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Começando com um aldeído ou
com uma cetona,
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ao adicionarmos um catalisador
ácido ou básico,
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veremos que o reagente inicial
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estará em equilíbrio
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com esse produto da esquerda,
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o qual chamamos de enol.
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O nome enol provêm do fato
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de termos uma dupla ligação
na molécula,
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sendo essa a razão da parte "EN",
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e temos também um álcool.
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Veja esse grupo OH aqui;
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é dele que vem a parte "OL".
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Essa é a versão enol,
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sendo que aqui está a versão ceto.
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As versões ceto e enol--
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são moléculas diferentes.
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São isômeros uma da outra,
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recebendo o nome de tautômeros,
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sendo que elas estão em equilíbrio.
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Não se trata de diferentes
estruturas de ressonância.
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Vamos tentar analisar o nosso aldeído
ou a nossa cetona
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para ver como formaríamos
o nosso enol.
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Observando o carbono
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vizinho ao carbono da carbonila,
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o qual recebe o nome de carbono alfa,
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temos dois hidrogênios
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ligados ao nosso carbono alfa.
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Vou desenhá-los.
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Eles recebem o nome de prótons alfa.
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Se pensarmos em transferir
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um desses prótons alfa
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do carbono alfa para o oxigênio,
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mesmo que é provável que
não seja o mesmo próton,
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é mais fácil pensar assim;
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podemos também pensar em mover
essa dupla ligação.
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Aqui à esquerda,
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a dupla ligação está entre
o carbono e o oxigênio,
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sendo que a moveremos para cá,
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para os dois carbonos.
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Transferir um próton alfa
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e mover a sua dupla ligação
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convertem da versão ceto
para a versão enol.
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Ainda teríamos um hidrogênio, certo?
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Aqui, ainda temos um hidrogênio
nesse carbono.
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Vou desenhá-lo.
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Aqui está ele em azul.
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É assim que devemos pensar em
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fazer a conversão entre
os tautômeros ceto e enol.
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Vamos ver um mecanismo para isso
no qual usemos um catalisador ácido.
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Começando com um aldeído
ou uma cetona
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e adicionando H3O+,
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teremos primeiro
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a protonação da nossa carbonila;
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um par de elétrons livres
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pega esse próton daqui.
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Vamos desenhar isso.
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Protonaríamos a nossa carbonila
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de tal forma que agora o oxigênio
tenha uma carga formal de +1.
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Vou desenhar esses elétrons aqui.
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Digamos que começamos com um aldeído.
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Aqui haverá um H.
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O par de elétrons livres no nosso oxigênio
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pegou um próton-- desse jeito.
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Podemos desenhar uma estrutura de
ressonância.
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Podemos mover esses elétrons
para o oxigênio.
-
Vamos desenhar a estrutura
de ressonância.
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Teríamos o grupo R,
-
agora teríamos o nosso oxigênio
-
com dois pares de elétrons livres.
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Vou desenhar
-
aqueles dois pares de elétrons livres
no nosso oxigênio.
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Tiramos uma ligação do carbono, certo?
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Tiramos uma ligação desse carbono,
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que está aqui.
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Há uma carga formal de +1 nele.
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Poderíamos mostrar o movimento
daqueles elétrons.
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Esses elétrons aqui,
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estou os movendo para o oxigênio.
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Esse será o produto intermediário.
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Tudo certo.
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Sabemos que o nosso carbono alfa
tem dois prótons nele.
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Novamente, vamos identificá-lo.
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Aqui está ele.
-
Sabemos que temos dois prótons
ligados a ele,
-
dois prótons alfa, né?
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No próximo passo do nosso mecanismo,
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iremos usar uma molécula de água,
que atuará como uma base.
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Vou desenhar uma molécula de água aqui.
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A água irá pegar um desses prótons alfa.
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Digamos que ela pegue
esse próton alfa aqui,
-
deixando esses elétrons para trás.
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Eles virão para cá
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para formar a dupla ligação.
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Vamos desenhar o nosso produto.
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Teríamos o nosso grupo R aqui,
-
teríamos agora
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uma dupla ligação entre os carbonos,
-
teríamos o nosso oxigênio,
-
sendo que
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há dois pares de elétrons livres nele,
-
teríamos o nosso hidrogênio,
-
além de outro hidrogênio aqui.
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Vamos seguir alguns desses elétrons.
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Vamos colocar esses elétrons daqui
em azul.
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Esses elétrons virão para cá.
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Não importa qual deles seja,
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digamos que foi esse que formou
a nossa dupla ligação,
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sendo que os elétrons vermelhos
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moveram-se para esse oxigênio.
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Note que esses elétrons eram
aqueles elétrons em magenta.
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Veja que formamos o nosso enol aqui.
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Esse é o nosso enol,
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sendo que começamos com
a versão cetona do composto.
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Aí está a tautomerização ceto-enólica.
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Vamos para um exemplo no qual
o catalisador seja básico.
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Novamente, começamos com
o nosso aldeído ou cetona,
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só que dessa vez adicionaremos
uma base.
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Algo com hidroxila.
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Identificamos o carbono alfa.
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Aqui está ele.
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Repetindo: há dois prótons alfa nele.
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Vou desenhá-los aqui.
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A base irá pegar um desses prótons.
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Digamos que ela pegue esse aqui.
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Assim, esses elétrons são deixados
para trás no carbono.
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Vamos desenhar o ânion resultante.
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Teríamos a nossa carbonila.
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Novamente, digamos que começamos
com um aldeído,
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sendo que teríamos um par de
elétrons livres
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nesse carbono-- o nosso carbono vermelho.
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Vamos identificar os elétrons.
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Os elétrons em magenta
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moveram-se para esse carbono,
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fornecendo a ele uma carga formal de -1.
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Trata-se de um carbânion.
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Há ainda um hidrogênio ligado ao
carbono vermelho.
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Esse hidrogênio aqui ainda
está ligado a ele.
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Não desenharei ele
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para que possamos ver melhor.
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Tudo bem.
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Essa é uma versão do ânion
que poderíamos ter.
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A estrutura de ressonância
fornece a outra versão.
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Mover esses elétrons em magenta para cá
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empurraria esses elétrons para
esse oxigênio.
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Desenhemos a estrutura de ressonância.
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Teríamos o nosso grupo R,
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uma dupla ligação,
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além do nosso oxigênio com seus
-
três pares de elétrons livres,
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o que lhe fornece uma carga formal de -1.
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Ainda teríamos o nosso hidrogênio aqui.
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Os elétrons em magenta moveram-se
para cá,
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formando a nossa ligação pi,
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sendo que podemos dizer que
esses elétrons daqui
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foram para o nosso oxigênio.
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Vamos representar isso.
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Vou só colocar o outro colchete aqui.
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Temos duas versões desse ânion.
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Chama-se ânion enolato.
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Repetindo: é o ânion enolato.
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Ele será extremamente importante
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em reações futuras.
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Veja que o ânion enolato
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tem duas estruturas de
ressonância.
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Uma delas contém o carbono com
carga negativa.
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Seria essa estrutura aqui,
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com carga negativa no carbono.
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Essa é a versão chamada carbânion.
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Temos também a estrutura de ressonância
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na qual a carga negativa está
no oxigênio,
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chamada de oxiânion.
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Pensando em qual contribuí mais
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para a estrutura híbrida no geral,
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como o oxigênio é mais eletronegativo
do que o carbono,
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é melhor que ele tenha
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a carga formal negativa.
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Assim, o oxiânion contribuí mais
para a ressonância híbrida.
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Tudo certo.
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Vamos pensar no último passo
do nosso mecanismo
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para formar o nosso enol.
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Pensando no oxiânion,
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tudo que precisamos fazer é
protonar esse oxigênio.
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Vamos desenhar uma molécula de água.
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Aqui está ela.
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Dessa vez, ela funcionará como um ácido;
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ela irá doar um próton.
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Digamos que esses elétrons azuis
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peguem esse próton, deixando aqueles
elétrons para trás,
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sendo que, a partir do oxiânion,
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podemos desenhar o nosso produto,
o nosso enol.
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Temos o grupo R aqui.
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Teríamos a nossa dupla ligação,
-
teríamos o nosso oxigênio.
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Protonamos ele para formar o nosso
produto, o enol.
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Vamos localizar os elétrons azuis.
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Eles pegaram um próton para
formar o nosso enol.
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É assim que faríamos o mecanismo
usando um catalisador básico.
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Novamente, falaremos muito mais
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sobre o ânion enolato em vídeos futuros.
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Vejamos uma situação
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na qual o carbono alfa é um centro quiral.
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Vejamos essa situação aqui.
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Aqui está o carbono alfa.
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Digamos que ele seja um centro quiral.
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Sendo R e R duas linhas diferentes
um do outro,
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haverá quatro grupos distintos
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ligados a esse carbono.
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O carbono alfa tem hibridização SP3
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e geometria molecular tetraédrica.
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Digamos que ele seja ou
o enantiômero R ou o S.
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Não importa qual seja.
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Veja que só há um próton alfa.
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Só um próton alfa.
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Mas, por haver um próton alfa,
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podemos formar um enol.
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Tanto no caso do mecanismo usar
um catalisador ácido ou básico,
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em ambos os casos, podemos
pensar nesse próton aqui em vermelho.
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Pense na transferência dele para
esse oxigênio
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e na movimentação da dupla ligação,
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sendo formado o nosso enol.
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Aqui está o nosso enol.
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Vejamos o que aconteceu
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com o carbono vermelho.
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À esquerda, o carbono alfa
tinha hibridização
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SP3 e geometria molecular tetraédrica.
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Agora, esse carbono tem hibridização SP3
-
e geometria molecular trigonal plana.
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Seja qual for o dado estereoquímico
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que tínhamos à esquerda,
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seja aquele composto o enantiômero R ou S,
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ele foi perdido agora que
o enol foi formado.
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O enol não é quiral-- ele é plano.
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Quando regenerarmos a forma cetona,
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uma das possibilidades
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é formarmos o enantiômero inicial,
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mas a outra possibilidade é formarmos
o outro enantiômero.
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Veja que é isso que representei aqui.
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Mostrei o hidrogênio afastando-se
-
e o grupo R duas linhas
aproximando-se de nós.
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Isso caracteriza esse enantiômero.
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Por termos formado o enol,
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podemos obter uma mistura de enantiômeros.
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A enolização pode levar a racemização.
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Podemos obter uma mistura
de enantiômeros,
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e se esperarmos o suficiente,
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podemos obter iguais quantidades
de cada um deles.
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Esse composto e esse outro
estariam em equilíbrio
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com a versão enol.
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Devemos pensar nisso
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se tivermos um centro quiral
no nosso carbono alfa.
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Vejamos dois exemplos rápidos
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das versões ceto e enol.
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À esquerda, temos a ciclohexanona
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e à direita temos a versão enol dela.
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Pense em um desses carbonos
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como sendo o seu carbono alfa,
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sendo que esses elétrons podem
vir para cá,
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empurrando esses outros.
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Veja que isso nos daria a versão enol.
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Acaba que a versão ceto é favorecida
nesse caso.
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O equilíbrio está bem mais para
a esquerda,
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favorecendo a formação da versão cetona--
-
até mesmo em condições normais,
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sem um catalisador ácido ou básico.
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Há apenas uma quantidade pequena
da versão enol.
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Contudo, há casos
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no qual o enol tem estabilidade extra,
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como o exemplo que temos abaixo.
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Temos a versão cetona e a versão enol.
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Novamente, pense nesses
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elétrons daqui vindo para cá,
-
empurrando aqueles outros,
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resultando na versão enol.
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Esse é um enol com estabilidade
especial, certo?
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Há um fenol aqui.
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Sabemos que o fenol possuí
um anel aromático.
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A formação dessa versão enol tem
estabilidade extra
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por causa do anel aromático.
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Dessa vez, o equilíbrio tende à direita,
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favorecendo muito mais a versão enol
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sobre a versão ceto.
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Nesse caso, há estabilização extra.
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[Legendado por Leonardo Trajano Dias Garcia]