)
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    Vamos olhar os Estados Unidos.
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    Nós temos uma função aqui -- eu posso dizer ao mundo: "Fique onde você está".
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    E eu pego os Estados Unidos -- nós ainda queremos ver o fundo --
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    Eu os ponho desse jeito e agora nós retrocedemos.
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    E nós podemos ver que os Estados Unidos
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    vão para a direita do fluxo principal
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    Eles estão no lado do dinheiro todo esse tempo.
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    E lá em 1915, os Estados Unidos eram vizinhos da Índia --
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    atual, Índia contemporânea.
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    E isso significa que os Estados Unidos eram mais ricos,
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    mas perdiam mais crianças que a Índia está perdendo hoje, proporcionalmente.
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    E vejam aqui -- compare com as Filipinas de hoje.
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    As Filipinas de hoje tem quase a mesma economia
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    que os Estados Unidos durante a Primeira Guerra Mundial.
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    Mas nós temos que trazer os Estados Unidos bem para frente
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    para encontrar os mesmos níveis de saúde dos Estados Unidos
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    como nós temos nas Filipinas.
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    Próximo a 1957, a saúde dos Estados Unidos
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    é igual à das Filipinas.
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    E esse é o drama desse mundo que muitos chamam de globalizado,
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    assim a Ásia, países Árabes, América Latina,
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    estão muito à frente na área da saúde, educação,
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    tendo recursos humanos, do que estão na economia.
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    Existe uma discrepância no que está acontecendo hoje
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    nas economias emergentes.
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    Lá, agora, benefícios sociais, progresso social,
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    estão à frente do progresso econômico.
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    E em 1957 -- os EUA tinham a mesma economia que o Chile tem hoje.
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    E quanto nós temos que trazer os Estados Unidos
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    para chegar à mesma saúde que o Chile tem hoje?
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    Eu acho que nós temos, aqui -- nós temos 2001, ou 2002 --
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    os Estados Unidos tem a mesma saúde que o Chile.
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    O Chile está alcançando!
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    Dentro de alguns anos o Chile pode ter uma melhor sobrevivência infantil
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    do que os Estados Unidos.
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    Isso é realmente uma mudança, que vocês tem esse atraso
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    de mais ou menos 30, 40 anos de diferença na saúde.
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    E atrás da saúde está o nível educacional.
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    E tem uma série de questões de infraestrutura,
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    e recursos humanos em geral estão ali.
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    Agora, nós podemos tirar isso --
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    e eu gostaria de mostrar a vocês o nível de velocidade,
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    o nível de mudança, o quão rápido eles vão.
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    E nós vamos de volta para 1920, e eu quero olhar o Japão.
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    e eu quero olhar a Suécia e os Estados Unidos.
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    E eu vou simular uma corrida aqui
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    entre esse Ford meio amarelado aqui
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    e o Toyota vermelho aqui embaixo,
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    e o Volvo amarronzado.
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    (Risos)
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    E aqui vamos nós, aqui vamos nós.
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    O Toyota tem um mau começo aqui embaixo, vocês podem ver,
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    e o Ford dos Estados Unidos está indo off-road ali.
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    E o Volvo está indo muito bem.
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    Essa é a guerra. O Toyota saiu do traçado, e agora
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    o Toyota está vindo para o lado mais saudável da Suécia --
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    Vocês podem ver isso?
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    E eles estão ultrapassando a Suécia,
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    e eles estão, agora, mais saudáveis que a Suécia.
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    Essa é a parte onde eu vendi o Volvo e comprei o Toyota.
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    (Risos)
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    E agora podemos ver que o nível de mudanças era enorme no Japão.
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    Eles realmente se recuperaram.
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    E isso muda gradualmente.
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    Nós temos que ver através das gerações para entender.
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    Deixe-me mostrar a vocês minha própria história familiar --
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    nós fizemos esses gráficos aqui.
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    E isso é a mesma coisa, dinheiro aqui embaixo e saúde, sabe?
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    E essa é minha família.
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    Essa é a Suécia, 1830, quando minha trisavó nasceu.
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    Suécia era como Serra Leoa hoje.
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    E esse é quando minha bisavó nasceu, 1863.
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    E a Suécia era como Moçambique.
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    E aqui é quando minha avó nasceu, 1891.
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    Ela cuidou de mim quando eu era criança.
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    então eu não estou falando de estatísticas agora --
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    agora, é sobre a história da minha família.
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    É assim que eu acredito em estatísticas,
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    quando elas são estatísticas avó-verificáveis.
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    (Risos)
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    Eu acho que é a melhor forma de verificar estatísticas históricas.
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    Suécia era como Gana.
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    É interessante de ver a enorme diversidade
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    dentro da África subsaariana.
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    Eu lhes disse ano passado e vou dizer novamente,
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    minha mãe nasceu no Egito, e eu -- quem sou eu?
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    Eu sou o mexicano na minha família.
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    E minha filha, ela nasceu no Chile,
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    e a neta nasceu em Singapura,
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    agora, o país mais saudável do planeta.
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    Ela ultrapassou a Suécia aproximadamente dois ou três anos atrás,
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    com uma melhor sobrevivência infantil.
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    Mas, vocês sabem, eles são muito pequenos.
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    Eles estão tão perto ao hospital que nós nunca poderíamos
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    vencê-los nessas florestas.
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    (Risos)
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    Mas, parabéns a Singapura.
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    Singapura é o melhor, agora.
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    Agora, isso parece também com uma história muito boa.
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    Mas, não é realmente tão fácil, isso tudo é uma boa história.
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    Porque eu tenho que mostrar a vocês uma outra ferramenta.
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    Nós também podemos fazer a cor, aqui, representar a variável --
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    e o que estou escolhendo aqui?
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    Emissão de dióxido de carbono, medido em toneladas per capita.
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    Isso é 1962 e os EUA estavam emitindo 16 toneladas por pessoa.
  • 8:57 - 8:59
    E a China estava emitindo 0,6
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    e a Índia estava emitindo 0,32 toneladas per capita.
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    E o que acontece quando avançamos?
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    Bem, vocês vêem a bela história de ficar mais rico
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    e ficar mais saudável --
  • 9:09 - 9:14
    todos fizeram isso ao custo da emissão de dióxido de carbono.
  • 9:14 - 9:17
    Não existe ninguém que tenha feito até agora.
  • 9:17 - 9:20
    E nós não temos mais todos os dados atualizados,
  • 9:20 - 9:23
    porque isso é informação realmente quente hoje em dia.
  • 9:23 - 9:25
    E aqui estamos, 2001.
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    E na discussão em que eu participei com os líderes mundiais,
  • 9:30 - 9:34
    muitos dizem que agora, o problema são as economias emergentes,
  • 9:34 - 9:37
    que estão emitindo muito dióxido de carbono.
  • 9:37 - 9:39
    O ministro do meio ambiente da Índia disse,
  • 9:39 - 9:42
    "Bem, foram vocês que causaram o problema.
  • 9:42 - 9:45
    Os países da OCDE -- os países de alta renda --
  • 9:45 - 9:47
    foram os causadores da mudança climática.
  • 9:48 - 9:50
    Mas nós os perdoamos, porque vocês não sabiam.
  • 9:50 - 9:53
    Mas daqui para frente, nós contaremos per capita.
  • 9:53 - 9:55
    Daqui para frente nós contaremos per capita.
  • 9:55 - 9:58
    E todos são responsáveis por emissão per capita."
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    Isso realmente mostra, nós não vimos uma boa economia
  • 10:01 - 10:03
    e saúde progredir em nenhum lugar do mundo
  • 10:03 - 10:07
    sem destruir o clima.
  • 10:08 - 10:10
    E isso é o que realmente tem que mudar.
  • 10:11 - 10:14
    Eu já fui criticado por mostrar imagens muito positivas do mundo,
  • 10:14 - 10:16
    mas eu não acho que é assim que funciona.
  • 10:16 - 10:18
    O mundo é um lugar muito bagunçado.
  • 10:18 - 10:20
    Isso nós podemos chamar de Rua do Dólar.
  • 10:20 - 10:22
    Todo mundo vive nessa rua aqui.
  • 10:22 - 10:25
    O que eles ganham aqui -- em que número eles vivem
  • 10:25 - 10:26
    é quanto eles ganham por dia.
  • 10:26 - 10:29
    Essa família ganha aproximadamente um dólar por dia.
  • 10:30 - 10:31
    Nós dirigimos rua acima aqui
  • 10:31 - 10:35
    e encontramos uma família, aqui, que ganha cerca de dois a três dólares por dia.
  • 10:35 - 10:38
    E nós dirigimos para longe aqui -- Nós encontramos o primeiro jardim da rua,
  • 10:38 - 10:40
    e eles ganham de 10 a 50 dólares por dia.
  • 10:40 - 10:42
    E como eles vivem?
  • 10:42 - 10:45
    Se olharmos a cama aqui, nós podemos ver
  • 10:45 - 10:48
    que eles dormem em um colchão no chão.
  • 10:48 - 10:50
    Isso é a linha da pobreza --
  • 10:50 - 10:53
    80 por cento da renda familiar é apenas para cobrir as necessidades energéticas,
  • 10:53 - 10:55
    a comida para o dia.
  • 10:55 - 10:58
    Essa é de dois a cinco dólares, você tem uma cama.
  • 10:58 - 11:00
    E aqui é um quarto muito melhor, com vocês podem ver.
  • 11:01 - 11:03
    Eu dei uma palestra sobre isso para a Ikea e eles queriam ver
  • 11:03 - 11:05
    o sofá bem aqui.
  • 11:05 - 11:07
    (Risos)
  • 11:07 - 11:11
    E esse é o sofá, como ele aparecerá vindo de lá.
  • 11:11 - 11:14
    E a coisa interessante, quando você navega na foto panorâmica,
  • 11:14 - 11:16
    você vê a família ainda sentada no chão,
  • 11:16 - 11:18
    mesmo tendo um sofá.
  • 11:18 - 11:20
    Se você observar na cozinha, você pode ver que
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    a grande diferença para mulheres não aparece entre 1 e 10 dólares.
  • 11:25 - 11:27
    Ela aparece além disso, quando você pode realmente encontrar
  • 11:27 - 11:30
    boas condições de trabalho na família.
  • 11:30 - 11:32
    E se vocês realmente quiserem ver a diferença
  • 11:32 - 11:34
    vocês devem olhar os banheiros aqui.
  • 11:34 - 11:36
    Isso pode mudar. Isso pode mudar.
  • 11:36 - 11:39
    Essas são todas fotos e imagens da África,
  • 11:39 - 11:41
    e pode-se tornar muito melhor.
  • 11:42 - 11:44
    Nós podemos sair da pobreza.
  • 11:44 - 11:47
    Minha própria pesquisa não foi em TI ou nada parecido.
  • 11:47 - 11:50
    Eu, durante 20 anos, fiz entrevistas com fazendeiros africanos
  • 11:50 - 11:53
    que estavam à beira da fome.
  • 11:53 - 11:55
    E isso é o resultado da pesquisa sobre as necessidades dos fazendeiros.
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    A coisa boa aqui é que você não consegue ver
  • 11:57 - 11:59
    quem é o pesquisador nessas fotos.
  • 11:59 - 12:02
    E é assim que a pesquisa funciona para as sociedades --
  • 12:02 - 12:04
    você deve realmente viver com as pessoas.
  • 12:06 - 12:10
    Quando você está na pobreza, tudo é a respeito de sobrevivência.
  • 12:10 - 12:12
    É sobre conseguir comida.
  • 12:12 - 12:14
    E esse duas jovens fazendeiras, que são garotas --
  • 12:14 - 12:18
    porque seus pais estão mortos devido ao HIV e a AIDS --
  • 12:18 - 12:20
    elas estão discutindo com um agrônomo.
  • 12:20 - 12:24
    Esse é um dos melhores agrônomos em Malawi, Junatambe Kumbira,
  • 12:24 - 12:26
    e ele está discutindo que tipo de mandioca elas vão plantar --
  • 12:26 - 12:30
    o melhor conversor de sol em comida que a humanidade conhece.
  • 12:30 - 12:33
    E elas estão muito, muito ansiosamente interessadas em obter conselhos,
  • 12:33 - 12:36
    e isso é para sobreviver na pobreza.
  • 12:36 - 12:37
    Esse é um contexto.
  • 12:37 - 12:39
    Sair da pobreza.
  • 12:39 - 12:42
    As mulheres nos disseram um coisa. "Nos dê tecnologia.
  • 12:42 - 12:45
    Nós odiamos o pilão e ficar horas e horas de pé.
  • 12:45 - 12:48
    Nos consiga um moinho em que possamos fazer nossa farinha,
  • 12:48 - 12:51
    com isso nós poderemos pagar pelo resto nós mesmas."
  • 12:51 - 12:54
    Tecnologia nos tirará da pobreza,
  • 12:54 - 12:58
    mas existe a necessidade de um mercado para sair da pobreza.
  • 12:58 - 13:01
    E essa mulher está muito feliz, levando seus produtos para o mercado.
  • 13:01 - 13:03
    Mas, ela é muito agradecida ao investimento público em escolas
  • 13:03 - 13:06
    de forma que ela sabe contar e não será enganada quando chegar ao mercado.
  • 13:06 - 13:09
    Ela quer que suas crianças sejam saudáveis, assim ela pode ir ao mercado
  • 13:09 - 13:11
    e não precisa ficar em casa.
  • 13:11 - 13:14
    E ela quer infraestrutura -- Uma estrada pavimentada é muito bom
  • 13:14 - 13:16
    Também é bom ter crédito.
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    Microcrédito permitiu que ela comprasse a bicicleta.
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    E informação dirá a ela quando ir ao mercado e com que produto.
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    Nós podemos fazer isso.
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    Minha experiência de 20 anos de África é que
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    o aparentemente impossível é possível.
  • 13:30 - 13:32
    A África não está fazendo feio.
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    Em 50 anos eles foram de uma situação pré medieval
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    a uma decente Europa de 100 anos atrás,
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    com uma nação e governos funcionais.
  • 13:41 - 13:44
    Eu diria que a África subsaariana foram os que fizeram melhor no mundo
  • 13:44 - 13:45
    durante os últimos 50 anos.
  • 13:45 - 13:47
    Porque nós não consideramos de onde eles vêm.
  • 13:47 - 13:50
    É esse conceito estúpido de países em desenvolvimento
  • 13:50 - 13:53
    que coloca a nós mesmos, Argentina e Moçambique juntos 50 anos atrás,
  • 13:53 - 13:55
    e diz que Moçambique fez pior.
  • 13:56 - 13:58
    Nós temos que saber um pouco mais sobre o mundo.
  • 13:58 - 14:01
    Eu tenho um vizinho que conhece 200 tipos de vinho.
  • 14:01 - 14:02
    Ele sabe tudo.
  • 14:02 - 14:04
    Ele sabe o nome da uva, a temperatura e tudo mais.
  • 14:04 - 14:07
    Eu conheço apenas dois tipos de vinho -- tinto e branco.
  • 14:07 - 14:09
    (Risos)
  • 14:09 - 14:11
    Mas meu vizinho conhece apenas dois tipos de países --
  • 14:11 - 14:13
    industrializados e em desenvolvimento.
  • 14:13 - 14:16
    E eu conheço 200, eu conheço os pequenos dados.
  • 14:16 - 14:17
    Mas vocês podem fazer isso.
  • 14:17 - 14:22
    (Aplausos)
  • 14:22 - 14:24
    Mas eu tenho que ficar sério. E como você faz para ficar sério?
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    Você faz um PowerPoint, certo? E faz listas.
  • 14:26 - 14:31
    (Risos)
  • 14:31 - 14:33
    Obrigado ao pacote Office, não?
  • 14:35 - 14:37
    O que é isso, o que é isso, o que eu estou dizendo?
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    Eu estou dizendo a vocês que existem muitas dimensões de desenvolvimento.
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    Todo mundo quer um tipo de mascote.
  • 14:42 - 14:45
    Se você é do setor corporativo, você adora microcrédito.
  • 14:45 - 14:47
    Se você está lutando em uma organização não governamental,
  • 14:47 - 14:50
    você adora igualdade entre os sexos.
  • 14:50 - 14:52
    Se é um professor, vai adorar a UNESCO, e assim por diante.
  • 14:52 - 14:54
    Em nível global, nós temos que ter mais que apenas as nossas coisas.
  • 14:54 - 14:56
    Nós precisamos de tudo.
  • 14:56 - 14:58
    E essas coisas são importantes para o desenvolvimento.
  • 14:58 - 15:00
    especialmente quando você quer sair da pobreza.
  • 15:00 - 15:03
    você deve ir para a previdência.
  • 15:03 - 15:05
    Agora, o que nós precisamos pensar a respeito
  • 15:05 - 15:08
    é, qual o objetivo para o desenvolvimento
  • 15:08 - 15:09
    e quais são as forma de se desenvolver?
  • 15:09 - 15:12
    Deixem me primeiro graduar os meios mais importantes.
  • 15:13 - 15:15
    Crescimento econômico, para mim, como um professor de saúde pública,
  • 15:15 - 15:19
    é a coisa mais importante para o desenvolvimento,
  • 15:19 - 15:21
    porque explica 80 por cento da sobrevivência.
  • 15:22 - 15:25
    Governaça. Ter um governo que funcione --
  • 15:25 - 15:29
    isso é o que tirou a Califórnia da miséria de 1850.
  • 15:29 - 15:32
    Foi o governo que fez a lei funcionar, finalmente.
  • 15:33 - 15:35
    Educação, recursos humanos são importantes.
  • 15:35 - 15:39
    Saúde também é importante, mas não tanto quanto um meio.
  • 15:39 - 15:41
    Meio ambiente é importante.
  • 15:41 - 15:43
    Direitos humanos são importantes, mas recebe apenas uma marca.
  • 15:43 - 15:46
    Agora, quais são os objetivos? Em que direção estamos indo?
  • 15:46 - 15:48
    Nós não estamos interessados em dinheiro.
  • 15:48 - 15:49
    Dinheiro não é o objetivo.
  • 15:49 - 15:52
    É o melhor meio, mas eu darei zero como objetivo.
  • 15:53 - 15:56
    Governança, bem, é divertido votar em algo pequeno,
  • 15:56 - 15:58
    mas não é um objetivo.
  • 15:58 - 16:02
    E indo para educação, isso não é um objetivo, isso é um meio.
  • 16:02 - 16:04
    Para saúde eu darei dois pontos. Quer dizer, é bom ser saudável
  • 16:04 - 16:06
    -- na minha idade especialmente -- poder ficar de pé aqui, você é saudável.
  • 16:06 - 16:08
    E isso é bom, vai receber duas marcas.
  • 16:08 - 16:10
    Meio ambiente é muito, muito crucial.
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    Não vai sobrar nada para os netos se nós não preservarmos.
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    Mas onde estão os objetivos importantes?
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    Claro, são os direitos humanos.
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    Direitos humanos são o objetivo,
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    mas não é tão forte enquanto meio para atingir o desenvolvimento.
  • 16:22 - 16:26
    E cultura. Cultura é a coisa mais importante, eu diria,
  • 16:26 - 16:28
    porque isso traz prazer à vida.
  • 16:28 - 16:30
    Esse é o valor de estar vivo.
  • 16:30 - 16:33
    Então o aparentemente impossível é possível.
  • 16:33 - 16:35
    Até os países africanos pode atingir isso.
  • 16:36 - 16:42
    E eu mostrei para vocês a foto de onde o aparentemente impossível é possível.
  • 16:42 - 16:46
    E lembrem-se, por favor, lembrem-se da minha mensagem principal,
  • 16:46 - 16:49
    que é essa: o aparentemente impossível é possível.
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    Nós podemos ter um mundo bom.
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    Eu os mostrei as fotos, eu provei no PowerPoint
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    e eu acho que eu vou convencer vocês também através de cultura.
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    (Risos)
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    (Aplausos)
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    Tragam-me minha espada!
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    Engolidores de espada são da antiga Índia.
  • 17:16 - 17:21
    É uma expressão cultural que por milhares de anos
  • 17:21 - 17:27
    tem inspirado seres humanos a pensar além do obvio.
  • 17:27 - 17:29
    (Risos)
  • 17:29 - 17:34
    E eu vou provar para vocês que o aparentemente impossível é possível
  • 17:34 - 17:37
    pegando esse pedaço de aço -- aço maciço --
  • 17:38 - 17:41
    essa é uma baioneta do exército Sueco, 1850,
  • 17:41 - 17:43
    no último ano em que nós tivemos guerra.
  • 17:44 - 17:47
    E é aço maciço -- vocês podem ouvir aqui.
  • 17:47 - 17:53
    E eu vou pegar essa lâmina de aço,
  • 17:53 - 17:58
    e empurrar para dentro do meu corpo de carne e osso,
  • 17:58 - 18:02
    e provar para vocês que o aparentemente impossível é possível.
  • 18:03 - 18:07
    Posso pedir um momento de silêncio absoluto?
  • 18:18 - 18:40
    (Aplausos)
Title:
Hans Rosling revela novas percepções sobre a pobreza
Speaker:
Hans Rosling
Description:

O pesquisador hans Rosling usa sua impressionante ferramenta de análise de dados para mostrar como os países estão saindo pobreza. Ele demostra a Rua do Dólar, onde compara residencias de vários níveis de renda ao redor do mundo. Então ele faz algo realmente incrível.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
18:40
Fabiano Gorziza added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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