Liz Magor: Toda a gente devia ter um estúdio | "Exclusive", Art21
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0:00 - 0:03Tradução: Andreia Frazão
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0:03 - 0:06[Liz Magor:
Toda a gente devia ter um estúdio] -
0:06 - 0:10Quando não estou aqui,
é aqui que quero estar. -
0:10 - 0:12E quero trabalhar.
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0:16 - 0:19É um espaço sossegado,
tem uma ótima iluminação. -
0:20 - 0:21A luz vem do Este.
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0:24 - 0:26Muita gente não sabe que estou aqui.
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0:27 - 0:29O meu nome não está afixado na porta.
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0:29 - 0:32Encontro-me com os meus amigos
fora do estúdio. -
0:36 - 0:39É o meu espaço, completamente.
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0:46 - 0:50Trabalhar pode funcionar
como uma atividade calmante, -
0:50 - 0:53onde não tenho distrações.
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0:58 - 1:01Ia dizer que é como meditar,
mas o que sei eu sobre isso? -
1:01 - 1:03Não muito!
(Risos) -
1:03 - 1:08É uma forma de manter um único foco,
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1:09 - 1:10de me manter numa única via
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1:10 - 1:13e há algo de prazeroso nisto.
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1:15 - 1:17De certo modo, estou aqui por prazer,
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1:17 - 1:20embora não seja uma diversão.
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1:36 - 1:40Quando despejo o material
neste molde de saco de papel, -
1:40 - 1:41obtenho o efeito pretendido:
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1:41 - 1:43o amarelo vai ficar visível por fora.
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1:44 - 1:48E faz parte da minha vontade de fazer
com que estes objetos -
1:48 - 1:52tenham alguma vitalidade ou vivacidade.
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1:53 - 1:56Os conteúdos vão clamar por atenção.
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1:57 - 2:01O amarelo impõe-se para dar vida ao saco.
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2:07 - 2:10Mantenho o estúdio
num estado muito rudimentar -
2:10 - 2:14no que diz respeito à tecnologia
e sistemas que uso. -
2:14 - 2:19Não invisto em equipamento:
não sou uma fábrica. -
2:20 - 2:21Faço isto porque quero ser capaz
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2:21 - 2:25de abandonar qualquer coisa
em que esteja interessada -
2:25 - 2:27e passar a algo completamente diferente.
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2:29 - 2:32Estou a pensar,
portanto, preciso de mobilidade. -
2:33 - 2:34Pode parecer pretensioso,
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2:34 - 2:37mas é uma espécie de lugar
para praticar uma filosofia física. -
2:42 - 2:45Falo muito sobre coisas
que nos passam despercebidas -
2:45 - 2:48ou que estão sempre presentes
mas sem reconhecermos este facto. -
2:48 - 2:54E, para mim, isto faz parte desse domínio
porque é genial. -
2:54 - 2:55Isto é genial!
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2:57 - 3:00E quero que os moldes que faço
mostrem essas coisas. -
3:02 - 3:03Embora isto....
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3:03 - 3:05sejam bolhas de ar.
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3:09 - 3:11Esta é a parte da frente
e esta é a parte de trás. -
3:11 - 3:15Na parte da frente,
há uns elementos frágeis a sobressair. -
3:18 - 3:20Preciso de um estúdio muito sossegado,
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3:20 - 3:23porque uma obra começa quando reconheço
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3:23 - 3:28aquelas operações silenciosas,
mas que estão sempre presentes no mundo. -
3:29 - 3:33Estão sempre lá,
mas nem sempre são reconhecidas. -
3:34 - 3:36É nisso que tenho interesse.
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3:40 - 3:42Toda a gente devia ter um estúdio.
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3:43 - 3:48Deviam ser fornecidos pelo governos
como medida de saúde pública. -
3:48 - 3:50Afinal de contas, é um lugar
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3:50 - 3:55onde é possível alinhar estas dissonâncias
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3:56 - 3:58e analisá-las bem.
- Title:
- Liz Magor: Toda a gente devia ter um estúdio | "Exclusive", Art21
- Description:
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Episódio #244: enquanto trabalha numa escultura de um saco de papel em gesso, Liz Magor descreve o seu estúdio em Vancouver como um local de prazer e de produtividade. «Quando não estou aqui,» diz a artista, «é aqui que quero estar e quero trabalhar.» Magor mantém um estúdio calmo e elementar para poder procurar os sistemas que, embora passem despercebidos, estão incorporados nos objetos e materiais do quotidiano que a inspiram. «É uma forma de manter um único foco — de me manter numa única via — e há algo de prazeroso nisto.» À medida que reflete sobre os potenciais benefícios para a saúde de manter um estúdio, Magor é mostrada a instalar uma anterior escultura de um saco em gesso, «Mademoiselle Raymonde» (2014), no Peep-Hole em Milão, na Itália.
Liz Magor faz moldes perturbadoramente realistas de objetos banais — desde roupa e caixas de cartão até cinzeiros — que nos falam da mortalidade e de histórias locais. As réplicas delicadas de Magor são frequentemente combinadas com elementos efémeros que encontra, como objetos intimamente ligados a vícios (cigarros, doces e álcool), animais (sob a forma de pássaros taxidermizados e de cães de peluche) ou até pequenas recordações que lhe foram oferecidas por amigos ou recolhidas do limbo das lojas de artigos usados. Ao ressuscitar objetos e momentos do passado recente, Magor preserva ténues sussurros da vida em obras de arte que atuam como fósseis: são réplicas exatas da existência.
Saiba mais sobre a artista em:
http://www.art21.org/artists/liz-magorCRÉDITOS: Produção: Ian Forster e Wesley Miller. Consultoria de Produção: Nick Ravich. Entrevista: Pamela Mason Wagner. Edição: Morgan Riles. Câmara: Greg Bartels. Som: Jeff Carter. Obras de Arte: cortesia de Liz Magor. Agradecimentos Especiais: Peep-Hole & Contemporary Art Gallery.
A série «Exclusive» da Art21 é parcialmente financiada pelo Art21 Contemporary Council.
TRADUÇÃO: Andreia Frazão
- Video Language:
- English
- Team:
Art21
- Project:
- "Extended Play" series
- Duration:
- 04:11
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Andreia Frazão published Portuguese subtitles for Liz Magor: Everyone Should Have a Studio | Art21 "Exclusive" | |
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Andreia Frazão edited Portuguese subtitles for Liz Magor: Everyone Should Have a Studio | Art21 "Exclusive" | |
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