Eu lhes disse três coisas ano passado.
Eu lhes disse que as estatísticas do mundo
não foram propriamente disponibilizadas.
Por causa disso, nós ainda mantemos a antiga mentalidade
de países industrializados e em desenvolvimento, o que é errado.
E que gráficos animados podem fazer a diferença.
As coisas estão mudando.
E hoje, a página principal do site da Divisão de Estatísticas da ONU,
diz que, em primeiro de maio, dará acesso total às bases de dados.
(Aplausos)
E se eu puder compartilhar com vocês a imagem na tela.
Então, três coisas aconteceram.
As Nações Unidas abriram suas bases de dado de estatísticas
e nós temos uma nova versão do programa
disponível na internet
de forma que vocês não precisam mais baixá-lo.
E deixem me repetir o que vocês viram no ano que passado.
As bolhas são os países.
Aqui nós temos a taxa de fertilidade - o número de crianças por mulher -
e lá vocês têm a expectativa de vida em anos.
Isto é 1950 - aqueles são os países industrializados,
aqueles são os países em desenvolvimento.
Nessa época existia um "nós" e "eles".
Existia uma grande diferença no mundo
Mas isso mudou e as coisas melhoraram bastante.
E isso é o que acontece.
Vocês podem ver como a China é a grande bolha vermelha;
a azul ali é a Índia.
Eu vou tentar ser
um pouco mais sério esse ano ao mostrar para vocês
como as coisas realmente mudaram.
E é a África que se sobressai como o grande problema aqui embaixo, não é?
Famílias grandes e a epidemia de HIV
trouxeram para baixo, países como esse.
Isso é mais ou menos o que vimos no ano passado,
e isso é como será no futuro.
E eu vou falar sobre: será que isso possível?
Porque como vocês podem ver agora, eu apresentei estatísticas que não existem.
Porque aqui é onde estamos.
Será possível que isso aconteça?
Eu abrangi meu tempo de vida aqui, sabia?
Eu espero viver 100 anos.
E aqui é onde estamos hoje.
Agora, ao invés disso, podemos olhar para a situação econômica do mundo?
E eu gostaria de mostrar isso contra a sobrevivência infantil
Nós vamos mudar o eixo:
aqui, vocês têm mortalidade infantil -- isto é, sobrevivência --
quatro crianças morrendo ali, duzentas morrendo ali.
E isso é o PIB per capita nesse eixo.
E isso é 2007.
E se eu voltar no tempo, eu adicionei algumas estatísticas históricas --
aqui vamos nós, aqui vamos nós -- Não temos muitas estatísticas 100 anos atrás.
Alguns países ainda têm estatísticas.
Nós estamos olhando dentro dos arquivos,
e quando nós estamos lá em 1820,
são apenas Áustria e Suécia que podem produzir números.
(Risos)
Mas eles estavam aqui embaixo, eles tinham 1.000 dólares por pessoa por ano.
E eles perderam um quinto de suas crianças antes do seu primeiro aniversário.
Então, isso é o que acontece com o mundo, se nós rodarmos o mundo todo,
como eles se tornam, vagarosamente, mais e mais ricos,
e eles adicionam estatísticas.
Não é lindo quando eles recebem estatísticas?
Vocês podem ver a importância nisso?
E aqui, crianças não vivem por mais tempo.
O último século, 1870, foi ruim para as crianças da Europa,
porque a maioria das estatísticas é da Europa.
Foi apenas na virada do século
que mais de 90 por cento das crianças sobreviveram seus primeiros anos.
Essa é a Índia aparecendo, com os primeiros dados da Índia.
E esse são os EUA se movendo para longe aqui, ganhando mais dinheiro.
E nós logo veremos a China aparecendo no canto mais afastado aqui.
E ela se move para cima com Mao Tse-Tung conseguindo saúde,
mas não enriquecendo.
Aqui ele morreu, e Deng Xiaoping traz dinheiro,
ela se move nessa direção aqui.
E as bolhas continuam se movendo aqui em cima,
e isso é como o mundo se parece hoje.
(Aplausos)
Vamos olhar os Estados Unidos.
Nós temos uma função aqui -- eu posso dizer ao mundo: "Fique onde você está".
E eu pego os Estados Unidos -- nós ainda queremos ver o fundo --
Eu os ponho desse jeito e agora nós retrocedemos.
E nós podemos ver que os Estados Unidos
vão para a direita do fluxo principal
Eles estão no lado do dinheiro todo esse tempo.
E lá em 1915, os Estados Unidos eram vizinhos da Índia --
atual, Índia contemporânea.
E isso significa que os Estados Unidos eram mais ricos,
mas perdiam mais crianças que a Índia está perdendo hoje, proporcionalmente.
E vejam aqui -- compare com as Filipinas de hoje.
As Filipinas de hoje tem quase a mesma economia
que os Estados Unidos durante a Primeira Guerra Mundial.
Mas nós temos que trazer os Estados Unidos bem para frente
para encontrar os mesmos níveis de saúde dos Estados Unidos
como nós temos nas Filipinas.
Próximo a 1957, a saúde dos Estados Unidos
é igual à das Filipinas.
E esse é o drama desse mundo que muitos chamam de globalizado,
assim a Ásia, países Árabes, América Latina,
estão muito à frente na área da saúde, educação,
tendo recursos humanos, do que estão na economia.
Existe uma discrepância no que está acontecendo hoje
nas economias emergentes.
Lá, agora, benefícios sociais, progresso social,
estão à frente do progresso econômico.
E em 1957 -- os EUA tinham a mesma economia que o Chile tem hoje.
E quanto nós temos que trazer os Estados Unidos
para chegar à mesma saúde que o Chile tem hoje?
Eu acho que nós temos, aqui -- nós temos 2001, ou 2002 --
os Estados Unidos tem a mesma saúde que o Chile.
O Chile está alcançando!
Dentro de alguns anos o Chile pode ter uma melhor sobrevivência infantil
do que os Estados Unidos.
Isso é realmente uma mudança, que vocês tem esse atraso
de mais ou menos 30, 40 anos de diferença na saúde.
E atrás da saúde está o nível educacional.
E tem uma série de questões de infraestrutura,
e recursos humanos em geral estão ali.
Agora, nós podemos tirar isso --
e eu gostaria de mostrar a vocês o nível de velocidade,
o nível de mudança, o quão rápido eles vão.
E nós vamos de volta para 1920, e eu quero olhar o Japão.
e eu quero olhar a Suécia e os Estados Unidos.
E eu vou simular uma corrida aqui
entre esse Ford meio amarelado aqui
e o Toyota vermelho aqui embaixo,
e o Volvo amarronzado.
(Risos)
E aqui vamos nós, aqui vamos nós.
O Toyota tem um mau começo aqui embaixo, vocês podem ver,
e o Ford dos Estados Unidos está indo off-road ali.
E o Volvo está indo muito bem.
Essa é a guerra. O Toyota saiu do traçado, e agora
o Toyota está vindo para o lado mais saudável da Suécia --
Vocês podem ver isso?
E eles estão ultrapassando a Suécia,
e eles estão, agora, mais saudáveis que a Suécia.
Essa é a parte onde eu vendi o Volvo e comprei o Toyota.
(Risos)
E agora podemos ver que o nível de mudanças era enorme no Japão.
Eles realmente se recuperaram.
E isso muda gradualmente.
Nós temos que ver através das gerações para entender.
Deixe-me mostrar a vocês minha própria história familiar --
nós fizemos esses gráficos aqui.
E isso é a mesma coisa, dinheiro aqui embaixo e saúde, sabe?
E essa é minha família.
Essa é a Suécia, 1830, quando minha trisavó nasceu.
Suécia era como Serra Leoa hoje.
E esse é quando minha bisavó nasceu, 1863.
E a Suécia era como Moçambique.
E aqui é quando minha avó nasceu, 1891.
Ela cuidou de mim quando eu era criança.
então eu não estou falando de estatísticas agora --
agora, é sobre a história da minha família.
É assim que eu acredito em estatísticas,
quando elas são estatísticas avó-verificáveis.
(Risos)
Eu acho que é a melhor forma de verificar estatísticas históricas.
Suécia era como Gana.
É interessante de ver a enorme diversidade
dentro da África subsaariana.
Eu lhes disse ano passado e vou dizer novamente,
minha mãe nasceu no Egito, e eu -- quem sou eu?
Eu sou o mexicano na minha família.
E minha filha, ela nasceu no Chile,
e a neta nasceu em Singapura,
agora, o país mais saudável do planeta.
Ela ultrapassou a Suécia aproximadamente dois ou três anos atrás,
com uma melhor sobrevivência infantil.
Mas, vocês sabem, eles são muito pequenos.
Eles estão tão perto ao hospital que nós nunca poderíamos
vencê-los nessas florestas.
(Risos)
Mas, parabéns a Singapura.
Singapura é o melhor, agora.
Agora, isso parece também com uma história muito boa.
Mas, não é realmente tão fácil, isso tudo é uma boa história.
Porque eu tenho que mostrar a vocês uma outra ferramenta.
Nós também podemos fazer a cor, aqui, representar a variável --
e o que estou escolhendo aqui?
Emissão de dióxido de carbono, medido em toneladas per capita.
Isso é 1962 e os EUA estavam emitindo 16 toneladas por pessoa.
E a China estava emitindo 0,6
e a Índia estava emitindo 0,32 toneladas per capita.
E o que acontece quando avançamos?
Bem, vocês vêem a bela história de ficar mais rico
e ficar mais saudável --
todos fizeram isso ao custo da emissão de dióxido de carbono.
Não existe ninguém que tenha feito até agora.
E nós não temos mais todos os dados atualizados,
porque isso é informação realmente quente hoje em dia.
E aqui estamos, 2001.
E na discussão em que eu participei com os líderes mundiais,
muitos dizem que agora, o problema são as economias emergentes,
que estão emitindo muito dióxido de carbono.
O ministro do meio ambiente da Índia disse,
"Bem, foram vocês que causaram o problema.
Os países da OCDE -- os países de alta renda --
foram os causadores da mudança climática.
Mas nós os perdoamos, porque vocês não sabiam.
Mas daqui para frente, nós contaremos per capita.
Daqui para frente nós contaremos per capita.
E todos são responsáveis por emissão per capita."
Isso realmente mostra, nós não vimos uma boa economia
e saúde progredir em nenhum lugar do mundo
sem destruir o clima.
E isso é o que realmente tem que mudar.
Eu já fui criticado por mostrar imagens muito positivas do mundo,
mas eu não acho que é assim que funciona.
O mundo é um lugar muito bagunçado.
Isso nós podemos chamar de Rua do Dólar.
Todo mundo vive nessa rua aqui.
O que eles ganham aqui -- em que número eles vivem
é quanto eles ganham por dia.
Essa família ganha aproximadamente um dólar por dia.
Nós dirigimos rua acima aqui
e encontramos uma família, aqui, que ganha cerca de dois a três dólares por dia.
E nós dirigimos para longe aqui -- Nós encontramos o primeiro jardim da rua,
e eles ganham de 10 a 50 dólares por dia.
E como eles vivem?
Se olharmos a cama aqui, nós podemos ver
que eles dormem em um colchão no chão.
Isso é a linha da pobreza --
80 por cento da renda familiar é apenas para cobrir as necessidades energéticas,
a comida para o dia.
Essa é de dois a cinco dólares, você tem uma cama.
E aqui é um quarto muito melhor, com vocês podem ver.
Eu dei uma palestra sobre isso para a Ikea e eles queriam ver
o sofá bem aqui.
(Risos)
E esse é o sofá, como ele aparecerá vindo de lá.
E a coisa interessante, quando você navega na foto panorâmica,
você vê a família ainda sentada no chão,
mesmo tendo um sofá.
Se você observar na cozinha, você pode ver que
a grande diferença para mulheres não aparece entre 1 e 10 dólares.
Ela aparece além disso, quando você pode realmente encontrar
boas condições de trabalho na família.
E se vocês realmente quiserem ver a diferença
vocês devem olhar os banheiros aqui.
Isso pode mudar. Isso pode mudar.
Essas são todas fotos e imagens da África,
e pode-se tornar muito melhor.
Nós podemos sair da pobreza.
Minha própria pesquisa não foi em TI ou nada parecido.
Eu, durante 20 anos, fiz entrevistas com fazendeiros africanos
que estavam à beira da fome.
E isso é o resultado da pesquisa sobre as necessidades dos fazendeiros.
A coisa boa aqui é que você não consegue ver
quem é o pesquisador nessas fotos.
E é assim que a pesquisa funciona para as sociedades --
você deve realmente viver com as pessoas.
Quando você está na pobreza, tudo é a respeito de sobrevivência.
É sobre conseguir comida.
E esse duas jovens fazendeiras, que são garotas --
porque seus pais estão mortos devido ao HIV e a AIDS --
elas estão discutindo com um agrônomo.
Esse é um dos melhores agrônomos em Malawi, Junatambe Kumbira,
e ele está discutindo que tipo de mandioca elas vão plantar --
o melhor conversor de sol em comida que a humanidade conhece.
E elas estão muito, muito ansiosamente interessadas em obter conselhos,
e isso é para sobreviver na pobreza.
Esse é um contexto.
Sair da pobreza.
As mulheres nos disseram um coisa. "Nos dê tecnologia.
Nós odiamos o pilão e ficar horas e horas de pé.
Nos consiga um moinho em que possamos fazer nossa farinha,
com isso nós poderemos pagar pelo resto nós mesmas."
Tecnologia nos tirará da pobreza,
mas existe a necessidade de um mercado para sair da pobreza.
E essa mulher está muito feliz, levando seus produtos para o mercado.
Mas, ela é muito agradecida ao investimento público em escolas
de forma que ela sabe contar e não será enganada quando chegar ao mercado.
Ela quer que suas crianças sejam saudáveis, assim ela pode ir ao mercado
e não precisa ficar em casa.
E ela quer infraestrutura -- Uma estrada pavimentada é muito bom
Também é bom ter crédito.
Microcrédito permitiu que ela comprasse a bicicleta.
E informação dirá a ela quando ir ao mercado e com que produto.
Nós podemos fazer isso.
Minha experiência de 20 anos de África é que
o aparentemente impossível é possível.
A África não está fazendo feio.
Em 50 anos eles foram de uma situação pré medieval
a uma decente Europa de 100 anos atrás,
com uma nação e governos funcionais.
Eu diria que a África subsaariana foram os que fizeram melhor no mundo
durante os últimos 50 anos.
Porque nós não consideramos de onde eles vêm.
É esse conceito estúpido de países em desenvolvimento
que coloca a nós mesmos, Argentina e Moçambique juntos 50 anos atrás,
e diz que Moçambique fez pior.
Nós temos que saber um pouco mais sobre o mundo.
Eu tenho um vizinho que conhece 200 tipos de vinho.
Ele sabe tudo.
Ele sabe o nome da uva, a temperatura e tudo mais.
Eu conheço apenas dois tipos de vinho -- tinto e branco.
(Risos)
Mas meu vizinho conhece apenas dois tipos de países --
industrializados e em desenvolvimento.
E eu conheço 200, eu conheço os pequenos dados.
Mas vocês podem fazer isso.
(Aplausos)
Mas eu tenho que ficar sério. E como você faz para ficar sério?
Você faz um PowerPoint, certo? E faz listas.
(Risos)
Obrigado ao pacote Office, não?
O que é isso, o que é isso, o que eu estou dizendo?
Eu estou dizendo a vocês que existem muitas dimensões de desenvolvimento.
Todo mundo quer um tipo de mascote.
Se você é do setor corporativo, você adora microcrédito.
Se você está lutando em uma organização não governamental,
você adora igualdade entre os sexos.
Se é um professor, vai adorar a UNESCO, e assim por diante.
Em nível global, nós temos que ter mais que apenas as nossas coisas.
Nós precisamos de tudo.
E essas coisas são importantes para o desenvolvimento.
especialmente quando você quer sair da pobreza.
você deve ir para a previdência.
Agora, o que nós precisamos pensar a respeito
é, qual o objetivo para o desenvolvimento
e quais são as forma de se desenvolver?
Deixem me primeiro graduar os meios mais importantes.
Crescimento econômico, para mim, como um professor de saúde pública,
é a coisa mais importante para o desenvolvimento,
porque explica 80 por cento da sobrevivência.
Governaça. Ter um governo que funcione --
isso é o que tirou a Califórnia da miséria de 1850.
Foi o governo que fez a lei funcionar, finalmente.
Educação, recursos humanos são importantes.
Saúde também é importante, mas não tanto quanto um meio.
Meio ambiente é importante.
Direitos humanos são importantes, mas recebe apenas uma marca.
Agora, quais são os objetivos? Em que direção estamos indo?
Nós não estamos interessados em dinheiro.
Dinheiro não é o objetivo.
É o melhor meio, mas eu darei zero como objetivo.
Governança, bem, é divertido votar em algo pequeno,
mas não é um objetivo.
E indo para educação, isso não é um objetivo, isso é um meio.
Para saúde eu darei dois pontos. Quer dizer, é bom ser saudável
-- na minha idade especialmente -- poder ficar de pé aqui, você é saudável.
E isso é bom, vai receber duas marcas.
Meio ambiente é muito, muito crucial.
Não vai sobrar nada para os netos se nós não preservarmos.
Mas onde estão os objetivos importantes?
Claro, são os direitos humanos.
Direitos humanos são o objetivo,
mas não é tão forte enquanto meio para atingir o desenvolvimento.
E cultura. Cultura é a coisa mais importante, eu diria,
porque isso traz prazer à vida.
Esse é o valor de estar vivo.
Então o aparentemente impossível é possível.
Até os países africanos pode atingir isso.
E eu mostrei para vocês a foto de onde o aparentemente impossível é possível.
E lembrem-se, por favor, lembrem-se da minha mensagem principal,
que é essa: o aparentemente impossível é possível.
Nós podemos ter um mundo bom.
Eu os mostrei as fotos, eu provei no PowerPoint
e eu acho que eu vou convencer vocês também através de cultura.
(Risos)
(Aplausos)
Tragam-me minha espada!
Engolidores de espada são da antiga Índia.
É uma expressão cultural que por milhares de anos
tem inspirado seres humanos a pensar além do obvio.
(Risos)
E eu vou provar para vocês que o aparentemente impossível é possível
pegando esse pedaço de aço -- aço maciço --
essa é uma baioneta do exército Sueco, 1850,
no último ano em que nós tivemos guerra.
E é aço maciço -- vocês podem ouvir aqui.
E eu vou pegar essa lâmina de aço,
e empurrar para dentro do meu corpo de carne e osso,
e provar para vocês que o aparentemente impossível é possível.
Posso pedir um momento de silêncio absoluto?
(Aplausos)