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Um curso intensivo de criatividade - Tina Seelig no TEDxStanford

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    Que dia maravilhoso!
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    Cheio de ideias incríveis.
  • 0:10 - 0:15
    Então...de onde vêm essas ideias?
  • 0:15 - 0:20
    É o que me pergunto há 35 anos.
  • 0:20 - 0:21
    De onde vêm as ideias?
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    Comecei como neurofisiologista,
  • 0:23 - 0:27
    estimulando células minúsculas
    com eletrodos minúsculos
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    para ver o que elas diriam
    sobre criatividade e inovação.
  • 0:30 - 0:33
    Quando terminei meu PhD,
    saí para estudar
  • 0:33 - 0:36
    e aprender tudo sobre criatividade por aí
  • 0:36 - 0:38
    trabalhando em grandes e pequenas empresas,
  • 0:38 - 0:40
    e até comecei minha própria
  • 0:40 - 0:43
    e há quase 13 anos estou em Stanford,
  • 0:43 - 0:47
    ensinando criatividade, inovação e empreendedorismo
  • 0:47 - 0:50
    Nas minhas aulas fiz
    inúmeros experimentos com meus alunos,
  • 0:50 - 0:56
    tentando descobrir os processos
    envolvidos na liberação da criatividade
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    O que descobri nos últimos anos
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    é que vemos a criatividade
    de um jeito muito limitado
  • 1:05 - 1:09
    Precisamos realmente fazer uma abertura
  • 1:09 - 1:13
    e ver a criatividade de um ângulo diferente.
  • 1:13 - 1:14
    O que fiz foi construir um modelo
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    que vou explicar daqui a pouco
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    sobre tudo o que precisamos
    para liberar a criatividade.
  • 1:22 - 1:25
    Quero ressaltar, antes de explicar,
  • 1:25 - 1:29
    que essa máquina de inovação, como a chamo,
    tem duas partes.
  • 1:29 - 1:31
    O dentro é você:
  • 1:31 - 1:35
    seu conhecimento, imaginação, atitude.
  • 1:35 - 1:37
    E o fora é o mundo de fora:
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    os recursos, o habitat e a cultura.
  • 1:41 - 1:45
    Vamos começar por onde
    a maioria das pessoas começa.
  • 1:45 - 1:50
    Pensando em criatividade como imaginação
  • 1:50 - 1:52
    Vamos lá.
  • 1:52 - 1:54
    A imaginação, infelizmente,
  • 1:54 - 1:58
    não é algo que ensinamos
    a desenvolver na escola.
  • 1:58 - 2:02
    Há maneiras de aumentar nossa habilidade
  • 2:02 - 2:05
    de gerar ideias bem interessantes,
  • 2:05 - 2:08
    temos que voltar ao jardim de infância
    para ver qual é o problema
  • 2:08 - 2:12
    No jardim, é provável ouvir perguntas do tipo:
  • 2:12 - 2:16
    Quanto é 5 mais 5? Qual é a resposta?
  • 2:16 - 2:18
    10! Vocês são mesmo espertos, hein?
  • 2:18 - 2:23
    Sabemos que é 10 porque
    é a única resposta certa.
  • 2:23 - 2:26
    Mas e se fizermos a pergunta
    de um jeito diferente?
  • 2:26 - 2:30
    Se perguntarmos,
    "Quais dois números, somados, dão 10?"
  • 2:30 - 2:33
    Quantas respostas temos?
  • 2:33 - 2:36
    Infinitas! Um número infinito!
  • 2:36 - 2:37
    A importância disso é fundamental.
  • 2:37 - 2:40
    Como muitos palestrantes disseram hoje,
  • 2:40 - 2:45
    é a maneira de fazer a pergunta
    que determina o tipo de resposta.
  • 2:45 - 2:49
    É a pergunta feita que dá
    o enquadramento da resposta.
  • 2:49 - 2:52
    Se você não pergunta de maneira inteligente,
  • 2:52 - 2:55
    não vai conseguir respostas inteligentes.
  • 2:55 - 3:00
    Pense que a revolução de Copérnico
    surgiu do processo de reenquadramento.
  • 3:00 - 3:03
    "E se a Terra não for o centro do Sistema Solar?"
  • 3:03 - 3:08
    "E se o Sol for?" A pergunta mudou
    e isso abriu todo o estudo da astronomia.
  • 3:08 - 3:11
    Mas você não precisa fazer isso de um jeito tão sério.
  • 3:11 - 3:14
    Pode praticar todo dia com piadas.
  • 3:14 - 3:17
    A maioria das piadas que contamos
    é interessante
  • 3:17 - 3:21
    porque o enquadramento muda
    no meio da piada.
  • 3:21 - 3:23
    Nessa cena do filme a Pantera Cor de Rosa.
  • 3:23 - 3:26
    O cara entra no hotel,
    tem um cãozinho sentado no chão
  • 3:26 - 3:29
    Ele diz pro gerente do hotel,
    "Seu cão morde?"
  • 3:29 - 3:31
    E o gerente, "Não, meu cão não morde."
  • 3:31 - 3:34
    Ele estende a mão, o cão o ataca,
    e ele diz, "O que aconteceu?"
  • 3:34 - 3:38
    Ele diz, "Bom, esse não é o meu cão."
  • 3:38 - 3:39
    (Risos)
  • 3:39 - 3:40
    Pense nisso,
  • 3:40 - 3:43
    numa piada, você vê que quase sempre
  • 3:43 - 3:45
    o enquadramento muda no meio do caminho.
  • 3:45 - 3:50
    Esse é um jeito divertido de praticar
    mudanças de enquadramento de problemas
  • 3:50 - 3:53
    É um dos jeitos de desenvolver a imaginação.
  • 3:53 - 3:55
    Mas há outros.
  • 3:55 - 3:58
    Um bom jeito é conectar e combinar ideias.
  • 3:58 - 4:01
    A maioria das invenções
    e inovações do mundo surgem
  • 4:01 - 4:04
    quando juntamos coisas antes separadas
  • 4:04 - 4:07
    de um jeito inusitado e surpreendente.
  • 4:07 - 4:13
    Gosto de praticar isso
    com a arte japonesa do Chindogu.
  • 4:13 - 4:17
    Chindogu é a arte de criar invenções não-inúteis
  • 4:17 - 4:20
    Não são úteis. Não são inúteis.
  • 4:20 - 4:21
    São não-inúteis.
  • 4:21 - 4:23
    São um jeito de dizer
  • 4:23 - 4:26
    que aqui pode haver algo,
    embora não tenha certeza.
  • 4:26 - 4:28
    No exemplo do guarda-chuva no sapato,
  • 4:28 - 4:31
    pode não ser muito prático,
  • 4:31 - 4:35
    mas gera ideias bem interessantes.
  • 4:35 - 4:38
    Falando de sapatos, eis outro Chindogu.
    (Risos)
  • 4:38 - 4:39
    OK, pazinhas.
  • 4:39 - 4:41
    De novo, pode não ser prático,
  • 4:41 - 4:45
    mas há uma ideia interessante aí.
  • 4:45 - 4:49
    De novo, você pode usar piadas
    como inspiração todo dia.
  • 4:49 - 4:52
    O que gosto de fazer, sempre que chega a New Yorker,
  • 4:52 - 4:54
    quem lê a revista sabe,
  • 4:54 - 4:56
    é primeiro abrir a capa de trás
  • 4:56 - 5:00
    e ver o concurso da frase do desenho
  • 5:00 - 5:06
    O concurso da frase do desenho
    sempre junta coisas não óbvias
  • 5:06 - 5:08
    Redimensiona elementos ou junta coisas
  • 5:08 - 5:11
    supreendentes demais para estarem juntas.
  • 5:11 - 5:14
    E o seu papel é inventar um jeito bem criativo
  • 5:14 - 5:17
    de conectar essas coisas de um jeito
    interessante e surpreendente.
  • 5:17 - 5:20
    Essa é frase para o desenho.
  • 5:20 - 5:26
    "Você começa aqui. Vamos te dar mais responsabilidades
    conforme for ganhando experiência"
  • 5:26 - 5:30
    Claro, o número de soluções é infinito.
  • 5:30 - 5:33
    Então há dois jeitos de desenvolver a imaginação
  • 5:33 - 5:35
    mas há outro que vou mencionar
  • 5:35 - 5:37
    Que é desafiar certezas.
  • 5:37 - 5:40
    O problema é que fazemos perguntas
  • 5:40 - 5:44
    e as pessoas vêm com a primeira resposta certa
  • 5:44 - 5:47
    E não conseguimos soluções de qualidade.
  • 5:47 - 5:49
    Então na aula de criatividade damos problemas
  • 5:49 - 5:54
    para os quais não há uma resposta certa.
  • 5:54 - 5:56
    Eis um exemplo que dei recentemente.
  • 5:56 - 5:58
    Esse é o briefing exato.
  • 5:58 - 6:01
    Dei isso a um grupo de alunos
    da Universidde de Osaka.
  • 6:01 - 6:06
    O desafio era criar
    a maior quantidade de valor possível,
  • 6:06 - 6:08
    valor medido como eles quisessem,
  • 6:08 - 6:11
    começando com o conteúdo de uma lata de lixo.
  • 6:11 - 6:13
    Eles tinham duas horas para terminar.
  • 6:13 - 6:16
    Como será que eles fizeram?
  • 6:16 - 6:18
    O interessante dessa tarefa,
  • 6:18 - 6:21
    e pensei bastante
    no enquadramento dela antes
  • 6:21 - 6:24
    é que o lixo tem valor negativo, certo?
  • 6:24 - 6:27
    Pagamos para levarem embora.
  • 6:27 - 6:30
    Acontece que os alunos passaram um bom tempo
  • 6:30 - 6:35
    pensando o que o "valor" significava para eles.
  • 6:35 - 6:40
    Pensaram em amizade, comunidade,
    saúde e segurança financeira.
  • 6:40 - 6:43
    Todo o tipo de coisa apontou o caminho.
  • 6:43 - 6:47
    Pensaram na lata de lixo que iam usar
    para criar algum valor.
  • 6:47 - 6:52
    Então aumentei ainda mais o grau do desafio.
  • 6:52 - 6:56
    Disse que tinha conversado com meus colegas
    ao redor do mundo, o que realmente fiz.
  • 6:56 - 7:00
    E convidado seus alunos
    para participarem ao mesmo tempo
  • 7:00 - 7:03
    Então tinha gente na Europa,
    Ásia, EUA e América Latina
  • 7:03 - 7:06
    fazendo o projeto ao mesmo tempo.
  • 7:06 - 7:09
    Vou mostrar alguns resultados disso.
  • 7:09 - 7:14
    Um grupo no Equador começou com uma lata
    cheia de entulho de jardim
  • 7:14 - 7:17
    Eu provavelmente não escolheria isso
  • 7:17 - 7:19
    mas veja só o que eles fizeram!
  • 7:19 - 7:22
    Construíram um belo mural.
  • 7:22 - 7:26
    Uma menina na Irlanda, cuja mãe mexeu
    na gaveta de meias do irmão
  • 7:26 - 7:29
    conseguiu uma lata cheia de meias velhas
  • 7:29 - 7:32
    de todas as cores: preto, branco, cinza.
  • 7:32 - 7:36
    Ela as cortou, costurou e fez esse suéter.
  • 7:36 - 7:41
    Bem legal. Espero que mexam nas
    suas gavetas depois. (Risos)
  • 7:41 - 7:44
    Então temos 3 coisas que podem
    desenvolver a imaginação, certo?
  • 7:44 - 7:46
    Reenquadrar problemas,
  • 7:46 - 7:49
    conectar e combinar ideias e desafiar certezas.
  • 7:49 - 7:53
    Mas infelizmente isso não basta.
  • 7:53 - 7:56
    É preciso olhar para outras peças
    da máquina de inovação.
  • 7:56 - 8:00
    E uma das peças do "dentro"
    é seu conhecimento.
  • 8:00 - 8:03
    Ele é a caixa de ferramentas da sua imaginação.
  • 8:03 - 8:07
    Hoje aprendemos sobre avanços médicos
  • 8:07 - 8:09
    e veículos autônomos
  • 8:09 - 8:11
    e como puderam ser feitos?
  • 8:11 - 8:13
    É preciso conhecer a fundo a medicina
  • 8:13 - 8:16
    ou a engenharia para realizar essas ideias.
  • 8:16 - 8:18
    Claro que você pode aprender coisas
  • 8:18 - 8:21
    indo à escola, lendo livros.
  • 8:21 - 8:24
    Mas um dos melhores jeitos de aprender coisas
  • 8:24 - 8:27
    e ganhar conhecimento é prestar atenção.
  • 8:27 - 8:30
    Em geral, não prestamos atenção no mundo ao redor.
  • 8:30 - 8:34
    E não só perdemos oportunidades
    de identificar problemas
  • 8:34 - 8:38
    quanto perdemos soluções
    que podem estar na cara.
  • 8:38 - 8:41
    Gosto de pedir a meus alunos que
  • 8:41 - 8:44
    vão um lugar onde estiveram muitas vezes
  • 8:44 - 8:47
    e o observem com um olhar novo.
    Não só eu
  • 8:47 - 8:49
    faço isso.
  • 8:49 - 8:51
    Vou contar uma história sobre
    meu amigo Bob Siegel,
  • 8:51 - 8:53
    professor aqui em Stanford,
  • 8:53 - 8:58
    que deu um curso de duas semanas
    para alunos do segundo ano
  • 8:58 - 9:01
    chamado "O Safari de Stanford".
  • 9:01 - 9:05
    Por duas semanas os alunos agiam como naturalistas
  • 9:05 - 9:07
    como se fossem Darwin em Galápagos
  • 9:07 - 9:09
    mas estavam no campus de Stanford.
  • 9:09 - 9:12
    E falavam com todos que podiam
    para dar um novo ponto de vista
  • 9:12 - 9:14
    e perspectiva sobre Stanford.
  • 9:14 - 9:18
    Desde zeladores, dedetizadores,
    bibliotecários e organistas
  • 9:18 - 9:20
    a todos os presidentes de Stanford.
  • 9:20 - 9:25
    Saíam do curso não só com um
    profundo conhecimento sobre Stanford
  • 9:25 - 9:31
    mas tendo aprendido a importância de prestar atenção.
  • 9:31 - 9:35
    Mas imaginação e conhecimento não bastam.
  • 9:35 - 9:40
    Cada um tem que ter a atitude, a mentalidade,
    a motivação e o empenho
  • 9:40 - 9:42
    para resolver os problemas que vai resolver.
  • 9:42 - 9:45
    Se você não tem esse empenho e motivação,
  • 9:45 - 9:48
    não vai conectar e combinar ideias.
  • 9:48 - 9:50
    Não vai reenquadrar problemas.
  • 9:50 - 9:51
    Não vai desafiar certezas
  • 9:51 - 9:53
    e ir além da primeira resposta certa.
  • 9:53 - 9:58
    Infelizmente as pessoas se veem
    como montadores de quebra-cabeças.
  • 9:58 - 10:02
    Como tendo uma tarefa bem definida
  • 10:02 - 10:07
    de encaixar todas as peças
    para alcançar um objetivo.
  • 10:07 - 10:08
    Mas o que acontece?
  • 10:08 - 10:14
    Se você monta um quebra-cabeça
    e falta uma peça, o que acontece?
  • 10:14 - 10:16
    Não alcança seu objetivo.
  • 10:16 - 10:22
    Inovadores e empreendedores de verdade
    se veem como construtores de colchas
  • 10:22 - 10:25
    Que pegam todos os recursos ao redor,
  • 10:25 - 10:29
    e avalancam as coisas,
    mesmo latas de lixo, certo?
  • 10:29 - 10:32
    Alavancam os materiais que têm disponíveis
  • 10:32 - 10:36
    e criam algo surpreendente e fascinante.
  • 10:36 - 10:38
    Isso é incrivelmente importante.
  • 10:38 - 10:44
    Temos que nos ver como alavancadores
    dos recursos que temos ao redor
  • 10:44 - 10:46
    para fazer coisas maravilhosas acontecerem.
  • 10:46 - 10:51
    Essa é nossa máquina interna
    de combustão da criatividade.
  • 10:51 - 10:53
    Nosso conhecimento é a caixa de ferramentas.
  • 10:53 - 10:59
    Nossa imaginação é o catalizador da transformação
    desse conhecimento em novas ideias.
  • 10:59 - 11:03
    E nossa atitude é a chama que alimenta isso.
  • 11:03 - 11:05
    Mas infelizmente, isso não basta.
  • 11:05 - 11:09
    Esse é um dos motivos porque
    há tantas pessoas criativas
  • 11:09 - 11:12
    deixando de viver à altura do seu potencial criativo
  • 11:12 - 11:16
    porque não estão num ambiente que estimule
  • 11:16 - 11:18
    e encorage esse tipo de inovação.
  • 11:18 - 11:21
    Então temos que olhar para o lado de fora
    da máquina de inovação.
  • 11:21 - 11:23
    Vamos começar pelos habitats.
  • 11:23 - 11:26
    O habitat inclui várias coisas.
  • 11:26 - 11:28
    É com certeza seus colegas de trabalho.
  • 11:28 - 11:32
    É as regras, as recompensas,
    as limitações, os incentivos.
  • 11:32 - 11:35
    Mas muito além disso, é o espaço físico.
  • 11:35 - 11:39
    Pense em quando éramos pequenos,
    no jardim de infância.
  • 11:39 - 11:41
    Há ambientes estimulantes.
  • 11:41 - 11:43
    Você entra, é um lugar feito para ser criativo.
  • 11:43 - 11:46
    É colorido, tem coisas para manipular.
  • 11:46 - 11:48
    Tem salas muito flexíveis.
  • 11:48 - 11:51
    Mas infelizmente, você sai desse tipo de ambiente
  • 11:51 - 11:53
    e vai estudar num lugar assim!
  • 11:53 - 11:55
    (Risos)
  • 11:55 - 11:57
    As cadeiras são alinhadas em linhas e colunas.
  • 11:57 - 11:59
    São pregadas no chão.
  • 11:59 - 12:03
    E se falar com alguém, está ferrado.
  • 12:03 - 12:07
    Quando era criança, tinha que escrever
    "O silêncio é de ouro. O silêncio é de ouro."
  • 12:07 - 12:11
    Aí ficamos muito chateados porque os alunos,
  • 12:11 - 12:12
    não são mais tão criativos
  • 12:12 - 12:14
    e todos lamentam isso!
  • 12:14 - 12:15
    Aí você se dá bem nesse ambiente,
  • 12:15 - 12:18
    e vai trabalhar nesse outro ambiente (Risos)
  • 12:18 - 12:22
    Sei porque estão rindo,
    é tudo muito familiar.
  • 12:22 - 12:26
    Escritórios assim foram planejados
    para serem como prisões.
  • 12:26 - 12:30
    Infelizmente o que acontece é que,
    de novo, ficamos muito frustrados
  • 12:30 - 12:33
    porque as pessoas que trabalham
    em ambientes assim não são muito criativas.
  • 12:33 - 12:36
    O fato é que o espaço nos conta a história.
  • 12:36 - 12:40
    Cada espaço é o palco onde encenamos nossa vida.
  • 12:40 - 12:44
    E nos diz que papel representamos,
    comos devemos agir.
  • 12:44 - 12:48
    Tenho sorte de ensinar na Escola de Design,
    essas são fotos das minhas aulas.
  • 12:48 - 12:50
    Eles parecem crianças de volta ao jardim,
  • 12:50 - 12:53
    mas estão trabalhando
    num problema muito sofisticado,
  • 12:53 - 12:55
    como os alunos nessa imagem.
  • 12:55 - 12:58
    Mas o espaço é bem como uma sala do jardim
  • 12:58 - 13:00
    com coisas para manipular e prototipar.
  • 13:00 - 13:02
    A sala é como um teatro
  • 13:02 - 13:05
    pode ser rearranjada a cada 5 minutos,
  • 13:05 - 13:07
    dependendo do que queremos fazer.
  • 13:07 - 13:09
    Nada é pregado no chão.
  • 13:09 - 13:11
    Empresas inovadoras conhecem bem isso.
  • 13:11 - 13:13
    Esse é o escritório do Google em Zurique.
  • 13:13 - 13:15
    Aqui é a Pixar.
  • 13:15 - 13:19
    Não é frivolidade, são mensagens
  • 13:19 - 13:21
    que as empresas dão aos funcionários dizendo,
  • 13:21 - 13:26
    "Inovação, criatividade e ambiente lúdico
    são valorizados aqui"
  • 13:26 - 13:28
    Mas isso não basta.
  • 13:28 - 13:31
    Precisamos considerar também os recursos
    que temos no ambiente.
  • 13:31 - 13:34
    E recursos são tão diferentes.
  • 13:34 - 13:39
    Infelizmente pensamos neles como dinheiro.
  • 13:39 - 13:41
    E dinheiro é um ótimo recurso
  • 13:41 - 13:44
    que nos ajudou aqui em Stanford
    e no Vale do Silício.
  • 13:44 - 13:47
    Mas é só um dos recursos que temos disponíveis.
  • 13:47 - 13:49
    Precisamos olhar para os recursos naturais.
  • 13:49 - 13:51
    Os processos que utilizamos.
  • 13:51 - 13:53
    As culturas que construímos.
  • 13:53 - 13:57
    Infelizmente, vejo isso acontecer
    em diferentes partes do mundo
  • 13:57 - 14:00
    Fui para o norte do Chile recentemente.
  • 14:00 - 14:02
    E foi super espetacular.
  • 14:02 - 14:06
    No caminho para o norte, a praia era sem fim,
    quase 5 mil quilômetros.
  • 14:06 - 14:07
    E lá estavam os Andes.
  • 14:07 - 14:10
    E falei com as pessoas da cidade de Antofagasta,
  • 14:10 - 14:12
    "Mas o quê impede
    o sucesso de vocês?
  • 14:12 - 14:17
    E um homem disse,
    "Bom, é o nosso ambiente horrível"
  • 14:17 - 14:20
    Eu disse, "Sério? Você olhou lá fora?"
  • 14:20 - 14:21
    Porque eles não viam.
  • 14:21 - 14:24
    Estavam tentando replicar os recursos alheios.
  • 14:24 - 14:27
    Ao invés de ver os que já tinham.
  • 14:27 - 14:30
    Vejam aqui uma imagem dessa cidade.
  • 14:30 - 14:33
    Pensem na cultura dela. A cultura é importante.
  • 14:33 - 14:36
    A cultura é a última peça da máquina da inovação.
  • 14:36 - 14:42
    É como a sonoridade de cada comunidade,
  • 14:42 - 14:47
    cada organização, cada equipe e cada família.
  • 14:47 - 14:51
    Vou passar dois vídeos para demonstrar isso.
  • 14:51 - 14:57
    Pensem na música dos vídeos como a cultura
    em cada uma das cenas.
  • 14:57 - 14:59
    Vou passar o mesmo clipe duas vezes.
  • 14:59 - 15:04
    Esse é um clipe de 1919 da fábrica da Coca Cola.
  • 15:04 - 15:07
    OK? Quero que pensem como se sentem,
  • 15:07 - 15:11
    Se gostariam de estar lá
    e o que acham que tem nas garrafas.
  • 15:14 - 15:19
    [As garrafas são transportadas ao filtro de xarope.]
  • 15:19 - 15:26
    (Música alegre)
  • 15:26 - 15:32
    [O xarope é injetado em um processo mecânico.]
  • 15:38 - 15:42
    [Água com gás é adicionada.]
  • 15:44 - 15:46
    OK, vamos ao próximo.
  • 15:47 - 15:52
    [As garrafas são transportadas ao filtro de xarope.]
  • 15:52 - 15:54
    (Música sombria)
  • 15:54 - 15:57
    (Risos)
  • 15:58 - 16:04
    [O xarope é injetado em um processo mecânico.]
  • 16:11 - 16:13
    [Água com gás é adicionada.]
  • 16:13 - 16:16
    Entenderam a questão, certo?
  • 16:16 - 16:20
    O fato é que esse é o lado de fora
    da sua máquina de inovação
  • 16:20 - 16:22
    Vamos juntar tudo.
  • 16:22 - 16:24
    Vocês podem dizer, "OK Tina, muito interessante,
  • 16:24 - 16:27
    Mas porque essa fita de Mobius maluca?
  • 16:27 - 16:29
    Poderia ser só "o dentro" e "o fora".
  • 16:29 - 16:32
    Mas é a fita de Mobius porque o dentro e o fora
  • 16:32 - 16:33
    estão completamente interrelacionados.
  • 16:33 - 16:35
    E nada pode ser visto isoladamente.
  • 16:35 - 16:38
    Vou mostrar como.
  • 16:38 - 16:40
    Imaginação e habitat são paralelos aqui.
  • 16:40 - 16:45
    Pois os habitats que construímos são
    a manifestação interna da imaginação.
  • 16:45 - 16:48
    Se você pode imaginar, pode construir.
  • 16:48 - 16:52
    Além disso, os habitats que construímos
    afetam diretamente nossa imaginação,
  • 16:52 - 16:54
    como pensamos, nos sentimos, agimos
  • 16:54 - 16:57
    Isso também vale para o conhecimento e os recursos.
  • 16:57 - 17:01
    Quanto mais conhecemos,
    mais recursos podemos liberar
  • 17:01 - 17:04
    E quanto mais recursos temos, mais sabemos, certo?
  • 17:04 - 17:07
    Quanto mais sabemos pescar, mais peixes pegamos.
  • 17:07 - 17:11
    Quanto mais peixes temos no ambiente,
    mais sabemos sobre pesca.
  • 17:11 - 17:13
    É o mesmo com a atitude e a cultura.
  • 17:13 - 17:16
    A cultura é uma atitude coletiva da comunidade,
  • 17:16 - 17:20
    e ela afeta claramente nosso modo de pensar.
  • 17:20 - 17:24
    A coisa mágica dessa fita de Mobius da inovação
  • 17:24 - 17:30
    é que ela é tão poderosa
    que você pode começar de qualquer lugar.
  • 17:30 - 17:33
    Se você administra sua empresa, pode configurar -
  • 17:33 - 17:35
    Pode pensar na cultura e configurar a cultura.
  • 17:35 - 17:39
    Pode construir habitats para estimular a imaginação.
  • 17:39 - 17:43
    Se é um indivíduo, pode começar
    construindo sua base do conhecimento.
  • 17:43 - 17:47
    Pode começar com uma paixão e atitude
    que vai resolver um problema.
  • 17:47 - 17:51
    Pode começar de qualquer lugar
    para fazer a inovação fluir.
  • 17:51 - 17:54
    O mais importante é que cada um,
  • 17:54 - 17:58
    tem a chave para sua máquina de inovação.
  • 17:58 - 18:00
    Cabe a cada um girá-la.
  • 18:00 - 18:04
    Obrigada. (Aplausos)
Title:
Um curso intensivo de criatividade - Tina Seelig no TEDxStanford
Description:

Nessa palestra brilhante, a educadora da Universidade de Stanford Tina Seelig explica em que consiste a Máquina da Inovação e mostra maneiras de sermos mais criativos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:16

Portuguese, Brazilian subtitles

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