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How The Economic Machine Works by Ray Dalio (Como funciona a máquina econômica)

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    Como a máquina econômica funciona
    , em 30 minutos
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    A economia funciona como uma
    simples máquina
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    Apesar disso, muitas pessoas
    não compreendem
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    ou não concordam em como ela funciona
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    o que levou a muito sofrimento
    econômico desnecessário.
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    Eu sinto um grande senso
    de responsabilidade
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    em dividir minha abordagem simples, porém prática.
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    Apesar de pouco convencional,
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    isto tem me ajudado a antever e evitar
    crises financeiras globais
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    e tem funcionado pelos últimos 30 anos
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    Vamos começar!
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    Apesar da economia parecer complexa, ela funciona
    de maneira simples e mecânica
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    Ela é composta de partes e transações simples
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    e que são repetidas inúmeras vezes
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    Essas transações são, acima de tudo, guiadas pela natureza humana
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    e assim criam 3 forças que guiam a economia.
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    Número 1: Ganho de produtividade
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    Número 2: O ciclo do endividamento de curto prazo
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    e Número 3: O ciclo do endividamento de longo prazo
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    Nós iremos estudar essas 3 forças e como
    a interação das mesmas
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    criam um bom modelo para acompanhar os
    movimentos econômicos
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    e entender o que está acontecendo nesse momento.
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    Vamos começar com a parte mais simples da economia:
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    Transações.
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    Uma economia é a soma das transações que
    a compõe
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    e uma transação é algo muito simples
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    Você realiza transações o tempo todo.
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    A todo momento que você compra algo,
    você realiza uma transação.
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    Cada transação é composta de um comprador
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    trocando dinheiro ou crédito
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    junto a um vendedor, por algum tipo de bem
    ou serviço.
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    Crédito é usado da mesma maneira
    que dinheiro
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    somando o dinheiro gasto com o crédito gasto
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    chegamos ao montante total gasto.
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    O montante total gasto é o que
    guia a economia.
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    Ao dividirmos o montante gasto
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    pela quantidade vendida,
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    chegamos ao preço.
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    E isto é uma transação.
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    É o bloco mais básico da máquina econômica.
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    Todos os ciclos e forças em uma
    economia são guiados por transações.
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    Logo, se você entende transações,
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    Você entende toda a economia.
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    Um mercado é composto de todos os compradores
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    e todos os vendedores
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    fazendo transações por uma
    mesma coisa.
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    Por exemplo, há um mercado de trigo,
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    um mercado de carros,
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    um mercado de ações
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    e mercados para milhões de coisas.
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    Uma economia consiste de todas as transações
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    em todos os mercados.
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    Ao somarmos o total gasto
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    e a quantia total vendida
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    em todos os mercados
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    você tem tudo que precisa
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    para entender a economia.
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    É simples assim.
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    Pessoas, negócios, bancos e governos
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    todos se envolvem em transações
    da maneira que descrevi:
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    trocando dinheiro e crédito
    por bens, serviços e ativos financeiros.
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    O maior comprador e vendedor é
    o governo,
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    que é composto de duas partes:
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    o Governo Central que coleta
    impostos e gasta o dinheiro...
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    ... e um Banco Central,
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    que é diferente de outros compradores
    e vendedores, pois
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    controla a quantidade de dinheiro e
    crédito na economia.
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    E faz isso ao influenciar
    taxas de juros
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    e imprimindo dinheiro.
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    Por essas razões, como veremos,
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    o Banco Central tem um importante papel
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    no fluxo de Crédito.
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    Eu quero que você preste atenção no "crédito".
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    Crédito é a parte mais importante da economia,
  • 3:35 - 3:37
    e provavelmente a que menos se entende.
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    É a mais importante pois é a maior
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    e mais volátil.
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    Da mesma maneira que compradores e vendedores
    acessam o mercado para transações,
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    tomadores e poupadores fazem o mesmo.
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    Poupadores querem fazer seu dinheiro render
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    e tomadores querem comprar algo que não têm condições,
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    como uma casa ou um carro
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    ou investir em algo como um novo negócio.
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    Crédito pode ser benéfico para o poupador
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    e também para o tomador.
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    Tomadores se comprometem a pagar
    a quantia emprestada,
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    chamada de principal,
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    e mais um adicional, chamado de juro.
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    Quando as taxas de juros são altas,
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    há menos empréstimos, pois estão caros.
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    Quando as taxas estão baixas,
  • 4:23 - 4:25
    os empréstimos aumentam, pois
    estão baratos.
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    Quando tomadores se comprometem a pagar
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    e poupadores acreditam neles,
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    o crédito é criado.
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    Quaisquer duas pessoas podem concordar em
    criar crédito do nada!
  • 4:36 - 4:39
    Isso parece simples, mas crédito pode
    ser ardiloso
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    pois tem diferentes nomes.
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    No momento que o crédito é criado,
  • 4:44 - 4:45
    ele se torna em uma dívida.
  • 4:46 - 4:49
    A dívida é tanto um ativo para o poupador,
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    como um passivo para o tomador.
  • 4:51 - 4:53
    No futuro,
  • 4:53 - 4:56
    quando o tomador paga o empréstimo, mais os juros,
  • 4:56 - 4:59
    o ativo e passivo somem
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    e a transação é finalizada.
  • 5:02 - 5:05
    Qual o motivo de crédito ser tão
    importante?
  • 5:05 - 5:08
    Porque quando um tomador recebe um crédito,
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    ele está apto a aumentar os seus gastos.
  • 5:10 - 5:13
    E lembre-se: gastos guiam a economia!
  • 5:13 - 5:16
    Isso porque o gasto de uma pessoa
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    é a renda de outra!
  • 5:17 - 5:22
    Pense nisso, cada dólar que você gasta,
    uma outra pessoa ganha
  • 5:22 - 5:25
    e cada dólar que você ganha, outra pessoa gastou.
  • 5:25 - 5:29
    Logo, quando você gasta mais, alguém ganha mais.
  • 5:29 - 5:33
    Quando a renda de alguém aumenta
  • 5:33 - 5:35
    faz com que poupadores aumentem o interesse
    em emprestá-lo dinheiro
  • 5:35 - 5:38
    pois agora ele tem melhor posição
    como pagador.
  • 5:38 - 5:41
    Um tomador digno de crédito tem 2 qualidades:
  • 5:41 - 5:44
    capacidade de pagar e garantias.
  • 5:44 - 5:48
    Possuir alta relação de renda com débito aumenta
    a capacidade de pagar.
  • 5:49 - 5:56
    Caso não consiga pagar, ele possui ativos que são
    dados como garantias.
  • 5:56 - 6:00
    Isso faz com que poupadores estejam mais confortáveis
    em emprestar dinheiro.
  • 6:00 - 6:04
    Assim, aumentos de renda permitem
    aumentos de empréstimos
  • 6:04 - 6:06
    o que permite aumento de gastos.
  • 6:06 - 6:10
    E como o gasto de um é a renda do outro,
  • 6:10 - 6:13
    isso leva a um aumento de empréstimos e
    assim sucessivamente.
  • 6:13 - 6:17
    Esse padrão leva a um crescimento econômico
  • 6:17 - 6:22
    e por isso temos ciclos.
  • 6:22 - 6:26
    Em uma transação, é necessário dar
    algo para conseguir algo
  • 6:26 - 6:29
    e o quanto você consegue depende de quanto
    você produz
  • 6:29 - 6:31
    ao longo do tempo nós aprendemos
  • 6:31 - 6:35
    e o conhecimento adquirido aumenta
    nosso padrão de vida
  • 6:35 - 6:37
    a isso nós chamamos de
    ganho de produtividade
  • 6:37 - 6:40
    aqueles que são mais criativos e trabalhadores
    conseguem
  • 6:40 - 6:44
    aumentar sua produtividade e seu padrão
    de vida mais rápido
  • 6:44 - 6:47
    do que aqueles mais acomodados,
  • 6:49 - 6:50
    mas isso não é necessariamente verdade no
    curto prazo.
  • 6:50 - 6:54
    Produtividade é mais importante no longo prazo,
    enquanto crédito é mais importante no curto.
  • 6:54 - 6:58
    Isso porque produtividade não flutua muito,
  • 6:58 - 7:01
    o que não leva a grande volatilidade
    econômica.
  • 7:01 - 7:07
    Dívida é - devido ao fato de permitir o consumo
    antecipado
  • 7:07 - 7:11
    e nos força a consumir menos do que produzimos quando
    estamos pagando a dívida.
  • 7:11 - 7:15
    Os movimentos de endividamento ocorrem em 2
    grandes ciclos.
  • 7:15 - 7:21
    O primeiro dura entre 5 e 10 anos e o segundo entre
    75 e 100 anos.
  • 7:21 - 7:25
    Apesar das pessoas sentirem esses movimentos,
    elas não percebem como sendo ciclos
  • 7:25 - 7:29
    pois estão muito próximos - dia após dia, semana após semana.
  • 7:29 - 7:33
    Neste capítulo daremos um passo atrás para
    entender essas 3 forças
  • 7:33 - 7:37
    e como elas interagem de modo a
    construir nossas experiências.
  • 7:37 - 7:42
    Como mencionado, os movimentos em volta da linha
    não tem relação com inovações ou trabalho,
  • 7:42 - 7:46
    elas se movem com a quantidade de
    crédito disponível.
  • 7:46 - 7:50
    Vamos imaginar uma economia sem acesso
    a crédito.
  • 7:50 - 7:54
    Nessa economia, a única maneira de aumentar
    meus gastos
  • 7:54 - 7:55
    é aumentando minha renda,
  • 7:55 - 7:59
    o que requer maior produtividade e mais
    trabalho.
  • 7:59 - 8:03
    Aumento de produtividade é a única maneira
    para o crescimento.
  • 8:03 - 8:05
    Sendo meu gasto a renda de uma outra pessoa,
  • 8:05 - 8:10
    a economia cresce quando eu ou
    outra pessoa se torna mais produtivo.
  • 8:10 - 8:14
    Se seguirmos as transações,
  • 8:14 - 8:17
    verificamos uma progressão de acordo
    com o crescimento da linha de produtividade.
  • 8:17 - 8:21
    Mas como tomamos empréstimos, criamos ciclos.
  • 8:21 - 8:24
    Isso não tem a ver com leis ou regulações,
  • 8:24 - 8:28
    isso é devido a natureza humana e
    a maneira como o crédito funciona.
  • 8:28 - 8:32
    Pense no empréstimo como uma maneira de adiantar
    seus gastos futuros.
  • 8:32 - 8:37
    Para comprar algo que você não consegue,
    você gasta mais do que produz.
  • 8:37 - 8:41
    Para fazer isso, você irá tomar um empréstimo
    do seu "eu" do futuro.
  • 8:41 - 8:45
    Ao fazer isso haverá um tempo no futuro
  • 8:45 - 8:49
    que você terá que gastar menos do que produz
    para conseguir pagar de volta.
  • 8:49 - 8:52
    Rapidamente isso lembra um ciclo.
  • 8:52 - 8:55
    Basicamente, sempre que você toma
    um empréstimo você cria um ciclo.
  • 8:55 - 9:00
    Isso funciona tanto para um indivíduo como
    para uma economia.
  • 9:00 - 9:02
    Daí a importância em entender o crédito
  • 9:02 - 9:05
    pois dá início
  • 9:05 - 9:09
    a uma série de evento previsíveis
    no futuro.
  • 9:09 - 9:12
    Isso diferencia crédito e dinheiro.
  • 9:13 - 9:15
    Dinheiro é o que finaliza uma transação.
  • 9:15 - 9:18
    Quando você compra uma cerveja de um bar com
    dinheiro,
  • 9:18 - 9:21
    a transação é concluída de imediato.
  • 9:21 - 9:23
    Mas se comprar a cerveja fiado,
  • 9:23 - 9:25
    é como dar início a uma conta no bar.
  • 9:25 - 9:28
    Você se compromete a pagar no futuro.
  • 9:28 - 9:32
    Juntos, você e o dono do bar criam um ativo
    e um passivo.
  • 9:32 - 9:35
    Você acabou de criar crédito, do nada.
  • 9:35 - 9:39
    E até que você pague essa conta no bar
  • 9:39 - 9:41
    só então o ativo e passivo somem
  • 9:41 - 9:43
    a dívida some
  • 9:43 - 9:44
    e a transação concluída.
  • 9:45 - 9:50
    Na realidade, muito do que as pessoas chama de dinheiro
    na verdade é crédito.
  • 9:50 - 9:56
    O total de crédito nos EUA é algo em torno
    de $50 trilhões
  • 9:56 - 10:00
    enquanto o total de dinheiro é de
    $3 trilhões.
  • 10:00 - 10:02
    Lembre-se, em uma economia sem
    crédito:
  • 10:02 - 10:05
    a única maneira de consumir mais
    é produzindo mais.
  • 10:05 - 10:07
    Mas em uma economia com crédito,
  • 10:07 - 10:11
    você pode aumentar o seu consumo
    através de empréstimos.
  • 10:11 - 10:14
    Como resultado, uma economia com crédito
    possui mais consumo
  • 10:14 - 10:18
    e permite a renda aumentar acima da produtividade
    no curto prazo,
  • 10:18 - 10:20
    mas não no longo prazo.
  • 10:20 - 10:21
    Não me leve a mal,
  • 10:22 - 10:26
    crédito não é algo necessariamente ruim
    que apenas causa ciclos.
  • 10:26 - 10:31
    É ruim quando financia um super-consumo
    que não pode ser pago de volta.
  • 10:31 - 10:34
    Mas pode ser bom quando alocado
    de forma eficiente
  • 10:34 - 10:38
    de forma a aumentar sua renda para
    depois pagar sua dívida.
  • 10:38 - 10:41
    Por exemplo, se você toma um empréstimo para
    comprar uma TV,
  • 10:41 - 10:44
    isso não gera renda para pagar de volta
    sua dívida.
  • 10:44 - 10:48
    Mas, se você usa o dinheiro para comprar
    um trator
  • 10:48 - 10:52
    e esse trator permite aumentar sua
    produção e ganhar mais dinheiro
  • 10:52 - 10:53
    você irá pagar sua dívida
  • 10:53 - 10:56
    ao mesmo tempo que consegue melhorar
    seu padrão de vida.
  • 10:56 - 10:58
    Em uma economia com crédito,
  • 10:58 - 11:00
    nós podemos seguir as transações
  • 11:00 - 11:01
    e ver como o crédito cresce.
  • 11:01 - 11:04
    Deixe-me dar um exemplo:
  • 11:04 - 11:08
    Suponhamos que você ganhe $100.000 por ano
    e não possui dívida.
  • 11:08 - 11:12
    Você tem crédito para tomar até $10.000 dólares
  • 11:12 - 11:13
    - digamos em um cartão de crédito-
  • 11:13 - 11:15
    logo você pode gastar até
    $110.00 dólares
  • 11:15 - 11:18
    apesar de ganhar apenas
    $100.000 dólares
  • 11:19 - 11:21
    Como seu gasto é a renda
    de outra pessoa,
  • 11:21 - 11:24
    alguém irá ganhar $110.00 dólares.
  • 11:25 - 11:28
    A pessoa ganhando $110.00 dólares
  • 11:28 - 11:31
    pode tomar até $11.000 dólares
    emprestados
  • 11:31 - 11:34
    e assim poderá gastar $121.000 dólares
  • 11:34 - 11:38
    mesmo ganhando apenas $110.000 dólares.
  • 11:38 - 11:41
    Seu gasto é a renda de outra pessoa
  • 11:41 - 11:43
    e ao seguir essas transações
  • 11:43 - 11:45
    podemos ver como o processo
  • 11:45 - 11:47
    se auto-estimula.
  • 11:48 - 11:52
    Mas lembre-se, financiamentos
    criam ciclos
  • 11:52 - 11:56
    e se o ciclo tem a subida,
    eventualmente tem a descida.
  • 11:56 - 12:00
    O que nos leva ao Ciclo de Dívida de Curto
    Prazo.
  • 12:01 - 12:04
    Conforme a atividade econômica cresce,
    vemos uma expansão
  • 12:04 - 12:07
    - é a primeira fase do ciclo de dívida
    de curto prazo.
  • 12:07 - 12:11
    O consumo continua a crescer e
    os preços aumentam.
  • 12:11 - 12:15
    Isso ocorre pois o aumento de consumo
    é fruto do crédito
  • 12:15 - 12:17
    - o qual pode ser criado do nada.
  • 12:17 - 12:23
    Quando o consumo e renda crescem mais rápido
    que a produção de bens:
  • 12:23 - 12:24
    os preços sobem.
  • 12:24 - 12:28
    Quando os preços sobem,
    chamamos isso de inflação.
  • 12:28 - 12:32
    O Banco Central não quer que a inflação
    aumente muito
  • 12:32 - 12:35
    pois isso causa problemas.
  • 12:35 - 12:38
    Ao ver preços aumentando,
    ele aumenta as taxas de juros.
  • 12:38 - 12:43
    Com altas taxas de juros,
    menos pessoas conseguem tomar empréstimos.
  • 12:43 - 12:46
    E o custo da dívida aumenta.
  • 12:46 - 12:50
    Pense nisso como a fatura mensal
    do seu cartão de crédito subindo.
  • 12:50 - 12:54
    Como as pessoas tomam menos empréstimos
    e tem maiores custos com a dívida
  • 12:54 - 12:59
    elas possuem menos dinheiro para gastar,
    então o consumo desacelera
  • 12:59 - 13:03
    ... e como o gasto de uma pessoa é a renda de
    outra,
  • 13:03 - 13:07
    a renda cai... e assim sucessivamente.
  • 13:07 - 13:11
    Quando as pessoas gastam menos,
    preços caem.
  • 13:11 - 13:13
    Nós chamamos isso de deflação.
  • 13:13 - 13:17
    A atividade econômica cai e temos
    uma recessão.
  • 13:17 - 13:20
    Se a recessão for muito severa
  • 13:20 - 13:22
    e a inflação deixar de ser um problema,
  • 13:22 - 13:27
    o banco central irá cortar as taxas de juros
    e fazer com que as coisas retomem o crescimento.
  • 13:27 - 13:30
    Com taxas de juros menores,
  • 13:30 - 13:31
    custos com dívidas caem
  • 13:31 - 13:33
    e empréstimos e consumo retomam
  • 13:33 - 13:35
    e então vemos outra expansão.
  • 13:35 - 13:39
    Como podem ver, a economia é uma máquina.
  • 13:40 - 13:44
    No ciclo de curto prazo, o consumo
    é retido apenas pela vontade
  • 13:44 - 13:47
    dos poupadores e tomadores
    em prover e tomar crédito.
  • 13:47 - 13:53
    Quando o crédito é fácil e acessível,
    haverá uma expansão econômica.
  • 13:53 - 13:56
    Quando o crédito não é acessível,
    há uma recessão.
  • 13:56 - 14:00
    E notem como o ciclo é controlado fortemente
    pelo banco central.
  • 14:00 - 14:05
    Este ciclo de curto prazo dura, em geral,
    5-8 anos
  • 14:05 - 14:08
    e ocorre por várias vezes durante
    décadas.
  • 14:08 - 14:10
    Mas notem que o vale
  • 14:10 - 14:12
    e o topo de cada ciclo terminam
  • 14:12 - 14:17
    com mais crescimento do que o ciclo anterior
    e também com mais dívidas.
  • 14:17 - 14:18
    Por que?
  • 14:18 - 14:21
    Porque as pessoas pressionam
  • 14:21 - 14:26
    - elas são inclinadas a se endividar
    e gastar mais, ao invés de liquidar dívidas.
  • 14:26 - 14:27
    É a natureza humana.
  • 14:27 - 14:29
    E por conta disso,
  • 14:29 - 14:31
    durante longos períodos de tempo,
  • 14:31 - 14:33
    as dívidas crescem mais rápido que a renda
  • 14:33 - 14:37
    criando o ciclo de endividamento de longo
    prazo.
  • 14:38 - 14:40
    Apesar das pessoas estarem mais
    endividadas
  • 14:40 - 14:44
    poupadores se tornam mais inclinadas
    a emprestar.
  • 14:44 - 14:45
    Por que?
  • 14:45 - 14:49
    Devido a sensação de que tudo está bem!
  • 14:49 - 14:52
    As pessoas só se focam no que tem ocorrido
    nos últimos tempos.
  • 14:52 - 14:56
    E o que tem ocorrido nos últimos tempos?
  • 14:56 - 14:58
    A renda tem crescido!
  • 14:58 - 14:59
    O valor dos ativos tem subido!
  • 14:59 - 15:02
    O mercado de ações está disparando!
  • 15:02 - 15:02
    É um "boom"!
  • 15:02 - 15:07
    Ele te paga para comprar bens, serviços
    e ativos financeiros
  • 15:07 - 15:08
    com dinheiro emprestado!
  • 15:08 - 15:12
    Quando as pessoas fazem isso com frequência,
    nós chamamos isso de bolha.
  • 15:12 - 15:15
    Então apesar das dívidas estarem crescendo,
  • 15:15 - 15:18
    a renda tem crescido quase tão rápido de modo
    a anular as dívidas.
  • 15:18 - 15:22
    Vamos chamar essa razão de dívida/renda
    de fardo da dívida.
  • 15:22 - 15:25
    Contanto que a dívida cresça,
  • 15:25 - 15:27
    esse fardo da dívida se mantém
    sustentável.
  • 15:27 - 15:30
    Ao mesmo tempo o valor de ativos
    disparam.
  • 15:30 - 15:33
    As pessoas tomam grandes quantias
    de empréstimos
  • 15:34 - 15:35
    para investir
  • 15:35 - 15:38
    o que a se tornarem mais caros.
  • 15:38 - 15:40
    As pessoas se sentem mais ricas.
  • 15:40 - 15:43
    Então mesmo com acumulação de muitas
    dívidas,
  • 15:43 - 15:49
    aumento de renda e o valor dos ativos
    ajudam a melhorar a condição de crédito das pessoas.
  • 15:49 - 15:53
    Mas isso não se se sustenta pra sempre.
  • 15:53 - 15:54
    E não sustenta mesmo.
  • 15:54 - 16:01
    Ao longo de décadas, o fardo da dívida vai caindo
    aumentando os pagamentos de dívidas.
  • 16:01 - 16:05
    Em algum ponto, o pagamento de dívidas
    cresce mais que a renda
  • 16:05 - 16:08
    forçando pessoas a cortar consumo.
  • 16:08 - 16:12
    E como o gasto de um é a renda de outro,
  • 16:12 - 16:14
    a renda começa a cair...
  • 16:14 - 16:19
    ... deteriorando a condição de crédito das
    pessoas e diminuindo os empréstimos feitos.
  • 16:19 - 16:22
    Pagamento de dívidas continuam subindo
  • 16:22 - 16:24
    o que faz com que as pessoas gastem menos...
  • 16:24 - 16:27
    ... e o ciclo se reverte por si só.
  • 16:27 - 16:31
    Esse é o pico do ciclo de dívida de longo prazo.
  • 16:31 - 16:34
    O fardo da dívida se torna muito grande.
  • 16:34 - 16:39
    Para os EUA, Europa e boa parte do mundo
  • 16:39 - 16:41
    isso aconteceu em 2008.
  • 16:41 - 16:45
    Isso aconteceu pela mesma razão no Japão em
    1989
  • 16:45 - 16:49
    e nos EUA em 1929.
  • 16:49 - 16:52
    Agora a economia começar a "desendividar".
  • 16:52 - 16:56
    Nesse processo, as pessoas cortam gastos,
  • 16:56 - 17:00
    rendas caem, crédito desaparece,
  • 17:00 - 17:03
    ativos caem de preço, bancos são espremidos,
  • 17:03 - 17:06
    o mercado de ações desabada, tensões sociais
    crescem
  • 17:06 - 17:10
    o processo ocorre para o outro sentido.
  • 17:10 - 17:14
    Conforme a renda cai e as dívidas são pagas,
  • 17:14 - 17:18
    os endividados são espremidos.
    Não são mais dignos de crédito,
  • 17:18 - 17:22
    o crédito seca e tomadores ficam sem empréstimo
    suficiente para
  • 17:22 - 17:24
    rolar suas dívidas.
  • 17:24 - 17:28
  • 17:28 - 17:32
    A corrida para vender os ativos inunda o mercado
  • 17:32 - 17:36
    É nesse ponto que o mercado
    de ações colpasa,
  • 17:36 - 17:40
    o mercado imobiliário entra em crise
    e os bancos tem problemas.
  • 17:40 - 17:45
    Com a queda dos ativos, o valor das garantias
    dos tomadores perde valor.
  • 17:45 - 17:48
    Tornando os tomadores ainda menos dignos
    de crédito.
  • 17:48 - 17:50
    As pessoas se sentem pobres.
  • 17:51 - 17:55
    Crédito seca.
    Menos gastos>
  • 17:55 - 17:56
    menos renda>
  • 17:56 - 17:58
    menor fortuna>
  • 17:58 - 17:59
    menos crédito>
  • 17:59 - 18:01
    menos empréstimos
    e assim continua.
  • 18:01 - 18:03
    É um círculo vicioso.
  • 18:03 - 18:07
    Isso é parecido com uma recessão
    com a diferença aqui
  • 18:07 - 18:10
    é que as taxas de juros não podem
    cair para salvar o dia.
  • 18:10 - 18:15
    Em uma recessão, abaixar os juros estimula
    a tomada de crédito.
  • 18:15 - 18:19
    No entanto, em uma desalavancagem,
    diminuir juros não funciona pois
  • 18:19 - 18:21
    os juros já estão baixos
  • 18:21 - 18:25
    e logo atingem 0% - e o estímulo
    cessa.
  • 18:25 - 18:29
    Juros nos EUA atingiram 0% durante a
    desalavancagem de
  • 18:29 - 18:31
    1930
  • 18:31 - 18:33
    e novamente em 2008.
  • 18:33 - 18:36
    A diferença entre uma recessão
  • 18:36 - 18:40
    e uma desalavancagem é que em uma desalavancagem
    o custo da dívida
  • 18:40 - 18:42
    se tornou muito alto
  • 18:42 - 18:45
    e não pode ser aliviado ao diminuir as taxas
    de juros.
  • 18:45 - 18:50
    Credores percebem que as dívidas
    se tornaram muito grandes para serem pagas.
  • 18:50 - 18:55
    Tomadores perderam a capacidade de pagar
    dívidas e suas garantias perderam valor.
  • 18:55 - 18:59
    Se sentem aleijados pela dívida - e não querem
    mais dívida!
  • 18:59 - 19:03
    Credores param de emprestar.
    Tomadores parar de tomar emprestado.
  • 19:03 - 19:07
    Pense que toda economia perdeu credibilidade,
  • 19:07 - 19:09
    assim como um indivíduo.
  • 19:09 - 19:13
    Então o que fazer quanto
    uma desalavancagem?
  • 19:13 - 19:18
    O problema é que o custo da dívida está muito alto
    e precisa diminuir.
  • 19:18 - 19:21
    E existem 4 maneiras disso acontecer.
  • 19:21 - 19:24
    1. Corte de gastos de governo e indivíduos
  • 19:24 - 19:28
    2. Dívidas são cortadas por calotes ou renegociadas
  • 19:28 - 19:34
    3. Riqueza redistribuídas entre os que tem e
    os que não tem
  • 19:34 - 19:38
    e 4. O banco central imprime mais dinheiro.
  • 19:38 - 19:43
    Essas 4 maneiras aconteceram na desalavancagem
    moderna
  • 19:46 - 19:48
    Em geral, gastos são cortados primeiro.
  • 19:48 - 19:52
    Como vimos, governo e indivíduos
    apertam o cinto e
  • 19:52 - 19:55
    cortam seus gastos de maneira a diminuir
    suas dívidas.
  • 19:55 - 19:59
    Isso é chamado de austeridade.
  • 19:59 - 20:02
    Quando tomadores param de tomar
    novas dívidas,
  • 20:02 - 20:07
    e começam a pagar velhas dívidas,
    você espera que o custo da dívida diminua.
  • 20:07 - 20:11
    Mas o oposto acontece!
    Porque corte de gastos
  • 20:11 - 20:15
    - como o gasto de um é a renda de outro-
    causa
  • 20:15 - 20:19
    uma queda na renda.
    E isso cai mais rápido do que dívidas são pagas
  • 20:19 - 20:23
    e o custo da dívida fica pior.
    Como vimos,
  • 20:23 - 20:26
    esse corte nos gastos é deflacionário e
    doloroso.
  • 20:26 - 20:29
    Negócios são forçados a cortar
    gastos...
  • 20:29 - 20:33
    que significa menos empregos e maior
    taxa de desemprego.
  • 20:33 - 20:37
    Isso leva a um próximo passo: dívidas precisam
    ser reduzidas!
  • 20:37 - 20:41
    Muitos tomadores não conseguem pagar
    seus empréstimos
  • 20:41 - 20:44
    - e a dívida de um tomador é um ativo
    para o credor.
  • 20:44 - 20:49
    Quando tomadores não pagam o banco,
    as pessoas ficam nervosas
  • 20:49 - 20:50
    se os bancos vão devolver seu dinheiro
  • 20:50 - 20:55
    e correm para sacar o dinheiro do banco.
    Bancos são espremidos no processo e
  • 20:55 - 20:56
    pessoas,
  • 20:56 - 21:00
    negócios e bancos dão calotes.
    Isso agrava
  • 21:00 - 21:04
    a contração econômica e vira uma depressão.
  • 21:04 - 21:09
    Uma boa parte da depressão é quando
    as pessoas descobrem que o que pensavam
  • 21:09 - 21:11
    ser sua riqueza não está mais lá.
  • 21:11 - 21:13
    Vamos voltar ao caso do bar.
  • 21:14 - 21:18
    Quando você comprou uma cerveja e colocou na
    conta do bar,
  • 21:18 - 21:24
    você se comprometeu a pagar ao dono.
    Sua promessa virou um ativo para o dono do bar.
  • 21:24 - 21:28
    Mas se você quebrar sua promessa
    - dar o calote
  • 21:28 - 21:29
    na sua conta no bar-
  • 21:29 - 21:33
    Então o "ativo" que ele possuía
    não vale nada.
  • 21:33 - 21:36
    Basicamente sumiu.
  • 21:36 - 21:40
    Muitos credores não querem seus ativos sumindo
    e concordam
  • 21:40 - 21:41
    em renegociar.
  • 21:41 - 21:44
    Renegociar a dívida significa que
    credores
  • 21:44 - 21:48
    terão menos dinheiro ou ao longo de mais tempo
  • 21:48 - 21:52
    ou a uma taxa menor do que combinada.
    De alguma forma
  • 21:52 - 21:57
    um acordo é quebrado para reduzir a dívida.
    Credores preferem
  • 21:57 - 21:59
    um pouco de algo do que
    tudo de nada.
  • 21:59 - 22:03
    Apesar das dívidas sumirem,
    renegociar dívidas causa
  • 22:03 - 22:07
    renda e valor de ativos caindo
    rápido,
  • 22:07 - 22:10
    então o custo da dívida fica
    ainda pior.
  • 22:10 - 22:13
    Da mesma forma que cortar gastos,
    diminuir dívidas
  • 22:13 - 22:16
    é também doloroso e deflacionário.
  • 22:16 - 22:22
    Isso tudo impacta o governo central pois
    menor renda e maior desemprego
  • 22:22 - 22:27
    significa menos impostos.
  • 22:27 - 22:30
    Ao mesmo tempo ele precisa aumentar
    gastos pois o desemprego subiu.
  • 22:30 - 22:34
    Muitos desempregados não tem poupança
  • 22:34 - 22:36
    e precisam de apoio financeiro
    do estado.
  • 22:36 - 22:40
    Adicionalmente, o governo cria
    planos de estímulos
  • 22:40 - 22:44
    e aumentam seus gastos para compensar
    pela queda na economia.
  • 22:44 - 22:48
    O déficit do governo explode
  • 22:48 - 22:51
    durante uma desalavancagem pois
    gastam mais do que arrecadam.
  • 22:51 - 22:56
    É isso que ocorre quando você escuta sobre
    o déficit do orçamento.
  • 22:56 - 23:01
    Para custear seu déficit, o governo precisa
    aumentar impostos
  • 23:01 - 23:06
    ou tomar empréstimos.
    Mas com a renda caindo e desemprego subindo,
  • 23:06 - 23:10
    de onde virá o dinheiro?
    Dos ricos.
  • 23:10 - 23:15
    Como os governos precisam de mais dinheiro
    e a riqueza é concentrada
  • 23:15 - 23:17
    nas mãos de poucos,
  • 23:17 - 23:20
    o governo aumenta impostos sobre os
    mais ricos
  • 23:20 - 23:24
    facilitando a distribuição de riqueza
    em uma economia -
  • 23:24 - 23:29
    dos "que têm" aos "que não têm".
    Os "que não têm", que estão sofrendo, começam
  • 23:29 - 23:31
    a se ressentir dos "que têm".
  • 23:31 - 23:36
    Os mais ricos, pressionado pela economia fraca,
    ativos caindo de preço
  • 23:36 - 23:40
    maiores impostos, ficam ressentidos
    com os "que não têm".
  • 23:40 - 23:44
    Se a depressão continuar uma desordem social
    pode estourar.
  • 23:44 - 23:47
    Não apenas tensões dentro do país,
  • 23:47 - 23:52
    mas também entre países - especialmente
    credores e devedores.
  • 23:52 - 23:56
    A situação pode levar a uma mudança
    política
  • 23:56 - 23:59
    que as vezes pode ser extrema.
  • 23:59 - 24:03
    Nos anos de 1930, isso levou a subida de Hitler,
  • 24:03 - 24:08
    guerra na Europa, depressão americana. Pressão
    para fazer algo
  • 24:08 - 24:10
    e acabar com a depressão que aumentava.
  • 24:10 - 24:15
    Lembre-se, muito do que as pessoas achavam
    ser dinheiro era apenas crédito.
  • 24:15 - 24:18
    Quando o crédito seca, as pessoas ficam sem dinheiro.
  • 24:18 - 24:23
    Pessoas ficam desesperadas por dinheiro, e quem pode
    imprimir dinheiro?
  • 24:23 - 24:27
    O banco central!
  • 24:27 - 24:30
    Depois ter abaixado juros a quase 0
  • 24:30 - 24:34
    - é forçado a imprimir dinheiro. Ao invés de cortar
    gastos,
  • 24:34 - 24:37
    diminuir a dívida, redistribuir riqueza,
  • 24:37 - 24:42
    imprimir dinheiro é inflacionário e estimulante.
    Inevitavelmente, o banco central
  • 24:42 - 24:43
    imprime mais dinheiro
  • 24:43 - 24:47
    - do nada - e usa esse dinheiro para comprar
    ativos financeiros
  • 24:47 - 24:52
    e títulos do governo. Isso ocorreu nos EUA durante a grande depressão
  • 24:52 - 24:56
    e novamente em 2008, quando o banco central americano -
  • 24:56 - 25:00
    o Fed - imprimiu mais de 2 trilhões de dólares.
  • 25:00 - 25:04
    Outros bancos centrais que podiam fazer,
    também imprimiram muito dinheiro.
  • 25:04 - 25:07
    Ao comprar ativos financeiros com esse dinheiro,
  • 25:07 - 25:12
    isso ajuda a aumentar o preço dos ativos e tornar
    as pessoas mais dignas de crédito.
  • 25:12 - 25:16
    Apesar disso, essa situação ajuda apenas a melhorar
    aqueles que possuem ativos financeiros.
  • 25:16 - 25:22
    O banco central pode imprimir dinheiro, mas
    apenas comprar ativos financeiros.
  • 25:22 - 25:25
    O governo central, no entano,
  • 25:25 - 25:30
    pode comprar bens e serviços e colocar o
    dinheiro na mão do povo
  • 25:30 - 25:35
    mas não pode imprimir dinheiro. Para estimular
    a economia, os dois
  • 25:35 - 25:36
    precisam cooperar.
  • 25:36 - 25:40
    Ao comprar títulos do governo, o banco central "empresta"
    dinheiro ao governo central
  • 25:40 - 25:41
    .
  • 25:41 - 25:45
    permitindo aumentar o déficit
    e os gastos
  • 25:45 - 25:49
    com bens e serviços, através do seu programa
    de estímulo
  • 25:49 - 25:53
    e benefícios de desemprego. Isso aumenta
    a renda das pessoas
  • 25:53 - 25:56
    assim como a dívida do governo.
  • 25:56 - 26:00
    Diminuindo, também, o fardo da dívida para
    toda a economia.
  • 26:00 - 26:05
    Esses são tempos perigosos. Líderes políticos
    precisam balancear essas quatro formas
  • 26:05 - 26:07
    de modo a diminuir esse fardo
    da dívida.
  • 26:07 - 26:13
    Os meios deflacionários precisam equilibrar
    os meios inflacionários
  • 26:13 - 26:15
    para manter a estabilidade.
  • 26:15 - 26:18
    Se equilibrado corretamente,
    isso pode levar
  • 26:18 - 26:21
    a uma Tranquila Desalavancagem.
  • 26:21 - 26:25
    A desalavancagem pode ser
    tranquila ou turbulenta.
  • 26:25 - 26:29
    Como pode ser tranquila?
  • 26:29 - 26:33
    Apesar de ser uma situação difícil,
  • 26:33 - 26:38
    lidar com uma situação difícil da melhor
    forma pode ser tranquila.
  • 26:38 - 26:42
    Muito mais tranquila do que a fase
    desequilibrada e inflamada com dívida
  • 26:42 - 26:46
    da alavancagem.
    Em uma desalavancagem tranquila,
  • 26:46 - 26:51
    dívida caem em relação a renda, o crescimento
    real é positivo,
  • 26:51 - 26:57
    e a inflação não é um problema.
    É alcançado através do equilíbrio certo.
  • 26:57 - 27:00
    O equilíbrio certo requer um certo "mix"
  • 27:00 - 27:04
    de corte de gastos, queda de dívida,
    transferência de riqueza
  • 27:04 - 27:09
    e impressão de dinheiro, de maneira
    a manter a estabilidade social e econômica.
  • 27:09 - 27:14
    Pessoas perguntam se imprimir dinheiro
    aumenta a inflação.
  • 27:14 - 27:19
    Não irá se for feita junto a corte de crédito.
    Lembre-se, gastos é o que importam.
  • 27:19 - 27:24
    Um dólar gasto com crédito ou um dólar
    gasto com dinheiro
  • 27:24 - 27:26
    tem o mesmo
    efeito.
  • 27:26 - 27:31
    Ao imprimir dinheiro, o banco central pode
    compensar o sumiço do crédito
  • 27:31 - 27:33
    com um aumento de dinheiro.
  • 27:33 - 27:39
    De maneira a reverter a situação, o banco central
    precisa ir além do que aumentar
  • 27:39 - 27:40
    o crescimento de renda
  • 27:40 - 27:44
    precisa que o crescimento de renda
    seja maior que os juros
  • 27:44 - 27:45
    da dívida acumulada.
  • 27:45 - 27:48
    O que quero dizer com isso?
  • 27:48 - 27:52
    A renda precisa crescer mais que a dívida cresce.
    Por exemplo:
  • 27:52 - 27:56
    se consideramos que um país passando por uma
    desalavancagem tem uma relação
  • 27:56 - 27:59
    de 100% entre dívida e renda.
  • 27:59 - 28:04
    Isso significa que a quantidade dívida é
    o mesmo que a de renda
  • 28:04 - 28:06
    que todo o país possui durante o ano.
  • 28:06 - 28:09
    Agora pense nos juros pagos,
  • 28:09 - 28:11
    digamos 2%.
  • 28:11 - 28:15
    Se a sua dívida cresce 2% por conta dos juros
  • 28:15 - 28:16
    e a renda
  • 28:16 - 28:20
    cresce a 1%, você nunca diminuirá
    a quantia de dívida.
  • 28:20 - 28:25
    Você precisa imprimir mais dinheiro de modo
    a aumentar taxa de crescimento de acima
  • 28:25 - 28:26
    da taxa de juros.
  • 28:26 - 28:31
    Podem haver abusos na impressão de dinheiro
    por ser algo fácil
  • 28:31 - 28:33
    e as pessoas preferirem isso
    as outras alternativas.
  • 28:33 - 28:36
    O segredo é evitar imprimir
    muito dinheiro
  • 28:36 - 28:41
    e causar uma inflação inaceitável,
    na maneira que a Alemanha fez durante
  • 28:41 - 28:43
    sua desalavancagem em 1920.
  • 28:43 - 28:48
    Se líderes políticos conseguem o
    equilíbrio certo, a desalavancagem
    não é tão dramática.
  • 28:48 - 28:51
    O crescimento é baixo mas a dívida cai.
  • 28:51 - 28:54
    Essa é uma desalavancagem
    tranquila.
  • 28:54 - 29:00
    Conforme a renda cresce, tomadores se tornam
    dignos de mais crédito.
  • 29:00 - 29:03
    E quando isso acontece,
  • 29:03 - 29:09
    credores voltam a emprestar dinheiro.
    O fardo da dívida começa a cair.
  • 29:09 - 29:13
    Aptas a tomar empréstimos, as pessoas voltam
    a gastar. A economia volta
  • 29:13 - 29:14
    a crescer novamente,
  • 29:14 - 29:18
    levando a fase de reflação do ciclo de dívida longa.
  • 29:18 - 29:22
    Apesar do processo de desalavancagem poder
    ser terrível quando mal conduzido,
  • 29:22 - 29:26
    se bem conduzido, pode-se consertar
    o problema.
  • 29:26 - 29:30
    Isso pode levar em torno
    de uma década ou mais
  • 29:30 - 29:34
    para que o fardo da dívida caia e a atividade
    econômica volte ao normal
  • 29:34 - 29:38
    - daí o termo "década perdida".
  • 29:38 - 29:43
    É claro, que a economia é mais complexa
    do que este simples modelo sugere
  • 29:43 - 29:44
  • 29:44 - 29:49
    Mas ao sobrepormos o ciclo curto em cima do ciclo
    longo de dívida
  • 29:49 - 29:53
    e então colocando ambos sobre a
    linha de produtivida
  • 29:53 - 29:56
    isso nos dá um modelo razoável de onde
    estivemos,
  • 29:56 - 29:59
    onde estamos e provavelmente onde
    iremos.
  • 29:59 - 30:03
    Em resumo, há 3 regras simples que quero
    que levem consigo
  • 30:03 - 30:04
    e são:
  • 30:04 - 30:08
    1: Não deixe a dívida crescer mais
    rápido que a renda,
  • 30:08 - 30:11
    pois o custo da dívida vai te esmagar.
  • 30:11 - 30:16
    2: Não deixe a renda crescer mais
    que a produtividade,
  • 30:16 - 30:19
    pois você perderá competitividade.
  • 30:19 - 30:24
    e 3: Faça tudo para melhorar
    sua produtividade,
  • 30:24 - 30:29
    pois, no longo prazo, é isso que importa.
  • 30:30 - 30:34
    São conselhos simples para você e para
    os líderes das políticas.
  • 30:34 - 30:38
    Você ficaria surpreso, mas a maioria das pessoas
    - e nisso estão os líderes - não prestam atenção
  • 30:38 - 30:40
    a este fato.
  • 30:40 - 30:44
    Este modelo tem funcionado para mim e espero que
    funcione para você
  • 30:44 - 30:46
    Obrigado!
Title:
How The Economic Machine Works by Ray Dalio (Como funciona a máquina econômica)
Description:

http://www.economicprinciples.org | How the Economic Machine Works by Ray Dalio.

Breve animação feita pelo gestor Ray Dalio sobre o funcionamento da máquina econômica.

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Video Language:
English
Team:
PACE
Duration:
31:01

Portuguese, Brazilian subtitles

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