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- Bem, eu gosto de pintar,
gosto de fazer argila,
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gosto de todas as minhas obras de arte.
-
- Este é um dos desenhos
de quadrados que eu fiz.
-
- Este aqui é um desenho. Me faz sentir bem
-
e eu mostro minha inspiração.
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- Meu nome é Jackie,
-
e eu vou levar vocês numa tour.
-
Eu te mostro,
tem uma aula de cerâmica.
-
Isto é o artesanato com madeira,
bem aqui.
-
E eles estão costurando aqui.
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- O que você está costurando, D'Lisa?
-
- Minha corda mágica.
-
- Oh, ok.
-
Ok, a corda mágica dela. Ok!
-
E tem uma professora bem aqui.
-
Como você está?
-
- Arte é um grande equalizador
-
que transcende a linguagem,
-
que transcende cultura,
que transcende deficiência.
-
O Creative Growth é sobre
expressão artística
-
como uma forma
de auto-empoderamento,
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como uma forma
de desenvolvimento estético,
-
como uma forma de dizer:
"Isto é quem eu sou no mundo".
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- Azul é frio e amarelo é quente.
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- Como você sabe, quando está procurando
ali dentro,
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o que você está tirando?
-
- Eu posso dizer pela sensação.
-
- A sensação?
-
- Sim, os compartimentos, sabe?
-
- Então como é a sensação do verde,
como é isso?
-
- Verde parece frio.
Vermelho é quente.
-
- Então você está trabalhando com
frio e quente agora?
-
- Sim!
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- Monica é fascinada com cores
-
desde que ela era bem pequeninha.
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E eu acho que perder a visão
-
lhe abriu uma conexão diferente
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com o mundo de luz e sombra e cor.
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- Você tem um formato de espuma
favorito para trabalhar?
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- Eu gosto dos troncos,
-
dos cubos,
-
dos cubos bem pequenininhos
e das esferas.
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- Troncos, cubinhos pequenos e esferas.
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- E os bolos também.
-
- Sim, os bolos ficaram ótimos.
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- É!
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- Eu a vejo se tornando mais e mais
dedicada à sua arte
-
e parece preenchê-la de formas
cada vez mais profundas,
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e por isso eu fico tão feliz, sabe,
-
porque ela tem tanto a oferecer
para o mundo.
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- Sim, ahn, meu nome
é Rosena Finister.
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Eu sou de uma cidadezinha
pequena em Louisiana
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onde toda a população pobre
mora.
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É de onde eu venho.
-
Este é o primeiro tipo de arte
que eu comecei a fazer.
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- O Creative Growth atualmente
serve 162 artistas em nosso estúdio
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toda semana.
-
Quando as pessoas vêm
para o estúdio do Creative Growth,
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na maioria das vezes, elas nunca fizeram
arte na vida antes
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e nós meio que damos boas-vindas a isso
-
porque nos permite enxergar quem elas são.
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E, sabe, não existe certo ou errado.
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Nós não ensinamos
de uma forma tradicional.
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Nós dizemos:
"O que você gostaria de fazer?"
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"No que você está pensando?
Com o que você sonhou?"
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"Que cor você gosta?
Conte-nos sua história."
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- Eu venho aqui desde 1992.
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Eu gosto de pintar.
Gosto de desenhar.
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Eu gosto de pintar algumas pessoas,
tipo, pessoas diferentes.
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E estrelas.
-
Estrelas de cinema.
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Há pessoas inteiras.
-
Encontros inteiros.
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- Para qual você gosta de olhar?
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- Eu gosto daquele.
-
- Este aqui?
- É.
-
- Olhe para aquele, o que é.
-
- É.
-
- Isto é o que? Do que você
-
chamaria isto? O nome desta pintura.
- "Os Limites Interiores Negros".
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- William é um artista tão brilhante.
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- E olhe para esta linda obra.
-
Você se lembra de fazê-la?
- Eu lembro.
-
- Isso é o quê? "Louve Frisco"?
- "Louve Frisco", é.
-
- Ele vislumbra através de seu
trabalho uma realidade utópica
-
que ele cria para todos nós vivermos.
-
Um mundo onde as pessoas
que morreram voltaram à vida.
-
Lugares onde bairros ruins
são seguros.
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Onde sua família é feliz.
Onde o mundo é pacífico.
-
E ele acredita que a pintura
-
será colorida o suficiente
para fazer daquilo uma realidade.
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- Viajando em uma nave espacial.
-
Nave espacial de encontros inteiros.
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Não haverá mais males,
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nem aliens, nem monstros,
-
sem mais males.
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- O Creative Growth é realmente
uma história da Área da Baía.
-
O movimento pelos direitos
das pessoas com deficiência
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no início dos anos 70,
-
o Creative Growth realmente vem disso.
-
- O quão grande será
o desenho, as imagens?
-
- Então, durante aquele tempo,
pessoas com deficiência nas instituições
-
foram de repente desinstitucionalizadas.
-
Então artistas se reuniram
em Oakland
-
e colocaram tinta em uma mesa
e disseram:
-
"Bem, estas pessoas
vão vir aqui."
-
"A criatividade é um caminho
a seguir."
-
- Lápis para Colleen.
-
- Eu só estou fazendo uma árvore agora.
-
- E pessoas com deficiência
podem comunicar
-
e ser parte vital da sociedade.
-
Parte do plano do Creative Growth
-
quando você vem aqui fazer arte
é que nós te representemos
-
e você mostre seu trabalho
na galeria,
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e se a obra vender, o artista
fica com metade do valor
-
e o Creative Growth, sem fins lucrativos,
fica com a outra metade.
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Nós compramos materiais
e apoiamos os artistas
-
com esse dinheiro.
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Se você veio para o Creative Growth,
-
você pode comprar algo
por dez dólares
-
e você pode comprar algo
por 75 mil dólares.
-
É exatamente como o mundo
da arte contemporânea.
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À medida que o trabalho
de um artista se desenvolve
-
e entra em coleções e museus
-
e é altamente procurado depois,
os valores aumentam.
-
E os artistas do Creative Growth
seguem pelo mesmo caminho.
-
Judith Scott é uma das artistas
-
mais conhecidas do Creative Growth.
-
Como artista,
Judith Scott transcendeu
-
esta situação difícil, na qual ela
foi separada de sua família
-
e institucionalizada por quase 40 anos.
-
Ela era surda e ninguém sabia,
-
então ela nunca desenvolveu linguagem
e ficou isolada.
-
Então aos seus 40 anos
ela veio para o Creative Growth.
-
E o seu método para falar conosco
-
era arte.
-
O processo era muito importante para ela,
-
e o resultado desse processo
-
eram essas esculturas
com objetos escondidos,
-
e coisas acumuladas, protegidas,
-
que eram sagradas e importantes
para ela.
-
Eu acho que o papel
de Judith Scott na arte contemporânea
-
é que ela abriu as portas
para muitas pessoas
-
enxergarem quem um artista
pode ser.
-
- Acender as lâmpadas em volta,
trazer o mapa errado, certo?
-
- Certo!
-
- Puxe gentilmente.
-
- Sabe, o trabalho de Dan
é baseado em palavras.
-
Ele constrói literalmente
palavras umas sobre as outras
-
para formar sua comunicação
com o mundo.
-
- Quer que eu puxe para baixo?
- Sim.
-
- Puxe gentilmente, certo?
- Certo.
-
- Livro sobre gatinho, elétrico.
Vai junto, certo?
-
- Certo.
-
- Nós ainda não sabemos muita coisa
sobre o autismo,
-
mas existe esta grande
barreira ali.
-
Existe esta pessoa
atrás desta barreira
-
e ele não consegue comunicar
-
de um jeito que você e eu
conseguimos comunicar um com o outro.
-
E colocá-lo neste papel,
-
essa é a chance de Danny
falar com as pessoas.
-
- O trabalho de Dan
definitivamente progrediu
-
nos anos em que ele
esteve aqui.
-
Dan se tornou cada vez
mais interessado
-
nas qualidades gráficas
das letras,
-
em como usar tinta,
como utilizar o pincel,
-
como trabalhar com grandes pedaços
de papel.
-
Ele é muito sofisticado,
e é um colorista.
-
Ele é claro sobre o que quer fazer.
-
Sabe, e acho que quando você
vê essa urgência em seu trabalho
-
é porque é tão importante para ele
-
e tão importante para nós
-
saber quem ele é,
-
que ele tem pensamentos como nós,
-
que ele é inteligente,
que ele não deve ser rejeitado.
-
Dan Miller está na Bienal de Veneza
este ano,
-
o que é uma conquista incrível
para ele como artista.
-
Acontece de estar
no mesmo salão
-
da Bienal de Veneza que Judith Scott.
-
Então aqui estão
estes dois colegas,
-
seus trabalhos
olhando diretamente um para o outro,
-
em um pavilhão
de artistas contemporâneos
-
que estão usando cor
de uma maneira poderosa.
-
Não um pavilhão de deficiência,
-
não um pavilhão
dos autodidatas,
-
não um pavilhão
do show de horrores.
-
É apresentado como
um artista fazendo uma declaração
-
sobre o mundo hoje e
isso é o que ambos fizeram.
-
Ambos têm, como
todo artista,
-
uma história que informa
quem eles são no mundo hoje.
-
Nós não deveríamos
precisar existir.
-
Dan deveria ter tido
isto na escola.
-
Ou William deveria ter
tido
-
esta oportunidade durante
toda a sua vida.
-
Não deveria ser que
o Creative Growth
-
precisa estar aqui por essas pessoas.
-
Estou emocionado que estejamos aqui,
-
e nós amamos nossos artistas,
mas eles deveriam ter acesso
-
a oportunidades criativas.
-
É uma pauta de direitos humanos,
ser diminuído de alguma forma,
-
ser visto como não criativo.
-
Quando esses preconceitos
se esvaem,
-
então nossos artistas têm
o mesmo potencial de conduzir a cultura,
-
de ser parte do nosso mundo,
-
de me informar quem eu sou
como pessoa.
-
- Olhe para todas estas pessoas,
-
elas estão todas
voltando para novas vidas?
-
- Sim, suas famílias.
-
- E que tipo de vida elas terão
agora?
-
- Elas terão vidas boas.
-
Terão vidas boas.
-
Para saber mais sobre Art21
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Arte no Século XXI 9ª temporada
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