Fazendo as pazes com a maconha | Zachary Walsh | TEDxPenticton
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0:08 - 0:10Eu sou psicólogo e pesquisador,
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0:10 - 0:12e estudo drogas e comportamento humano.
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0:13 - 0:17Logo, me interesso por quem
usa drogas, quais drogas usa, -
0:17 - 0:18o motivo do uso,
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0:18 - 0:20e as consequências para a saúde mental.
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0:21 - 0:23E assim como muitas pessoas
nesses últimos anos, -
0:23 - 0:27eu e a minha equipe estamos
voltando nossa atenção à cannabis. -
0:27 - 0:29Nós realizamos uma série de estudos
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0:29 - 0:32com os usuários da maconha
para fins medicinais e recreativos. -
0:34 - 0:36Uma pergunta que as pessoas
me fazem quando descobrem -
0:36 - 0:39que pesquiso sobre o uso recreativo
e terapêutico da maconha -
0:39 - 0:41é como eu posso saber a diferença.
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0:42 - 0:45Qual a diferença entre uso
recreativo e medicinal? -
0:45 - 0:46É essa é uma ótima questão
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0:46 - 0:50porque revela problemas importantes
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0:50 - 0:54sobre o quão subjetivos são os limites
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0:54 - 0:58entre bem-estar, saúde e prazer.
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0:58 - 1:01E eu não acho que exista
uma resposta fácil. -
1:02 - 1:05Não acho que haja
algum tipo de critério objetivo -
1:05 - 1:09que possamos usar para distinguir
o uso recreativo do uso medicinal. -
1:09 - 1:12Existem pessoas com determinadas condições
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1:12 - 1:16que respondem muito bem
aos remédios à base de maconha. -
1:16 - 1:18E eles podem muitas vezes
ainda usar a maconha -
1:18 - 1:20porque gostam do "barato" que dá.
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1:21 - 1:24Há também pessoas que não
se consideram usuários medicinais, -
1:24 - 1:29mas que obtêm um enorme alívio
de sintomas através do uso da cannabis. -
1:29 - 1:32Pessoas com dores nas costas,
que fumam um baseado antes de dormir -
1:32 - 1:36e descobrem que podem dormir bem,
sem serem incomodados pelas dores, -
1:36 - 1:38mesmo que ainda exista
algum resquício da dor. -
1:39 - 1:41Mas para muita gente o resultado é nítido.
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1:41 - 1:44Eles sofrem de sintomas e doenças severas
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1:44 - 1:48que são tratadas eficientemente com
a maconha e remédios à base de maconha, -
1:48 - 1:52porém não gostam de ficar chapados;
esse é um efeito colateral indesejado. -
1:52 - 1:55Para outras pessoas, são ambos:
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1:55 - 1:59elas tratam sintomas legítimos
com remédios à base de cannabis -
1:59 - 2:02e talvez também gostem
dos outros aspectos. -
2:02 - 2:07Mas sendo por razões recreativas
ou terapêuticas, ou ambas, -
2:07 - 2:11o que sabemos é que um grande
número de adultos no Canadá -
2:11 - 2:13optam por usar maconha.
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2:13 - 2:15Eles pesam as desvantagens e os benefícios
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2:15 - 2:19e fazem uma escolha sensata
pelo uso da maconha. -
2:19 - 2:23São mais da metade dos canadenses,
em algum momento de suas vidas, -
2:23 - 2:27e 20% da população só no último ano.
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2:27 - 2:31Se tantos adultos no Canadá
estão racionalmente optando pelo uso, -
2:31 - 2:33qual o problema?
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2:33 - 2:39Por que temos essa complexa e conflituosa
relação de medo com uma planta tão antiga? -
2:44 - 2:47E eu acho que essa é a questão central.
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2:47 - 2:49Como chegamos ao cenário que temos hoje?
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2:49 - 2:52E para onde vamos a partir daqui?
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2:52 - 2:54É sobre isso que eu quero falar.
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2:54 - 2:57Quero falar sobre onde estamos
em relação à cannabis. -
2:57 - 3:01Quando a gente pensa sobre nossa relação
com a planta cannabis, -
3:01 - 3:03usamos só memórias bem recentes.
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3:03 - 3:05Muitos de nós iria começar
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3:05 - 3:08com algumas das mudanças
culturais dos anos 60. -
3:09 - 3:11Esse é o Jerry Garcia.
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3:12 - 3:15Alguns poderiam até voltar aos anos 50
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3:15 - 3:17e à cultura do jazz.
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3:17 - 3:20Mas, na verdade, se a gente quer
realmente pensar sobre a relação -
3:20 - 3:22entre os humanos e a maconha,
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3:22 - 3:24nós temos que voltar muito além no tempo.
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3:25 - 3:30Este é um símbolo que representa
plantas de cânhamo penduradas para secar. -
3:31 - 3:34É de 5 mil anos atrás,
e vem da Ásia Central. -
3:34 - 3:40É daí que vêm as melhores estimativas
do início do uso da planta por humanos, -
3:40 - 3:42alguns milhares de anos atrás na Ásia.
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3:43 - 3:48E se o uso era por razões medicinais,
talvez espirituais ou apenas por diversão, -
3:49 - 3:52nós não sabemos bem,
existe um debate aberto. -
3:52 - 3:56Mas o que nós sabemos
é que essa é uma relação muito antiga. -
3:57 - 4:01Algumas estimativas sugerem que a cannabis
foi a primeira planta cultivada. -
4:01 - 4:05Podemos dizer que a cannabis
e os seres humanos cresceram juntos. -
4:05 - 4:08A cannabis tem sido descrita
como uma "seguidora". -
4:08 - 4:12Ela segue a civilização humana
aonde quer que ela vá, -
4:12 - 4:16e em qualquer lugar em que estejamos,
nós encontramos um espaço para cultivá-la. -
4:16 - 4:21É claro que a cannabis pode ser selvagem,
mas ela não se importa com alguma ajuda. -
4:21 - 4:24E durante um bom tempo da nossa
relação de muitos milênios, -
4:24 - 4:26nós convivemos muito bem com ela.
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4:27 - 4:30Mesmo recentemente,
algo entorno de 100 anos atrás, -
4:31 - 4:37a Rainha Victoria usava extratos
de cannabis para fins terapêuticos. -
4:38 - 4:42Mas como em qualquer longa relação,
houve altos e baixos. -
4:42 - 4:44A cannabis e os seres humanos
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4:44 - 4:47tiveram um rompimento
por volta dos anos 30. -
4:48 - 4:52Esse é o período que o termo
"marijuana" se tornou popular, -
4:52 - 4:55e esse foi um termo criado
pelos proibicionistas da maconha -
4:55 - 4:59para fazer a familiar planta cannabis
parecer exótica e assustadora. -
4:59 - 5:01E é por isso que sou contra esse termo.
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5:01 - 5:05Eu gosto de pensar que meus bisnetos
não irão reconhecer esse termo. -
5:05 - 5:08E ainda que reconheçam,
irão rir ao escutar "marijuana". -
5:08 - 5:10Estou certo de que quando
eles olharem pra trás, -
5:10 - 5:16irão perceber a nossa era como uma confusa
e estranha época de equívocos. -
5:18 - 5:21Então, desde que a gente
teve esse desentendimento, -
5:22 - 5:23a cannabis e os humanos,
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5:24 - 5:25como é que ambos nos saímos?
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5:25 - 5:29Nós somos de diferente espécies,
com características biológicas próprias. -
5:29 - 5:32O que essa batalha entre espécies
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5:32 - 5:35significou para as pessoas
e para a cannabis? -
5:36 - 5:42Foi observado que a resina
psicoativa da planta cannabis, -
5:42 - 5:45a parte que contém a maior parte
das propriedades medicinais -
5:45 - 5:48e que as pessoas usam
pra ficarem chapadas, -
5:48 - 5:52acredita-se que tenha evoluído
para proteger e resfriar as sementes, -
5:52 - 5:53e isso é certamente verdade.
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5:54 - 5:58Mas quando pensamos em quanta ajuda
a planta da maconha recebeu das pessoas, -
5:58 - 6:02podemos imaginar que a resina
pode ter evoluído -
6:02 - 6:05pra servir outros propósitos também.
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6:08 - 6:10O escritor Michael Pollan,
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6:10 - 6:13em uma ótima palestra TED
alguns anos atrás, -
6:13 - 6:15nos encoraja a vermos
com os olhos da planta, -
6:15 - 6:18para tentarmos entender a sua perspectiva.
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6:18 - 6:21E eu acho que essa perspectiva
pode ser muito útil -
6:21 - 6:25quando tentamos estimar o impacto
que essa batalha tem tido -
6:25 - 6:29na jornada evolucionária
da planta cannabis. -
6:30 - 6:32Quando assumimos a visão da planta,
-
6:32 - 6:34particularmente aqui em British Columbia,
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6:35 - 6:38parece que a cannabis está indo muito bem.
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6:38 - 6:43Ela não é nativa da região e, ainda assim,
cresce abundantemente nessa área. -
6:44 - 6:48Eu penso que se a gente fosse
assumir a perspectiva de outra planta, -
6:48 - 6:51por exemplo, uma espécie
nativa de British Columbia, -
6:51 - 6:52a Pinus ponderosa....
-
6:53 - 6:56Se eu fosse a Pinus ponderosa
e tivesse um ego -
6:56 - 6:58e uma consciência autorreflexiva,
-
6:58 - 7:02eu acho que eu ficaria assustado
quando olhasse para a cannabis. -
7:03 - 7:06Antigamente, havia fileiras
de Pinus ponderosa, -
7:06 - 7:12e agora há cavernas e porões
cheios da cannabis. -
7:12 - 7:15Então, parece que a maconha
está tendo o seu momento. -
7:16 - 7:21E a maconha não ganhou
apenas enorme território -
7:21 - 7:23durante as últimas décadas,
-
7:23 - 7:25mas também se diversificou.
-
7:26 - 7:29O número de tipos robustos
e distintos da cannabis -
7:29 - 7:32decolou nas últimas décadas.
-
7:33 - 7:38Durante esses 75 anos em que as pessoas
declararam guerra contra a maconha, -
7:38 - 7:43a planta cannabis está maior,
melhor e mais forte do que nunca. -
7:44 - 7:48E como as pessoas estão se saindo
desde que essa guerra iniciou? -
7:48 - 7:50Qual o significado pra nós como espécie?
-
7:50 - 7:52Acho que isso tem
um preço enorme pra nós. -
7:52 - 7:55Certamente nos custa bastante em recursos.
-
7:55 - 7:58As estimativas mais recentes dos EUA
-
7:58 - 8:01sugerem que o custo
da proibição da maconha -
8:01 - 8:04é de US$ 40 bilhões por ano.
-
8:04 - 8:07Sendo mais de US$ 10 bilhões na repressão
-
8:07 - 8:09e US 30 bilhões que deixam
de ser gerados em receita. -
8:09 - 8:13E imaginamos que a cifra seja
proporcionalmente similar no Canadá. -
8:13 - 8:15Mas o custo não é apenas
econômico, é claro. -
8:15 - 8:19Isso tem um terrível custo
em termos de angústia e sofrimento humano. -
8:19 - 8:22Inúmeras famílias foram
desmanteladas pelo crime -
8:22 - 8:25e pelo encarceramento.
-
8:25 - 8:28Muitas dessas famílias residem
em nossas mais vulneráveis comunidades. -
8:30 - 8:32Além disso, até recentemente,
-
8:32 - 8:37nós éramos privados de um remédio
seguro e muito eficiente. -
8:39 - 8:43Então se olharmos para essa guerra
como um "jogo sem vencedores", -
8:43 - 8:46parece que a cannabis está muito à frente,
-
8:46 - 8:48e nós estamos no lado perdedor.
-
8:49 - 8:52Assim, por mais que eu respeite
e admire a planta cannabis, -
8:52 - 8:56sou um psicologista humano,
não um psicologista de plantas. -
8:56 - 9:00O meu trabalho é apoiar
a saúde e o bem-estar das pessoas. -
9:00 - 9:05E por isso me vejo na obrigação
de imaginar um caminho diferente -
9:05 - 9:08para que talvez possamos inclinar
a balança em favor da humanidade. -
9:08 - 9:11Como seria se tivéssemos
uma trégua com a maconha? -
9:11 - 9:13E parece que estamos
tentadoramente perto disso. -
9:16 - 9:18Eu e meus colegas recentemente
publicamos um estudo -
9:18 - 9:21analisando mais de 600
usuários medicinais da maconha -
9:21 - 9:22espalhados pelo país.
-
9:22 - 9:24São pessoas com várias das doenças
-
9:24 - 9:28que exemplificam o uso da maconha
para fins terapêuticos, -
9:28 - 9:32pessoas com doenças sérias,
como câncer, AIDS, esclerose múltipla, -
9:32 - 9:34artrite, dores crônicas.
-
9:34 - 9:35E o que descobrimos
-
9:35 - 9:41foi que, além do tratamento de alguns
dos sintomas dessas condições médicas, -
9:41 - 9:45as pessoas usavam a cannabis
por três motivos principais: -
9:46 - 9:47para combater a insônia,
-
9:48 - 9:49reduzir a dor
-
9:49 - 9:51e reduzir a ansiedade.
-
9:51 - 9:55Muitos de nós procuram tratamento
para essas mesmas coisas. -
9:55 - 9:59E nosso armário de medicamentos
está cheio de produtos farmacêuticos -
9:59 - 10:01que são produzidos
para tratar esses mesmos sintomas. -
10:03 - 10:05Nossa pesquisa tem um interesse particular
-
10:05 - 10:09na ocorrência combinada
de ansiedade e dor. -
10:09 - 10:11Nós sabemos que elas
têm uma conexão próxima, -
10:11 - 10:14que ansiedade e dor realmente
pioram o quadro uma da outra. -
10:15 - 10:17Então, conduzimos um outro estudo
-
10:17 - 10:21com foco nas pessoas que usavam a cannabis
para tratar ambas: dor e ansiedade. -
10:21 - 10:24O que descobrimos
foi que a cannabis era mais eficaz -
10:24 - 10:28entre aqueles indivíduos
que estavam ansiosos, com dores -
10:28 - 10:32e tentando bravamente lidar com a dor.
-
10:33 - 10:35A cannabis foi menos eficaz
-
10:35 - 10:40para aquelas pessoas que adotaram
uma postura evasiva e de culpa. -
10:40 - 10:45Também descobrimos que, para aqueles
que a cannabis foi mais eficaz, -
10:45 - 10:47quase 80% responderam
-
10:47 - 10:50que a maconha lhes permitia
serem mais ativos apesar da dor. -
10:50 - 10:56Mais de 85% afirmam que a maconha
os ajuda a pensarem menos na dor. -
10:56 - 11:00E isso faz todo sentido sob a luz
do que sabemos atualmente -
11:00 - 11:02sobre como a cannabis age no cérebro.
-
11:03 - 11:07Algumas décadas atrás,
neurocientistas descobriram -
11:07 - 11:10que temos um sistema próprio em nosso
cérebro e espalhado em nosso corpo -
11:10 - 11:14que é especialmente adaptado
para funcionar com a cannabis -
11:14 - 11:16e com substâncias de efeitos similares.
-
11:16 - 11:18Ele é chamado de sistema endocanabinoide.
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11:19 - 11:20Também descobrimos
-
11:20 - 11:25que há uma concentração de atividade
desse sistema na amígdala cerebelosa. -
11:26 - 11:31Essa é a parte do cérebro que é
especializada em processar ansiedade, -
11:31 - 11:35medo e a carga emocional do medo.
-
11:38 - 11:42Essa atividade da cannabis
na amígdala cerebelosa -
11:42 - 11:45oferece muitas
possibilidades interessantes. -
11:45 - 11:49Gastamos bilhões e bilhões
de dólares a cada ano -
11:49 - 11:53em medicamentos farmacêuticos
formulados para tratar a ansiedade, -
11:53 - 11:57e esses medicamentos são
problemáticos por várias razões. -
11:57 - 12:02Nosso interesse agora é entender como
a maconha pode funcionar para a ansiedade -
12:02 - 12:04entre aquelas pessoas
que não sofrem de sintomas de dor. -
12:05 - 12:08Preparamos um estudo liderado
pelo nosso estudante Kim Crosby -
12:08 - 12:12que examina ansiedade, uso da cannabis
-
12:12 - 12:15e bem-estar psicológico
entre estudantes universitários. -
12:15 - 12:18E o que encontramos
foi algo surpreendente, -
12:18 - 12:21algo que vai contra aquilo
que se espera ver -
12:21 - 12:24em estudos de uso
de substâncias e saúde mental. -
12:25 - 12:28Em nosso estudo,
os usuários frequentes da maconha, -
12:28 - 12:32aqueles que usavam a maconha
duas ou mais vezes por semana, -
12:32 - 12:34eram menos ansiosos que os não usuários
-
12:34 - 12:39e sofriam menos com ansiedade que sentiam.
-
12:39 - 12:43Eles se preocupavam menos e eram menos
preocupados com as suas preocupações. -
12:44 - 12:49Então talvez se a gente tiver a capacidade
de fazer as pazes com a cannabis, -
12:49 - 12:52isso nos ajude a fazer as pazes
com nós mesmos, -
12:52 - 12:53pelo menos para algumas pessoas.
-
12:54 - 12:56Acho que é válido pensar sobre assunto.
-
12:59 - 13:01Se a gente começar a ver a maconha
-
13:02 - 13:05como uma ferramenta de auxílio
à nossa saúde mental, -
13:05 - 13:06o que vem depois?
-
13:07 - 13:10Bem, os mais relevantes estudos
ainda estão para serem feitos, -
13:11 - 13:14estudos que comparam
lado a lado a cannabis -
13:14 - 13:17com outros medicamentos populares
que tratam a ansiedade. -
13:17 - 13:20E esses estudos ainda não foram realizados
-
13:20 - 13:25em grande parte graças às barreiras
impostas por governos nas últimas décadas, -
13:25 - 13:27como parte da guerra contra as drogas.
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13:29 - 13:31Felizmente, isso está começando a mudar.
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13:31 - 13:35Algumas semanas atrás, o Departamento
de Saúde e Serviços Humanos dos EUA -
13:35 - 13:40deu sinal verde para o primeiro
experimento clínico da cannabis -
13:40 - 13:43no tratamento do transtorno
de estresse pós-traumático, -
13:43 - 13:47um dos mais graves e debilitantes
transtornos de ansiedade. -
13:48 - 13:50Então esse é um momento de entusiasmo.
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13:51 - 13:54E se começarmos a usar a cannabis
dessa maneira, o que vem depois? -
13:54 - 13:57Acredito que haja muitas
outras plantas medicinais -
13:57 - 14:01com as quais devemos fazer as pazes
e que podem ajudar em nosso bem-estar. -
14:03 - 14:08Entre as mais promissoras estão
os Psilocybe, ou cogumelos alucinógenos. -
14:09 - 14:13Um estudo recente revelou que apenas
poucos doses de psilocibina -
14:13 - 14:16ajudam as pessoas a reduzirem
a ansiedade e a depressão -
14:16 - 14:19quando elas enfrentam doenças terminais.
-
14:19 - 14:24Há também um estudo em andamento
que analisa a eficácia da psilocibina -
14:24 - 14:27no tratamento do transtorno
obsessivo-compulsivo. -
14:28 - 14:31É realmente um momento empolgante
para aqueles de nós -
14:31 - 14:34que se interessam
no potencial psicoterapêutico -
14:34 - 14:39de plantas ancestrais como a cannabis,
os Psilocybe e o daime. -
14:40 - 14:42Novos estudos são publicados todo os dias
-
14:42 - 14:45e as descobertas estão surgindo
cada vez mais rápido. -
14:47 - 14:49O que isso pode significar
em um conceito mais amplo -
14:49 - 14:52é que, nos próximos anos
ou daqui poucas décadas, -
14:53 - 14:56talvez tenhamos acesso
aos mesmos medicamentos -
14:56 - 14:59que nossos ancestrais usaram
de forma eficaz durante milênios. -
15:01 - 15:04Pode significar também que sejamos
capazes de começar a acalmar -
15:04 - 15:07algumas preocupações
em relação à saúde da mente, -
15:07 - 15:09usando nossos jardins e estufas,
-
15:09 - 15:13e isso, por si só, poderia resultar
em uma grande revolução. -
15:15 - 15:20Isso também nos ajudaria a reduzir
o alto custo ambiental -
15:20 - 15:23da produção e descarte
de milhares de toneladas -
15:23 - 15:27de produtos farmacêuticos
no nosso solo e nossa água. -
15:27 - 15:30Por fim, acredito que signifique
-
15:30 - 15:33que a conversa sobre drogas
que teremos com as nossos filhos -
15:33 - 15:37será muito mais franca
e baseada em fatos concretos -
15:37 - 15:40do que aquela que tivemos
com nossos nossos pais. -
15:40 - 15:41Muito obrigado.
-
15:41 - 15:43(Aplausos)
- Title:
- Fazendo as pazes com a maconha | Zachary Walsh | TEDxPenticton
- Description:
-
Esta palestra fala sobre a dinâmica relação dos seres humanos com a planta cannabis e o que os recentes avanços em pesquisa na área podem significar para nossa saúde e bem-estar. Zach Walsh é psicanalista clínico, pesquisador de usos de substâncias e professor na UBC.
Dr. Zach Walsh é professor assistente no Departamento de Psicologia da UBC e codiretor do Centro de Avanços em Direito e Ciências Psicológicas. Ele se formou pela Universidade de Winnipeg e recebeu o grau de Doutor em Psicologia Clínica em 2008 pela Chigaco Medical School / Universidade Rosalind Franklin, e concluiu estágio e projeto de pesquisa na Brown University - Centro para Alcoolismo e Estudos de Vícios. O Dr. Walsh é um psicólogo certificado cujas pesquisas têm sido financiadas pelo Instituto Canadense de Pesquisa em Saúde, Conselho de Ciências Sociais e Pesquisas Humanitárias, Instituição Health Canada, Autoridade Estadual de Saúde - British Columbia, Instituto Peter Wall de Pesquisa (UBC) e pela Associação Americana de Psicologia.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 15:52
Leonardo Silva approved Portuguese, Brazilian subtitles for Making peace with cannabis | Zachary Walsh | TEDxPenticton | ||
Leonardo Silva accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Making peace with cannabis | Zachary Walsh | TEDxPenticton | ||
Leonardo Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for Making peace with cannabis | Zachary Walsh | TEDxPenticton | ||
Cauê Hess edited Portuguese, Brazilian subtitles for Making peace with cannabis | Zachary Walsh | TEDxPenticton | ||
Cauê Hess edited Portuguese, Brazilian subtitles for Making peace with cannabis | Zachary Walsh | TEDxPenticton | ||
Cauê Hess edited Portuguese, Brazilian subtitles for Making peace with cannabis | Zachary Walsh | TEDxPenticton | ||
Cauê Hess edited Portuguese, Brazilian subtitles for Making peace with cannabis | Zachary Walsh | TEDxPenticton |