Tali Sharot: O viés otimista
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0:00 - 0:04Falarei com vocês sobre otimismo --
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0:04 - 0:06ou, mais precisamente, do viés otimista.
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0:06 - 0:08É uma ilusão cognitiva
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0:08 - 0:10que pesquisamos em meu laboratório nos últimos anos,
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0:10 - 0:12e 80% de nós temos esse viés.
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0:12 - 0:15É nossa tendência superestimar
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0:15 - 0:18a probabilidade de vivenciar bons eventos em nossa vida
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0:18 - 0:22e subestimar a probabilidade de vivenciar eventos ruins.
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0:22 - 0:25Subestimamos então a probabilidade de sofrer de câncer,
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0:25 - 0:26de estar num acidente de carro.
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0:26 - 0:30Superestimamos nossa longevidade, nossas perspectivas de carreira.
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0:30 - 0:33Resumindo, somos mais otimistas que realistas,
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0:33 - 0:35mas nos esquecemos desse fato.
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0:35 - 0:37O casamento por exemplo.
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0:37 - 0:41No mundo ocidental, as taxas de divórcio são de aproximadamente 40%.
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0:41 - 0:44O que significa que a cada cinco casais,
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0:44 - 0:47dois vão acabar dividindo seus bens.
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0:47 - 0:51Mas quando se pergunta a recém-casados sobre a probabilidade de eles se separarem,
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0:51 - 0:54eles calculam que a chance é de 0%.
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0:54 - 0:58E até mesmo advogados de divórcio, que deveriam saber mais,
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0:58 - 1:02subestimam imensamente sua própria probabilidade de divórcio.
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1:02 - 1:05Verifica-se então que os otimistas não estão menos propensos ao divórcio,
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1:05 - 1:07mas estão mais propensos a se casar novamente.
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1:07 - 1:10Nas palavras de Samuel Johnson,
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1:10 - 1:14"Um novo casamento é a vitória da esperança sobre a experiência."
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1:14 - 1:16(Risos)
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1:16 - 1:20Se estamos casados, estamos mais propensos a ter filhos.
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1:20 - 1:24E todos pensamos que nossos filhos serão especialmente talentosos.
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1:24 - 1:26A propósito, Esse é meu sobrinho de dois anos, o Guy.
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1:26 - 1:29E eu só quero deixar bem claro
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1:29 - 1:31que ele é realmente um péssimo exemplo do viés otimista,
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1:31 - 1:34porque ele é na verdade exclusivamente talentoso.
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1:34 - 1:36(Risos)
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1:36 - 1:37E eu não estou sozinha.
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1:37 - 1:40De quatro britânicos, três disseram
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1:40 - 1:43que são otimistas quanto ao futuro de suas famílias.
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1:43 - 1:45São 75%.
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1:45 - 1:47Mas apenas 30% disseram
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1:47 - 1:50que achavam que as famílias em geral
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1:50 - 1:52estariam se saindo melhor que algumas gerações atrás.
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1:52 - 1:54Esse é um ponto muito importante,
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1:54 - 1:56porque somos otimistas quanto a nós mesmos,
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1:56 - 1:58somos otimistas quanto aos nossos filhos,
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1:58 - 2:00somos otimistas quanto às nossas famílias,
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2:00 - 2:03mas não somos tão otimistas quanto ao indivíduo sentado ao nosso lado,
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2:03 - 2:05e somos um tanto pessimistas
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2:05 - 2:09quanto ao destino de nossos concidadãos e ao destino de nosso país.
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2:09 - 2:13Mas o otimismo particular quanto ao nosso futuro pessoal
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2:13 - 2:15ainda permanece.
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2:15 - 2:19Não significa que achamos que as coisas irão acabar bem como num passe de mágica,
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2:19 - 2:23mas que temos uma capacidade única de fazê-lo dessa forma.
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2:23 - 2:26Sou uma cientista, faço experimentos.
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2:26 - 2:28Então para lhes mostrar o que quero dizer,
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2:28 - 2:31farei um experimento aqui com vocês.
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2:31 - 2:34Darei a vocês uma lista de habilidades e características,
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2:34 - 2:37e quero que vocês pensem em qual seria a sua posição quanto ao resto da população
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2:37 - 2:42em cada uma dessas habilidades.
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2:42 - 2:45A primeira é conviver bem com os outros.
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2:45 - 2:51Quem aqui acredita que está nos 25% inferiores?
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2:51 - 2:55Ok, de 1.500 pessoas, aproximadamente 10.
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2:55 - 2:59Quem acredita que está nos 25% do topo?
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2:59 - 3:02A maioria de nós aqui.
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3:02 - 3:07Ok, agora façam o mesmo com a sua habilidade para dirigir.
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3:07 - 3:10Até que ponto vocês são interessantes?
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3:10 - 3:13Até que ponto são atraentes?
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3:13 - 3:15Até que ponto são honestos?
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3:15 - 3:20E, finalmente, até que ponto são modestos?
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3:20 - 3:23A maioria de nós se considera acima da média
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3:23 - 3:25na maior parte dessas habilidades.
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3:25 - 3:27E isso é estatisticamente impossível.
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3:27 - 3:31Não podemos ser todos melhores que os outros.
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3:31 - 3:32(Risos)
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3:32 - 3:35Mas se acreditamos que somos melhores que o outro indivíduo,
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3:35 - 3:39então isso significa que estamos mais propensos a conseguir aquela promoção, a continuar casados,
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3:39 - 3:42porque somos mais sociáveis, mais interessantes.
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3:42 - 3:44E isso é um fenômeno global.
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3:44 - 3:46O viés otimista foi observado
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3:46 - 3:48em vários países diferentes --
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3:48 - 3:51nas culturas ocidentais, nas culturas não-ocidentais,
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3:51 - 3:53em mulheres e homens,
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3:53 - 3:54em crianças, em idosos.
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3:54 - 3:56É bastante difundido.
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3:56 - 4:00Mas a questão é: isso é bom para nós?
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4:00 - 4:02Alguns dizem que não.
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4:02 - 4:04Alguns dizem que o segredo da felicidade
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4:04 - 4:07é a baixa expectativa.
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4:07 - 4:10Acredito que a lógica seja mais ou menos assim:
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4:10 - 4:12Se não esperamos grandiosidade,
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4:12 - 4:16se não esperamos encontrar amor, ser saudáveis e bem sucedidos,
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4:16 - 4:19então não ficamos desapontados quando essas coisas não acontecem.
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4:19 - 4:22E se não ficamos desapontados quando coisas boas não acontecem,
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4:22 - 4:24e se somos agradavelmente surpreendidos quando ocorrem,
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4:24 - 4:26seremos felizes.
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4:26 - 4:28É uma ótima teoria,
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4:28 - 4:31mas verificou-se estar errada por três motivos.
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4:31 - 4:36Número um: O que quer que aconteça, caso você tenha êxito ou fracasse,
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4:36 - 4:39pessoas com expectativas altas sempre se sentem melhor.
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4:39 - 4:43Porque o modo como nos sentimos quando levamos um fora ou conquistamos o título de funcionário do mês
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4:43 - 4:46depende de como interpretamos esse acontecimento.
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4:46 - 4:50Os psicólogos Margaret Marshall e John Brown
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4:50 - 4:53pesquisaram alunos com altas e baixas expectativas.
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4:53 - 4:58E descobriram que quando as pessoas com altas expectativas obtêm êxito,
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4:58 - 5:00elas atribuem esse sucesso a suas próprias características.
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5:00 - 5:03"Sou um gênio, por isso tirei A,
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5:03 - 5:05portanto tirarei A repetidas vezes no futuro."
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5:05 - 5:08Quando eles fracassavam, não era porque eram burros,
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5:08 - 5:11e sim porque por acaso a prova tinha sido ruim.
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5:11 - 5:14Eles se sairão melhor da próxima vez.
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5:14 - 5:17As pessoas com baixa expectativa fazem o contrário.
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5:17 - 5:20Então quando fracassavam, era porque eram burras,
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5:20 - 5:21e quando obtinham êxito,
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5:21 - 5:24era porque a prova por acaso tinha sido muito fácil.
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5:24 - 5:27A realidade os alcançaria da próxima vez.
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5:27 - 5:29Então eles se sentiam pior.
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5:29 - 5:32Número dois: Independente do resultado,
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5:32 - 5:36o mero ato de antecipação nos torna felizes.
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5:36 - 5:39O economista comportamental George Lowenstein
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5:39 - 5:41pediu para que os alunos de sua universidade
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5:41 - 5:46se imaginassem recebendo um beijo apaixonado de uma celebridade, qualquer celebridade.
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5:46 - 5:48Então ele disse, "Quanto vocês estão dispostos a pagar
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5:48 - 5:50para receber um beijo de uma celebridade
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5:50 - 5:53se o beijo fosse dado imediatamente,
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5:53 - 5:58daqui a três horas, daqui a 24 horas, daqui a três dias,
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5:58 - 6:00daqui a um ano, daqui a 10 anos?
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6:00 - 6:03Ele descobriu que os alunos estavam dispostos a pagar mais
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6:03 - 6:05não para receber o beijo imediatamente,
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6:05 - 6:08mas para receber o beijo dali a três dias.
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6:08 - 6:12Eles estavam dispostos a pagar mais para esperar.
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6:12 - 6:15Mas não estavam dispostos a esperar um ano ou 10 anos;
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6:15 - 6:17ninguém quer uma celebridade envelhecida.
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6:17 - 6:22Mas três dias parecia ser o tempo ideal.
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6:22 - 6:24Então por que isso?
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6:24 - 6:27Se você recebesse o beijo agora, estaria tudo resolvido.
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6:27 - 6:29Mas se você recebesse o beijo em três dias,
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6:29 - 6:33então seriam três dias de antecipação agitada, a excitação da espera.
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6:33 - 6:35Os alunos queriam esse tempo
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6:35 - 6:38para imaginar onde iria acontecer,
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6:38 - 6:39como iria acontecer.
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6:39 - 6:42A antecipação os deixava felizes.
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6:42 - 6:45Aliás, esse é o motivo pelo qual as pessoas preferem a sexta-feira ao domingo.
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6:45 - 6:48É um fato muito curioso,
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6:48 - 6:51porque sexta-feira é um dia de trabalho e domingo é um dia de prazer,
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6:51 - 6:54então você poderia supor que as pessoas iriam preferir o domingo,
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6:54 - 6:56mas não.
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6:56 - 6:58Não é porque eles gostam demais de ficar no escritório
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6:58 - 7:00e não suportam ficar passeando no parque
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7:00 - 7:02ou fazer uma refeição vagarosa.
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7:02 - 7:04Sabemos disso, porque quando se pergunta às pessoas
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7:04 - 7:07sobre o seu dia da semana preferido,
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7:07 - 7:10surpresa, surpresa, sábado aparece em primeiro lugar,
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7:10 - 7:13depois sexta-feira, e depois domingo.
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7:13 - 7:14As pessoas preferem a sexta-feira
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7:14 - 7:18porque esse dia traz consigo a antecipação do final de semana,
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7:18 - 7:20e todos os planos que elas têm.
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7:20 - 7:23No domingo, a única coisa que você pode esperar pela frente é
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7:23 - 7:25a semana de trabalho.
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7:25 - 7:30Então otimistas são as pessoas que esperam mais beijos no futuro,
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7:30 - 7:32mais passeios no parque.
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7:32 - 7:36E essa antecipação eleva o seu bem-estar.
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7:36 - 7:39Na verdade, sem o viés otimista,
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7:39 - 7:42seríamos todos um pouco deprimidos.
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7:42 - 7:44Pessoas com uma leve depressão
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7:44 - 7:47não têm um viés quando olham para o futuro.
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7:47 - 7:51Eles são, na verdade, mais realistas que os indivíduos saudáveis.
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7:51 - 7:53Mas indivíduos com depressão profunda
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7:53 - 7:55têm um viés pessimista.
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7:55 - 7:58Por isso, elas costumam esperar que o futuro
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7:58 - 8:00seja pior do que acaba sendo.
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8:00 - 8:03O otimismo então altera a realidade subjetiva.
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8:03 - 8:07A forma como esperamos que o mundo seja altera a forma como o vemos.
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8:07 - 8:10Mas ela também altera a realidade objetiva.
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8:10 - 8:13Age como uma profecia autorrealizável.
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8:13 - 8:15E essa é a terceira razão
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8:15 - 8:18por que reduzir suas expectativas não lhes farão felizes.
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8:18 - 8:20Experimentos controlados mostraram que
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8:20 - 8:23o otimismo não está apenas relacionado ao sucesso,
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8:23 - 8:25ele conduz ao sucesso.
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8:25 - 8:30O otimismo conduz ao sucesso no ambiente acadêmico, nos esportes e na política.
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8:30 - 8:34E talvez o benefício mais surpreendente do otimismo seja a saúde.
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8:34 - 8:38Se esperamos que o futuro seja brilhante,
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8:38 - 8:40o estresse e a ansiedade são reduzidos.
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8:40 - 8:44Portanto, no fim das contas, o otimismo tem muitos benefícios.
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8:44 - 8:48Mas a questão que ficou muito confusa para mim foi,
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8:48 - 8:52como mantemos o otimismo face à realidade?
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8:52 - 8:55Como uma neurocientista, isso era especialmente confuso,
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8:55 - 8:58porque de acordo com todas as teorias por aí,
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8:58 - 9:02quando suas expectativas não são cumpridas, você deveria alterá-las.
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9:02 - 9:04Mas foi isso que descobrimos.
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9:04 - 9:07Pedimos às pessoas que viessem ao laboratório
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9:07 - 9:10para tentar descobrir o que estava acontecendo.
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9:10 - 9:13Pedimos que eles calculassem a probabilidade de eles
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9:13 - 9:15vivenciarem eventos diversos e terríveis em suas vidas.
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9:15 - 9:20Então, por exemplo, qual é a sua probabilidade de sofrer de câncer?
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9:20 - 9:22E então lhes contamos sobre a probabilidade média
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9:22 - 9:25de alguém como eles sofrer esses infortúnios.
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9:25 - 9:28Câncer, por exemplo, é de aproximadamente 30%.
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9:28 - 9:31Então perguntamos novamente,
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9:31 - 9:34"Qual a probabilidade de você sofrer de câncer?"
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9:34 - 9:36O que queríamos saber era
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9:36 - 9:39se as pessoas usariam a informação que lhes demos
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9:39 - 9:41para alterar suas crenças.
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9:41 - 9:44E elas de fato usaram --
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9:44 - 9:46mas principalmente quando a informação que lhes demos
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9:46 - 9:49era melhor do que a que eles esperavam.
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9:49 - 9:50Então por exemplo,
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9:50 - 9:53se alguém disse, "Minha probabilidade de sofrer de câncer
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9:53 - 9:56é de aproximadamente 50%",
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9:56 - 9:58e dissemos, "Temos boas notícias.
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9:58 - 10:01A probabilidade média é de apenas 30%."
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10:01 - 10:03na vez seguinte, eles diriam,
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10:03 - 10:06"Talvez minha probabilidade seja de aproximadamente 35%."
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10:06 - 10:08Eles aprendiam com rapidez e eficiência.
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10:08 - 10:11Mas se alguém começasse dizendo,
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10:11 - 10:14"Minha probabilidade média de sofrer de câncer é de aproximadamente 10%".
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10:14 - 10:17e disséssemos, "Temos más notícias.
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10:17 - 10:20A probabilidade média é de aproximadamente 30%",
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10:20 - 10:22na vez seguinte, eles diriam,
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10:22 - 10:25"Ainda assim acho que seja de aproximadamente 11%."
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10:25 - 10:27(Risos)
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10:27 - 10:30Não é que eles não tenham entendido nada -- eles entendiam --
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10:30 - 10:32mas muito, muito menos que quando dávamos a eles
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10:32 - 10:35informações positivas sobre o futuro.
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10:35 - 10:38E não é que eles não lembrassem dos números que lhes dávamos,
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10:38 - 10:41todos se lembram que a probabilidade média do câncer
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10:41 - 10:43é de aproximadamente 30%
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10:43 - 10:45e a probabilidade média do divórcio é de aproximadamente 40%.
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10:45 - 10:50Mas eles não acreditavam que esses números estivessem relacionados a eles.
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10:50 - 10:54Isso significa que sinais de alerta como esses
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10:54 - 10:57podem ter apenas um impacto limitado.
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10:57 - 11:01Sim, fumar mata, mas mata principalmente o outro indivíduo.
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11:01 - 11:03O que eu queria saber era
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11:03 - 11:06o que ocorria no cérebro humano que
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11:06 - 11:10nos impedia de aceitar esses sinais de alerta de forma pessoal.
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11:10 - 11:11Mas ao mesmo tempo,
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11:11 - 11:13quando ouvimos que o mercado habitacional está otimista,
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11:13 - 11:18pensamos, "Oh, o preço da minha casa vai com certeza dobrar."
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11:18 - 11:20Para tentar descobrir isso,
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11:20 - 11:22pedi aos participantes do experimento
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11:22 - 11:24que mentissem em um scanner de imagens cerebrais.
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11:24 - 11:26Se parece com isso.
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11:26 - 11:29Utilizando um método chamado de ressonância magnética funcional,
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11:29 - 11:32conseguimos identificar as regiões do cérebro
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11:32 - 11:35que respondiam às informações positivas.
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11:35 - 11:39Uma dessas regiões é chamada de giro frontal inferior esquerdo.
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11:39 - 11:43Se alguém dissesse, "Minha probabilidade de sofrer de câncer é de 50%,"
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11:43 - 11:44e disséssemos, "Temos boas notícas.
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11:44 - 11:47A probabilidade média é de 30%,"
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11:47 - 11:50o giro frontal inferior esquerdo reagiria fortemente.
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11:50 - 11:55E não importaria se você fosse um otimista extremo, um otimista leve
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11:55 - 11:57ou ligeiramente pessimista,
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11:57 - 12:00o giro frontal inferior esquerdo de todos
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12:00 - 12:01funcionava perfeitamente bem,
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12:01 - 12:04se você fosse Barack Obama ou Woddy Allen.
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12:04 - 12:06Do outro lado do cérebro,
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12:06 - 12:11o giro frontal inferior direito reagia às notícias ruins.
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12:11 - 12:14E aí está o lance: ele não estava fazendo um bom trabalho.
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12:14 - 12:16Quanto mais otimista você fosse,
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12:16 - 12:19menos provável que essa região
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12:19 - 12:22respondesse à informação negativa inesperada.
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12:22 - 12:25Se o seu cérebro está falhando
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12:25 - 12:28ao integrar as notícias ruins sobre o futuro,
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12:28 - 12:33você estará constantemente fugindo da realidade.
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12:33 - 12:38Queríamos então descobrir se poderíamos modificar isso.
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12:38 - 12:41Poderíamos alterar o viés otimista das pessoas
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12:41 - 12:45ao intervir na atividade cerebral dessas regiões?
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12:45 - 12:48Havia uma forma de fazermos isso.
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12:48 - 12:50Esse é meu colaborador Ryota Kanai.
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12:50 - 12:54Ele está passando um pequeno impulso magnético
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12:54 - 12:56pelo crânio de um participante de nosso estudo
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12:56 - 12:59até o giro frontal inferior.
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12:59 - 13:00Ao fazê-lo,
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13:00 - 13:03ele intervem na atividade cerebral dessa região
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13:03 - 13:05por cerca de meia hora.
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13:05 - 13:07Depois disso, tudo volta ao normal, eu lhes asseguro.
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13:07 - 13:09(Risos)
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13:09 - 13:13Vamos ver o que acontece.
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13:13 - 13:15Primeiro, vou mostrar a vocês
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13:15 - 13:17a quantidade média de viés que vemos.
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13:17 - 13:20Então se eu tivesse de testar todos vocês agora,
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13:20 - 13:22essa é a quantidade que vocês reteriam
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13:22 - 13:25mais a partir de boas notícias em relação às más.
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13:25 - 13:28Assim interviemos na região
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13:28 - 13:32que retém a informação negativa nesse trabalho,
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13:32 - 13:36e o viés otimista cresceu ainda mais.
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13:36 - 13:41Tornamos as pessoas mais influenciadas na forma como processam a informação.
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13:41 - 13:44Depois interviemos na região cerebral
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13:44 - 13:48que integram as boas notícias nesse trabalho,
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13:48 - 13:52e o viés otimista desapareceu.
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13:52 - 13:54Ficamos muito impressionados com esses resultados
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13:54 - 13:56porque conseguimos eliminar
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13:56 - 13:59um viés arraigado nos seres humanos.
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13:59 - 14:04Nesse ponto, paramos e nos perguntamos,
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14:04 - 14:09queríamos destruir a ilusão do otimismo e deixá-la em pedacinhos?
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14:09 - 14:14Se pudéssemos fazê-lo, gostaríamos de acabar com o viés otimista das pessoas?
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14:14 - 14:19Já falei para vocês sobre todos os benefícios do viés otimista,
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14:19 - 14:23o que provavelmente faz com que vocês queiram agarrá-lo por toda a vida.
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14:23 - 14:25Mas existem, é claro, as ciladas,
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14:25 - 14:28e seria muito insensato de nossa parte ignorá-las.
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14:28 - 14:32Tome como exemplo esse e-mail que recebi
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14:32 - 14:35de um bombeiro daqui da Califórnia.
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14:35 - 14:38Ele diz, "Inquéritos de fatalidades para bombeiros
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14:38 - 14:42com frequência incluem 'Não achamos que o fogo fosse fazer aquilo',
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14:42 - 14:44mesmo quando toda a informação disponível
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14:44 - 14:47estava lá para se tomar decisões seguras".
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14:47 - 14:51Esse capitão irá utilizar nossas descobertas sobre o viés otimista
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14:51 - 14:53para tentar explicar aos bombeiros
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14:53 - 14:55por que eles pensam da forma como pensam,
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14:55 - 15:02para deixá-los plenamente conscientes desse viés otimista das pessoas.
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15:02 - 15:07Otimismo irreal pode levar a comportamentos arriscados,
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15:07 - 15:11ao colapso financeiro, ao planejamento falho.
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15:11 - 15:13O Governo Britânico, por exemplo,
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15:13 - 15:16reconheceu que o viés otimista
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15:16 - 15:19pode deixar os indivíduos mais propensos
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15:19 - 15:23a subestimar os custos e as durações dos projetos.
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15:23 - 15:27Eles então ajustaram o orçamento das Olimpíadas de 2012
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15:27 - 15:29por conta do viés otimista.
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15:29 - 15:32Meu amigo que vai se casar em algumas semanas
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15:32 - 15:34fez o mesmo com o orçamento de seu casamento.
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15:34 - 15:37E, aliás, quando o perguntei sobre a probabilidade de divórcio,
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15:37 - 15:41ele disse que estava quase certo de que era de 0%.
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15:41 - 15:43O que realmente gostaríamos de fazer
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15:43 - 15:47é nos proteger dos perigos do otimismo,
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15:47 - 15:50mas ao mesmo tempo permanecer esperançosos,
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15:50 - 15:53nos beneficiando dos vários frutos do otimismo.
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15:53 - 15:56Acredito que há uma forma de fazermos isso.
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15:56 - 15:58A chave aqui é realmente o conhecimento.
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15:58 - 16:01Não nascemos com uma compreensão inata de nossas tendências.
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16:01 - 16:05Elas têm de ser identificadas pela pesquisa científica.
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16:05 - 16:09Mas a boa notícia é que tomar consciência do viés otimista
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16:09 - 16:11não destrói a ilusão.
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16:11 - 16:13É como as ilusões visuais,
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16:13 - 16:16em que a sua compreensão não faz com que desapareçam.
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16:16 - 16:19Isso é bom porque significa que
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16:19 - 16:21devemos ser capazes de encontrar o equilíbrio,
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16:21 - 16:23para apresentar planos e regras
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16:23 - 16:26para nos proteger do otimismo irreal,
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16:26 - 16:29e ao mesmo tempo permanecermos esperançosos.
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16:29 - 16:33Acho que esse desenho retrata bem isso.
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16:33 - 16:36Porque se você for um desses pinguins pessimistas lá no alto
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16:36 - 16:38que simplesmente não acreditam que podem voar,
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16:38 - 16:41você certamente nunca voará.
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16:41 - 16:43Porque para obter qualquer tipo de progresso,
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16:43 - 16:45precisamos conseguir imaginar uma realidade diferente,
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16:45 - 16:49e então precisamos acreditar que essa realidade é possível.
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16:49 - 16:52Mas se você for um pinguim extremamente otimista
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16:52 - 16:55que simplesmente salta às cegas esperando pelo melhor,
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16:55 - 17:00pode ser que você acabe um pouco estraçalhado quando atingir o chão.
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17:00 - 17:02Mas se você for um pinguim otimista
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17:02 - 17:03que acredita que pode voar,
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17:03 - 17:06mas que acopla um paraquedas às costas
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17:06 - 17:09para o caso de as coisas não acontecerem exatamente como tenha planejado,
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17:09 - 17:11você voará como uma águia,
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17:11 - 17:14mesmo que você seja apenas um pinguim.
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17:14 - 17:16Obrigada.
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17:16 - 17:19(Aplausos)
- Title:
- Tali Sharot: O viés otimista
- Speaker:
- Tali Sharot
- Description:
-
Nascemos para ser mais otimistas que realistas? Tali Sharot apresenta sua nova pesquisa que sugere que nossos cérebros estejam conectados para olhar para o lado positivo -- e como isso pode ser tanto perigoso quanto benéfico.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 17:40
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for The optimism bias | ||
Amarílis Anchieta accepted Portuguese, Brazilian subtitles for The optimism bias | ||
Thelma Lethier declined Portuguese, Brazilian subtitles for The optimism bias | ||
Thelma Lethier edited Portuguese, Brazilian subtitles for The optimism bias | ||
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Thelma Lethier edited Portuguese, Brazilian subtitles for The optimism bias |