How The Economic Machine Works by Ray Dalio (Como funciona a máquina econômica)
-
0:00 - 0:00.
-
0:00 - 0:03Como a máquina econômica funciona
, em 30 minutos -
0:03 - 0:07A economia funciona como uma
simples máquina -
0:07 - 0:09Apesar disso, muitas pessoas
não compreendem -
0:09 - 0:11ou não concordam em como ela funciona
-
0:11 - 0:15o que levou a muito sofrimento
econômico desnecessário. -
0:15 - 0:18Eu sinto um grande senso
de responsabilidade -
0:18 - 0:22em dividir minha abordagem simples, porém prática.
-
0:23 - 0:25Apesar de pouco convencional,
-
0:25 - 0:30isto tem me ajudado a antever e evitar
crises financeiras globais -
0:30 - 0:32e tem funcionado pelos últimos 30 anos
-
0:32 - 0:34Vamos começar!
-
0:34 - 0:40Apesar da economia parecer complexa, ela funciona
de maneira simples e mecânica -
0:40 - 0:44Ela é composta de partes e transações simples
-
0:44 - 0:47e que são repetidas inúmeras vezes
-
0:47 - 0:51Essas transações são, acima de tudo, guiadas pela natureza humana
-
0:51 - 0:55e assim criam 3 forças que guiam a economia.
-
0:56 - 0:58Número 1: Ganho de produtividade
-
0:58 - 1:02Número 2: O ciclo do endividamento de curto prazo
-
1:02 - 1:04e Número 3: O ciclo do endividamento de longo prazo
-
1:04 - 1:08Nós iremos estudar essas 3 forças e como
a interação das mesmas -
1:08 - 1:12criam um bom modelo para acompanhar os
movimentos econômicos -
1:12 - 1:14e entender o que está acontecendo nesse momento.
-
1:14 - 1:17Vamos começar com a parte mais simples da economia:
-
1:17 - 1:19Transações.
-
1:19 - 1:24Uma economia é a soma das transações que
a compõe -
1:24 - 1:27e uma transação é algo muito simples
-
1:27 - 1:28Você realiza transações o tempo todo.
-
1:28 - 1:32A todo momento que você compra algo,
você realiza uma transação. -
1:32 - 1:35Cada transação é composta de um comprador
-
1:35 - 1:37trocando dinheiro ou crédito
-
1:37 - 1:43junto a um vendedor, por algum tipo de bem
ou serviço. -
1:43 - 1:45Crédito é usado da mesma maneira
que dinheiro -
1:45 - 1:49somando o dinheiro gasto com o crédito gasto
-
1:49 - 1:52chegamos ao montante total gasto.
-
1:52 - 1:56O montante total gasto é o que
guia a economia. -
1:56 - 1:58Ao dividirmos o montante gasto
-
1:58 - 2:00pela quantidade vendida,
-
2:00 - 2:01chegamos ao preço.
-
2:01 - 2:04E isto é uma transação.
-
2:04 - 2:07É o bloco mais básico da máquina econômica.
-
2:07 - 2:12Todos os ciclos e forças em uma
economia são guiados por transações. -
2:12 - 2:14Logo, se você entende transações,
-
2:14 - 2:17Você entende toda a economia.
-
2:17 - 2:20Um mercado é composto de todos os compradores
-
2:20 - 2:21e todos os vendedores
-
2:21 - 2:23fazendo transações por uma
mesma coisa. -
2:23 - 2:26Por exemplo, há um mercado de trigo,
-
2:26 - 2:27um mercado de carros,
-
2:27 - 2:28um mercado de ações
-
2:28 - 2:30e mercados para milhões de coisas.
-
2:31 - 2:33Uma economia consiste de todas as transações
-
2:33 - 2:35em todos os mercados.
-
2:35 - 2:38Ao somarmos o total gasto
-
2:38 - 2:39e a quantia total vendida
-
2:39 - 2:40em todos os mercados
-
2:40 - 2:42você tem tudo que precisa
-
2:42 - 2:44para entender a economia.
-
2:45 - 2:46É simples assim.
-
2:47 - 2:49Pessoas, negócios, bancos e governos
-
2:49 - 2:54todos se envolvem em transações
da maneira que descrevi: -
2:54 - 2:59trocando dinheiro e crédito
por bens, serviços e ativos financeiros. -
2:59 - 3:02O maior comprador e vendedor é
o governo, -
3:03 - 3:04que é composto de duas partes:
-
3:04 - 3:08o Governo Central que coleta
impostos e gasta o dinheiro... -
3:08 - 3:10... e um Banco Central,
-
3:10 - 3:12que é diferente de outros compradores
e vendedores, pois -
3:12 - 3:16controla a quantidade de dinheiro e
crédito na economia. -
3:17 - 3:20E faz isso ao influenciar
taxas de juros -
3:20 - 3:21e imprimindo dinheiro.
-
3:21 - 3:24Por essas razões, como veremos,
-
3:24 - 3:27o Banco Central tem um importante papel
-
3:28 - 3:29no fluxo de Crédito.
-
3:29 - 3:32Eu quero que você preste atenção no "crédito".
-
3:32 - 3:35Crédito é a parte mais importante da economia,
-
3:35 - 3:37e provavelmente a que menos se entende.
-
3:37 - 3:40É a mais importante pois é a maior
-
3:40 - 3:42e mais volátil.
-
3:43 - 3:45Da mesma maneira que compradores e vendedores
acessam o mercado para transações, -
3:47 - 3:50tomadores e poupadores fazem o mesmo.
-
3:50 - 3:54Poupadores querem fazer seu dinheiro render
-
3:54 - 3:57e tomadores querem comprar algo que não têm condições,
-
3:57 - 3:59como uma casa ou um carro
-
3:59 - 4:02ou investir em algo como um novo negócio.
-
4:03 - 4:05Crédito pode ser benéfico para o poupador
-
4:05 - 4:08e também para o tomador.
-
4:08 - 4:12Tomadores se comprometem a pagar
a quantia emprestada, -
4:12 - 4:13chamada de principal,
-
4:13 - 4:15e mais um adicional, chamado de juro.
-
4:15 - 4:18Quando as taxas de juros são altas,
-
4:18 - 4:21há menos empréstimos, pois estão caros.
-
4:21 - 4:23Quando as taxas estão baixas,
-
4:23 - 4:25os empréstimos aumentam, pois
estão baratos. -
4:25 - 4:28Quando tomadores se comprometem a pagar
-
4:28 - 4:30e poupadores acreditam neles,
-
4:30 - 4:31o crédito é criado.
-
4:32 - 4:35Quaisquer duas pessoas podem concordar em
criar crédito do nada! -
4:36 - 4:39Isso parece simples, mas crédito pode
ser ardiloso -
4:39 - 4:40pois tem diferentes nomes.
-
4:40 - 4:44No momento que o crédito é criado,
-
4:44 - 4:45ele se torna em uma dívida.
-
4:46 - 4:49A dívida é tanto um ativo para o poupador,
-
4:49 - 4:51como um passivo para o tomador.
-
4:51 - 4:53No futuro,
-
4:53 - 4:56quando o tomador paga o empréstimo, mais os juros,
-
4:56 - 4:59o ativo e passivo somem
-
4:59 - 5:01e a transação é finalizada.
-
5:02 - 5:05Qual o motivo de crédito ser tão
importante? -
5:05 - 5:08Porque quando um tomador recebe um crédito,
-
5:08 - 5:10ele está apto a aumentar os seus gastos.
-
5:10 - 5:13E lembre-se: gastos guiam a economia!
-
5:13 - 5:16Isso porque o gasto de uma pessoa
-
5:16 - 5:17é a renda de outra!
-
5:17 - 5:22Pense nisso, cada dólar que você gasta,
uma outra pessoa ganha -
5:22 - 5:25e cada dólar que você ganha, outra pessoa gastou.
-
5:25 - 5:29Logo, quando você gasta mais, alguém ganha mais.
-
5:29 - 5:33Quando a renda de alguém aumenta
-
5:33 - 5:35faz com que poupadores aumentem o interesse
em emprestá-lo dinheiro -
5:35 - 5:38pois agora ele tem melhor posição
como pagador. -
5:38 - 5:41Um tomador digno de crédito tem 2 qualidades:
-
5:41 - 5:44capacidade de pagar e garantias.
-
5:44 - 5:48Possuir alta relação de renda com débito aumenta
a capacidade de pagar. -
5:49 - 5:56Caso não consiga pagar, ele possui ativos que são
dados como garantias. -
5:56 - 6:00Isso faz com que poupadores estejam mais confortáveis
em emprestar dinheiro. -
6:00 - 6:04Assim, aumentos de renda permitem
aumentos de empréstimos -
6:04 - 6:06o que permite aumento de gastos.
-
6:06 - 6:10E como o gasto de um é a renda do outro,
-
6:10 - 6:13isso leva a um aumento de empréstimos e
assim sucessivamente. -
6:13 - 6:17Esse padrão leva a um crescimento econômico
-
6:17 - 6:22e por isso temos ciclos.
-
6:22 - 6:26Em uma transação, é necessário dar
algo para conseguir algo -
6:26 - 6:29e o quanto você consegue depende de quanto
você produz -
6:29 - 6:31ao longo do tempo nós aprendemos
-
6:31 - 6:35e o conhecimento adquirido aumenta
nosso padrão de vida -
6:35 - 6:37a isso nós chamamos de
ganho de produtividade -
6:37 - 6:40aqueles que são mais criativos e trabalhadores
conseguem -
6:40 - 6:44aumentar sua produtividade e seu padrão
de vida mais rápido -
6:44 - 6:47do que aqueles mais acomodados,
-
6:49 - 6:50mas isso não é necessariamente verdade no
curto prazo. -
6:50 - 6:54Produtividade é mais importante no longo prazo,
enquanto crédito é mais importante no curto. -
6:54 - 6:58Isso porque produtividade não flutua muito,
-
6:58 - 7:01o que não leva a grande volatilidade
econômica. -
7:01 - 7:07Dívida é - devido ao fato de permitir o consumo
antecipado -
7:07 - 7:11e nos força a consumir menos do que produzimos quando
estamos pagando a dívida. -
7:11 - 7:15Os movimentos de endividamento ocorrem em 2
grandes ciclos. -
7:15 - 7:21O primeiro dura entre 5 e 10 anos e o segundo entre
75 e 100 anos. -
7:21 - 7:25Apesar das pessoas sentirem esses movimentos,
elas não percebem como sendo ciclos -
7:25 - 7:29pois estão muito próximos - dia após dia, semana após semana.
-
7:29 - 7:33Neste capítulo daremos um passo atrás para
entender essas 3 forças -
7:33 - 7:37e como elas interagem de modo a
construir nossas experiências. -
7:37 - 7:42Como mencionado, os movimentos em volta da linha
não tem relação com inovações ou trabalho, -
7:42 - 7:46elas se movem com a quantidade de
crédito disponível. -
7:46 - 7:50Vamos imaginar uma economia sem acesso
a crédito. -
7:50 - 7:54Nessa economia, a única maneira de aumentar
meus gastos -
7:54 - 7:55é aumentando minha renda,
-
7:55 - 7:59o que requer maior produtividade e mais
trabalho. -
7:59 - 8:03Aumento de produtividade é a única maneira
para o crescimento. -
8:03 - 8:05Sendo meu gasto a renda de uma outra pessoa,
-
8:05 - 8:10a economia cresce quando eu ou
outra pessoa se torna mais produtivo. -
8:10 - 8:14Se seguirmos as transações,
-
8:14 - 8:17verificamos uma progressão de acordo
com o crescimento da linha de produtividade. -
8:17 - 8:21Mas como tomamos empréstimos, criamos ciclos.
-
8:21 - 8:24Isso não tem a ver com leis ou regulações,
-
8:24 - 8:28isso é devido a natureza humana e
a maneira como o crédito funciona. -
8:28 - 8:32Pense no empréstimo como uma maneira de adiantar
seus gastos futuros. -
8:32 - 8:37Para comprar algo que você não consegue,
você gasta mais do que produz. -
8:37 - 8:41Para fazer isso, você irá tomar um empréstimo
do seu "eu" do futuro. -
8:41 - 8:45Ao fazer isso haverá um tempo no futuro
-
8:45 - 8:49que você terá que gastar menos do que produz
para conseguir pagar de volta. -
8:49 - 8:52Rapidamente isso lembra um ciclo.
-
8:52 - 8:55Basicamente, sempre que você toma
um empréstimo você cria um ciclo. -
8:55 - 9:00Isso funciona tanto para um indivíduo como
para uma economia. -
9:00 - 9:02Daí a importância em entender o crédito
-
9:02 - 9:05pois dá início
-
9:05 - 9:09a uma série de evento previsíveis
no futuro. -
9:09 - 9:12Isso diferencia crédito e dinheiro.
-
9:13 - 9:15Dinheiro é o que finaliza uma transação.
-
9:15 - 9:18Quando você compra uma cerveja de um bar com
dinheiro, -
9:18 - 9:21a transação é concluída de imediato.
-
9:21 - 9:23Mas se comprar a cerveja fiado,
-
9:23 - 9:25é como dar início a uma conta no bar.
-
9:25 - 9:28Você se compromete a pagar no futuro.
-
9:28 - 9:32Juntos, você e o dono do bar criam um ativo
e um passivo. -
9:32 - 9:35Você acabou de criar crédito, do nada.
-
9:35 - 9:39E até que você pague essa conta no bar
-
9:39 - 9:41só então o ativo e passivo somem
-
9:41 - 9:43a dívida some
-
9:43 - 9:44e a transação concluída.
-
9:45 - 9:50Na realidade, muito do que as pessoas chama de dinheiro
na verdade é crédito. -
9:50 - 9:56O total de crédito nos EUA é algo em torno
de $50 trilhões -
9:56 - 10:00enquanto o total de dinheiro é de
$3 trilhões. -
10:00 - 10:02Lembre-se, em uma economia sem
crédito: -
10:02 - 10:05a única maneira de consumir mais
é produzindo mais. -
10:05 - 10:07Mas em uma economia com crédito,
-
10:07 - 10:11você pode aumentar o seu consumo
através de empréstimos. -
10:11 - 10:14Como resultado, uma economia com crédito
possui mais consumo -
10:14 - 10:18e permite a renda aumentar acima da produtividade
no curto prazo, -
10:18 - 10:20mas não no longo prazo.
-
10:20 - 10:21Não me leve a mal,
-
10:22 - 10:26crédito não é algo necessariamente ruim
que apenas causa ciclos. -
10:26 - 10:31É ruim quando financia um super-consumo
que não pode ser pago de volta. -
10:31 - 10:34Mas pode ser bom quando alocado
de forma eficiente -
10:34 - 10:38de forma a aumentar sua renda para
depois pagar sua dívida. -
10:38 - 10:41Por exemplo, se você toma um empréstimo para
comprar uma TV, -
10:41 - 10:44isso não gera renda para pagar de volta
sua dívida. -
10:44 - 10:48Mas, se você usa o dinheiro para comprar
um trator -
10:48 - 10:52e esse trator permite aumentar sua
produção e ganhar mais dinheiro -
10:52 - 10:53você irá pagar sua dívida
-
10:53 - 10:56ao mesmo tempo que consegue melhorar
seu padrão de vida. -
10:56 - 10:58Em uma economia com crédito,
-
10:58 - 11:00nós podemos seguir as transações
-
11:00 - 11:01e ver como o crédito cresce.
-
11:01 - 11:04Deixe-me dar um exemplo:
-
11:04 - 11:08Suponhamos que você ganhe $100.000 por ano
e não possui dívida. -
11:08 - 11:12Você tem crédito para tomar até $10.000 dólares
-
11:12 - 11:13- digamos em um cartão de crédito-
-
11:13 - 11:15logo você pode gastar até
$110.00 dólares -
11:15 - 11:18apesar de ganhar apenas
$100.000 dólares -
11:19 - 11:21Como seu gasto é a renda
de outra pessoa, -
11:21 - 11:24alguém irá ganhar $110.00 dólares.
-
11:25 - 11:28A pessoa ganhando $110.00 dólares
-
11:28 - 11:31pode tomar até $11.000 dólares
emprestados -
11:31 - 11:34e assim poderá gastar $121.000 dólares
-
11:34 - 11:38mesmo ganhando apenas $110.000 dólares.
-
11:38 - 11:41Seu gasto é a renda de outra pessoa
-
11:41 - 11:43e ao seguir essas transações
-
11:43 - 11:45podemos ver como o processo
-
11:45 - 11:47se auto-estimula.
-
11:48 - 11:52Mas lembre-se, financiamentos
criam ciclos -
11:52 - 11:56e se o ciclo tem a subida,
eventualmente tem a descida. -
11:56 - 12:00O que nos leva ao Ciclo de Dívida de Curto
Prazo. -
12:01 - 12:04Conforme a atividade econômica cresce,
vemos uma expansão -
12:04 - 12:07- é a primeira fase do ciclo de dívida
de curto prazo. -
12:07 - 12:11O consumo continua a crescer e
os preços aumentam. -
12:11 - 12:15Isso ocorre pois o aumento de consumo
é fruto do crédito -
12:15 - 12:17- o qual pode ser criado do nada.
-
12:17 - 12:23Quando o consumo e renda crescem mais rápido
que a produção de bens: -
12:23 - 12:24os preços sobem.
-
12:24 - 12:28Quando os preços sobem,
chamamos isso de inflação. -
12:28 - 12:32O Banco Central não quer que a inflação
aumente muito -
12:32 - 12:35pois isso causa problemas.
-
12:35 - 12:38Ao ver preços aumentando,
ele aumenta as taxas de juros. -
12:38 - 12:43Com altas taxas de juros,
menos pessoas conseguem tomar empréstimos. -
12:43 - 12:46E o custo da dívida aumenta.
-
12:46 - 12:50Pense nisso como a fatura mensal
do seu cartão de crédito subindo. -
12:50 - 12:54Como as pessoas tomam menos empréstimos
e tem maiores custos com a dívida -
12:54 - 12:59elas possuem menos dinheiro para gastar,
então o consumo desacelera -
12:59 - 13:03... e como o gasto de uma pessoa é a renda de
outra, -
13:03 - 13:07a renda cai... e assim sucessivamente.
-
13:07 - 13:11Quando as pessoas gastam menos,
preços caem. -
13:11 - 13:13Nós chamamos isso de deflação.
-
13:13 - 13:17A atividade econômica cai e temos
uma recessão. -
13:17 - 13:20Se a recessão for muito severa
-
13:20 - 13:22e a inflação deixar de ser um problema,
-
13:22 - 13:27o banco central irá cortar as taxas de juros
e fazer com que as coisas retomem o crescimento. -
13:27 - 13:30Com taxas de juros menores,
-
13:30 - 13:31custos com dívidas caem
-
13:31 - 13:33e empréstimos e consumo retomam
-
13:33 - 13:35e então vemos outra expansão.
-
13:35 - 13:39Como podem ver, a economia é uma máquina.
-
13:40 - 13:44No ciclo de curto prazo, o consumo
é retido apenas pela vontade -
13:44 - 13:47dos poupadores e tomadores
em prover e tomar crédito. -
13:47 - 13:53Quando o crédito é fácil e acessível,
haverá uma expansão econômica. -
13:53 - 13:56Quando o crédito não é acessível,
há uma recessão. -
13:56 - 14:00E notem como o ciclo é controlado fortemente
pelo banco central. -
14:00 - 14:05Este ciclo de curto prazo dura, em geral,
5-8 anos -
14:05 - 14:08e ocorre por várias vezes durante
décadas. -
14:08 - 14:10Mas notem que o vale
-
14:10 - 14:12e o topo de cada ciclo terminam
-
14:12 - 14:17com mais crescimento do que o ciclo anterior
e também com mais dívidas. -
14:17 - 14:18Por que?
-
14:18 - 14:21Porque as pessoas pressionam
-
14:21 - 14:26- elas são inclinadas a se endividar
e gastar mais, ao invés de liquidar dívidas. -
14:26 - 14:27É a natureza humana.
-
14:27 - 14:29E por conta disso,
-
14:29 - 14:31durante longos períodos de tempo,
-
14:31 - 14:33as dívidas crescem mais rápido que a renda
-
14:33 - 14:37criando o ciclo de endividamento de longo
prazo. -
14:38 - 14:40Apesar das pessoas estarem mais
endividadas -
14:40 - 14:44poupadores se tornam mais inclinadas
a emprestar. -
14:44 - 14:45Por que?
-
14:45 - 14:49Devido a sensação de que tudo está bem!
-
14:49 - 14:52As pessoas só se focam no que tem ocorrido
nos últimos tempos. -
14:52 - 14:56E o que tem ocorrido nos últimos tempos?
-
14:56 - 14:58A renda tem crescido!
-
14:58 - 14:59O valor dos ativos tem subido!
-
14:59 - 15:02O mercado de ações está disparando!
-
15:02 - 15:02É um "boom"!
-
15:02 - 15:07Ele te paga para comprar bens, serviços
e ativos financeiros -
15:07 - 15:08com dinheiro emprestado!
-
15:08 - 15:12Quando as pessoas fazem isso com frequência,
nós chamamos isso de bolha. -
15:12 - 15:15Então apesar das dívidas estarem crescendo,
-
15:15 - 15:18a renda tem crescido quase tão rápido de modo
a anular as dívidas. -
15:18 - 15:22Vamos chamar essa razão de dívida/renda
de fardo da dívida. -
15:22 - 15:25Contanto que a dívida cresça,
-
15:25 - 15:27esse fardo da dívida se mantém
sustentável. -
15:27 - 15:30Ao mesmo tempo o valor de ativos
disparam. -
15:30 - 15:33As pessoas tomam grandes quantias
de empréstimos -
15:34 - 15:35para investir
-
15:35 - 15:38o que a se tornarem mais caros.
-
15:38 - 15:40As pessoas se sentem mais ricas.
-
15:40 - 15:43Então mesmo com acumulação de muitas
dívidas, -
15:43 - 15:49aumento de renda e o valor dos ativos
ajudam a melhorar a condição de crédito das pessoas. -
15:49 - 15:53Mas isso não se se sustenta pra sempre.
-
15:53 - 15:54E não sustenta mesmo.
-
15:54 - 16:01Ao longo de décadas, o fardo da dívida vai caindo
aumentando os pagamentos de dívidas. -
16:01 - 16:05Em algum ponto, o pagamento de dívidas
cresce mais que a renda -
16:05 - 16:08forçando pessoas a cortar consumo.
-
16:08 - 16:12E como o gasto de um é a renda de outro,
-
16:12 - 16:14a renda começa a cair...
-
16:14 - 16:19... deteriorando a condição de crédito das
pessoas e diminuindo os empréstimos feitos. -
16:19 - 16:22Pagamento de dívidas continuam subindo
-
16:22 - 16:24o que faz com que as pessoas gastem menos...
-
16:24 - 16:27... e o ciclo se reverte por si só.
-
16:27 - 16:31Esse é o pico do ciclo de dívida de longo prazo.
-
16:31 - 16:34O fardo da dívida se torna muito grande.
-
16:34 - 16:39Para os EUA, Europa e boa parte do mundo
-
16:39 - 16:41isso aconteceu em 2008.
-
16:41 - 16:45Isso aconteceu pela mesma razão no Japão em
1989 -
16:45 - 16:49e nos EUA em 1929.
-
16:49 - 16:52Agora a economia começar a "desendividar".
-
16:52 - 16:56Nesse processo, as pessoas cortam gastos,
-
16:56 - 17:00rendas caem, crédito desaparece,
-
17:00 - 17:03ativos caem de preço, bancos são espremidos,
-
17:03 - 17:06o mercado de ações desabada, tensões sociais
crescem -
17:06 - 17:10o processo ocorre para o outro sentido.
-
17:10 - 17:14Conforme a renda cai e as dívidas são pagas,
-
17:14 - 17:18os endividados são espremidos.
Não são mais dignos de crédito, -
17:18 - 17:22o crédito seca e tomadores ficam sem empréstimo
suficiente para -
17:22 - 17:24rolar suas dívidas.
-
17:24 - 17:28
-
17:28 - 17:32A corrida para vender os ativos inunda o mercado
-
17:32 - 17:36É nesse ponto que o mercado
de ações colpasa, -
17:36 - 17:40o mercado imobiliário entra em crise
e os bancos tem problemas. -
17:40 - 17:45Com a queda dos ativos, o valor das garantias
dos tomadores perde valor. -
17:45 - 17:48Tornando os tomadores ainda menos dignos
de crédito. -
17:48 - 17:50As pessoas se sentem pobres.
-
17:51 - 17:55Crédito seca.
Menos gastos> -
17:55 - 17:56menos renda>
-
17:56 - 17:58menor fortuna>
-
17:58 - 17:59menos crédito>
-
17:59 - 18:01menos empréstimos
e assim continua. -
18:01 - 18:03É um círculo vicioso.
-
18:03 - 18:07Isso é parecido com uma recessão
com a diferença aqui -
18:07 - 18:10é que as taxas de juros não podem
cair para salvar o dia. -
18:10 - 18:15Em uma recessão, abaixar os juros estimula
a tomada de crédito. -
18:15 - 18:19No entanto, em uma desalavancagem,
diminuir juros não funciona pois -
18:19 - 18:21os juros já estão baixos
-
18:21 - 18:25e logo atingem 0% - e o estímulo
cessa. -
18:25 - 18:29Juros nos EUA atingiram 0% durante a
desalavancagem de -
18:29 - 18:311930
-
18:31 - 18:33e novamente em 2008.
-
18:33 - 18:36A diferença entre uma recessão
-
18:36 - 18:40e uma desalavancagem é que em uma desalavancagem
o custo da dívida -
18:40 - 18:42se tornou muito alto
-
18:42 - 18:45e não pode ser aliviado ao diminuir as taxas
de juros. -
18:45 - 18:50Credores percebem que as dívidas
se tornaram muito grandes para serem pagas. -
18:50 - 18:55Tomadores perderam a capacidade de pagar
dívidas e suas garantias perderam valor. -
18:55 - 18:59Se sentem aleijados pela dívida - e não querem
mais dívida! -
18:59 - 19:03Credores param de emprestar.
Tomadores parar de tomar emprestado. -
19:03 - 19:07Pense que toda economia perdeu credibilidade,
-
19:07 - 19:09assim como um indivíduo.
-
19:09 - 19:13Então o que fazer quanto
uma desalavancagem? -
19:13 - 19:18O problema é que o custo da dívida está muito alto
e precisa diminuir. -
19:18 - 19:21E existem 4 maneiras disso acontecer.
-
19:21 - 19:241. Corte de gastos de governo e indivíduos
-
19:24 - 19:282. Dívidas são cortadas por calotes ou renegociadas
-
19:28 - 19:343. Riqueza redistribuídas entre os que tem e
os que não tem -
19:34 - 19:38e 4. O banco central imprime mais dinheiro.
-
19:38 - 19:43Essas 4 maneiras aconteceram na desalavancagem
moderna -
19:46 - 19:48Em geral, gastos são cortados primeiro.
-
19:48 - 19:52Como vimos, governo e indivíduos
apertam o cinto e -
19:52 - 19:55cortam seus gastos de maneira a diminuir
suas dívidas. -
19:55 - 19:59Isso é chamado de austeridade.
-
19:59 - 20:02Quando tomadores param de tomar
novas dívidas, -
20:02 - 20:07e começam a pagar velhas dívidas,
você espera que o custo da dívida diminua. -
20:07 - 20:11Mas o oposto acontece!
Porque corte de gastos -
20:11 - 20:15- como o gasto de um é a renda de outro-
causa -
20:15 - 20:19uma queda na renda.
E isso cai mais rápido do que dívidas são pagas -
20:19 - 20:23e o custo da dívida fica pior.
Como vimos, -
20:23 - 20:26esse corte nos gastos é deflacionário e
doloroso. -
20:26 - 20:29Negócios são forçados a cortar
gastos... -
20:29 - 20:33que significa menos empregos e maior
taxa de desemprego. -
20:33 - 20:37Isso leva a um próximo passo: dívidas precisam
ser reduzidas! -
20:37 - 20:41Muitos tomadores não conseguem pagar
seus empréstimos -
20:41 - 20:44- e a dívida de um tomador é um ativo
para o credor. -
20:44 - 20:49Quando tomadores não pagam o banco,
as pessoas ficam nervosas -
20:49 - 20:50se os bancos vão devolver seu dinheiro
-
20:50 - 20:55e correm para sacar o dinheiro do banco.
Bancos são espremidos no processo e -
20:55 - 20:56pessoas,
-
20:56 - 21:00negócios e bancos dão calotes.
Isso agrava -
21:00 - 21:04a contração econômica e vira uma depressão.
-
21:04 - 21:09Uma boa parte da depressão é quando
as pessoas descobrem que o que pensavam -
21:09 - 21:11ser sua riqueza não está mais lá.
-
21:11 - 21:13Vamos voltar ao caso do bar.
-
21:14 - 21:18Quando você comprou uma cerveja e colocou na
conta do bar, -
21:18 - 21:24você se comprometeu a pagar ao dono.
Sua promessa virou um ativo para o dono do bar. -
21:24 - 21:28Mas se você quebrar sua promessa
- dar o calote -
21:28 - 21:29na sua conta no bar-
-
21:29 - 21:33Então o "ativo" que ele possuía
não vale nada. -
21:33 - 21:36Basicamente sumiu.
-
21:36 - 21:40Muitos credores não querem seus ativos sumindo
e concordam -
21:40 - 21:41em renegociar.
-
21:41 - 21:44Renegociar a dívida significa que
credores -
21:44 - 21:48terão menos dinheiro ou ao longo de mais tempo
-
21:48 - 21:52ou a uma taxa menor do que combinada.
De alguma forma -
21:52 - 21:57um acordo é quebrado para reduzir a dívida.
Credores preferem -
21:57 - 21:59um pouco de algo do que
tudo de nada. -
21:59 - 22:03Apesar das dívidas sumirem,
renegociar dívidas causa -
22:03 - 22:07renda e valor de ativos caindo
rápido, -
22:07 - 22:10então o custo da dívida fica
ainda pior. -
22:10 - 22:13Da mesma forma que cortar gastos,
diminuir dívidas -
22:13 - 22:16é também doloroso e deflacionário.
-
22:16 - 22:22Isso tudo impacta o governo central pois
menor renda e maior desemprego -
22:22 - 22:27significa menos impostos.
-
22:27 - 22:30Ao mesmo tempo ele precisa aumentar
gastos pois o desemprego subiu. -
22:30 - 22:34Muitos desempregados não tem poupança
-
22:34 - 22:36e precisam de apoio financeiro
do estado. -
22:36 - 22:40Adicionalmente, o governo cria
planos de estímulos -
22:40 - 22:44e aumentam seus gastos para compensar
pela queda na economia. -
22:44 - 22:48O déficit do governo explode
-
22:48 - 22:51durante uma desalavancagem pois
gastam mais do que arrecadam. -
22:51 - 22:56É isso que ocorre quando você escuta sobre
o déficit do orçamento. -
22:56 - 23:01Para custear seu déficit, o governo precisa
aumentar impostos -
23:01 - 23:06ou tomar empréstimos.
Mas com a renda caindo e desemprego subindo, -
23:06 - 23:10de onde virá o dinheiro?
Dos ricos. -
23:10 - 23:15Como os governos precisam de mais dinheiro
e a riqueza é concentrada -
23:15 - 23:17nas mãos de poucos,
-
23:17 - 23:20o governo aumenta impostos sobre os
mais ricos -
23:20 - 23:24facilitando a distribuição de riqueza
em uma economia - -
23:24 - 23:29dos "que têm" aos "que não têm".
Os "que não têm", que estão sofrendo, começam -
23:29 - 23:31a se ressentir dos "que têm".
-
23:31 - 23:36Os mais ricos, pressionado pela economia fraca,
ativos caindo de preço -
23:36 - 23:40maiores impostos, ficam ressentidos
com os "que não têm". -
23:40 - 23:44Se a depressão continuar uma desordem social
pode estourar. -
23:44 - 23:47Não apenas tensões dentro do país,
-
23:47 - 23:52mas também entre países - especialmente
credores e devedores. -
23:52 - 23:56A situação pode levar a uma mudança
política -
23:56 - 23:59que as vezes pode ser extrema.
-
23:59 - 24:03Nos anos de 1930, isso levou a subida de Hitler,
-
24:03 - 24:08guerra na Europa, depressão americana. Pressão
para fazer algo -
24:08 - 24:10e acabar com a depressão que aumentava.
-
24:10 - 24:15Lembre-se, muito do que as pessoas achavam
ser dinheiro era apenas crédito. -
24:15 - 24:18Quando o crédito seca, as pessoas ficam sem dinheiro.
-
24:18 - 24:23Pessoas ficam desesperadas por dinheiro, e quem pode
imprimir dinheiro? -
24:23 - 24:27O banco central!
-
24:27 - 24:30Depois ter abaixado juros a quase 0
-
24:30 - 24:34- é forçado a imprimir dinheiro. Ao invés de cortar
gastos, -
24:34 - 24:37diminuir a dívida, redistribuir riqueza,
-
24:37 - 24:42imprimir dinheiro é inflacionário e estimulante.
Inevitavelmente, o banco central -
24:42 - 24:43imprime mais dinheiro
-
24:43 - 24:47- do nada - e usa esse dinheiro para comprar
ativos financeiros -
24:47 - 24:52e títulos do governo. Isso ocorreu nos EUA durante a grande depressão
-
24:52 - 24:56e novamente em 2008, quando o banco central americano -
-
24:56 - 25:00o Fed - imprimiu mais de 2 trilhões de dólares.
-
25:00 - 25:04Outros bancos centrais que podiam fazer,
também imprimiram muito dinheiro. -
25:04 - 25:07Ao comprar ativos financeiros com esse dinheiro,
-
25:07 - 25:12isso ajuda a aumentar o preço dos ativos e tornar
as pessoas mais dignas de crédito. -
25:12 - 25:16Apesar disso, essa situação ajuda apenas a melhorar
aqueles que possuem ativos financeiros. -
25:16 - 25:22O banco central pode imprimir dinheiro, mas
apenas comprar ativos financeiros. -
25:22 - 25:25O governo central, no entano,
-
25:25 - 25:30pode comprar bens e serviços e colocar o
dinheiro na mão do povo -
25:30 - 25:35mas não pode imprimir dinheiro. Para estimular
a economia, os dois -
25:35 - 25:36precisam cooperar.
-
25:36 - 25:40Ao comprar títulos do governo, o banco central "empresta"
dinheiro ao governo central -
25:40 - 25:41.
-
25:41 - 25:45permitindo aumentar o déficit
e os gastos -
25:45 - 25:49com bens e serviços, através do seu programa
de estímulo -
25:49 - 25:53e benefícios de desemprego. Isso aumenta
a renda das pessoas -
25:53 - 25:56assim como a dívida do governo.
-
25:56 - 26:00Diminuindo, também, o fardo da dívida para
toda a economia. -
26:00 - 26:05Esses são tempos perigosos. Líderes políticos
precisam balancear essas quatro formas -
26:05 - 26:07de modo a diminuir esse fardo
da dívida. -
26:07 - 26:13Os meios deflacionários precisam equilibrar
os meios inflacionários -
26:13 - 26:15para manter a estabilidade.
-
26:15 - 26:18Se equilibrado corretamente,
isso pode levar -
26:18 - 26:21a uma Tranquila Desalavancagem.
-
26:21 - 26:25A desalavancagem pode ser
tranquila ou turbulenta. -
26:25 - 26:29Como pode ser tranquila?
-
26:29 - 26:33Apesar de ser uma situação difícil,
-
26:33 - 26:38lidar com uma situação difícil da melhor
forma pode ser tranquila. -
26:38 - 26:42Muito mais tranquila do que a fase
desequilibrada e inflamada com dívida -
26:42 - 26:46da alavancagem.
Em uma desalavancagem tranquila, -
26:46 - 26:51dívida caem em relação a renda, o crescimento
real é positivo, -
26:51 - 26:57e a inflação não é um problema.
É alcançado através do equilíbrio certo. -
26:57 - 27:00O equilíbrio certo requer um certo "mix"
-
27:00 - 27:04de corte de gastos, queda de dívida,
transferência de riqueza -
27:04 - 27:09e impressão de dinheiro, de maneira
a manter a estabilidade social e econômica. -
27:09 - 27:14Pessoas perguntam se imprimir dinheiro
aumenta a inflação. -
27:14 - 27:19Não irá se for feita junto a corte de crédito.
Lembre-se, gastos é o que importam. -
27:19 - 27:24Um dólar gasto com crédito ou um dólar
gasto com dinheiro -
27:24 - 27:26tem o mesmo
efeito. -
27:26 - 27:31Ao imprimir dinheiro, o banco central pode
compensar o sumiço do crédito -
27:31 - 27:33com um aumento de dinheiro.
-
27:33 - 27:39De maneira a reverter a situação, o banco central
precisa ir além do que aumentar -
27:39 - 27:40o crescimento de renda
-
27:40 - 27:44precisa que o crescimento de renda
seja maior que os juros -
27:44 - 27:45da dívida acumulada.
-
27:45 - 27:48O que quero dizer com isso?
-
27:48 - 27:52A renda precisa crescer mais que a dívida cresce.
Por exemplo: -
27:52 - 27:56se consideramos que um país passando por uma
desalavancagem tem uma relação -
27:56 - 27:59de 100% entre dívida e renda.
-
27:59 - 28:04Isso significa que a quantidade dívida é
o mesmo que a de renda -
28:04 - 28:06que todo o país possui durante o ano.
-
28:06 - 28:09Agora pense nos juros pagos,
-
28:09 - 28:11digamos 2%.
-
28:11 - 28:15Se a sua dívida cresce 2% por conta dos juros
-
28:15 - 28:16e a renda
-
28:16 - 28:20cresce a 1%, você nunca diminuirá
a quantia de dívida. -
28:20 - 28:25Você precisa imprimir mais dinheiro de modo
a aumentar taxa de crescimento de acima -
28:25 - 28:26da taxa de juros.
-
28:26 - 28:31Podem haver abusos na impressão de dinheiro
por ser algo fácil -
28:31 - 28:33e as pessoas preferirem isso
as outras alternativas. -
28:33 - 28:36O segredo é evitar imprimir
muito dinheiro -
28:36 - 28:41e causar uma inflação inaceitável,
na maneira que a Alemanha fez durante -
28:41 - 28:43sua desalavancagem em 1920.
-
28:43 - 28:48Se líderes políticos conseguem o
equilíbrio certo, a desalavancagem
não é tão dramática. -
28:48 - 28:51O crescimento é baixo mas a dívida cai.
-
28:51 - 28:54Essa é uma desalavancagem
tranquila. -
28:54 - 29:00Conforme a renda cresce, tomadores se tornam
dignos de mais crédito. -
29:00 - 29:03E quando isso acontece,
-
29:03 - 29:09credores voltam a emprestar dinheiro.
O fardo da dívida começa a cair. -
29:09 - 29:13Aptas a tomar empréstimos, as pessoas voltam
a gastar. A economia volta -
29:13 - 29:14a crescer novamente,
-
29:14 - 29:18levando a fase de reflação do ciclo de dívida longa.
-
29:18 - 29:22Apesar do processo de desalavancagem poder
ser terrível quando mal conduzido, -
29:22 - 29:26se bem conduzido, pode-se consertar
o problema. -
29:26 - 29:30Isso pode levar em torno
de uma década ou mais -
29:30 - 29:34para que o fardo da dívida caia e a atividade
econômica volte ao normal -
29:34 - 29:38- daí o termo "década perdida".
-
29:38 - 29:43É claro, que a economia é mais complexa
do que este simples modelo sugere -
29:43 - 29:44
-
29:44 - 29:49Mas ao sobrepormos o ciclo curto em cima do ciclo
longo de dívida -
29:49 - 29:53e então colocando ambos sobre a
linha de produtivida -
29:53 - 29:56isso nos dá um modelo razoável de onde
estivemos, -
29:56 - 29:59onde estamos e provavelmente onde
iremos. -
29:59 - 30:03Em resumo, há 3 regras simples que quero
que levem consigo -
30:03 - 30:04e são:
-
30:04 - 30:081: Não deixe a dívida crescer mais
rápido que a renda, -
30:08 - 30:11pois o custo da dívida vai te esmagar.
-
30:11 - 30:162: Não deixe a renda crescer mais
que a produtividade, -
30:16 - 30:19pois você perderá competitividade.
-
30:19 - 30:24e 3: Faça tudo para melhorar
sua produtividade, -
30:24 - 30:29pois, no longo prazo, é isso que importa.
-
30:30 - 30:34São conselhos simples para você e para
os líderes das políticas. -
30:34 - 30:38Você ficaria surpreso, mas a maioria das pessoas
- e nisso estão os líderes - não prestam atenção -
30:38 - 30:40a este fato.
-
30:40 - 30:44Este modelo tem funcionado para mim e espero que
funcione para você -
30:44 - 30:46Obrigado!
- Title:
- How The Economic Machine Works by Ray Dalio (Como funciona a máquina econômica)
- Description:
-
http://www.economicprinciples.org | How the Economic Machine Works by Ray Dalio.
Breve animação feita pelo gestor Ray Dalio sobre o funcionamento da máquina econômica.
- Video Language:
- English
- Team:
PACE
- Duration:
- 31:01
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio | |
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio | |
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio | |
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio | |
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio | |
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio | |
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio | |
![]() |
Leonardo Abboud edited Portuguese, Brazilian subtitles for How The Economic Machine Works by Ray Dalio |