WEBVTT 00:00:01.608 --> 00:00:03.872 Começando com um aldeído ou com uma cetona, 00:00:03.872 --> 00:00:06.459 ao adicionarmos um catalisador ácido ou básico, 00:00:06.459 --> 00:00:07.878 veremos que o reagente inicial 00:00:07.878 --> 00:00:09.327 estará em equilíbrio 00:00:09.327 --> 00:00:10.821 com esse produto da esquerda, 00:00:10.821 --> 00:00:13.127 o qual chamamos de enol. 00:00:13.127 --> 00:00:14.666 O nome enol provêm do fato 00:00:14.666 --> 00:00:16.941 de termos uma dupla ligação na molécula, 00:00:16.941 --> 00:00:18.872 sendo essa a razão da parte "EN", 00:00:18.872 --> 00:00:20.305 e temos também um álcool. 00:00:20.305 --> 00:00:22.020 Veja esse grupo OH aqui; 00:00:22.020 --> 00:00:23.872 é dele que vem a parte "OL". 00:00:23.872 --> 00:00:25.907 Essa é a versão enol, 00:00:25.911 --> 00:00:28.907 sendo que aqui está a versão ceto. 00:00:28.907 --> 00:00:31.493 As versões ceto e enol-- 00:00:31.493 --> 00:00:34.037 são moléculas diferentes. 00:00:34.037 --> 00:00:35.734 São isômeros uma da outra, 00:00:35.734 --> 00:00:37.424 recebendo o nome de tautômeros, 00:00:37.424 --> 00:00:39.320 sendo que elas estão em equilíbrio. 00:00:39.320 --> 00:00:41.862 Não se trata de diferentes estruturas de ressonância. 00:00:41.862 --> 00:00:44.872 Vamos tentar analisar o nosso aldeído ou a nossa cetona 00:00:44.872 --> 00:00:47.706 para ver como formaríamos o nosso enol. 00:00:47.706 --> 00:00:49.217 Observando o carbono 00:00:49.217 --> 00:00:51.287 vizinho ao carbono da carbonila, 00:00:51.287 --> 00:00:53.458 o qual recebe o nome de carbono alfa, 00:00:53.458 --> 00:00:54.700 temos dois hidrogênios 00:00:54.700 --> 00:00:56.873 ligados ao nosso carbono alfa. 00:00:56.873 --> 00:00:58.562 Vou desenhá-los. 00:00:58.562 --> 00:01:00.872 Eles recebem o nome de prótons alfa. 00:01:00.872 --> 00:01:02.251 Se pensarmos em transferir 00:01:02.251 --> 00:01:04.319 um desses prótons alfa 00:01:04.319 --> 00:01:07.963 do carbono alfa para o oxigênio, 00:01:07.963 --> 00:01:10.941 mesmo que é provável que não seja o mesmo próton, 00:01:10.941 --> 00:01:12.666 é mais fácil pensar assim; 00:01:12.666 --> 00:01:15.114 podemos também pensar em mover essa dupla ligação. 00:01:15.114 --> 00:01:16.295 Aqui à esquerda, 00:01:16.295 --> 00:01:18.661 a dupla ligação está entre o carbono e o oxigênio, 00:01:18.661 --> 00:01:20.424 sendo que a moveremos para cá, 00:01:20.424 --> 00:01:21.493 para os dois carbonos. 00:01:21.493 --> 00:01:22.906 Transferir um próton alfa 00:01:22.906 --> 00:01:24.355 e mover a sua dupla ligação 00:01:24.355 --> 00:01:27.458 convertem da versão ceto para a versão enol. 00:01:27.458 --> 00:01:29.734 Ainda teríamos um hidrogênio, certo? 00:01:29.734 --> 00:01:33.837 Aqui, ainda temos um hidrogênio nesse carbono. 00:01:33.837 --> 00:01:36.217 Vou desenhá-lo. 00:01:36.217 --> 00:01:38.212 Aqui está ele em azul. 00:01:38.212 --> 00:01:39.599 É assim que devemos pensar em 00:01:39.599 --> 00:01:43.390 fazer a conversão entre os tautômeros ceto e enol. 00:01:43.390 --> 00:01:47.390 Vamos ver um mecanismo para isso no qual usemos um catalisador ácido. 00:01:47.390 --> 00:01:49.182 Começando com um aldeído ou uma cetona 00:01:49.182 --> 00:01:51.148 e adicionando H3O+, 00:01:51.148 --> 00:01:52.182 teremos primeiro 00:01:52.182 --> 00:01:53.945 a protonação da nossa carbonila; 00:01:53.945 --> 00:01:55.154 um par de elétrons livres 00:01:55.154 --> 00:01:56.758 pega esse próton daqui. 00:01:56.758 --> 00:01:58.423 Vamos desenhar isso. 00:01:58.423 --> 00:02:00.940 Protonaríamos a nossa carbonila 00:02:00.940 --> 00:02:04.983 de tal forma que agora o oxigênio tenha uma carga formal de +1. 00:02:04.983 --> 00:02:07.493 Vou desenhar esses elétrons aqui. 00:02:07.493 --> 00:02:09.597 Digamos que começamos com um aldeído. 00:02:09.597 --> 00:02:11.527 Aqui haverá um H. 00:02:11.527 --> 00:02:14.942 O par de elétrons livres no nosso oxigênio 00:02:14.942 --> 00:02:18.254 pegou um próton-- desse jeito. 00:02:18.254 --> 00:02:20.438 Podemos desenhar uma estrutura de ressonância. 00:02:20.438 --> 00:02:22.976 Podemos mover esses elétrons para o oxigênio. 00:02:22.976 --> 00:02:26.113 Vamos desenhar a estrutura de ressonância. 00:02:26.113 --> 00:02:28.287 Teríamos o grupo R, 00:02:28.287 --> 00:02:29.942 agora teríamos o nosso oxigênio 00:02:29.942 --> 00:02:31.838 com dois pares de elétrons livres. 00:02:31.838 --> 00:02:32.872 Vou desenhar 00:02:32.872 --> 00:02:35.907 aqueles dois pares de elétrons livres no nosso oxigênio. 00:02:35.907 --> 00:02:39.562 Tiramos uma ligação do carbono, certo? 00:02:39.562 --> 00:02:42.011 Tiramos uma ligação desse carbono, 00:02:42.011 --> 00:02:43.355 que está aqui. 00:02:43.355 --> 00:02:46.700 Há uma carga formal de +1 nele. 00:02:46.700 --> 00:02:49.218 Poderíamos mostrar o movimento daqueles elétrons. 00:02:49.218 --> 00:02:50.390 Esses elétrons aqui, 00:02:50.390 --> 00:02:54.012 estou os movendo para o oxigênio. 00:02:54.012 --> 00:02:58.321 Esse será o produto intermediário. 00:02:58.321 --> 00:02:59.114 Tudo certo. 00:02:59.114 --> 00:03:03.804 Sabemos que o nosso carbono alfa tem dois prótons nele. 00:03:03.804 --> 00:03:05.973 Novamente, vamos identificá-lo. 00:03:05.973 --> 00:03:07.217 Aqui está ele. 00:03:07.217 --> 00:03:09.527 Sabemos que temos dois prótons ligados a ele, 00:03:09.527 --> 00:03:12.128 dois prótons alfa, né? 00:03:12.128 --> 00:03:14.113 No próximo passo do nosso mecanismo, 00:03:14.113 --> 00:03:18.148 iremos usar uma molécula de água, que atuará como uma base. 00:03:18.148 --> 00:03:22.061 Vou desenhar uma molécula de água aqui. 00:03:22.061 --> 00:03:24.976 A água irá pegar um desses prótons alfa. 00:03:24.976 --> 00:03:27.665 Digamos que ela pegue esse próton alfa aqui, 00:03:27.665 --> 00:03:30.803 deixando esses elétrons para trás. 00:03:30.803 --> 00:03:31.837 Eles virão para cá 00:03:31.837 --> 00:03:33.339 para formar a dupla ligação. 00:03:33.339 --> 00:03:36.631 Vamos desenhar o nosso produto. 00:03:36.631 --> 00:03:38.493 Teríamos o nosso grupo R aqui, 00:03:38.493 --> 00:03:40.287 teríamos agora 00:03:40.287 --> 00:03:42.183 uma dupla ligação entre os carbonos, 00:03:42.183 --> 00:03:43.976 teríamos o nosso oxigênio, 00:03:43.976 --> 00:03:45.182 sendo que 00:03:45.182 --> 00:03:47.700 há dois pares de elétrons livres nele, 00:03:47.700 --> 00:03:49.100 teríamos o nosso hidrogênio, 00:03:49.100 --> 00:03:51.769 além de outro hidrogênio aqui. 00:03:51.769 --> 00:03:55.048 Vamos seguir alguns desses elétrons. 00:03:55.048 --> 00:03:59.495 Vamos colocar esses elétrons daqui em azul. 00:03:59.495 --> 00:04:02.872 Esses elétrons virão para cá. 00:04:02.872 --> 00:04:04.768 Não importa qual deles seja, 00:04:04.768 --> 00:04:07.666 digamos que foi esse que formou a nossa dupla ligação, 00:04:07.666 --> 00:04:09.562 sendo que os elétrons vermelhos 00:04:09.562 --> 00:04:11.976 moveram-se para esse oxigênio. 00:04:11.976 --> 00:04:15.217 Note que esses elétrons eram aqueles elétrons em magenta. 00:04:15.217 --> 00:04:18.113 Veja que formamos o nosso enol aqui. 00:04:18.113 --> 00:04:19.733 Esse é o nosso enol, 00:04:19.733 --> 00:04:23.872 sendo que começamos com a versão cetona do composto. 00:04:23.872 --> 00:04:26.837 Aí está a tautomerização ceto-enólica. 00:04:26.837 --> 00:04:29.703 Vamos para um exemplo no qual o catalisador seja básico. 00:04:29.703 --> 00:04:33.113 Novamente, começamos com o nosso aldeído ou cetona, 00:04:33.113 --> 00:04:35.700 só que dessa vez adicionaremos uma base. 00:04:35.700 --> 00:04:37.769 Algo com hidroxila. 00:04:37.769 --> 00:04:39.837 Identificamos o carbono alfa. 00:04:39.837 --> 00:04:41.389 Aqui está ele. 00:04:41.389 --> 00:04:43.389 Repetindo: há dois prótons alfa nele. 00:04:43.389 --> 00:04:46.700 Vou desenhá-los aqui. 00:04:46.700 --> 00:04:49.355 A base irá pegar um desses prótons. 00:04:49.355 --> 00:04:51.631 Digamos que ela pegue esse aqui. 00:04:51.631 --> 00:04:54.906 Assim, esses elétrons são deixados para trás no carbono. 00:04:54.906 --> 00:04:58.182 Vamos desenhar o ânion resultante. 00:04:58.182 --> 00:05:01.666 Teríamos a nossa carbonila. 00:05:01.666 --> 00:05:04.389 Novamente, digamos que começamos com um aldeído, 00:05:04.389 --> 00:05:07.286 sendo que teríamos um par de elétrons livres 00:05:07.286 --> 00:05:11.459 nesse carbono-- o nosso carbono vermelho. 00:05:11.459 --> 00:05:13.459 Vamos identificar os elétrons. 00:05:13.459 --> 00:05:15.975 Os elétrons em magenta 00:05:15.975 --> 00:05:19.183 moveram-se para esse carbono, 00:05:19.183 --> 00:05:22.528 fornecendo a ele uma carga formal de -1. 00:05:22.528 --> 00:05:24.114 Trata-se de um carbânion. 00:05:24.114 --> 00:05:27.493 Há ainda um hidrogênio ligado ao carbono vermelho. 00:05:27.493 --> 00:05:29.832 Esse hidrogênio aqui ainda está ligado a ele. 00:05:29.832 --> 00:05:30.718 Não desenharei ele 00:05:30.718 --> 00:05:32.725 para que possamos ver melhor. 00:05:32.727 --> 00:05:33.458 Tudo bem. 00:05:33.458 --> 00:05:37.148 Essa é uma versão do ânion que poderíamos ter. 00:05:37.148 --> 00:05:39.941 A estrutura de ressonância fornece a outra versão. 00:05:39.941 --> 00:05:43.114 Mover esses elétrons em magenta para cá 00:05:43.114 --> 00:05:45.458 empurraria esses elétrons para esse oxigênio. 00:05:45.458 --> 00:05:47.320 Desenhemos a estrutura de ressonância. 00:05:47.320 --> 00:05:49.916 Teríamos o nosso grupo R, 00:05:49.916 --> 00:05:51.624 uma dupla ligação, 00:05:51.624 --> 00:05:53.734 além do nosso oxigênio com seus 00:05:53.734 --> 00:05:55.274 três pares de elétrons livres, 00:05:55.274 --> 00:05:57.675 o que lhe fornece uma carga formal de -1. 00:05:57.675 --> 00:05:59.872 Ainda teríamos o nosso hidrogênio aqui. 00:05:59.872 --> 00:06:02.769 Os elétrons em magenta moveram-se para cá, 00:06:02.769 --> 00:06:04.333 formando a nossa ligação pi, 00:06:04.333 --> 00:06:07.768 sendo que podemos dizer que esses elétrons daqui 00:06:07.768 --> 00:06:10.286 foram para o nosso oxigênio. 00:06:10.286 --> 00:06:12.666 Vamos representar isso. 00:06:12.666 --> 00:06:15.942 Vou só colocar o outro colchete aqui. 00:06:15.942 --> 00:06:18.355 Temos duas versões desse ânion. 00:06:18.355 --> 00:06:20.424 Chama-se ânion enolato. 00:06:20.424 --> 00:06:22.631 Repetindo: é o ânion enolato. 00:06:22.631 --> 00:06:24.803 Ele será extremamente importante 00:06:24.803 --> 00:06:27.182 em reações futuras. 00:06:27.182 --> 00:06:28.768 Veja que o ânion enolato 00:06:28.768 --> 00:06:30.466 tem duas estruturas de ressonância. 00:06:30.466 --> 00:06:34.026 Uma delas contém o carbono com carga negativa. 00:06:34.026 --> 00:06:36.918 Seria essa estrutura aqui, 00:06:36.918 --> 00:06:38.380 com carga negativa no carbono. 00:06:38.380 --> 00:06:42.493 Essa é a versão chamada carbânion. 00:06:42.493 --> 00:06:44.596 Temos também a estrutura de ressonância 00:06:44.596 --> 00:06:46.632 na qual a carga negativa está no oxigênio, 00:06:46.632 --> 00:06:49.734 chamada de oxiânion. 00:06:49.734 --> 00:06:51.217 Pensando em qual contribuí mais 00:06:51.217 --> 00:06:52.911 para a estrutura híbrida no geral, 00:06:52.911 --> 00:06:55.632 como o oxigênio é mais eletronegativo do que o carbono, 00:06:55.632 --> 00:06:57.217 é melhor que ele tenha 00:06:57.217 --> 00:06:59.389 a carga formal negativa. 00:06:59.389 --> 00:07:04.113 Assim, o oxiânion contribuí mais para a ressonância híbrida. 00:07:04.113 --> 00:07:04.941 Tudo certo. 00:07:04.941 --> 00:07:07.740 Vamos pensar no último passo do nosso mecanismo 00:07:07.740 --> 00:07:09.320 para formar o nosso enol. 00:07:09.320 --> 00:07:10.900 Pensando no oxiânion, 00:07:10.900 --> 00:07:14.003 tudo que precisamos fazer é protonar esse oxigênio. 00:07:14.003 --> 00:07:17.305 Vamos desenhar uma molécula de água. 00:07:17.305 --> 00:07:18.563 Aqui está ela. 00:07:18.563 --> 00:07:21.252 Dessa vez, ela funcionará como um ácido; 00:07:21.252 --> 00:07:22.873 ela irá doar um próton. 00:07:22.873 --> 00:07:25.148 Digamos que esses elétrons azuis 00:07:25.148 --> 00:07:27.907 peguem esse próton, deixando aqueles elétrons para trás, 00:07:27.907 --> 00:07:30.281 sendo que, a partir do oxiânion, 00:07:30.281 --> 00:07:32.928 podemos desenhar o nosso produto, o nosso enol. 00:07:32.928 --> 00:07:34.286 Temos o grupo R aqui. 00:07:34.286 --> 00:07:35.803 Teríamos a nossa dupla ligação, 00:07:35.803 --> 00:07:38.631 teríamos o nosso oxigênio. 00:07:38.631 --> 00:07:43.286 Protonamos ele para formar o nosso produto, o enol. 00:07:43.286 --> 00:07:45.837 Vamos localizar os elétrons azuis. 00:07:45.837 --> 00:07:49.184 Eles pegaram um próton para formar o nosso enol. 00:07:49.184 --> 00:07:53.320 É assim que faríamos o mecanismo usando um catalisador básico. 00:07:53.320 --> 00:07:55.148 Novamente, falaremos muito mais 00:07:55.148 --> 00:07:59.803 sobre o ânion enolato em vídeos futuros. 00:07:59.803 --> 00:08:01.837 Vejamos uma situação 00:08:01.837 --> 00:08:05.768 na qual o carbono alfa é um centro quiral. 00:08:05.768 --> 00:08:07.837 Vejamos essa situação aqui. 00:08:07.837 --> 00:08:11.064 Aqui está o carbono alfa. 00:08:11.064 --> 00:08:12.976 Digamos que ele seja um centro quiral. 00:08:12.976 --> 00:08:16.058 Sendo R e R duas linhas diferentes um do outro, 00:08:16.058 --> 00:08:17.511 haverá quatro grupos distintos 00:08:17.511 --> 00:08:20.270 ligados a esse carbono. 00:08:20.270 --> 00:08:24.562 O carbono alfa tem hibridização SP3 00:08:24.562 --> 00:08:28.575 e geometria molecular tetraédrica. 00:08:28.575 --> 00:08:30.959 Digamos que ele seja ou o enantiômero R ou o S. 00:08:30.959 --> 00:08:32.457 Não importa qual seja. 00:08:32.457 --> 00:08:35.357 Veja que só há um próton alfa. 00:08:35.357 --> 00:08:37.148 Só um próton alfa. 00:08:37.148 --> 00:08:39.114 Mas, por haver um próton alfa, 00:08:39.114 --> 00:08:41.510 podemos formar um enol. 00:08:41.510 --> 00:08:45.252 Tanto no caso do mecanismo usar um catalisador ácido ou básico, 00:08:45.252 --> 00:08:49.217 em ambos os casos, podemos pensar nesse próton aqui em vermelho. 00:08:49.217 --> 00:08:51.374 Pense na transferência dele para esse oxigênio 00:08:51.374 --> 00:08:53.063 e na movimentação da dupla ligação, 00:08:53.063 --> 00:08:55.217 sendo formado o nosso enol. 00:08:55.217 --> 00:08:57.185 Aqui está o nosso enol. 00:08:57.185 --> 00:08:58.976 Vejamos o que aconteceu 00:08:58.976 --> 00:09:02.286 com o carbono vermelho. 00:09:02.286 --> 00:09:05.390 À esquerda, o carbono alfa tinha hibridização 00:09:05.390 --> 00:09:07.459 SP3 e geometria molecular tetraédrica. 00:09:07.459 --> 00:09:11.631 Agora, esse carbono tem hibridização SP3 00:09:11.631 --> 00:09:14.562 e geometria molecular trigonal plana. 00:09:14.562 --> 00:09:16.631 Seja qual for o dado estereoquímico 00:09:16.631 --> 00:09:18.009 que tínhamos à esquerda, 00:09:18.009 --> 00:09:20.355 seja aquele composto o enantiômero R ou S, 00:09:20.355 --> 00:09:22.897 ele foi perdido agora que o enol foi formado. 00:09:22.897 --> 00:09:27.081 O enol não é quiral-- ele é plano. 00:09:27.090 --> 00:09:29.872 Quando regenerarmos a forma cetona, 00:09:29.872 --> 00:09:31.286 uma das possibilidades 00:09:31.286 --> 00:09:33.973 é formarmos o enantiômero inicial, 00:09:33.973 --> 00:09:37.424 mas a outra possibilidade é formarmos o outro enantiômero. 00:09:37.424 --> 00:09:39.251 Veja que é isso que representei aqui. 00:09:39.251 --> 00:09:40.913 Mostrei o hidrogênio afastando-se 00:09:40.913 --> 00:09:43.078 e o grupo R duas linhas aproximando-se de nós. 00:09:43.078 --> 00:09:46.109 Isso caracteriza esse enantiômero. 00:09:46.109 --> 00:09:48.962 Por termos formado o enol, 00:09:48.962 --> 00:09:51.941 podemos obter uma mistura de enantiômeros. 00:09:51.941 --> 00:09:55.459 A enolização pode levar a racemização. 00:09:55.459 --> 00:09:57.907 Podemos obter uma mistura de enantiômeros, 00:09:57.907 --> 00:09:59.631 e se esperarmos o suficiente, 00:09:59.631 --> 00:10:02.148 podemos obter iguais quantidades de cada um deles. 00:10:02.148 --> 00:10:05.355 Esse composto e esse outro estariam em equilíbrio 00:10:05.355 --> 00:10:07.100 com a versão enol. 00:10:07.100 --> 00:10:08.148 Devemos pensar nisso 00:10:08.148 --> 00:10:12.278 se tivermos um centro quiral no nosso carbono alfa. 00:10:12.278 --> 00:10:14.321 Vejamos dois exemplos rápidos 00:10:14.321 --> 00:10:18.286 das versões ceto e enol. 00:10:18.286 --> 00:10:21.268 À esquerda, temos a ciclohexanona 00:10:21.270 --> 00:10:23.750 e à direita temos a versão enol dela. 00:10:23.750 --> 00:10:25.043 Pense em um desses carbonos 00:10:25.043 --> 00:10:27.444 como sendo o seu carbono alfa, 00:10:27.444 --> 00:10:29.527 sendo que esses elétrons podem vir para cá, 00:10:29.527 --> 00:10:30.906 empurrando esses outros. 00:10:30.906 --> 00:10:33.847 Veja que isso nos daria a versão enol. 00:10:33.850 --> 00:10:39.321 Acaba que a versão ceto é favorecida nesse caso. 00:10:39.321 --> 00:10:41.993 O equilíbrio está bem mais para a esquerda, 00:10:41.993 --> 00:10:44.701 favorecendo a formação da versão cetona-- 00:10:44.701 --> 00:10:46.183 até mesmo em condições normais, 00:10:46.183 --> 00:10:48.470 sem um catalisador ácido ou básico. 00:10:48.470 --> 00:10:51.803 Há apenas uma quantidade pequena da versão enol. 00:10:51.803 --> 00:10:53.238 Contudo, há casos 00:10:53.238 --> 00:10:55.217 no qual o enol tem estabilidade extra, 00:10:55.217 --> 00:10:57.563 como o exemplo que temos abaixo. 00:10:57.563 --> 00:11:00.170 Temos a versão cetona e a versão enol. 00:11:00.170 --> 00:11:01.562 Novamente, pense nesses 00:11:01.562 --> 00:11:03.016 elétrons daqui vindo para cá, 00:11:03.016 --> 00:11:04.292 empurrando aqueles outros, 00:11:04.292 --> 00:11:05.837 resultando na versão enol. 00:11:05.837 --> 00:11:08.976 Esse é um enol com estabilidade especial, certo? 00:11:08.976 --> 00:11:11.546 Há um fenol aqui. 00:11:11.546 --> 00:11:13.700 Sabemos que o fenol possuí um anel aromático. 00:11:13.700 --> 00:11:16.700 A formação dessa versão enol tem estabilidade extra 00:11:16.700 --> 00:11:18.781 por causa do anel aromático. 00:11:18.781 --> 00:11:20.906 Dessa vez, o equilíbrio tende à direita, 00:11:20.906 --> 00:11:23.969 favorecendo muito mais a versão enol 00:11:23.969 --> 00:11:25.562 sobre a versão ceto. 00:11:25.562 --> 00:11:27.556 Nesse caso, há estabilização extra. 00:11:27.556 --> 00:11:31.456 [Legendado por Leonardo Trajano Dias Garcia]