Estarão os robôs a roubar-nos os empregos?
-
0:01 - 0:03Acontece que, quando há
dezenas de milhões de pessoas -
0:03 - 0:06desempregadas ou subempregadas,
-
0:06 - 0:10surge um grande interesse pelos efeitos
da tecnologia sobre os trabalhadores. -
0:10 - 0:12Quando analiso esses debates,
-
0:12 - 0:15fico espantado por eles
se concentrarem no tópico certo -
0:15 - 0:18e, ao mesmo tempo,
falharem totalmente o mais importante. -
0:18 - 0:21A discussão concentra-se
na questão de saber -
0:21 - 0:26se as tecnologias digitais estão ou não
a afetar a capacidade das pessoas -
0:26 - 0:28para ganhar a vida ou,
por outras palavras, -
0:28 - 0:31se os robôs estão a roubar-nos
os nossos empregos. -
0:31 - 0:33Há alguns indícios de que estão.
-
0:33 - 0:36A Grande Recessão terminou
quando o PIB norte-americano -
0:36 - 0:40retomou a sua subida lenta e paulatina
-
0:40 - 0:43e outros indicadores económicos
também começaram a recuperar -
0:43 - 0:45e rapidamente ficaram positivos.
-
0:45 - 0:48Os lucros empresariais são bastante altos.
-
0:48 - 0:50Com efeito, se incluirmos
os lucros da banca, -
0:50 - 0:51são mais altos do que nunca.
-
0:51 - 0:56O investimento em maquinaria,
em equipamento, -
0:56 - 0:58em "hardware" e "software"
é o mais alto de sempre. -
0:58 - 1:02Portanto, os negócios estão a usar
os livros de cheques. -
1:02 - 1:03Mas não estão a contratar pessoal.
-
1:03 - 1:07Esta linha vermelha
é o rácio emprego/população, -
1:07 - 1:11ou seja, a percentagem
da população ativa nos EUA, -
1:11 - 1:13que tem trabalho.
-
1:13 - 1:16Vemos que foi abaixo
durante a Grande Recessão -
1:16 - 1:19e ainda não começou a recuperar nada.
-
1:19 - 1:22Mas a história não é apenas
uma história de recessão. -
1:22 - 1:24A década por que acabamos de passar
-
1:24 - 1:27teve um crescimento de emprego
relativamente anémico, -
1:27 - 1:30especialmente quando a comparamos
com outras décadas. -
1:30 - 1:32A década de 2000 é o único período
-
1:32 - 1:35que registou menos gente a trabalhar
-
1:35 - 1:38no fim da década do que no princípio.
-
1:38 - 1:40Não é isto que queremos ver.
-
1:40 - 1:43No gráfico do número
de potenciais trabalhadores -
1:43 - 1:46"versus" o número de empregos no país,
-
1:46 - 1:50vemos o fosso aumentar ao longo do tempo.
-
1:50 - 1:53Depois, durante a Grande Recessão,
esse fosso aumentou ainda mais. -
1:53 - 1:55Eu fiz uns cálculos rápidos.
-
1:55 - 1:57Agarrei nos últimos 20 anos
de crescimento do PIB -
1:57 - 2:00e nos últimos 20 anos do aumento
da produtividade do trabalho -
2:00 - 2:03e usei-os de forma bastante direta
-
2:03 - 2:05para tentar calcular
a quantidade de empregos -
2:05 - 2:08de que a economia ia precisar
para continuar a crescer. -
2:08 - 2:09Esta é a curva que obtive.
-
2:09 - 2:11É positivo ou negativo?
-
2:11 - 2:16Esta é a projeção do governo
para o futuro da população ativa. -
2:17 - 2:21Se estas previsões estão certas,
este fosso não se vai fechar. -
2:22 - 2:25O problema é que eu acho
que estas previsões não estão certas. -
2:25 - 2:28Em especial, acho que a minha projeção
é demasiado otimista, -
2:28 - 2:31porque, quando a fiz, parti do princípio
-
2:31 - 2:34que o futuro iria ser como o passado
-
2:34 - 2:36com um crescimento
da produtividade do trabalho, -
2:36 - 2:38mas agora não acredito nisso
-
2:38 - 2:39porque, quando olho à minha volta,
-
2:39 - 2:41acho que ainda não vimos nada
-
2:41 - 2:45no que se refere ao impacto da tecnologia
sobre a força do trabalho. -
2:45 - 2:49Só nos últimos anos,
vimos ferramentas digitais -
2:49 - 2:53exibir competências
e capacidades nunca vistas -
2:53 - 2:58que alteram profundamente
o modo como nós ganhamos a vida. -
2:58 - 3:00Vou dar-vos alguns exemplos.
-
3:00 - 3:02Em toda a História, se queríamos uma coisa
-
3:02 - 3:05traduzida dum idioma para outro
-
3:05 - 3:07tínhamos que recorrer a um ser humano.
-
3:07 - 3:09Agora temos serviços multilíngua
-
3:09 - 3:14instantâneos, automáticos,
disponíveis gratuitamente -
3:14 - 3:18nos nossos dispositivos,
incluindo os "smartphones". -
3:18 - 3:23Quem já os usou sabe que eles
não são perfeitos, mas são decentes. -
3:23 - 3:26Em toda a História, se queríamos
qualquer coisa escrita, -
3:26 - 3:30um relatório ou um artigo,
tínhamos que recorrer a uma pessoa. -
3:30 - 3:31Agora não.
-
3:31 - 3:33Isto é um artigo
que apareceu na Forbes "online", -
3:33 - 3:35há pouco tempo,
sobre as receitas da Apple. -
3:35 - 3:38Foi escrito por um algoritmo.
-
3:38 - 3:41E não é decente, é perfeito!
-
3:42 - 3:44Muita gente olha para isto e diz:
-
3:44 - 3:46"Ok, mas há tarefas muito específicas.
-
3:46 - 3:49"A maior parte dos trabalhadores
do conhecimento são generalistas. -
3:49 - 3:53"Utilizam um grande conjunto
de especialidades e de conhecimentos -
3:53 - 3:57"e usam-no para reagir e improvisar,
face a pedidos imprevisíveis. -
3:57 - 4:00"Isso é muito difícil de automatizar".
-
4:00 - 4:01Um dos trabalhadores do conhecimento
-
4:01 - 4:03mais impressionantes dos últimos tempos
-
4:03 - 4:04é um tipo chamado Ken Jennings.
-
4:04 - 4:09Ganhou o concurso de perguntas
"Jeopardy!" 74 vezes seguidas. -
4:10 - 4:12Levou para casa três milhões de dólares.
-
4:12 - 4:17Ali, à direita, é Ken a ser
derrotado a 3-1 por Watson, -
4:17 - 4:20o supercomputador da IBM
que joga "Jeopardy!" -
4:20 - 4:22Portanto, quando olhamos
-
4:22 - 4:23para o que a tecnologia consegue fazer
-
4:23 - 4:25aos trabalhadores do conhecimento,
-
4:25 - 4:29começo a pensar que um generalista
talvez não seja nada de especial -
4:29 - 4:33principalmente quando começarmos
a ligar Siri a Watson -
4:34 - 4:37e a ter tecnologias
que compreendem o que dizemos -
4:37 - 4:39e repetem o discurso que fizemos.
-
4:39 - 4:41Siri está longe de ser perfeito,
-
4:41 - 4:43e podemos troçar dos seus defeitos.
-
4:43 - 4:44Mas não devíamos esquecer
-
4:44 - 4:47que, se as tecnologias
como o Siri e o Watson -
4:47 - 4:51progredirem numa trajetória
da Lei de Moore — o que acontecerá — -
4:51 - 4:55dentro de seis anos, eles não vão ser
duas ou quatro vezes melhores, -
4:55 - 4:58vão ser 16 vezes melhores
do que são agora. -
4:58 - 5:02Por isso, penso que vão ser afetados
muitos trabalhadores do conhecimento. -
5:02 - 5:06As tecnologias digitais não afetam
apenas o mundo do conhecimento. -
5:06 - 5:10Estão a começar a treinar os seus músculos
também no mundo físico. -
5:10 - 5:13Tive a oportunidade há pouco tempo
de viajar no carro autónomo do Google -
5:13 - 5:16que é tão fixe como parece.
-
5:16 - 5:18(Risos)
-
5:18 - 5:24Garanto que ele ultrapassou facilmente
os engarrafamentos da via rápida 101. -
5:24 - 5:26Existem cerca de três milhões e meio
-
5:26 - 5:28de camionistas profissionais nos EUA.
-
5:28 - 5:31Penso que alguns deles
vão ser afetados por esta tecnologia. -
5:31 - 5:35Neste momento, os robôs humanoides
ainda são incrivelmente primitivos. -
5:35 - 5:37Não podem fazer grande coisa.
-
5:37 - 5:39Mas estão a melhorar rapidamente
-
5:39 - 5:42e a DARPA, que é o ramo de investimentos
do Departamento da Defesa, -
5:42 - 5:45está a tentar acelerar a sua trajetória.
-
5:45 - 5:49Em resumo, os robôs
estão a roubar-nos os nossos empregos. -
5:49 - 5:53A curto prazo, podemos estimular
o crescimento do emprego -
5:53 - 5:57encorajando o espírito empreendedor
e investindo em infraestruturas, -
5:57 - 6:00porque os robôs ainda não são
muito bons a reparar pontes. -
6:00 - 6:02Mas a médio prazo,
-
6:02 - 6:06— penso que ainda em vida
da maior parte das pessoas nesta sala — -
6:06 - 6:10vamos passar para
uma economia muito produtiva -
6:10 - 6:13mas que não precisa
de muitos trabalhadores humanos. -
6:13 - 6:16Gerir esta transição vai ser
o maior desafio -
6:16 - 6:18que a nossa sociedade enfrenta
-
6:18 - 6:20Voltaire resumiu-o assim:
-
6:20 - 6:22"O trabalho salva-nos
de três grandes males: -
6:22 - 6:25"tédio, vício e necessidade".
-
6:25 - 6:29Apesar deste desafio, pessoalmente
-
6:29 - 6:31continuo a ser um enorme otimista digital
-
6:31 - 6:33e estou plenamente convencido de que
-
6:33 - 6:35as tecnologias digitais
que estão a evoluir agora -
6:35 - 6:40vão levar-nos a um futuro utópico
e não a um futuro distópico. -
6:40 - 6:43Para explicar porquê,
vou fazer uma pergunta muito ampla. -
6:43 - 6:45Vou perguntar quais foram
-
6:45 - 6:48os progressos mais importantes
da História humana. -
6:48 - 6:52Vou transmitir-vos algumas
das respostas que recebi. -
6:52 - 6:53É uma pergunta ótima
-
6:53 - 6:55para começar um debate infindável.
-
6:55 - 6:57Há pessoas que vão sugerir
-
6:57 - 7:01que foram os sistemas de filosofia,
tanto do ocidente como do leste, -
7:01 - 7:04que alteraram a maneira
de entender o mundo. -
7:04 - 7:06Depois, outras pessoas dirão:
-
7:06 - 7:08"Não, os grandes progressos
-
7:08 - 7:11"foram as grandes religiões do mundo,
-
7:11 - 7:13"que alteraram civilizações
-
7:13 - 7:16"e alteraram e influenciaram
o modo de vida de inúmeras pessoas". -
7:17 - 7:18E depois outros dirão:
-
7:18 - 7:21"O que altera as civilizações,
o que as modifica -
7:21 - 7:26"e o que muda a vida das pessoas,
são os impérios. -
7:26 - 7:28"Portanto,
os grandes progressos da História -
7:28 - 7:31"são as histórias
da conquista e da guerra". -
7:31 - 7:33Então, aparece sempre
uma boa alma que diz: -
7:33 - 7:36"Não se esqueçam das pestes".
-
7:36 - 7:38(Risos)
-
7:39 - 7:42Há respostas otimistas a esta pergunta.
-
7:42 - 7:44Algumas pessoas vão recordar
os Descobrimentos -
7:44 - 7:45e a abertura do mundo.
-
7:45 - 7:48Outras vão falar
das realizações intelectuais -
7:48 - 7:50em disciplinas como a matemática
-
7:50 - 7:52que nos ajudaram
a controlar melhor o mundo. -
7:52 - 7:54Outras pessoas vão falar dos períodos
-
7:54 - 7:57de profundo florescimento
das artes e das ciências. -
7:57 - 7:59Assim, este debate continuará a decorrer.
-
7:59 - 8:03É um debate sem fim, sem conclusões,
sem uma resposta simples. -
8:03 - 8:05Mas se forem um "geek" como eu, dirão:
-
8:05 - 8:08"O que é que dizem os dados?"
-
8:08 - 8:12E começam a fazer gráficos,
talvez interessantes, -
8:12 - 8:15a população total mundial, por exemplo,
-
8:15 - 8:17ou qualquer medida
de desenvolvimento social, -
8:17 - 8:20ou o estado do avanço duma sociedade.
-
8:20 - 8:23Começamos a interpretar os dados
porque, com esta abordagem, -
8:23 - 8:26as grandes histórias, as grandes evoluções
na História da Humanidade, -
8:26 - 8:29são as que influenciam muito estas curvas.
-
8:29 - 8:31Quando fazemos isso
e quando interpretamos os dados, -
8:31 - 8:34chegamos rapidamente
a conclusões estranhas. -
8:34 - 8:38Concluímos que nenhuma destas coisas
teve muita importância. -
8:38 - 8:41(Risos)
-
8:42 - 8:46Não tiveram o mínimo efeito
sobre as curvas. -
8:46 - 8:50Mas houve uma história,
uma evolução na História do Homem -
8:50 - 8:53que modificou a curva em quase 90 graus.
-
8:53 - 8:56Foi a História da Tecnologia.
-
8:56 - 8:59A máquina a vapor e outras tecnologias
-
8:59 - 9:02associadas à Revolução Industrial
mudaram o mundo -
9:02 - 9:04e influenciaram tanto a História do Homem
-
9:04 - 9:07que, nas palavras
do historiador Ian Morris, -
9:07 - 9:10minimizaram tudo
o que aparecera anteriormente. -
9:10 - 9:13Isso aconteceu
porque multiplicou infinitamente -
9:13 - 9:17o poder dos nossos músculos,
ultrapassando as suas limitações. -
9:17 - 9:19Ora bem, neste momento
estamos num processo -
9:19 - 9:22de ultrapassar as limitações
dos nossos cérebros -
9:22 - 9:25e de multiplicar infinitamente
o nosso poder mental. -
9:25 - 9:28Como é que isto poderá
não ser tão importante -
9:28 - 9:31como ultrapassar as limitações
dos nossos músculos? -
9:31 - 9:34Correndo o risco de me repetir um pouco,
-
9:34 - 9:38quando olho para a evolução
da tecnologia digital hoje em dia, -
9:38 - 9:40esta jornada está longe de ter acabado.
-
9:40 - 9:42Quando olho para o que está a acontecer
-
9:42 - 9:45com as nossas economias
e as nossas sociedades, -
9:45 - 9:47só posso concluir
que ainda não vimos nada. -
9:47 - 9:49Os melhores dias ainda estão para vir.
-
9:49 - 9:51Vou dar-vos alguns exemplos.
-
9:51 - 9:53As economias não assentam na energia.
-
9:53 - 9:56Não assentam no capital.
Não assentam no trabalho. -
9:56 - 9:59As economias assentam em ideias.
-
9:59 - 10:02Portanto, o trabalho da inovação,
de aparecer com novas ideias -
10:02 - 10:05é uma das obras mais poderosas,
mais fundamentais -
10:05 - 10:07que podemos fazer numa economia.
-
10:07 - 10:10Como é que costumávamos fazer inovações?
-
10:10 - 10:13Arranjávamos um grupo de pessoas
de aspeto semelhante... -
10:14 - 10:17(Risos)
-
10:17 - 10:20levávamos essas pessoas
de uma instituição de elite para outra -
10:20 - 10:22e ficávamos à espera das inovações.
-
10:22 - 10:24Ora bem...
-
10:24 - 10:26(Risos)
-
10:26 - 10:30Sou um branco que passou
toda a sua carreira no MIT e em Harvard, -
10:30 - 10:32portanto, não tenho
qualquer problema com isso. -
10:32 - 10:35(Risos)
-
10:35 - 10:38Mas há quem tenha e esses
conseguiram invadir a festa, -
10:38 - 10:40sem usar o traje obrigatório da inovação.
-
10:40 - 10:42(Risos)
-
10:42 - 10:45Estes são os vencedores
dum concurso de programação Top Coder. -
10:45 - 10:48Garanto-vos que ninguém se preocupa
-
10:48 - 10:51com o sítio em que estes miúdos cresceram,
-
10:51 - 10:53em que escola andaram ou o aspeto que têm.
-
10:53 - 10:55A única coisa que interessa
-
10:55 - 10:57é a qualidade do trabalho,
a qualidade das ideias. -
10:57 - 10:59Cada vez mais, vemos isto a acontecer
-
10:59 - 11:02no mundo facilitado pela tecnologia.
-
11:02 - 11:04O trabalho da inovação
está a tornar-se mais aberto, -
11:04 - 11:08mais inclusivo, mais transparente
e baseado mais no mérito -
11:08 - 11:09e isso vai continuar,
-
11:09 - 11:12pouco importa o que o MIT e Harvard pensem.
-
11:12 - 11:14Não posso sentir-me
mais feliz com esta evolução. -
11:14 - 11:16De vez em quando oiço dizer:
-
11:16 - 11:18"Ok, concordo consigo mas a tecnologia
-
11:18 - 11:20"continua a ser uma ferramenta
para o mundo rico. -
11:20 - 11:23"O que está a acontecer
é que essas ferramentas digitais -
11:23 - 11:26"não estão a melhorar a vida das pessoas na base da pirâmide."
-
11:26 - 11:29Quero responder a isso
muito claramente: Disparate! -
11:29 - 11:32A base da pirâmide está a beneficiar
imenso com a tecnologia -
11:32 - 11:36O economista Robert Jensen
fez há pouco tempo um estudo incrível -
11:36 - 11:38em que observou, com grande pormenor,
-
11:38 - 11:41o que aconteceu nas aldeias piscatórias
de Kerala, na Índia, -
11:41 - 11:44quando lá apareceu o telemóvel
pela primeira vez. -
11:44 - 11:47Quem escreve para o
Quarterly Journal of Economics, -
11:47 - 11:50tem que usar uma linguagem
muito seca e muito circunspecta -
11:50 - 11:52mas, quando li este artigo,
-
11:52 - 11:54senti que Jensen
está a tentar alertar-nos e dizer: -
11:54 - 11:56"Olhem, isto foi extraordinário!"
-
11:56 - 12:00Os preços estabilizaram, as pessoas
puderam planear a sua vida económica. -
12:00 - 12:04Não reduziram os desperdícios,
eliminaram-nos. -
12:04 - 12:07O nível de vida dos compradores
e dos vendedores, nestas aldeias -
12:07 - 12:09melhorou consideravelmente.
-
12:09 - 12:13Não me parece que
Jensen tenha tido tanta sorte -
12:13 - 12:15que aterrou, por acaso,
num conjunto de aldeias -
12:15 - 12:17em que a tecnologia melhorou as coisas.
-
12:17 - 12:20O que aconteceu é que ele
documentou-se muito cuidadosamente -
12:20 - 12:22sobre o que sempre acontece
-
12:22 - 12:26quando a tecnologia aparece
pela primeira vez numa comunidade. -
12:26 - 12:30O nível de vida das pessoas,
o seu bem-estar, melhora drasticamente. -
12:30 - 12:32Por isso, quando olho
para os indícios à minha volta -
12:32 - 12:34e penso no espaço que temos à nossa frente,
-
12:34 - 12:37torno-me num otimista digital,
e começo a pensar -
12:37 - 12:41que esta afirmação incrível
do físico Freeman Dyson -
12:41 - 12:43não é uma hipérbole.
-
12:43 - 12:45É uma avaliação rigorosa
do que se está a passar. -
12:45 - 12:48"A tecnologia é uma dádiva de Deus".
-
12:48 - 12:51Neste momento, temos a maior felicidade
-
12:51 - 12:54de viver numa época em que
a tecnologia digital está a florescer -
12:54 - 12:56está a expandir-se e a aprofundar-se
-
12:56 - 13:00e a tornar-se mais profunda
em todo o mundo. -
13:00 - 13:02Sim, os robôs estão
a roubar-nos os empregos -
13:02 - 13:07mas, se nos concentramos nesse facto
perdemos o mais importante. -
13:07 - 13:10O importante é que, quando estivermos
libertos para fazer outras coisas, -
13:10 - 13:12o que vamos fazer — estou convencido —
-
13:12 - 13:15o que vamos fazer é reduzir a pobreza,
-
13:15 - 13:17o trabalho monótono
e a miséria em todo o mundo. -
13:17 - 13:21Estou convencido que vamos aprender a viver
mais libertos no planeta -
13:21 - 13:24e estou plenamente convencido
-
13:24 - 13:27que o que vamos fazer
com as nossas novas ferramentas digitais -
13:27 - 13:29vai ser tão profundo e tão benéfico
-
13:29 - 13:32que vai obscurecer
tudo o que existia antes. -
13:32 - 13:34Vou deixar a última palavra a uma pessoa
-
13:34 - 13:37que está à cabeça do progresso digital,
-
13:37 - 13:38o nosso velho amigo Ken Jennings.
-
13:38 - 13:39Concordo com ele.
-
13:39 - 13:41Vou repetir as suas palavras:
-
13:41 - 13:44"Dou as boas vindas
aos nossos novos ciberchefes". -
13:44 - 13:45(Risos)
-
13:45 - 13:46Muito obrigado.
-
13:46 - 13:47(Aplausos)
- Title:
- Estarão os robôs a roubar-nos os empregos?
- Speaker:
- Andrew McAfee
- Description:
-
Os robôs e os algoritmos estão a ficar bons em tarefas como construir carros, escrever artigos, traduzir — tarefas que outrora estavam reservadas aos seres humanos. Então o que vamos fazer para ganhar a vida? Andrew McAfee utiliza dados recentes sobre a força de trabalho e afirma: "Ainda não vimos nada". Mas, depois, debruça-se sobre a História e chega a uma conclusão surpreendente e mesmo eletrizante do futuro.
(Filmado no TEDxBoston)
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:07
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Jorge Santos
Muito bom, está de parabéns