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Jordan Casteel Pinta Sua Comunidade | Art21 "New York Close Up"

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    [New York Close Up]
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    ["Jordan Casteel Pinta sua Comunidade¨]
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    [JORDAN CASTEEL] Oi, gente.
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    Lembram de mim?
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    Sabem onde o Harold está?
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    Vocês viram...
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    o Harold?
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    Vocês lembram que eu pintei ele?
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    Eu queria mostrar a pintura pra ele.
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    Deixei minhas coisas com ele, pra ele entrar em contato,
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    mas eu não tenho visto ele por aí.
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    [HOMEM] Não vejo ele há algum tempo.
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    [CASTEEL] Tá, se você vir ele...
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    [HOMEM] Não vejo ele faz um ano.
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    [CASTEEL] Posso mandar por email ou mensagem pra ele.
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    Isso tem uns 2 metros de altura.
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    É grande.
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    Meio que chega perto do seu pai.
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    Chega tipo até aqui.
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    Porque este é seu pai?
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    Ou esse é seu pai?
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    Isso! Adorei!
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    Agora estou vendo. É ótimo!
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    [HOMEM] Obrigado.
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    [CASTEEL] Sim, vem cá!
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    EU quero você perto deste do meio.
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    [CÂMERA DISPARA]
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    Você vai colocar esta perna daqui a pouco?
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    Isso!
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    Eu estou pensando sobre meu quadro.
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    Isso, perfeito!
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    [HOMEM] Obrigado.
    [CASTEEL] Olha.
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    [HOMEM] É mesmo, muito bonito.
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    [CASTEEL] No verão entre meu primeiro e segundo anos em Yale,
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    Eu recebi uma bolsa de 10 mil dólares
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    para ir a Gloucester, Massachusetts, pintar paisagens.
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    Durante aquele período,
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    aconteceu a absolvição do assassino do Trayvon Martin.
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    Gloucester é uma cidade muito branca,
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    eu era provavelmente a única pessoa negra em quilômetros.
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    Então, eu estava sentindo uma espécie de isolamento durante aquela experiência.
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    [Casa da Tia Jordan]
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    Eu lembro
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    de uma conversa por telefone com meu irmão gêmeo.
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    Ele contou que estava em uma loja de conveniência
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    e que alguém estava seguindo ele,
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    e ele estava muito chateado, falando
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    "sabe, as pessoas me seguem como se eu fosse uma ameaça,"
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    "mas eles nem me conhecem, não sabem que eu sou um pai"
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    "e que eu só estou tentando levar minha vida."
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    "Eles não sabem nada sobre mim,"
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    "pra eles, sou apenas aquele que"
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    "vai roubá-los ou sei lá."
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    Eu acho que, naquela época, senti
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    que eu precisava voltar a Yale
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    e fazer um trabalho diferente de paisagens--
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    que precisava achar um jeito de combinar
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    meu desejo de criar um senso de visibilidade em torno
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    da minha família e dos meus irmãos que senti que não existia na época.
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    Deixa eu ajudar com esse toque.
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    Gravar isso?
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    [TIA] Temos que gravar isso.
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    Vai em configurações e vê como faz isso.
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    [CANTANDO] Trump é nosso inimigo.
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    Ele precisa ser removido
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    Trump é nosso inimigo.
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    Ele precisa ser removido.
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    Que nem uma lata de lixo no beco,
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    Ele precisa ser removido.
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    Isso!
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    [CASTEEL] Legal. Agora temos que testar isso,
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    mas eu acho que eu consegui!
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    Tá.
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    [TIA] Tá, me liga então,
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    e vamos ver se funciona.
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    [GRAVAÇÃO] Ele precisa ser removido.
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    [RISOS]
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    [CASTEEL] Toda vez que o telefone tocar, vai ser assim agora!
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    Então, eu voltei pra Yale pensando
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    "Eu vou pintar meus homens negros"
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    "Vô fazer esse negócio sobre a minha família, basicamente."
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    Nove dentre dez vezes, as pessoas pensam que sou homem
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    antes de me conhecerem.
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    Ainda assim,
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    é, porque meu nome é Jordan e eu estou pintando homens.
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    Mesmo nas minhas exposições,
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    o número de vezes que minha mãe...
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    Eu ouço minha mãe do outro lado da sala falando
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    "ELA está ali!"
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    E eu, "Mãe, tá tudo bem."
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    E eu acho que muito disso tem a ver como pintura histórica
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    e a noção de quem tem o direito
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    de retratar que tipo de corpos em qual escala.
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    E eu gosto disso.
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    Eu me sinto muito presente nesse trabalho.
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    Tipo, toda vez que pessoas...
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    Tem havido certa crítica: eu apenas pinto homens.
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    E toda vez que as pessoas dizem que as mulheres estão ausentes,
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    ou dizem coisas como "quando vocë vai pintar mulheres?"
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    Eu não sei se eu sinto essa ausência,
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    porque eu sou uma parte muito presente desse trabalho,
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    e isso se traduz por meio da minha experiência.
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    Então, vieram os nus,
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    o que foi aterrorizante.
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    Eu recebi muita crítica, algo do tipo,
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    Naquele período.
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    Porque eu estava tomando decisões muito intencionais e dramáticas,
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    como não mostrar a genitália,
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    o que foi sempre a ideia.
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    Mas eu estava realmente interessada em humanizar
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    na história que é frequentemente criminalizada ou sexualizada.
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    Então, não queria que se aproveitassem
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    do corpo do homem negro
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    como tem sido feito historicamente.
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    Então, foi uma espécie de gesto
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    não permitindo que as pessoas tivessem
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    o que elas achavam que mereciam ter daqueles corpos.
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    [ESTUDANTE] Consumir o corpo...
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    [CASTEEL] Isso, exatamente.
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    Sim, isso mesmo.
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    Obrigada, pessoal!
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    Boa sorte pra vocês também.
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    [SOM DE DJEMBÊ]
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    Houve uma certa conversa sobre
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    minhas pinturas serem como substitutos para meu irmão.
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    E quando essa conversa estava acontecendo
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    eu, inicialmente pensei "é, talvez seja isso."
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    "Talvez eu precise ir à fonte de tudo isso."
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    "Talvez seja a hora de, de fato, pintar meu irmão gêmeo."
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    [GRAVANDO] Um, dois, três...
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    [MÚSICA COMEÇA A TOCAR]
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    [HOMEM, FORA DA CENA] Aumenta!
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    [RISOS]
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    [CASTEEL] Nunca ouvi essa música.
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    [MULHER, FORA DA CENA] O que?!
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    [MULHER] Ah, a gente conhece isso!
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    [HOMEM] O fato de que vocês todos estão dançando essa múscia,
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    é tipo, tipo...
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    Eu nunca ouvi essa música na minha vida.
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    [RISOS]
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    [HOMEM] Vamos acrescentar os rappers mais famosos agora!
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    Lil Yachty!
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    [RISOS]
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    [MULHER] Lil Yachty! Meu deus!
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    [HOMEM] Tá vendo?
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    [HOMEM] Eu acho que vou fazer uma...
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    [MULHER] Uma dança do ventre!
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    [MULHER] Você tem uma conexão emocional...
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    Nos momentos em que você decide fotografar.
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    Com os gêmeos, tipo, de repente,
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    eles são tão elevados de uma forma que é...
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    Não sei como...
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    [CASTEEL] Bem, essa não foi uma fotografia intencional.
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    Eu estava fotografando o Charles, o cara com as peles.
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    E esta mulher empurrou os bebês pra frente da minha câmera
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    e ficou "fotografa meus bebês!"
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    [RISOS]
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    [CASTEEL] Não, literalmente.
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    E eu estava "Que?"
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    Tá?
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    E eu tirei uma foto. Tipo, literalmente um click.
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    E eu estava "É, eles são tão fofos. São gêmeos?"
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    E ela disse "Sim, eles são,"
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    E daí ela meio que fugiu.
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    [HOMEM] Uau...
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    [MULHER] Você contou pra ela que também tem irmão gêmeo?
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    [CASTEEL] Sim, eu fiquei "Eu também sou gêmea,"
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    "Talvez por isso tenha notado, sei lá."
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    E ela, "Ah, sim, faz sentido,"
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    Aí ela meio que se mandou.
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    [HOMEM] E você depois conseguiu encontrar ela?
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    [CASTEEL] Não! Não. Nao faço ideia!
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    Quando éramos muito novos, éramos muito, muito próximos.
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    Aí começamos o High School e os dois éramos...
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    Nós fomos dessa escola privada
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    com muita gente branca, da primeira à oitava série,
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    onde éramos as duas únicas crianças negras, basicamente, na escola inteira.
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    E fomos transferidos pra uma escola pública local.
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    Ambos passamos por certo bullying,
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    Eu acho que foi porque vínhamos de um contexto diferente
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    de muitos dos outros estudantes.
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    [HOMEM] É como se eu estivesse me abaixando.
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    [CASTEEL] Isso! Isso.
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    Bom, aqui, talvez colocar isso em frente disso,
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    aí eu posso fazer um close up de vocês todos sentados em frente disso.
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    Fica legal?
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    [CÂMERA DISPARA]
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    O jeito que lidei com isso foi fazer
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    biscoitos de manteiga de amendoim e sanduíches de geléia,
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    e costumava sentar do lado de fora da sala do meu professor favorito--
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    no chão, durante o recreio--
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    e comer meus sanduíches em forma de cookies.
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    Mas meu irmão, por outro lado,
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    sofreu um bullying mais físico.
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    Eu acho que ele, literalmente, teve que
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    se tornar mais forte.
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    E muito disso teve a ver com expectativas sociais.
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    Eu apenas sinto que...
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    Eu, num sentido menos público,
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    Eu me torno muito consciente....
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    A história dele não é minha pra contar.
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    E eu posso apenas falar da minha perspectiva como sua irmã.
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    E como alguém que o viu como esse cara muito
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    engraçado, sensível, carismático, amoroso,
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    e reconhecendo que o mundo percebe ele de uma forma diferente.
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    Como resultado, esse trabalho, eu acho, vem realmente
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    do meu desejo de compartilhar
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    o que eu conheci do mundo.
Title:
Jordan Casteel Pinta Sua Comunidade | Art21 "New York Close Up"
Description:

Aonde uma pintora encontra seu tema ?

Com um processo que a leva das ruas do Harlem até o seu estúdio no DUMBO, Brooklyn, a artista Jordan Casteel pinta retratos em grande escala, fazendo visivel a frequentemente e não representada humanidade dos Negros. No começo com dificuldades para achar um objeto de discussão que pudesse falar para as realidades politicas sobre a violência policial e preconceitos implìcitos, Casteel tirou inspiração do seu irmão gêmeo. "As pessoas me seguem como uma ameaça," a artista lembra de seu irmão dizer, "mas eles não sabem nada sobre mim"

Os quadros de Casteel illustram a multiplicidade da experiência do homem negro; ela iniciou com nudez em interiores domésticos antes de expandir para o homem na calçada, a cor e composições celebrando A textura visual do seu bairro Harlem. O trabalho de Casteel está sondando na sua sutil impressão dos homens negros que, apesar de muitas vezes estranhos à artista, olham atenta e intimamente para o espectador.

"Eu me conscientizo muito [do fato que] a história dele não cabe a mim contar," diz a artista sobre seu irmão. "Eu já o vi como esse homem realmente engraçado, sensìvel, carismático, adoravel jovem....E como resultado, esse trabalho vem realmente como meu desejo de partilhar o que eu tenho aprendido com o Mundo"

Gravação apresentada Pelo Studio Museum na exibição em Harlem de "Regarding the Figure", e estúdio Sharpe-Walentas residente em DUMBO.

Jordan Casteel (1989, Denver, Colorado) vive e trabalha em Nova Iorque. ConheÇa Mais sobre a artista em https://art21.org/artist/jordan-casteel/

CRÉDITOS | "New York Close Up" Series Producer: Nick Ravich. Director: Orian Barki. Editor & Cinematography: Orian Barki. Additional Camera: Sam Balaban & Tom Kneller. Sound: Taeer Maymon. Design & Graphics: Open. Artwork Courtesy: Jordan Casteel. Music: UNRTHDX. Thanks: Lynda Blackmon Lowery, Marcia Cantarella, Phoebe Collings-James, Naima Green, Casey Kaplan, Chalia La Tour, Wayde McIntosh, Pennsylvania Academy of the Fine Arts, Sharpe-Walentas Studio Program, The Studio Museum of Harlem, Korde Tuttle, Didier William. © Art21, Inc. 2017. Todos Direitos Reservados.

"New York Close Up" é apoiado em parte por Lambent Foundation; fundos públicos do Departamento de Assuntos Culturais da Cidade de Nova Iorque com patrocinio da Câmara Municipal; VIA Art Fund; Lévy Gorvy; E contribuidores individuais.

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"New York Close Up" series
Duration:
09:41

Portuguese, Brazilian subtitles

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