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Marina Abramović in "History" - Season 6 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21

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    [ Marina Abramović ]
    A relação de um artista com a solidão.
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    Um artista precisa dedicar tempo
    a um longo período de solidão.
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    Solidão é extremamente importante.
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    Longe de casa, longe do estúdio.
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    Longe da família, longe dos amigos.
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    Um artista tem que entender o silêncio.
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    Um artista tem que criar espaços
    para o silêncio entrar em seu trabalho.
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    O silêncio é como uma ilha.
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    em meio a um oceano turbulento.
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    Minha resistência física
    e extrema força de vontade
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    acho que eu herdei
    da minha mãe e do meu pai.
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    porque minha mãe e meu pai,
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    eles acreditam muito no comunismo
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    e eles acreditam no sacrifício pela causa.
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    Sua vida pessoal não é nada.
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    O que importa é pelo o que você vive.
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    É muito, muito estóico e muito dedicado.
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    Foi assim que eu fui educada.
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    Minha mãe, quando a bolsa dela estourou
    quando ela estava dando luz a mim
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    ela estava tendo
    uma reunião do partido comunista,
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    e ela não queria parar até ter terminado.
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    E depois ela foi ao hospital
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    e deu luz à mim.
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    Eu achava que isso era normal.
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    Eu achava que tinha que ser assim.
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    Eu não achava que tudo
    poderia ser diferente.
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    Ter vindo da antiga Iugoslávia,
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    de um histórico familiar tão interessante,
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    em que minha mãe e meu pai não
    acreditavam em nenhum tipo de religião
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    e tendo sido criada pela minha avó,
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    que era uma completa fanática religiosa,
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    tendo, meu avô
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    que era um santo da igreja ortodoxa,
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    era uma combinação quase imbatível
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    para crescer como uma artista.
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    Cheia de contradições.
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    Performance é uma ferramenta
    para me expressar.
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    E eu acho que, na vida de um artista,
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    é muito importante
    achar a ferramenta certa.
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    E eu tenho que dizer que tive muita sorte
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    de ter vindo tão cedo a mim,
    tão claramente.
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    Desde que eu me lembro,
    eu sempre desenhei em todos os lugares.
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    Eu comecei com pequenos papéis
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    e depois fui para paredes
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    e aí meus pais realmente entenderam
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    que eles deviam me dar mais papéis
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    depois eu comecei com telas
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    e em pouco tempo, estava pintando.
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    E com 12 anos,
    tive minha primeira exposição.
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    Eu lembro que no primeiro período
    em que eu estava pintando
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    era algo que já era dado para mim;
    eram meus sonhos.
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    Eu tinha sonhos muito vívidos.
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    As vezes o sonho era mais do que a realidade,
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    e eu acordava,
    e a realidade parecia um sonho,
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    e o sonho parecia a realidade.
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    Então os sonhos
    estavam sempre sendo pintados
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    em azuis e verdes.
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    Eram as únicas cores que eu tinha.
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    E depois, eu lembro de me interessar muito
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    por acidentes de caminhão.
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    Eu era louca pelos grandes e verdes
    caminhões comunistas
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    e sobre como eles estavam colidindo.
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    Então eu ia pros locais dos acidentes,
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    tirava fotos, voltava, e os pintava.
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    E eu pensava,
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    "Ok, mas e se o grande caminhão fosse
    atingido por um carrinho,
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    como um carro de criança?"
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    Então eu ia comprar brinquedos
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    e os colocava nas rodovias
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    e esperava os caminhões esmagarem eles.
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    E o que acontecia?
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    Os brinquedos permaneciam intocados
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    pelos caminhões.
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    Então eu comecei a pintar esses
    grandes caminhões
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    sendo esmagados por esses
    maravilhosos e inocentes
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    brinquedos de criança.
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    Depois dos caminhões,
    eu entrei em um novo período,
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    comecei a pintar o céu.
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    E eu era louca pelas nuvens.
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    A nuvens vinham,
    e as sombras e as nuvens,
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    e virava quase algo como uma
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    dimensão quimicamente mística.
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    E eu lembro desse momento tão bem,
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    Eu acho que eu estava
    no início dos meus 20 anos,
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    deitada na grama
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    e olhando para o céu.
    Só para o céu azul.
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    E nesse céu azul,
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    Eu vi os 12 aviões ultrassônicos passarem
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    e deixarem uma linha reta.
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    Eu vi em frente aos meus olhos,
    primeiro, o céu azul,
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    depois as linhas
    criadas pelos aviões ultrassônicos
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    dissolverem no ar pelo céu azul.
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    E eu acho que isso foi, para mim,
    uma revelação espiritual.
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    Eu me lembro de levantar
    e querer imediatamente
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    ir ao quartel militar
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    e perguntar ao general
    se eles poderiam me emprestar
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    12 aviões ultrassônicos
    para desenhar no céu.
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    Meu pai era o general.
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    Porque eles conheciam meu pai,
    imediatamente ligaram para ele
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    e disseram,
    "Sua filha é completamente louca.
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    tire ela daqui."
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    "Você sabe quanto custa pra voar
    os aviões ultrassônicos
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    para ela desenhar no céu?"
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    Então eu aprendi bem cedo que
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    tem certas coisas que eu não posso fazer.
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    Mas ao mesmo tempo, eu tive uma revelação
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    nesse momento olhando para o céu azul
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    que na verdade,
    eu posso usar tudo o que eu quero.
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    Eu posso usar a água, as ilhas,
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    o fogo, a terra, o ar, e eu mesma.
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    E foi nesse momento que eu decidi
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    que é completamente ridículo ir ao estúdio
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    e fazer algo que é bi-dimensional
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    quando eu posso ter o mundo inteiro ali.
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    E foi aí que eu parei de pintar.
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    Depois dessa grande revelação,
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    na verdade o que foi
    muito interessante para mim
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    foi começar a trabalhar com som.
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    O que era interessante
    para mim sobre o som
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    era criar sons ambientes onde
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    você tem uma impressão ao escutar o som
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    mas visualmente
    tem algo completamente diferente.
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    Então a primeira ideia que eu tive,
    foi pegar as caixas de som
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    na ponte, na ponte principal em Belgrade,
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    com o som da ponte colapsando.
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    Então quando vocês estivesse na ponte,
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    a cada três minutos, a ponte está caindo
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    mas, visualmente, não está.
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    E é claro, para fazer algo assim,
    você precisa de permissão
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    do prefeito da cidade.
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    Então eu fui até a casa dele.
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    E aconteceu a mesma coisa,
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    eles me proibiram de fazer isso,
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    porque, eles me falaram que,
    por conta das vibrações
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    com esse tipo de som,
    a ponte poderia realmente cair.
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    Então eu não podia fazer isso.
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    Então eu fiz no prédio em que eu morava.
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    Mas foi apenas por 10 minutos,
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    porque as pessoas estavam correndo
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    achando que tudo estava sendo bombardeado.
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    Então foi uma grande confusão.
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    De alguma forma, lidando com o som,
    eu cheguei ao ponto
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    em que eu tive minha primeira performance
    "Rhythm 10",
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    que usava facas.
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    E "Rhythm 10" é, novamente, uma peça sonora.
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    Eu tenho as gravações
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    e eu estava fazendo o mesmo.
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    Quando o meu corpo era envolvido.
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    E no momento que
    eu envolvi meu corpo na performance
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    esse incrível diálogo de energia
    se estabeleceu com o público.
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    Foi tão emocionante
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    que eu não poderia voltar
    a nenhuma outra forma de arte.
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    No início, nos meus primeiros
    trabalhos de performance,
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    eu realmente abraçava a repetição.
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    Era repetir uma mesma ação diversas
    e diversas vezes
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    chegar em um estado mental
    quase que carismático.
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    E as performances no começo,
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    eram bem violentas e duras.
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    Tipo correr em direção a uma parede
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    ou quebrar as paredes,
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    cortando as estrelas no estômago,
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    deitar no gelo, se bater
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    ver o quão longe, fisicamente,
    você consegue ir
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    e transcender, na verdade,
    a experiência dolorosa
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    em outra coisa.
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    Depois, quanto mais e mais
    performances eu desenvolvia,
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    Eu me tornava mais e mais interessada
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    no estado mental da peça
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    e extendia o tempo.
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    Quanto mais longa é a performance,
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    mais transcendental ela pode ser
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    e transformativa para quem
    a está performando,
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    mas também para a plateia participando.
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    Então isso foi, a porta
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    para algo completamente diferente.
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    Como você pode elevar o espírito humano?
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    Como você pode ver,
    nossas vidas são tão curtas e rápidas.
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    A minha, eu não tenho tempo para nada.
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    Então quanto mais longa
    é a performance, melhor é.
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    Eu acho que a arte deveria ser
    mais e mais longa
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    enquanto a vida fica
    mais e mais curta.
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    Quando você morre, não dá
    pra levar seus bens materiais com você,
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    mas uma boa ideia pode ficar.
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    Eu me preocupo muito com meu legado agora.
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    É muito importante para mim,
    a preservação da performance e da arte
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    e como elas vão se desenvolver
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    e qual é o futuro das artes performáticas.
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    Três anos atrás, para o meu aniversário,
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    eu comprei um prédio em Hudson.
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    é um lugar bem grande.
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    Dá pra acomodar umas 1.500 pessoas.
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    Eu quero criar o espaço
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    que vai ser o centro da preservação
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    das artes performáticas,
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    mas também para chamar jovens artistas
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    e artistas conhecidos para fazer
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    artes performáticas de longa duração.
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    Mas não só a performance que eu faço,
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    o teatro, a música, o vídeo
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    a dança e a ópera também.
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    Só de longa duração.
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    Eu estou desenvolvendo um sistema
    para você não ter que deixar o espaço.
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    Eu queria criar uma situação
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    em que você tem os assentos,
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    e depois de três horas, você está cansado,
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    e o assento reclina pra virar uma cama.
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    Você tem um cobertor.
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    Você se cobre.
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    Você dorme.
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    Você acorda,
    apresentações estão acontecendo.
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    No lado esquerdo tem uma bebida gelada
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    dentro do braço da poltrona.
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    e do outro lado uma refeição quente.
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    Uma lâmpada,
    caso você queira fazer anotações.
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    Para você ficar dentro
    das apresentações por um tempo bem longo.
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    Eu tenho pensado bastante,
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    qual o papel de um artista?
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    qual é a minha função na Terra?
  • 13:57 - 14:00
    Eu acho que ser um artista
    é uma grande responsabilidade.
  • 14:02 - 14:06
    No meu caso, eu criei
    três grupos de atitudes,
  • 14:06 - 14:08
    o que eu quero fazer como artista.
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    Eu chamo o primeiro grupo de
    corpo do artista.
  • 14:13 - 14:14
    E é bem simples;
    sou eu performando
  • 14:14 - 14:16
    na frente de uma plateia.
  • 14:20 - 14:23
    Segundo é o corpo público,
    é criar objetos
  • 14:23 - 14:26
    eu os chamo de transitórios
    porque eles não são esculturas
  • 14:26 - 14:29
    e circunstâncias em que
    o público pode realmente
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    performar para si memsmo
    e ter a experiência.
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    E o terceiro é o corpo estudantil.
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    E essa é minha função como professora,
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    porque tem um ponto na sua vida
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    em que você tem que incondicionalmente
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    transferir seu conhecimento
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    para a geração mais jovem de artistas.
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    E não apenas transferi-lo
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    mas também ajudá-los a desenvolver.
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    É de certa forma,
    um diálogo justo,
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    Porque eles te dão noção
    do tempo que você vive
  • 15:01 - 15:01
    porque eles são jovens
  • 15:01 - 15:04
    e entendem o mundo de forma diferente,
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    e você os dá experiência.
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    Você não decide quando vai morrer,
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    mas pode ensaiar seu funeral.
  • 15:36 - 15:39
    Eu fiz meu testamento com um advogado
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    meu verdadeiro desejo sobre o meu funeral
    e que tenham três caixões,
  • 15:46 - 15:48
    um com a verdadeira Marina
    e dois com falsas Marinas.
  • 15:50 - 15:51
    E eles vão ser enterrados
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    em três locais diferentes do mundo,
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    nos quais eu vivi por mais tempo.
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    Belgrade, na ex-Iugoslávia, agora Sérvia;
  • 15:59 - 16:01
    Amsterdam, na Holanda;
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    e Nova York, onde eu vivo agora.
  • 16:05 - 16:07
    Eles vão ser enterrados simultaneamente.
  • 16:09 - 16:12
    Em todos esse funerais,
    ninguém vai usar preto.
  • 16:12 - 16:16
    mas roupas muito coloridas,
    como verde ou vermelho e rosa
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    e amarelo ácido e por aí vai.
  • 16:19 - 16:21
    E vai ser algo bem festivo.
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    Porque a ideia é: você vive bem;
  • 16:28 - 16:30
    deve morrer bem também.
  • 16:48 - 16:51
    Um artista deve olhar para dentro de si
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    para se inspirar.
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    Quanto mais eles olharem para si,
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    mais universais eles se tornam.
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    O artista é universo.
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    O artista é universo.
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Title:
Marina Abramović in "History" - Season 6 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
18:42

Portuguese, Brazilian subtitles

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