1 00:00:01,608 --> 00:00:03,872 Começando com um aldeído ou com uma cetona, 2 00:00:03,872 --> 00:00:06,459 ao adicionarmos um catalisador ácido ou básico, 3 00:00:06,459 --> 00:00:07,878 veremos que o reagente inicial 4 00:00:07,878 --> 00:00:09,327 estará em equilíbrio 5 00:00:09,327 --> 00:00:10,821 com esse produto da esquerda, 6 00:00:10,821 --> 00:00:13,127 o qual chamamos de enol. 7 00:00:13,127 --> 00:00:14,666 O nome enol provêm do fato 8 00:00:14,666 --> 00:00:16,941 de termos uma dupla ligação na molécula, 9 00:00:16,941 --> 00:00:18,872 sendo essa a razão da parte "EN", 10 00:00:18,872 --> 00:00:20,305 e temos também um álcool. 11 00:00:20,305 --> 00:00:22,020 Veja esse grupo OH aqui; 12 00:00:22,020 --> 00:00:23,872 é dele que vem a parte "OL". 13 00:00:23,872 --> 00:00:25,907 Essa é a versão enol, 14 00:00:25,911 --> 00:00:28,907 sendo que aqui está a versão ceto. 15 00:00:28,907 --> 00:00:31,493 As versões ceto e enol-- 16 00:00:31,493 --> 00:00:34,037 são moléculas diferentes. 17 00:00:34,037 --> 00:00:35,734 São isômeros uma da outra, 18 00:00:35,734 --> 00:00:37,424 recebendo o nome de tautômeros, 19 00:00:37,424 --> 00:00:39,320 sendo que elas estão em equilíbrio. 20 00:00:39,320 --> 00:00:41,862 Não se trata de diferentes estruturas de ressonância. 21 00:00:41,862 --> 00:00:44,872 Vamos tentar analisar o nosso aldeído ou a nossa cetona 22 00:00:44,872 --> 00:00:47,706 para ver como formaríamos o nosso enol. 23 00:00:47,706 --> 00:00:49,217 Observando o carbono 24 00:00:49,217 --> 00:00:51,287 vizinho ao carbono da carbonila, 25 00:00:51,287 --> 00:00:53,458 o qual recebe o nome de carbono alfa, 26 00:00:53,458 --> 00:00:54,700 temos dois hidrogênios 27 00:00:54,700 --> 00:00:56,873 ligados ao nosso carbono alfa. 28 00:00:56,873 --> 00:00:58,562 Vou desenhá-los. 29 00:00:58,562 --> 00:01:00,872 Eles recebem o nome de prótons alfa. 30 00:01:00,872 --> 00:01:02,251 Se pensarmos em transferir 31 00:01:02,251 --> 00:01:04,319 um desses prótons alfa 32 00:01:04,319 --> 00:01:07,963 do carbono alfa para o oxigênio, 33 00:01:07,963 --> 00:01:10,941 mesmo que é provável que não seja o mesmo próton, 34 00:01:10,941 --> 00:01:12,666 é mais fácil pensar assim; 35 00:01:12,666 --> 00:01:15,114 podemos também pensar em mover essa dupla ligação. 36 00:01:15,114 --> 00:01:16,295 Aqui à esquerda, 37 00:01:16,295 --> 00:01:18,661 a dupla ligação está entre o carbono e o oxigênio, 38 00:01:18,661 --> 00:01:20,424 sendo que a moveremos para cá, 39 00:01:20,424 --> 00:01:21,493 para os dois carbonos. 40 00:01:21,493 --> 00:01:22,906 Transferir um próton alfa 41 00:01:22,906 --> 00:01:24,355 e mover a sua dupla ligação 42 00:01:24,355 --> 00:01:27,458 convertem da versão ceto para a versão enol. 43 00:01:27,458 --> 00:01:29,734 Ainda teríamos um hidrogênio, certo? 44 00:01:29,734 --> 00:01:33,837 Aqui, ainda temos um hidrogênio nesse carbono. 45 00:01:33,837 --> 00:01:36,217 Vou desenhá-lo. 46 00:01:36,217 --> 00:01:38,212 Aqui está ele em azul. 47 00:01:38,212 --> 00:01:39,599 É assim que devemos pensar em 48 00:01:39,599 --> 00:01:43,390 fazer a conversão entre os tautômeros ceto e enol. 49 00:01:43,390 --> 00:01:47,390 Vamos ver um mecanismo para isso no qual usemos um catalisador ácido. 50 00:01:47,390 --> 00:01:49,182 Começando com um aldeído ou uma cetona 51 00:01:49,182 --> 00:01:51,148 e adicionando H3O+, 52 00:01:51,148 --> 00:01:52,182 teremos primeiro 53 00:01:52,182 --> 00:01:53,945 a protonação da nossa carbonila; 54 00:01:53,945 --> 00:01:55,154 um par de elétrons livres 55 00:01:55,154 --> 00:01:56,758 pega esse próton daqui. 56 00:01:56,758 --> 00:01:58,423 Vamos desenhar isso. 57 00:01:58,423 --> 00:02:00,940 Protonaríamos a nossa carbonila 58 00:02:00,940 --> 00:02:04,983 de tal forma que agora o oxigênio tenha uma carga formal de +1. 59 00:02:04,983 --> 00:02:07,493 Vou desenhar esses elétrons aqui. 60 00:02:07,493 --> 00:02:09,597 Digamos que começamos com um aldeído. 61 00:02:09,597 --> 00:02:11,527 Aqui haverá um H. 62 00:02:11,527 --> 00:02:14,942 O par de elétrons livres no nosso oxigênio 63 00:02:14,942 --> 00:02:18,254 pegou um próton-- desse jeito. 64 00:02:18,254 --> 00:02:20,438 Podemos desenhar uma estrutura de ressonância. 65 00:02:20,438 --> 00:02:22,976 Podemos mover esses elétrons para o oxigênio. 66 00:02:22,976 --> 00:02:26,113 Vamos desenhar a estrutura de ressonância. 67 00:02:26,113 --> 00:02:28,287 Teríamos o grupo R, 68 00:02:28,287 --> 00:02:29,942 agora teríamos o nosso oxigênio 69 00:02:29,942 --> 00:02:31,838 com dois pares de elétrons livres. 70 00:02:31,838 --> 00:02:32,872 Vou desenhar 71 00:02:32,872 --> 00:02:35,907 aqueles dois pares de elétrons livres no nosso oxigênio. 72 00:02:35,907 --> 00:02:39,562 Tiramos uma ligação do carbono, certo? 73 00:02:39,562 --> 00:02:42,011 Tiramos uma ligação desse carbono, 74 00:02:42,011 --> 00:02:43,355 que está aqui. 75 00:02:43,355 --> 00:02:46,700 Há uma carga formal de +1 nele. 76 00:02:46,700 --> 00:02:49,218 Poderíamos mostrar o movimento daqueles elétrons. 77 00:02:49,218 --> 00:02:50,390 Esses elétrons aqui, 78 00:02:50,390 --> 00:02:54,012 estou os movendo para o oxigênio. 79 00:02:54,012 --> 00:02:58,321 Esse será o produto intermediário. 80 00:02:58,321 --> 00:02:59,114 Tudo certo. 81 00:02:59,114 --> 00:03:03,804 Sabemos que o nosso carbono alfa tem dois prótons nele. 82 00:03:03,804 --> 00:03:05,973 Novamente, vamos identificá-lo. 83 00:03:05,973 --> 00:03:07,217 Aqui está ele. 84 00:03:07,217 --> 00:03:09,527 Sabemos que temos dois prótons ligados a ele, 85 00:03:09,527 --> 00:03:12,128 dois prótons alfa, né? 86 00:03:12,128 --> 00:03:14,113 No próximo passo do nosso mecanismo, 87 00:03:14,113 --> 00:03:18,148 iremos usar uma molécula de água, que atuará como uma base. 88 00:03:18,148 --> 00:03:22,061 Vou desenhar uma molécula de água aqui. 89 00:03:22,061 --> 00:03:24,976 A água irá pegar um desses prótons alfa. 90 00:03:24,976 --> 00:03:27,665 Digamos que ela pegue esse próton alfa aqui, 91 00:03:27,665 --> 00:03:30,803 deixando esses elétrons para trás. 92 00:03:30,803 --> 00:03:31,837 Eles virão para cá 93 00:03:31,837 --> 00:03:33,339 para formar a dupla ligação. 94 00:03:33,339 --> 00:03:36,631 Vamos desenhar o nosso produto. 95 00:03:36,631 --> 00:03:38,493 Teríamos o nosso grupo R aqui, 96 00:03:38,493 --> 00:03:40,287 teríamos agora 97 00:03:40,287 --> 00:03:42,183 uma dupla ligação entre os carbonos, 98 00:03:42,183 --> 00:03:43,976 teríamos o nosso oxigênio, 99 00:03:43,976 --> 00:03:45,182 sendo que 100 00:03:45,182 --> 00:03:47,700 há dois pares de elétrons livres nele, 101 00:03:47,700 --> 00:03:49,100 teríamos o nosso hidrogênio, 102 00:03:49,100 --> 00:03:51,769 além de outro hidrogênio aqui. 103 00:03:51,769 --> 00:03:55,048 Vamos seguir alguns desses elétrons. 104 00:03:55,048 --> 00:03:59,495 Vamos colocar esses elétrons daqui em azul. 105 00:03:59,495 --> 00:04:02,872 Esses elétrons virão para cá. 106 00:04:02,872 --> 00:04:04,768 Não importa qual deles seja, 107 00:04:04,768 --> 00:04:07,666 digamos que foi esse que formou a nossa dupla ligação, 108 00:04:07,666 --> 00:04:09,562 sendo que os elétrons vermelhos 109 00:04:09,562 --> 00:04:11,976 moveram-se para esse oxigênio. 110 00:04:11,976 --> 00:04:15,217 Note que esses elétrons eram aqueles elétrons em magenta. 111 00:04:15,217 --> 00:04:18,113 Veja que formamos o nosso enol aqui. 112 00:04:18,113 --> 00:04:19,733 Esse é o nosso enol, 113 00:04:19,733 --> 00:04:23,872 sendo que começamos com a versão cetona do composto. 114 00:04:23,872 --> 00:04:26,837 Aí está a tautomerização ceto-enólica. 115 00:04:26,837 --> 00:04:29,703 Vamos para um exemplo no qual o catalisador seja básico. 116 00:04:29,703 --> 00:04:33,113 Novamente, começamos com o nosso aldeído ou cetona, 117 00:04:33,113 --> 00:04:35,700 só que dessa vez adicionaremos uma base. 118 00:04:35,700 --> 00:04:37,769 Algo com hidroxila. 119 00:04:37,769 --> 00:04:39,837 Identificamos o carbono alfa. 120 00:04:39,837 --> 00:04:41,389 Aqui está ele. 121 00:04:41,389 --> 00:04:43,389 Repetindo: há dois prótons alfa nele. 122 00:04:43,389 --> 00:04:46,700 Vou desenhá-los aqui. 123 00:04:46,700 --> 00:04:49,355 A base irá pegar um desses prótons. 124 00:04:49,355 --> 00:04:51,631 Digamos que ela pegue esse aqui. 125 00:04:51,631 --> 00:04:54,906 Assim, esses elétrons são deixados para trás no carbono. 126 00:04:54,906 --> 00:04:58,182 Vamos desenhar o ânion resultante. 127 00:04:58,182 --> 00:05:01,666 Teríamos a nossa carbonila. 128 00:05:01,666 --> 00:05:04,389 Novamente, digamos que começamos com um aldeído, 129 00:05:04,389 --> 00:05:07,286 sendo que teríamos um par de elétrons livres 130 00:05:07,286 --> 00:05:11,459 nesse carbono-- o nosso carbono vermelho. 131 00:05:11,459 --> 00:05:13,459 Vamos identificar os elétrons. 132 00:05:13,459 --> 00:05:15,975 Os elétrons em magenta 133 00:05:15,975 --> 00:05:19,183 moveram-se para esse carbono, 134 00:05:19,183 --> 00:05:22,528 fornecendo a ele uma carga formal de -1. 135 00:05:22,528 --> 00:05:24,114 Trata-se de um carbânion. 136 00:05:24,114 --> 00:05:27,493 Há ainda um hidrogênio ligado ao carbono vermelho. 137 00:05:27,493 --> 00:05:29,832 Esse hidrogênio aqui ainda está ligado a ele. 138 00:05:29,832 --> 00:05:30,718 Não desenharei ele 139 00:05:30,718 --> 00:05:32,725 para que possamos ver melhor. 140 00:05:32,727 --> 00:05:33,458 Tudo bem. 141 00:05:33,458 --> 00:05:37,148 Essa é uma versão do ânion que poderíamos ter. 142 00:05:37,148 --> 00:05:39,941 A estrutura de ressonância fornece a outra versão. 143 00:05:39,941 --> 00:05:43,114 Mover esses elétrons em magenta para cá 144 00:05:43,114 --> 00:05:45,458 empurraria esses elétrons para esse oxigênio. 145 00:05:45,458 --> 00:05:47,320 Desenhemos a estrutura de ressonância. 146 00:05:47,320 --> 00:05:49,916 Teríamos o nosso grupo R, 147 00:05:49,916 --> 00:05:51,624 uma dupla ligação, 148 00:05:51,624 --> 00:05:53,734 além do nosso oxigênio com seus 149 00:05:53,734 --> 00:05:55,274 três pares de elétrons livres, 150 00:05:55,274 --> 00:05:57,675 o que lhe fornece uma carga formal de -1. 151 00:05:57,675 --> 00:05:59,872 Ainda teríamos o nosso hidrogênio aqui. 152 00:05:59,872 --> 00:06:02,769 Os elétrons em magenta moveram-se para cá, 153 00:06:02,769 --> 00:06:04,333 formando a nossa ligação pi, 154 00:06:04,333 --> 00:06:07,768 sendo que podemos dizer que esses elétrons daqui 155 00:06:07,768 --> 00:06:10,286 foram para o nosso oxigênio. 156 00:06:10,286 --> 00:06:12,666 Vamos representar isso. 157 00:06:12,666 --> 00:06:15,942 Vou só colocar o outro colchete aqui. 158 00:06:15,942 --> 00:06:18,355 Temos duas versões desse ânion. 159 00:06:18,355 --> 00:06:20,424 Chama-se ânion enolato. 160 00:06:20,424 --> 00:06:22,631 Repetindo: é o ânion enolato. 161 00:06:22,631 --> 00:06:24,803 Ele será extremamente importante 162 00:06:24,803 --> 00:06:27,182 em reações futuras. 163 00:06:27,182 --> 00:06:28,768 Veja que o ânion enolato 164 00:06:28,768 --> 00:06:30,466 tem duas estruturas de ressonância. 165 00:06:30,466 --> 00:06:34,026 Uma delas contém o carbono com carga negativa. 166 00:06:34,026 --> 00:06:36,918 Seria essa estrutura aqui, 167 00:06:36,918 --> 00:06:38,380 com carga negativa no carbono. 168 00:06:38,380 --> 00:06:42,493 Essa é a versão chamada carbânion. 169 00:06:42,493 --> 00:06:44,596 Temos também a estrutura de ressonância 170 00:06:44,596 --> 00:06:46,632 na qual a carga negativa está no oxigênio, 171 00:06:46,632 --> 00:06:49,734 chamada de oxiânion. 172 00:06:49,734 --> 00:06:51,217 Pensando em qual contribuí mais 173 00:06:51,217 --> 00:06:52,911 para a estrutura híbrida no geral, 174 00:06:52,911 --> 00:06:55,632 como o oxigênio é mais eletronegativo do que o carbono, 175 00:06:55,632 --> 00:06:57,217 é melhor que ele tenha 176 00:06:57,217 --> 00:06:59,389 a carga formal negativa. 177 00:06:59,389 --> 00:07:04,113 Assim, o oxiânion contribuí mais para a ressonância híbrida. 178 00:07:04,113 --> 00:07:04,941 Tudo certo. 179 00:07:04,941 --> 00:07:07,740 Vamos pensar no último passo do nosso mecanismo 180 00:07:07,740 --> 00:07:09,320 para formar o nosso enol. 181 00:07:09,320 --> 00:07:10,900 Pensando no oxiânion, 182 00:07:10,900 --> 00:07:14,003 tudo que precisamos fazer é protonar esse oxigênio. 183 00:07:14,003 --> 00:07:17,305 Vamos desenhar uma molécula de água. 184 00:07:17,305 --> 00:07:18,563 Aqui está ela. 185 00:07:18,563 --> 00:07:21,252 Dessa vez, ela funcionará como um ácido; 186 00:07:21,252 --> 00:07:22,873 ela irá doar um próton. 187 00:07:22,873 --> 00:07:25,148 Digamos que esses elétrons azuis 188 00:07:25,148 --> 00:07:27,907 peguem esse próton, deixando aqueles elétrons para trás, 189 00:07:27,907 --> 00:07:30,281 sendo que, a partir do oxiânion, 190 00:07:30,281 --> 00:07:32,928 podemos desenhar o nosso produto, o nosso enol. 191 00:07:32,928 --> 00:07:34,286 Temos o grupo R aqui. 192 00:07:34,286 --> 00:07:35,803 Teríamos a nossa dupla ligação, 193 00:07:35,803 --> 00:07:38,631 teríamos o nosso oxigênio. 194 00:07:38,631 --> 00:07:43,286 Protonamos ele para formar o nosso produto, o enol. 195 00:07:43,286 --> 00:07:45,837 Vamos localizar os elétrons azuis. 196 00:07:45,837 --> 00:07:49,184 Eles pegaram um próton para formar o nosso enol. 197 00:07:49,184 --> 00:07:53,320 É assim que faríamos o mecanismo usando um catalisador básico. 198 00:07:53,320 --> 00:07:55,148 Novamente, falaremos muito mais 199 00:07:55,148 --> 00:07:59,803 sobre o ânion enolato em vídeos futuros. 200 00:07:59,803 --> 00:08:01,837 Vejamos uma situação 201 00:08:01,837 --> 00:08:05,768 na qual o carbono alfa é um centro quiral. 202 00:08:05,768 --> 00:08:07,837 Vejamos essa situação aqui. 203 00:08:07,837 --> 00:08:11,064 Aqui está o carbono alfa. 204 00:08:11,064 --> 00:08:12,976 Digamos que ele seja um centro quiral. 205 00:08:12,976 --> 00:08:16,058 Sendo R e R duas linhas diferentes um do outro, 206 00:08:16,058 --> 00:08:17,511 haverá quatro grupos distintos 207 00:08:17,511 --> 00:08:20,270 ligados a esse carbono. 208 00:08:20,270 --> 00:08:24,562 O carbono alfa tem hibridização SP3 209 00:08:24,562 --> 00:08:28,575 e geometria molecular tetraédrica. 210 00:08:28,575 --> 00:08:30,959 Digamos que ele seja ou o enantiômero R ou o S. 211 00:08:30,959 --> 00:08:32,457 Não importa qual seja. 212 00:08:32,457 --> 00:08:35,357 Veja que só há um próton alfa. 213 00:08:35,357 --> 00:08:37,148 Só um próton alfa. 214 00:08:37,148 --> 00:08:39,114 Mas, por haver um próton alfa, 215 00:08:39,114 --> 00:08:41,510 podemos formar um enol. 216 00:08:41,510 --> 00:08:45,252 Tanto no caso do mecanismo usar um catalisador ácido ou básico, 217 00:08:45,252 --> 00:08:49,217 em ambos os casos, podemos pensar nesse próton aqui em vermelho. 218 00:08:49,217 --> 00:08:51,374 Pense na transferência dele para esse oxigênio 219 00:08:51,374 --> 00:08:53,063 e na movimentação da dupla ligação, 220 00:08:53,063 --> 00:08:55,217 sendo formado o nosso enol. 221 00:08:55,217 --> 00:08:57,185 Aqui está o nosso enol. 222 00:08:57,185 --> 00:08:58,976 Vejamos o que aconteceu 223 00:08:58,976 --> 00:09:02,286 com o carbono vermelho. 224 00:09:02,286 --> 00:09:05,390 À esquerda, o carbono alfa tinha hibridização 225 00:09:05,390 --> 00:09:07,459 SP3 e geometria molecular tetraédrica. 226 00:09:07,459 --> 00:09:11,631 Agora, esse carbono tem hibridização SP3 227 00:09:11,631 --> 00:09:14,562 e geometria molecular trigonal plana. 228 00:09:14,562 --> 00:09:16,631 Seja qual for o dado estereoquímico 229 00:09:16,631 --> 00:09:18,009 que tínhamos à esquerda, 230 00:09:18,009 --> 00:09:20,355 seja aquele composto o enantiômero R ou S, 231 00:09:20,355 --> 00:09:22,897 ele foi perdido agora que o enol foi formado. 232 00:09:22,897 --> 00:09:27,081 O enol não é quiral-- ele é plano. 233 00:09:27,090 --> 00:09:29,872 Quando regenerarmos a forma cetona, 234 00:09:29,872 --> 00:09:31,286 uma das possibilidades 235 00:09:31,286 --> 00:09:33,973 é formarmos o enantiômero inicial, 236 00:09:33,973 --> 00:09:37,424 mas a outra possibilidade é formarmos o outro enantiômero. 237 00:09:37,424 --> 00:09:39,251 Veja que é isso que representei aqui. 238 00:09:39,251 --> 00:09:40,913 Mostrei o hidrogênio afastando-se 239 00:09:40,913 --> 00:09:43,078 e o grupo R duas linhas aproximando-se de nós. 240 00:09:43,078 --> 00:09:46,109 Isso caracteriza esse enantiômero. 241 00:09:46,109 --> 00:09:48,962 Por termos formado o enol, 242 00:09:48,962 --> 00:09:51,941 podemos obter uma mistura de enantiômeros. 243 00:09:51,941 --> 00:09:55,459 A enolização pode levar a racemização. 244 00:09:55,459 --> 00:09:57,907 Podemos obter uma mistura de enantiômeros, 245 00:09:57,907 --> 00:09:59,631 e se esperarmos o suficiente, 246 00:09:59,631 --> 00:10:02,148 podemos obter iguais quantidades de cada um deles. 247 00:10:02,148 --> 00:10:05,355 Esse composto e esse outro estariam em equilíbrio 248 00:10:05,355 --> 00:10:07,100 com a versão enol. 249 00:10:07,100 --> 00:10:08,148 Devemos pensar nisso 250 00:10:08,148 --> 00:10:12,278 se tivermos um centro quiral no nosso carbono alfa. 251 00:10:12,278 --> 00:10:14,321 Vejamos dois exemplos rápidos 252 00:10:14,321 --> 00:10:18,286 das versões ceto e enol. 253 00:10:18,286 --> 00:10:21,268 À esquerda, temos a ciclohexanona 254 00:10:21,270 --> 00:10:23,750 e à direita temos a versão enol dela. 255 00:10:23,750 --> 00:10:25,043 Pense em um desses carbonos 256 00:10:25,043 --> 00:10:27,444 como sendo o seu carbono alfa, 257 00:10:27,444 --> 00:10:29,527 sendo que esses elétrons podem vir para cá, 258 00:10:29,527 --> 00:10:30,906 empurrando esses outros. 259 00:10:30,906 --> 00:10:33,847 Veja que isso nos daria a versão enol. 260 00:10:33,850 --> 00:10:39,321 Acaba que a versão ceto é favorecida nesse caso. 261 00:10:39,321 --> 00:10:41,993 O equilíbrio está bem mais para a esquerda, 262 00:10:41,993 --> 00:10:44,701 favorecendo a formação da versão cetona-- 263 00:10:44,701 --> 00:10:46,183 até mesmo em condições normais, 264 00:10:46,183 --> 00:10:48,470 sem um catalisador ácido ou básico. 265 00:10:48,470 --> 00:10:51,803 Há apenas uma quantidade pequena da versão enol. 266 00:10:51,803 --> 00:10:53,238 Contudo, há casos 267 00:10:53,238 --> 00:10:55,217 no qual o enol tem estabilidade extra, 268 00:10:55,217 --> 00:10:57,563 como o exemplo que temos abaixo. 269 00:10:57,563 --> 00:11:00,170 Temos a versão cetona e a versão enol. 270 00:11:00,170 --> 00:11:01,562 Novamente, pense nesses 271 00:11:01,562 --> 00:11:03,016 elétrons daqui vindo para cá, 272 00:11:03,016 --> 00:11:04,292 empurrando aqueles outros, 273 00:11:04,292 --> 00:11:05,837 resultando na versão enol. 274 00:11:05,837 --> 00:11:08,976 Esse é um enol com estabilidade especial, certo? 275 00:11:08,976 --> 00:11:11,546 Há um fenol aqui. 276 00:11:11,546 --> 00:11:13,700 Sabemos que o fenol possuí um anel aromático. 277 00:11:13,700 --> 00:11:16,700 A formação dessa versão enol tem estabilidade extra 278 00:11:16,700 --> 00:11:18,781 por causa do anel aromático. 279 00:11:18,781 --> 00:11:20,906 Dessa vez, o equilíbrio tende à direita, 280 00:11:20,906 --> 00:11:23,969 favorecendo muito mais a versão enol 281 00:11:23,969 --> 00:11:25,562 sobre a versão ceto. 282 00:11:25,562 --> 00:11:27,556 Nesse caso, há estabilização extra. 283 00:11:27,556 --> 00:11:31,456 [Legendado por Leonardo Trajano Dias Garcia]