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Os cérebros são masculinos ou femininos? | Daphna Joel | TEDxJaffa

  • 0:21 - 0:24
    Sabiam que 15 minutos de "stress"
  • 0:25 - 0:29
    são suficientes para mudar o sexo
    de algumas regiões do cérebro
  • 0:29 - 0:32
    da forma masculina para a forma feminina
  • 0:33 - 0:36
    ou da forma feminina
    para a forma masculina?
  • 0:37 - 0:40
    Eu também não sabia
    mas, quando descobri esse facto,
  • 0:40 - 0:46
    isso transformou o modo como
    eu pensava sobre sexo e cérebro.
  • 0:47 - 0:49
    Tudo começou há quatro anos,
  • 0:49 - 0:52
    quando decidi dar um curso
    sobre psicologia dos sexos.
  • 0:52 - 0:57
    Fiquei em casa durante quase um ano
    e li livros e artigos científicos
  • 0:57 - 0:59
    sobre o desenvolvimento
    de homens e mulheres
  • 1:00 - 1:01
    a partir do momento da conceção.
  • 1:01 - 1:04
    Enquanto neurocientista.
    claro que estava interessada
  • 1:04 - 1:07
    na relação entre sexo e cérebro.
  • 1:08 - 1:11
    Depressa descobri que muitos cientistas,
    tal como a maioria de nós,
  • 1:11 - 1:15
    pensam que há cérebros masculinos
    e cérebros femininos
  • 1:15 - 1:18
    e que é essa a razão
    para as diferenças fundamentais
  • 1:18 - 1:20
    entre homens e mulheres.
  • 1:21 - 1:23
    Segundo uma versão
    muito popular desta história,
  • 1:24 - 1:26
    o cérebro feminino
    tem um grande centro de emoções
  • 1:26 - 1:29
    e um grande centro de comunicação:
  • 1:29 - 1:31
    está programado para a empatia.
  • 1:32 - 1:35
    O cérebro masculino, por outro lado,
    tem um grande centro de agressão
  • 1:35 - 1:37
    e um grande centro de sexo;
  • 1:37 - 1:41
    está programado
    para a construção de sistemas.
  • 1:42 - 1:47
    Talvez tenham pensado noutra coisa
    mas esta é uma teoria científica.
  • 1:47 - 1:49
    (Risos)
  • 1:50 - 1:53
    Esta é uma teoria muito popular
    ou uma história muito popular
  • 1:53 - 1:57
    porque nos dá uma explicação simples
    para o mundo em que vivemos.
  • 1:57 - 2:01
    Explica porque é que as mulheres
    são mais sensíveis e emotivas
  • 2:02 - 2:04
    e os homens mais agressivos e sexuais,
  • 2:04 - 2:07
    porque é que a maioria
    dos professores são mulheres
  • 2:07 - 2:09
    e a maioria dos homens são engenheiros.
  • 2:10 - 2:13
    Já no útero — continua a história —
  • 2:13 - 2:18
    a enorme produção de testosterona
    transforma o cérebro do feto masculino
  • 2:18 - 2:22
    que passa da forma feminina básica
    para a forma masculina.
  • 2:22 - 2:25
    Portanto, os rapazes nascem
    com um cérebro masculino
  • 2:25 - 2:28
    e as raparigas nascem
    com um cérebro feminino.
  • 2:29 - 2:33
    Embora esta noção de um cérebro masculino
    e um cérebro feminino
  • 2:33 - 2:35
    encaixe bem na opinião popular
  • 2:35 - 2:37
    dos homens de Marte
    e das mulheres de Vénus,
  • 2:37 - 2:39
    ela não corresponde a dados científicos,
  • 2:40 - 2:44
    que nos dizem que os homens e as mulheres
    são espantosamente semelhantes.
  • 2:45 - 2:51
    Nos últimos 50 anos,
    publicaram-se mais de 50 000 artigos
  • 2:51 - 2:54
    na psicologia sobre
    as diferenças entre sexos.
  • 2:54 - 2:57
    Não os li a todos, nem um ano chegaria,
  • 2:57 - 2:59
    mas outras pessoas leram
  • 2:59 - 3:02
    e a sua conclusão, com base
    neste enorme número de estudos
  • 3:03 - 3:06
    é que os homens e as mulheres
    são profundamente semelhantes
  • 3:06 - 3:09
    em quase tudo o que os psicólogos
    conseguem medir.
  • 3:09 - 3:12
    Capacidades intelectuais,
    capacidades cognitivas,
  • 3:12 - 3:15
    capacidades emocionais,
    características de personalidade,
  • 3:15 - 3:17
    interesses e atitudes.
  • 3:18 - 3:23
    Só há alguns domínios em que se encontram
    diferenças consistentes entre sexos.
  • 3:23 - 3:25
    Por exemplo,
  • 3:25 - 3:29
    os homens, em média — nem todos —
    são mais agressivos que as mulheres.
  • 3:30 - 3:33
    Chamamos à agressão
    uma característica masculina.
  • 3:33 - 3:36
    As mulheres, em média,
    são mais compassivas do que os homens,
  • 3:37 - 3:39
    por isso, chamamos-lhe
    uma característica feminina.
  • 3:39 - 3:45
    Mas também nestes domínios,
    homens e mulheres são muito semelhantes
  • 3:46 - 3:49
    e as diferenças são muito pequenas.
  • 3:50 - 3:52
    Mais importante ainda,
  • 3:52 - 3:56
    sabemos como cada um de nós
    é um mosaico único
  • 3:56 - 4:00
    tanto de características masculinas
    como femininas;
  • 4:00 - 4:04
    não somos 100% masculinos
    e não somos 100% femininos.
  • 4:07 - 4:08
    Calculo que já sabiam isto
  • 4:08 - 4:10
    — não em relação a mim,
    mas em relação a vocês —
  • 4:10 - 4:13
    que temos um lado feminino
    e um lado masculino.
  • 4:14 - 4:17
    Eu hei de voltar a esta imagem
    de sermos como um mosaico único
  • 4:17 - 4:20
    de características masculinas
    e femininas, daqui a bocado.
  • 4:21 - 4:23
    Mas agora voltemos ao cérebro.
  • 4:24 - 4:26
    Já no final do século XIX,
  • 4:26 - 4:29
    os cientistas descobriram uma diferença
    entre os cérebros dos homens
  • 4:29 - 4:31
    e os cérebros das mulheres.
  • 4:31 - 4:35
    Descobriram que os cérebros
    dos homens, em média, eram maiores
  • 4:35 - 4:37
    do que os cérebros das mulheres.
  • 4:37 - 4:41
    Alguns cientistas consideraram
    isso como prova para apoiar e explicar
  • 4:41 - 4:44
    a crença, então muito espalhada,
  • 4:44 - 4:46
    de que os homens são mais inteligentes
    do que as mulheres.
  • 4:46 - 4:49
    Houve um cientista que chegou a dizer
  • 4:49 - 4:52
    que as mulheres,
    dado o seu cérebro mais pequeno,
  • 4:52 - 4:57
    não tinham as competências intelectuais
    e académicas para os estudos académicos.
  • 4:58 - 5:01
    Se esta lógica vos parece familiar,
    não é por acaso.
  • 5:01 - 5:04
    É a mesma crença com que começámos
  • 5:04 - 5:07
    de que homens e mulheres
    são fundamentalmente diferentes
  • 5:07 - 5:11
    porque os homens têm cérebros masculinos
    e as mulheres têm cérebros femininos.
  • 5:11 - 5:16
    Contudo, isto é uma antiga versão
    do mito, por isso parece absurda.
  • 5:17 - 5:20
    Hoje, quando as mulheres
    não só vão para as universidades,
  • 5:20 - 5:24
    mas ultrapassam os homens em número
    a todos os níveis dos estudos académicos,
  • 5:24 - 5:27
    parece ridículo que os cientistas
    possam ter acreditado
  • 5:27 - 5:30
    que as mulheres não podiam ir
    para as universidades
  • 5:30 - 5:33
    porque têm o cérebro, em média,
    mais pequeno do que o cérebro dos homens.
  • 5:34 - 5:36
    Não me interpretem mal,
    os cérebros das mulheres
  • 5:36 - 5:40
    continuam a ser, em média, mais pequenos
    do que os cérebros dos homens.
  • 5:40 - 5:42
    O que mudou não foi o tamanho do cérebro,
  • 5:42 - 5:44
    o que mudou foram as normas sociais
  • 5:44 - 5:49
    e as leis que proibiam e desencorajavam
    as mulheres de estudar.
  • 5:51 - 5:54
    Nos mais de cem anos que passaram,
  • 5:54 - 5:57
    os cientistas continuaram
    a descobrir diferenças
  • 5:57 - 5:59
    entre os cérebros masculinos e femininos,
  • 5:59 - 6:02
    tanto nos seres humanos
    como nos dos animais.
  • 6:02 - 6:05
    Por exemplo, em comparação
    com os homens,
  • 6:05 - 6:09
    as mulheres têm um córtex mais espesso,
  • 6:09 - 6:12
    uma proporção mais alta
    de matéria cinzenta
  • 6:13 - 6:15
    e uma proporção mais baixa
    de matéria branca.
  • 6:16 - 6:20
    Em comparação com as mulheres,
    os homens têm ventrículos maiores,
  • 6:20 - 6:23
    estes grandes buracos
    que vemos no cérebro.
  • 6:23 - 6:26
    (Risos)
  • 6:29 - 6:31
    Vejo que alguns de vocês
    que estavam muito contentes
  • 6:31 - 6:35
    por descobrir que os homens
    tinham cérebros maiores do que as mulheres
  • 6:35 - 6:38
    não ficaram muito satisfeitos
    com esta descoberta.
  • 6:39 - 6:41
    Eu percebo isso porque, se acreditam,
  • 6:41 - 6:44
    tal como os cientistas do século XIX,
  • 6:44 - 6:46
    que o tamanho do cérebro é importante,
  • 6:46 - 6:50
    devem ficar envergonhados ao descobrir
    que os vossos cérebros maiores
  • 6:50 - 6:52
    têm uma quantidade maior de
  • 6:52 - 6:55
    — como é que lhes devemos chamar? —
    espaços vazios.
  • 6:55 - 6:57
    (Risos)
  • 6:57 - 7:01
    Mas quero transmitir a mensagem
    de que tudo isso é um disparate;
  • 7:02 - 7:06
    os homens vivem bem
    com os seus ventrículos maiores.
  • 7:06 - 7:08
    (Risos)
  • 7:10 - 7:15
    Tal como as mulheres vivem bem
    com os seus cérebros mais pequenos.
  • 7:17 - 7:20
    Conhecemos hoje centenas de diferenças
  • 7:20 - 7:22
    entre os cérebros
    dos homens e das mulheres.
  • 7:22 - 7:25
    Não apenas diferenças de tamanho
    como já vos mostrei
  • 7:25 - 7:27
    mas também diferenças
    na microanatomia do cérebro
  • 7:28 - 7:30
    e vou mostrar um exemplo daqui a pouco.
  • 7:30 - 7:33
    À medida que se têm descoberto
    cada vez mais diferenças,
  • 7:33 - 7:36
    a crença de que há um cérebro masculino
    e um cérebro feminino
  • 7:36 - 7:38
    tornou-se cada vez mais forte
  • 7:39 - 7:43
    porque toda a gente achava normal
    a suposição de que estas diferenças
  • 7:43 - 7:48
    se somavam umas às outras,
    conforme representado nesta imagem.
  • 7:49 - 7:52
    A princípio, isto parecia-me
    perfeitamente lógico,
  • 7:53 - 7:56
    Há muitas diferenças entre
    os cérebros masculinos e femininos
  • 7:56 - 8:00
    por isso, deve haver um cérebro masculino
    e um cérebro feminino.
  • 8:01 - 8:04
    Mas depois li o artigo
    de que vos falei no princípio,
  • 8:04 - 8:07
    aquele que descobriu que o "stress"
    pode mudar o sexo do cérebro,
  • 8:07 - 8:11
    e percebi que aquela lógica era falsa.
  • 8:11 - 8:13
    Vejamos este estudo.
  • 8:14 - 8:18
    Neste estudo, os investigadores
    procuravam os efeitos do "stress"
  • 8:19 - 8:21
    numa região do cérebro
    chamada o hipocampo.
  • 8:21 - 8:24
    Mediram a densidade
    das espinhas dendríticas.
  • 8:24 - 8:29
    Vemos aqui um neurónio
    com o seu dendrito
  • 8:29 - 8:32
    e os pequenos pontos vermelhos
    são as espinhas dendríticas.
  • 8:32 - 8:35
    Vemos aqui um dendrito de um rato macho
  • 8:35 - 8:38
    e um dendrito de um rato fêmea.
  • 8:39 - 8:42
    Acrescentei as setas vermelhas
    para ser mais fácil detetar as espinhas.
  • 8:42 - 8:45
    Vemos nitidamente
    uma diferença entre sexos.
  • 8:45 - 8:49
    Os machos têm menos espinhas
    em comparação com as fêmeas.
  • 8:49 - 8:51
    Apreciem este momento,
  • 8:51 - 8:55
    é a primeira vez que podem ver
    uma diferença entre sexos no cérebro.
  • 8:56 - 8:59
    Podemos dizer que os dendritos,
    nesta região, têm uma forma masculina
  • 8:59 - 9:01
    que são espinhas escassas
  • 9:01 - 9:04
    e uma forma feminina
    que são espinhas densas.
  • 9:04 - 9:07
    Havia outro grupo de ratos neste estudo.
  • 9:07 - 9:10
    Esses ratos foram submetidos
    a "stress" durante 15 minutos
  • 9:10 - 9:11
    — o tempo que dura esta palestra —
  • 9:11 - 9:14
    por isso pensem no que está
    a acontecer agora ao meu cérebro.
  • 9:14 - 9:16
    (Risos)
  • 9:16 - 9:20
    Aqui, podemos ver um dendrito
    de um macho submetido a "stress"
  • 9:20 - 9:23
    e um dendrito de uma fêmea
    submetida a "stress".
  • 9:23 - 9:26
    É muito estranho, mas o dendrito
    do macho submetido a "stress"
  • 9:26 - 9:31
    tem a forma a que acabámos de chamar
    feminina, ou seja, muitas espinhas.
  • 9:31 - 9:34
    E o dendrito da fêmea submetida a "stress"
  • 9:34 - 9:37
    tem aquilo a que acabámos de chamar
    a forma masculina,
  • 9:37 - 9:39
    ou seja, poucas espinhas.
  • 9:40 - 9:44
    Vemos assim que a forma dos dendritos,
    nesta região, depende do sexo;
  • 9:45 - 9:49
    são diferentes nos machos e nas fêmeas.
  • 9:49 - 9:52
    Mas não dependem só do sexo.
  • 9:52 - 9:56
    Saber que os dendritos
    que estamos a ver são de uma fêmea
  • 9:56 - 9:59
    não basta para prever a forma do dendrito,
  • 9:59 - 10:02
    quer tenha poucas espinhas
    ou muitas espinhas.
  • 10:02 - 10:05
    Para prever isso também
    precisamos de saber
  • 10:05 - 10:09
    se essa fêmea esteve submetida
    a "stress" ou não.
  • 10:09 - 10:15
    Embora o sexo seja importante,
    é a interação do sexo e do ambiente
  • 10:15 - 10:17
    — neste caso o "stress" —
  • 10:17 - 10:20
    que determina a forma
    dos neurónios nesta região.
  • 10:21 - 10:25
    Como imaginam, fiquei
    muito surpreendida com este estudo.
  • 10:25 - 10:28
    Por isso, comecei a olhar
    para outros estudos semelhantes.
  • 10:28 - 10:30
    Não foi difícil encontrá-los.
  • 10:30 - 10:33
    Havia estudos relatando
    efeitos semelhantes do "stress",
  • 10:33 - 10:38
    quando o "stress" era sofrido no útero,
    logo após o parto e em adultos.
  • 10:38 - 10:42
    Também havia efeitos semelhantes
    na sequência de outras manipulações.
  • 10:42 - 10:47
    Por exemplo, se os ratos
    viviam individualmente ou em grupos,
  • 10:47 - 10:50
    ou se tinham coisas
    com que brincar ou não.
  • 10:50 - 10:53
    As diferentes manipulações afetavam
    muitas regiões do cérebro,
  • 10:53 - 10:55
    não apenas o hipocampo.
  • 10:55 - 11:00
    Muitas características do cérebro,
    como o tamanho ou o número dos neurónios
  • 11:00 - 11:04
    e a morfologia dendrítica, como mostrei.
  • 11:04 - 11:07
    O que era comum em todos estes estudos
  • 11:07 - 11:10
    era a conclusão de que,
    qualquer que fosse a manipulação,
  • 11:10 - 11:15
    algumas das características do cérebro
    mudavam de sexo e outras não.
  • 11:17 - 11:19
    Agora podem estar a pensar:
  • 11:19 - 11:23
    "Qual é o sentido de falar
    do sexo duma região do cérebro,
  • 11:23 - 11:25
    "se vemos que uma simples manipulação
  • 11:25 - 11:28
    "pode inverter o que é masculino
    e o que é feminino?"
  • 11:28 - 11:32
    Têm toda a razão, não faz sentido
  • 11:32 - 11:35
    falar de forma masculina
    e de forma feminina.
  • 11:35 - 11:38
    Faz muito mais sentido,
    é muito mais razoável e racional
  • 11:38 - 11:42
    usar termos informativos,
    como escasso versus denso,
  • 11:42 - 11:45
    alto versus baixo, longo versus curto.
  • 11:46 - 11:49
    Mas vou continuar a usar
    esta terminologia masculino-feminino
  • 11:49 - 11:52
    porque isso ajuda-me
    a tornar as coisas mais claras.
  • 11:53 - 11:56
    Mas voltemos agora ao feto masculino
  • 11:56 - 12:00
    e à inundação de testosterona
    que transforma o seu cérebro
  • 12:00 - 12:03
    da forma feminina para a forma masculina.
  • 12:03 - 12:07
    Há mais um componente: "stress".
  • 12:07 - 12:12
    Pensem na mãe do feto
    durante as longas semanas de gravidez.
  • 12:12 - 12:14
    Ela, por vezes,
    sofre situações de "stress",
  • 12:14 - 12:18
    mas não é sempre, é só de vez em quando.
  • 12:18 - 12:20
    Sempre que isso acontece,
  • 12:20 - 12:24
    algumas características
    do cérebro do feto mudam de sexo.
  • 12:25 - 12:29
    Portanto, quando o rapaz nasce,
    o cérebro dele é um mosaico
  • 12:29 - 12:32
    com características
    masculinas e femininas.
  • 12:32 - 12:35
    Este mosaico é único nele.
  • 12:35 - 12:39
    Moldado pelas complexas interações
    das suas hormonas
  • 12:39 - 12:43
    com o ambiente em que tem estado
    a viver até nascer.
  • 12:43 - 12:45
    O mesmo acontece com o feto feminino.
  • 12:45 - 12:49
    O cérebro dela também é moldado
    por complexas interações
  • 12:49 - 12:51
    de hormonas e do ambiente
  • 12:51 - 12:56
    de modo que a menina também nasce
    com um mosaico cerebral
  • 12:56 - 12:59
    formado por características
    femininas e masculinas.
  • 13:00 - 13:02
    Vemos assim que já nascemos
  • 13:02 - 13:06
    com um cérebro que não é
    nem masculino nem feminino.
  • 13:06 - 13:12
    É um "intersexo", uma mistura
    de características masculinas e femininas.
  • 13:13 - 13:18
    Este cérebro "intersexo" vai continuar
    a mudar durante toda a vida
  • 13:18 - 13:22
    em resultado das nossas
    experiências únicas.
  • 13:23 - 13:27
    Agora podemos acrescentar a imagem
    de nós próprios como um mosaico único
  • 13:27 - 13:29
    de características masculinas e femininas.
  • 13:29 - 13:33
    A imagem do nosso cérebro
    é um mosaico único
  • 13:33 - 13:36
    de características masculinas e femininas.
  • 13:37 - 13:39
    Vou terminar com isto.
  • 13:39 - 13:44
    Muita gente acredita que há
    cérebros masculinos e cérebros femininos
  • 13:44 - 13:47
    porque essa crença lhes dá uma explicação
  • 13:47 - 13:50
    para o facto de os homens e as mulheres
    serem tão diferentes
  • 13:50 - 13:54
    e de se comportarem de modo diferente
    e serem tratados de modo diferente.
  • 13:55 - 13:59
    Demonstrei que não faz sentido
    falar do sexo do cérebro.
  • 14:00 - 14:02
    Os cérebros não têm sexo.
  • 14:03 - 14:07
    Se quiserem atribuir um sexo ao cérebro,
    podem chamar-lhe "intersexo",
  • 14:07 - 14:10
    uma mistura de características
    masculinas e femininas.
  • 14:10 - 14:13
    Não há cérebros masculinos
    nem cérebros femininos.
  • 14:14 - 14:17
    Portanto, a sua existência
    não pode explicar
  • 14:17 - 14:20
    diferenças fundamentais
    entre homens e mulheres,
  • 14:21 - 14:23
    o que não é um grande problema
  • 14:23 - 14:24
    considerando o facto
  • 14:24 - 14:28
    de que homens e mulheres
    são espantosamente semelhantes.
  • 14:30 - 14:31
    Sejam vocês próprios.
  • 14:32 - 14:33
    Obrigada.
  • 14:33 - 14:37
    (Aplausos)
Title:
Os cérebros são masculinos ou femininos? | Daphna Joel | TEDxJaffa
Description:

A Professora Daphna Joel explora o conceito errado de que os cérebros podem ser masculinos ou femininos, proporcionando assim uma explicação para o facto de homens e mulheres serem diferentes. Contesta essa teoria, exibe dados neurológicos e prova que o nosso cérebro é um mosaico único de características masculinas e femininas, formando um cérebro "intersexo".

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:48

Portuguese subtitles

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