Como um relógio atômico em miniatura pode revolucionar a exploração espacial
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0:01 - 0:02Seis meses atrás,
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0:02 - 0:05assisti com o coração acelerado
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0:06 - 0:10à aterrissagem da sonda InSight,
da NASA, na superfície de Marte. -
0:10 - 0:12Duzentos metros,
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0:12 - 0:1380 metros,
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0:13 - 0:1760... 40... 20... 17 metros.
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0:18 - 0:21Receber a confirmação
do pouso bem-sucedido -
0:21 - 0:24foi um dos momentos
de maior êxtase da minha vida. -
0:25 - 0:31E ouvir essa notícia só foi possível
devido a dois pequenos cubos -
0:31 - 0:34que foram para Marte com a InSight.
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0:34 - 0:40Basicamente, esses cubos transmitiram
ao vivo a telemetria da InSight -
0:40 - 0:41para a Terra,
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0:41 - 0:44permitindo-nos assistir,
quase em tempo real, -
0:44 - 0:48à InSight descer chispando
para a superfície do planeta vermelho, -
0:49 - 0:51atingindo a atmosfera de Marte
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0:51 - 0:54a uma velocidade máxima
de cerca de 19 mil km/hora. -
0:55 - 0:58O evento foi transmitido ao vivo para nós,
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0:58 - 1:01a mais de 145 milhões de km de distância.
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1:01 - 1:04Foi transmitido ao vivo de Marte.
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1:05 - 1:07Enquanto isso,
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1:07 - 1:09as duas sondas espaciais Voyager,
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1:09 - 1:14duas exploradoras
incrivelmente intrépidas, -
1:14 - 1:16foram lançadas no mesmo ano
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1:16 - 1:20em que fomos apresentados a Han Solo.
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1:21 - 1:24E elas continuam a enviar
dados do espaço interestelar -
1:24 - 1:27mais de 40 anos depois.
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1:28 - 1:31Cada vez mais, estamos
enviando mais sondas -
1:31 - 1:33a distâncias maiores
dentro do espaço profundo. -
1:34 - 1:37Mas cada uma dessas sondas espaciais
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1:37 - 1:39depende que sua navegação seja realizada
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1:39 - 1:41aqui mesmo da Terra,
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1:41 - 1:44para informar onde ela está
e, mais importante ainda, -
1:44 - 1:45para onde está indo.
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1:46 - 1:50E o motivo de fazermos a navegação
daqui da Terra é muito simples: -
1:50 - 1:53as naves espaciais não são
boas em informar as horas. -
1:54 - 1:56Mas, se conseguirmos mudar isso,
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1:56 - 2:00poderemos revolucionar a maneira
de explorar o espaço profundo. -
2:00 - 2:03Sou uma navegadora do espaço profundo,
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2:03 - 2:06e certamente devem estar pensando:
"Que trabalho é esse?" -
2:06 - 2:10Bem, é um trabalho
muito especial e divertido. -
2:10 - 2:12Eu piloto naves espaciais
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2:12 - 2:14do momento em que se separam
do veículo de lançamento -
2:14 - 2:17ao momento em que chegam
a seu destino no espaço. -
2:17 - 2:20E esses destinos, digamos,
por exemplo, Marte ou Júpiter, -
2:20 - 2:22ficam muitíssimo longe daqui.
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2:23 - 2:25Para lhes dar a dimensão disso,
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2:25 - 2:30é como se eu estivesse aqui
em Los Angeles e lançasse uma flecha -
2:30 - 2:35para acertar um alvo do tamanho
de uma moeda de US$ 0,25 -
2:35 - 2:40na Times Square, em Nova York.
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2:40 - 2:44Bem, posso ajustar o curso
da minha nave espacial -
2:44 - 2:46algumas vezes durante a trajetória,
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2:47 - 2:50mas, para tanto,
preciso saber onde ela está. -
2:51 - 2:54E rastrear uma nave durante sua jornada
pelo espaço profundo -
2:54 - 2:57é basicamente uma questão
de medir o tempo. -
2:57 - 3:02Não posso pegar uma régua
e medir a que distância está a sonda. -
3:02 - 3:03Mas consigo medir
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3:03 - 3:07quanto tempo um sinal
leva para ir até ela e voltar. -
3:08 - 3:11É a mesma ideia do eco.
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3:11 - 3:14Se eu gritar na direção de uma montanha,
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3:15 - 3:18quanto mais tempo levar
para eu ouvir meu eco de volta, -
3:18 - 3:21mais afastada estará a montanha.
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3:21 - 3:25Então, medimos com muita precisão
o tempo que o sinal leva para ir e voltar, -
3:26 - 3:31porque errar, mesmo que apenas
por uma pequena fração de segundo, -
3:31 - 3:35pode significar a diferença entre a nave
pousar com segurança e suavidade -
3:35 - 3:37na superfície de outro planeta
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3:37 - 3:40ou abrir mais uma cratera
naquela superfície. -
3:41 - 3:42Uma pequena fração de segundo
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3:42 - 3:46pode ser a diferença
entre a vida ou a morte de uma missão. -
3:47 - 3:51Assim, medimos o tempo do sinal
com muita precisão aqui da Terra, -
3:51 - 3:54com uma precisão maior
do que um bilionésimo de segundo. -
3:55 - 3:57Mas precisa ser medido aqui da Terra.
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3:57 - 4:00Há um grande desequilíbrio
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4:00 - 4:03quando se trata de explorar
o espaço profundo. -
4:03 - 4:10Historicamente, conseguimos enviar
coisas pequenas para bem longe -
4:10 - 4:13graças a coisas muito grandes
aqui em nosso planeta natal. -
4:13 - 4:16Como exemplo, este é o tamanho
de uma antena parabólica -
4:16 - 4:19que usamos para conversar
com essas naves espaciais. -
4:19 - 4:23E os relógios atômicos que usamos
para navegar também são grandes. -
4:23 - 4:25Os relógios e toda sua estrutura de apoio
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4:25 - 4:28podem ter o tamanho de uma geladeira.
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4:29 - 4:34Mas, se quisermos tentar enviar
esse recurso para o espaço profundo, -
4:34 - 4:36essa geladeira vai precisar encolher
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4:36 - 4:39para algo do tamanho
de sua gaveta de verduras. -
4:39 - 4:41E qual a importância disso?
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4:42 - 4:46Bem, vamos lembrar a Voyager 1,
uma de nossas intrépidas exploradoras. -
4:47 - 4:51A Voyager 1 acabou de ultrapassar
20 bilhões de km de distância. -
4:52 - 4:55Como se sabe, ela demorou
mais de 40 anos para chegar lá, -
4:55 - 5:00e é preciso que um sinal viaje
na velocidade da luz por mais de 40 horas -
5:00 - 5:02para chegar a ela e voltar.
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5:02 - 5:05E as naves espaciais têm uma coisa:
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5:05 - 5:07elas se movem muito rápido.
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5:08 - 5:13E a Voyager 1 não para
pra aguardar instruções da Terra. -
5:13 - 5:14Ela continua se movendo.
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5:15 - 5:20Nessas 40 horas em que ficamos esperando
ouvir aquele eco do sinal aqui na Terra, -
5:20 - 5:24a Voyager 1 já terá avançado
cerca de 2,4 milhões km. -
5:24 - 5:29São mais 2,4 milhões de km
em território vastamente desconhecido. -
5:30 - 5:31Então seria ótimo
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5:31 - 5:34se pudéssemos medir esse tempo
na própria sonda espacial. -
5:36 - 5:41Mas a miniaturização da tecnologia
de relógio atômico é difícil. -
5:42 - 5:45A tecnologia do relógio
e todo o maquinário de apoio -
5:45 - 5:47não só precisam encolher,
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5:47 - 5:49como também precisam funcionar bem.
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5:50 - 5:53O espaço é um ambiente
excepcionalmente hostil -
5:53 - 5:56e, se uma peça desse instrumento quebrar,
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5:56 - 5:59não dá simplesmente para enviar
um técnico para trocá-la -
5:59 - 6:01e seguir viagem.
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6:02 - 6:07As jornadas realizadas por essas sondas
podem durar meses, anos, -
6:07 - 6:09até mesmo décadas.
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6:10 - 6:14Projetar e construir um instrumento
de precisão que aguente isso -
6:14 - 6:19é tanto arte quanto ciência e engenharia.
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6:20 - 6:23Mas a boa notícia é que estamos
fazendo um progresso incrível, -
6:24 - 6:28e já estamos engatinhando
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6:28 - 6:31numa nova era de relógios
espaciais atômicos. -
6:32 - 6:33Em breve estaremos lançando
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6:33 - 6:37um relógio atômico com base em íons,
próprio para o espaço. -
6:37 - 6:40E esse relógio tem o potencial
de mudar a navegação completamente. -
6:40 - 6:42Ele é tão estável,
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6:42 - 6:44e mede o tempo tão bem
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6:44 - 6:47que, se eu colocá-lo aqui, ligá-lo
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6:47 - 6:49e for embora,
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6:49 - 6:52eu teria de voltar
9 milhões de anos depois -
6:52 - 6:55para a medição desse relógio estar
um segundo adiantado ou atrasado. -
6:56 - 6:58Portanto, o que podemos fazer
com um relógio assim? -
6:58 - 7:02Bem, e se, em vez de conduzirmos
a navegação da nave aqui da Terra, -
7:02 - 7:05a deixássemos navegar por si mesma?
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7:05 - 7:10Navegação autônoma a bordo,
ou uma espaçonave autônoma, -
7:10 - 7:12é uma das principais
tecnologias necessárias -
7:12 - 7:14se quisermos sobreviver
no espaço profundo. -
7:15 - 7:19Quando inevitavelmente enviarmos
seres humanos para Marte ou mais longe, -
7:19 - 7:21vamos precisar navegar
essa nave em tempo real, -
7:21 - 7:24sem esperar instruções da Terra.
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7:24 - 7:28E errar na medição desse tempo,
mesmo por uma pequena fração de segundo, -
7:28 - 7:31pode significar a diferença
entre a vida ou morte de uma missão, -
7:31 - 7:34o que já é ruim o bastante
para uma missão robótica, -
7:34 - 7:38mas pensem nas consequências
se houver uma tripulação humana a bordo. -
7:38 - 7:41Mas suponhamos que podemos
levar nossos astronautas -
7:41 - 7:43com segurança ao seu destino.
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7:43 - 7:46Uma vez lá, imagino que eles queiram
saber como se situar. -
7:46 - 7:48Com a tecnologia desse relógio,
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7:48 - 7:52agora podemos construir
sistemas de navegação tipo GPS -
7:52 - 7:54em outros planetas e luas.
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7:54 - 7:57Imaginem ter GPS na Lua ou em Marte.
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7:57 - 8:01Conseguem imaginar uma astronauta
em pé na superfície de Marte, -
8:01 - 8:03com o Monte Olimpo ao fundo,
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8:03 - 8:07enquanto ela consulta
o Google Maps, edição Marte, -
8:07 - 8:09para ver sua localização
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8:09 - 8:11e traçar um curso para ir aonde precisa?
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8:12 - 8:14Permitam-me sonhar um pouco
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8:14 - 8:16e falar sobre algo bem distante no futuro,
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8:16 - 8:20quando estivermos enviando humanos
a lugares muito mais distantes que Marte, -
8:20 - 8:25lugares onde aguardar
um sinal da Terra para navegar -
8:25 - 8:27simplesmente não seja possível.
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8:27 - 8:31Imaginem que nesse cenário
possamos ter uma constelação, -
8:31 - 8:35uma rede de satélites de comunicação
espalhados por todo o espaço profundo, -
8:35 - 8:38transmitindo sinais de navegação.
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8:38 - 8:40E qualquer espaçonave que capte esse sinal
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8:40 - 8:44possa viajar de um lugar a outro
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8:44 - 8:46sem nenhuma ligação direta com a Terra.
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8:48 - 8:51A capacidade de medir o tempo
de forma precisa no espaço profundo -
8:51 - 8:54pode mudar para sempre
nosso modo de navegar. -
8:55 - 8:58Mas também tem um potencial
científico bem legal. -
8:58 - 9:01Vejam só, o mesmo sinal
que usamos para navegação -
9:01 - 9:04nos diz algo sobre de onde ele veio
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9:04 - 9:08e o caminho percorrido
em sua jornada de antena para antena. -
9:09 - 9:13E essa jornada nos fornece dados
para criar melhores modelos -
9:13 - 9:18de atmosferas planetárias
em todo o nosso Sistema Solar. -
9:18 - 9:23Podemos detectar oceanos subterrâneos
em longínquas luas geladas -
9:23 - 9:25e, quem sabe, até pequenas
ondulações no espaço -
9:25 - 9:28resultantes da gravidade relativística.
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9:28 - 9:31Navegação autônoma a bordo
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9:31 - 9:33significa apoio a mais naves espaciais,
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9:33 - 9:35mais sensores para explorar o Universo,
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9:36 - 9:39além de liberar navegadores,
pessoas como eu, -
9:40 - 9:42para trabalhar na busca de respostas
para outras perguntas. -
9:44 - 9:47E ainda temos muitas delas
a serem respondidas. -
9:48 - 9:52Sabemos muito pouco
sobre o Universo ao nosso redor. -
9:53 - 9:58Nos últimos anos, descobrimos
quase 3 mil sistemas planetários -
9:58 - 10:00fora do nosso próprio Sistema Solar,
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10:01 - 10:05e esses sistemas são o lar
de quase 4 mil exoplanetas. -
10:05 - 10:07Para dar uma ideia do que isso significa,
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10:07 - 10:10a primeira vez que estudei
os planetas, quando criança, -
10:10 - 10:12havia nove,
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10:12 - 10:14ou oito, se não contarmos Plutão.
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10:14 - 10:16Mas agora existem 4 mil.
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10:17 - 10:20Estima-se que a matéria escura
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10:20 - 10:23componha cerca de 96% do nosso Universo,
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10:23 - 10:26e nem sabemos o que ela é.
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10:26 - 10:29Toda a ciência aprendida
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10:29 - 10:32de todas as missões combinadas
ao nosso espaço profundo -
10:32 - 10:36é apenas uma gota de conhecimento
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10:36 - 10:38em um vasto oceano de perguntas.
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10:39 - 10:42E, se quisermos saber mais,
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10:42 - 10:44descobrir e entender mais,
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10:45 - 10:47então temos de explorar mais.
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10:48 - 10:51A capacidade de manter a precisão
do tempo no espaço profundo -
10:51 - 10:55vai revolucionar o modo
de explorarmos este Universo, -
10:55 - 10:59e pode ser apenas uma das chaves
para desvendar alguns desses segredos -
10:59 - 11:02que o Universo guarda com tanto zelo.
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11:02 - 11:03Obrigada.
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11:03 - 11:06(Aplausos) (Vivas)
- Title:
- Como um relógio atômico em miniatura pode revolucionar a exploração espacial
- Speaker:
- Jill Seubert
- Description:
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Pergunte a qualquer navegador ou navegadora do espaço profundo, como é o caso de Jill Seubert, o que dificulta tanto o controle de uma nave espacial, e eles vão responder que o problema é a sincronização do tempo:
meio segundo pode decidir o sucesso ou o fracasso de uma missão. Então, o que fazer quando uma sonda espacial não sabe "dizer" as horas direito? Arranja-se um relógio, mais precisamente um relógio atômico. Deixe Seubert te arrebatar com o potencial revolucionário de um futuro em que poderemos receber orientações estelares, no estilo de um GPS, não importa onde estejamos no Universo. - Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 11:20