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Este truque vai ajudar-te a desmascarar "clickbait" — Jeff Leek and Lucy McGowan

  • 0:07 - 0:11
    "Uma simples vitamina pode reduzir
    o teu risco de doença cardíaca".
  • 0:12 - 0:15
    "Comer chocolate reduz
    o 'stress' estudantil".
  • 0:16 - 0:20
    "Um novo fármaco prolonga a vida
    de pacientes com uma doença rara".
  • 0:20 - 0:23
    Cabeçalhos sobre saúde como estas
    são publicadas diariamente,
  • 0:23 - 0:26
    por vezes até contrariando-se
    uns aos outros.
  • 0:26 - 0:29
    Pode haver uma desconexão
    entre cabeçalhos generalistas
  • 0:29 - 0:30
    e que captam a atenção
  • 0:30 - 0:35
    e os resultados específicos e incrementais
    da investigação médica que relatam.
  • 0:35 - 0:39
    Como podemos evitar ser
    enganados pelos cabeçalhos?
  • 0:39 - 0:43
    A melhor forma de verificar
    a credibilidade de um cabeçalho
  • 0:43 - 0:46
    é olhar para a investigação
    original que relata.
  • 0:46 - 0:48
    Arranjámos um cenário
    hipotético de investigação
  • 0:48 - 0:51
    para cada um destes cabeçalhos.
  • 0:51 - 0:53
    Continua a ver para
    a explicação do primeiro exemplo;
  • 0:53 - 0:56
    depois para no cabeçalho
    e responde à pergunta.
  • 0:56 - 0:59
    Estes são cenários simplificados.
  • 0:59 - 1:03
    Um estudo verídico detalharia
    mais factores e como os considerou
  • 1:03 - 1:05
    mas, para o objectivo deste exercício,
  • 1:05 - 1:08
    assume que toda a informação
    de que precisas está incluída.
  • 1:11 - 1:14
    Vamos começar por considerar
    os efeitos cardiovasculares
  • 1:14 - 1:17
    de uma vitamina, Healthium.
  • 1:17 - 1:20
    O estudo descobre que
    os participantes que tomam Healthium
  • 1:20 - 1:24
    têm um maior nível de colesterol
    saudável do que os que tomam um placebo.
  • 1:24 - 1:28
    Os seus níveis são semelhantes
    a pessoas com níveis naturalmente altos
  • 1:28 - 1:30
    deste tipo de colesterol.
  • 1:30 - 1:34
    Estudos anteriores mostraram que pessoas
    com níveis naturalmente elevados
  • 1:34 - 1:37
    de colesterol saudável têm
    menos risco de doenças cardíacas.
  • 1:37 - 1:40
    Então o que torna este
    cabeçalho enganador:
  • 1:40 - 1:44
    "Healthium reduz o risco
    de doenças cardíacas"?
  • 1:44 - 1:49
    O problema com o cabeçalho
    é que o estudo não investigou
  • 1:49 - 1:52
    se o Healthium diminuía
    o risco de doenças cardíacas.
  • 1:52 - 1:54
    Mediu apenas o impacto do Healthium
  • 1:54 - 1:57
    nos níveis deste colesterol em particular.
  • 1:57 - 2:00
    O facto de as pessoas com níveis
    naturalmente altos deste colesterol
  • 2:00 - 2:02
    terem menor risco de enfartes
  • 2:02 - 2:05
    não significa que o mesmo
    seja verdade para as pessoas
  • 2:05 - 2:08
    que elevam os seus níveis
    de colesterol com Healthium.
  • 2:08 - 2:10
    Agora que desvendámos o caso do Healthium,
  • 2:10 - 2:14
    tenta decifrar um mistério
    particularmente interessante:
  • 2:14 - 2:17
    a relação entre
    comer chocolate e o "stress".
  • 2:17 - 2:20
    Este estudo hipotético
    recruta 10 estudantes.
  • 2:20 - 2:24
    Metade consome
    uma dose diária de chocolate,
  • 2:24 - 2:25
    enquanto a outra metade se abstém.
  • 2:25 - 2:29
    Como colegas, eles têm o mesmo horário.
  • 2:29 - 2:33
    No fim do estudo, aqueles que comem
    chocolate têm menos "stress"
  • 2:33 - 2:35
    do que a metade que não come.
  • 2:35 - 2:37
    Qual é o erro com este cabeçalho:
  • 2:38 - 2:41
    "Comer chocolate reduz
    o nível de 'stress' em estudantes"?
  • 2:43 - 2:48
    É muito difícil concluir algo sobre alunos
    em geral, a partir de uma amostra de dez.
  • 2:48 - 2:52
    Isto porque quanto menor for o número
    de participantes numa amostra aleatória
  • 2:52 - 2:55
    menor é a probabilidade
    de essa amostra representar
  • 2:55 - 2:58
    a população alvo como um todo.
  • 2:58 - 3:03
    Por exemplo, se a população de estudantes
    for metade homens, metade mulheres,
  • 3:03 - 3:05
    a probabilidade de escolher
    uma amostra de 10,
  • 3:05 - 3:10
    com um desvio de 70% para homens
    e 30% para mulheres, é de 12%.
  • 3:10 - 3:16
    Numa amostra de 100, isso teria
    menos de 0,0025% de probabilidade
  • 3:16 - 3:18
    e numa de 1000,
  • 3:18 - 3:22
    a probabilidade seria
    de menos de 6 x 10^-36.
  • 3:23 - 3:25
    Da mesma forma, com menos participantes,
  • 3:25 - 3:29
    cada resultado individual tem maior
    impacto sobre os resultados finais
  • 3:29 - 3:33
    e, portanto, pode desviar tendências.
  • 3:33 - 3:37
    Mas há boas razões para os cientistas
    realizarem estudos pequenos.
  • 3:38 - 3:39
    Começando com uma amostra pequena,
  • 3:39 - 3:42
    podem avaliar se os resultados
    são promissores
  • 3:42 - 3:45
    para se realizar um estudo
    mais compreensivo e mais caro.
  • 3:45 - 3:49
    Alguns estudos requerem
    participantes muito específicos
  • 3:49 - 3:52
    tornando praticamente impossível
    recrutar grandes números.
  • 3:52 - 3:54
    A chave é a reprodutibilidade.
  • 3:54 - 3:58
    Se um artigo retira uma conclusão
    de um estudo pequeno,
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    essa conclusão pode ser suspeita,
  • 4:00 - 4:03
    mas, se for baseada em muitos estudos
    com resultados semelhantes,
  • 4:03 - 4:05
    é mais credível.
  • 4:05 - 4:07
    Ainda temos mais um "puzzle".
  • 4:07 - 4:12
    Neste cenário, um estudo testa
    uma nova droga para uma doença rara fatal.
  • 4:12 - 4:14
    Numa amostra de 2000 pacientes,
  • 4:14 - 4:18
    os que começam a tomar a droga
    depois do diagnóstico
  • 4:18 - 4:21
    vivem mais do que os que tomam um placebo.
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    Agora, a questão é ligeiramente diferente.
  • 4:24 - 4:28
    O que mais gostarias de saber
    antes de decidir se o cabeçalho
  • 4:28 - 4:33
    "Nova droga prolonga a vida de pacientes
    com doença rara" é justificado?
  • 4:35 - 4:37
    Antes de decidir,
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    devias querer saber quanto tempo
    a droga prolongou a vida destes pacientes.
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    Por vezes, um estudo pode ter
    resultados cientificamente válidos,
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    mas que não têm tradução no mundo real.
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    Por exemplo, um estudo clínico real
    de um fármaco contra o cancro do pâncreas
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    descobriu um aumento
    da esperança de vida em dez dias.
  • 4:57 - 5:00
    A próxima vez que vires um
    cabeçalho médico surpreendente
  • 5:00 - 5:04
    espreita para a ciência
    a que ele se refere.
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    Mesmo quando os artigos completos
    não estão disponíveis sem pagar uma taxa
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    podes encontrar o sumário
    do "design" experimental
  • 5:10 - 5:13
    e os resultados disponíveis
    em resumos gratuitos
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    ou mesmo no texto do artigo noticioso.
  • 5:16 - 5:20
    É excitante ver investigação
    científica falada nas notícias
  • 5:20 - 5:23
    e é importante perceber
    os resultados dos estudos.
Title:
Este truque vai ajudar-te a desmascarar "clickbait" — Jeff Leek and Lucy McGowan
Speaker:
Jeff Leek e Lucy McGowan
Description:

Vê a aula completa em: https://ed.ted.com/lessons/this-one-weird-trick-will-help-you-spot-clickbait-jeff-leek-and-lucy-mcgowan

Cabeçalhos sobre saúde são publicadas todos os dias, por vezes contrariando-se uns aos outros. Pode haver uma desconexão entre cabeçalhos gerais que chamam a atenção e os resultados específicos e incrementais da investigação médica que relatam. Como podemos evitar ser enganados pelos cabeçalhos? Jeff Leek e Lucy McGowan explicam como ler além do "clickbait".

Lição de Jeff Leek e Lucy McGowan, realização de Zedem Media.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:49

Portuguese subtitles

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