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Esteban Cabeza de Baca's Time Travels | Art21 "New York Close Up"

  • 0:02 - 0:07
    (música suave)
    (vento soprando)
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    O jeito que as minhas pinturas
    se desenvolvem
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    é numa abordagem intuitiva de como
    me sinto,
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    ao que eu reajo, mas também
    em busca de quem sou.
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    Ao crescer na fronteira
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    e desconectado da minha ancestralidade,
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    eu tive que encontrá-la sozinho.
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    O processo da arte é como um gesto de cura
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    de conectar essas histórias,
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    mas também de me reconectar com a terra
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    e aprender essas histórias antes que
    elas se percam no tempo.
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    (som do relógio)
    (música suave continua)
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    (vento soprando)
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    (som de chuva leve)
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    O meu processo é baseado no conceito
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    de um tesserato, em que você
    tem quatro camadas diferentes
  • 1:34 - 1:36
    de quatro dimensões
    diferentes dentro dele.
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    Primeiro, eu começo tingindo
    a tela com cochonilha.
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    Tinta de cochonilha funciona
    quase como um plano astral
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    que se assemelha a como
    os físicos mapeam o espaço.
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    Essas espirais em minhas pinturas
    são sobre os solstícios.
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    Sociedades indígenas tinham a capacidade
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    de representar o tempo
    sem tecnologia industrial,
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    e, em seguida, criando a próxima imagem
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    onde eu penso sobre as
    histórias pré-coloniais
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    e quais estruturas avançadas
    existiam antes de 1492.
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    A terceira camada envolve
    uma pintura observadora
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    que eu faço no local.
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    Sim, está muito bom.
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    [Esteban] A Heidi é minha sócia há 10 anos
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    Eu peço por feedback,
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    mas também ajudo como posso
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    com o processo da Heidi.
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    A quarta camada eu faço pensando
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    num futuro pós-colonial
    onde há cura e otimismo.
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    Essas camadas não ficam
    paralelas umas as outras,
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    porque existem múltiplas dimensões
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    dentro de todos nós.
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    Pintar é esse mecanismo
    que pode desafiar o tempo.
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    (som do relógio)
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    O que eu quero que o observador
    sinta é esse paradoxo
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    onde você pode voltar no tempo.
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    (vento soprando)
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    Eu acho que a terra fala com você
    quando você está olhando para ela.
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    (cigarras cantando)
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    O motivo de continuar
    voltando ao Novo México
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    é para ne reconectar com o meu passado.
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    A minha família paterna
    era do Novo México,
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    e a materna de São Ysidro, California,
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    mas nascidos em Tijuana.
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    Eu não consigo explicar
    quanta liberdade espiritual
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    eu sinto quando estou lá.
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    Eu saio para pintar ao ar livre
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    e às vezes é sobre persistência.
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    Você vai para um lugar específico
    com uma determinada intenção
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    e então a natureza te guia.
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    O tempo também vai passando.
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    Não só eu estou construindo
    essas múltiplas dimensões
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    mas eu também perseguindo a luz.
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    (barulho de passos)
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    (pássaros cantam)
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    (som do relógio)
    (música suave)
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    Para mim, pintar paisagens é como
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    o que todos os nosso ancestrais
    faziam dentro das cavernas.
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    É onde começamos a pensar sobre o espaço
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    mas sem dividi-lo.
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    A era da pintura colonial
    veio para os Estados Unidos
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    com a proposta de mostrar como
    a natureza precisa ser domesticada
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    e todos os selvagens convertidos
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    para se tornarem homens.
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    O que eu tento fazer com o meu trabalho é desconstruir
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    o que estamos vendo.
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    Quem vivia lá, quem ainda vive lá.
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    Como eu uso a linguagem
    da pintura para expandir
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    a nossa visão de onde poderíamos
    pensar sobre tempo e espaço.
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    Uma pintura de paisagem pode
    parecer muito dimensional
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    mas eu acho que também pode expandir
    para toda uma visão de mundo
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    de tratar pessoas mais como iguais.
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    (locutor fala na estação de metrô)
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    (barulhos de trem)
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    (som do relógio)
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    É uma loucura a quantidade de proteção
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    que eles colocaram por aqui
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    desde a última vez, né, mãe?
    - Nossa, sim.
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    A gente considerava aqui
    um lugar onde você podia
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    tipo, correr por aí
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    principalmente quando éramos crianças.
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    Eu nunca teria imaginado
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    que tinha como natural
    e diário para mim, mudaria.
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    [Esteban] É estranho estar aqui e criar
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    uma imagem que já vimos
    tanto na grande mídia.
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    O que eu posso dizer é:
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    não parece algo que está
    tentando nos definir?
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    Eu acho que o privilégio de ter vivido
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    uma vida longa é saber
    que isso não é permanente.
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    Sim.
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    Que, em algum momento, essa cerca vai cair
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    mas eu preciso me lembrar desse lugar
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    sem as cercas, ou eu enlouqueço.
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    Sabe, é muito difícil.
  • 8:14 - 8:15
    É muito difícil
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    ver essas cercas.
    - Sim,
  • 8:20 - 8:21
    obrigado por compartilhar isso, mãe.
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    Precisamos colocar isso para fora
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    para superar e imaginar
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    algo maior que isso.
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    (música suave)
    (som de relógio)
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    A gente nunca soube se eles
    estavam vindo para um café.
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    (Espanhol) Ou para passar a noite.
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    Passar a noite ou-
    Alguns dos temas centrais
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    do meu trabalho são sobre liberdade.
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    (música suave)
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    Liberdade de realmente se expressar
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    e a sua relação com o espaço e o ambiente.
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    Justiça, como fazer justiça com o passado?
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    E eu penso também na alegria.
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    (música suave continua)
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    Eu não falei até os 5 anos de idade
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    então pintar era a minha
    forma de comunicação
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    com as outras pessoas.
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    Eu não precisa me explicar.
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    A pintura sempre foi meu meio de voltar
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    no tempo, para quando eu tinha 5 anos,
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    onde eu só sentia.
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    Não há palavras pra isso.
Title:
Esteban Cabeza de Baca's Time Travels | Art21 "New York Close Up"
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"New York Close Up" series
Duration:
10:14

Portuguese, Brazilian subtitles

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