O que é que o meu véu significa para vocês? | Yassmin Abdel-Magied | TEDxSouthBank
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0:09 - 0:13Uma pessoa parecida comigo
passa por vocês na rua. -
0:14 - 0:16Vocês pensam que é uma mãe?
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0:16 - 0:18Uma refugiada?
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0:18 - 0:20Ou uma vítima de opressão?
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0:20 - 0:22Ou pensam que é uma cardiologista?
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0:22 - 0:23Uma advogada?
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0:23 - 0:25Ou talvez uma política local?
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0:26 - 0:27Olham para mim de alto abaixo,
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0:27 - 0:29pensando que eu devo ter muito calor
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0:30 - 0:32ou se será o meu marido
que me obriga a usar este traje? -
0:33 - 0:36E se eu usar o meu véu assim?
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0:39 - 0:42Posso andar rua abaixo
exatamente com o mesmo traje -
0:42 - 0:45e o que o mundo espera de mim
e a forma como sou tratada -
0:45 - 0:48depende da disposição
deste pedaço de pano. -
0:48 - 0:51Mas este não vai ser
mais um monólogo sobre o "hijab" -
0:51 - 0:55porque, Deus sabe, as muçulmanas
são muito mais do que um pedaço de pano -
0:55 - 0:58com que decidem — ou não —
envolver a cabeça. -
0:59 - 1:03Trata-se de ultrapassarmos
os nossos preconceitos. -
1:04 - 1:06E se eu passasse perto de vocês
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1:06 - 1:10e depois vocês descobrissem que eu era
desenhadora de carros de corrida, -
1:10 - 1:13que desenhei um carro de corridas
e corri na equipa da minha universidade? -
1:13 - 1:15O que é verdade.
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1:15 - 1:20E se eu vos dissesse que pratiquei
boxe durante cinco anos? -
1:20 - 1:22O que também é verdade.
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1:23 - 1:25Isso surpreender-vos-ia?
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1:26 - 1:27Porquê?
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1:28 - 1:30Senhoras e senhores,
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1:30 - 1:32essa surpresa e os comportamentos
a ela associados -
1:32 - 1:36não são mais que o produto duma coisa
chamada preconceito inconsciente -
1:36 - 1:37ou preconceito implícito.
-
1:37 - 1:41E provoca uma falta de diversidade,
ridiculamente prejudicial -
1:41 - 1:42na nossa força de trabalho,
-
1:42 - 1:44em especial nas áreas de influência.
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1:44 - 1:46Alô. Gabinete Federal Australiano.
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1:47 - 1:49(Risos)
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1:49 - 1:51(Aplausos)
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1:53 - 1:56Para começar, vou esclarecer uma coisa.
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1:56 - 2:00O preconceito inconsciente não é o mesmo
que discriminação consciente. -
2:00 - 2:03Não estou a dizer que em todos vocês
há um sexista ou racista secreto -
2:03 - 2:06a espreitar lá dentro,
à espera de sair cá para fora. -
2:06 - 2:08Não é isso que eu estou a dizer.
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2:08 - 2:09Todos temos os nossos preconceitos.
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2:09 - 2:12São os filtros através dos quais
vemos o mundo à nossa volta. -
2:12 - 2:16Não estou a acusar ninguém,
o preconceito não é uma acusação, -
2:16 - 2:18é uma coisa que tem que ser identificada,
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2:18 - 2:21reconhecida e combatida.
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2:21 - 2:24O preconceito pode ser sobre a etnia,
pode ser sobre o sexo, -
2:24 - 2:27também pode ser sobre a classe,
a educação, a deficiência. -
2:28 - 2:31O facto é que todos temos preconceitos
contra o que é diferente, -
2:31 - 2:33o que é diferente
das nossas normas sociais. -
2:34 - 2:37Mas se queremos viver num mundo
-
2:37 - 2:40em que as circunstâncias
do nosso nascimento -
2:40 - 2:42não ditam o nosso futuro,
-
2:42 - 2:45e em que as oportunidades iguais
são omnipresentes, -
2:45 - 2:48então cada um de nós
tem um papel a desempenhar -
2:48 - 2:51para que os preconceitos inconscientes
não determinem a nossa vida. -
2:53 - 2:57Há aquela conhecida experiência
na área do preconceito inconsciente, -
2:57 - 3:01na área do sexo, nos anos 70 e 80.
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3:01 - 3:05Nessa época, as orquestras eram formadas
quase todas só por homens, -
3:05 - 3:08só havia uns 5% de mulheres.
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3:08 - 3:10Segundo parece, isso acontecia
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3:10 - 3:12porque os homens
tocavam de modo diferente, -
3:12 - 3:14presumivelmente melhor,
presumivelmente... -
3:14 - 3:17Mas em 1952,
a Orquestra Sinfónica de Boston -
3:17 - 3:19iniciou uma experiência.
-
3:19 - 3:21Começaram com audições cegas.
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3:21 - 3:25Em vez de audições cara a cara,
tinham que tocar por detrás duma cortina. -
3:25 - 3:28O que tem piada é que não se registou
nenhuma alteração -
3:28 - 3:31até que pediram aos músicos
para se descalçarem -
3:31 - 3:32antes de entrarem na sala,
-
3:32 - 3:35porque o toc-toc dos saltos
-
3:35 - 3:37contra a madeira do chão
-
3:37 - 3:39era o suficiente
para denunciar as senhoras. -
3:39 - 3:40Agora vejam,
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3:40 - 3:42os resultados das audições mostraram
-
3:42 - 3:45que havia mais 50% de hipóteses
-
3:45 - 3:48de uma mulher passar a fase preliminar.
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3:48 - 3:52E quase triplicaram
as hipóteses de ela ser aceite. -
3:52 - 3:54O que é que isto nos diz?
-
3:54 - 3:58Infelizmente para eles, os homens
não tocavam de modo diferente, -
3:58 - 4:00mas havia essa ideia de que o faziam.
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4:01 - 4:04Era esse preconceito
que estava a influenciar os resultados. -
4:04 - 4:06Portanto o que temos que fazer
-
4:06 - 4:08é identificar e reconhecer
que esse preconceito existe. -
4:08 - 4:10Todos temos um.
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4:10 - 4:12Vou dar-vos um exemplo.
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4:12 - 4:15Um pai e o filho
têm um acidente de carro terrível. -
4:16 - 4:18O pai morre no local
-
4:18 - 4:21e o filho, que ficou gravemente ferido,
é levado para o hospital. -
4:21 - 4:24O cirurgião olha para o filho,
quando ele chega e diz: -
4:24 - 4:26"Não posso operá-lo".
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4:27 - 4:28Porquê?
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4:28 - 4:30"O rapaz é meu filho".
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4:31 - 4:32Como é que isso pode ser?
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4:32 - 4:35Senhoras e senhores,
o cirurgião é a mãe dele. -
4:36 - 4:38Mão no ar — tudo bem —
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4:38 - 4:41mas mão no ar quem partiu do princípio
que o cirurgião era um homem? -
4:43 - 4:46Esta é uma prova de que
o preconceito inconsciente existe -
4:46 - 4:49mas só temos que reconhecer
que ele está presente -
4:49 - 4:51e depois procurar formas
de podermos ultrapassá-lo -
4:51 - 4:53para encontrarmos soluções.
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4:53 - 4:55[Sim ou não às quotas?]
-
4:55 - 4:57Uma das coisas interessantes
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4:57 - 5:00quanto ao espaço do preconceito
inconsciente é o tópico das quotas. -
5:00 - 5:02É uma coisa que surge com frequência.
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5:02 - 5:05E uma das críticas
é essa ideia do mérito. -
5:05 - 5:08"Eu não quero ser escolhida
por ser mulher. -
5:08 - 5:11"Quero ser escolhida porque tenho mérito,
-
5:11 - 5:13"porque sou a melhor pessoa para o lugar".
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5:13 - 5:16É um sentimento muito comum
entre mulheres engenheiras -
5:16 - 5:17com quem trabalho e que conheço.
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5:17 - 5:19Sim, sei do que falo, passei por isso.
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5:20 - 5:22Mas, se a ideia do mérito fosse verdade,
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5:22 - 5:27porque é que currículos idênticos,
numa experiência feita em 2012 em Yale, -
5:27 - 5:31currículos idênticos enviados
para um técnico de laboratório, -
5:31 - 5:35porque é que Jennifer
foi considerada menos competente, -
5:35 - 5:37teve menos hipóteses de obter um emprego
-
5:37 - 5:40e era menos bem paga do que John?
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5:41 - 5:43O preconceito inconsciente está aí,
-
5:43 - 5:45só é preciso pensar
em como podemos afastá-lo. -
5:45 - 5:47Sabem, é interessante,
-
5:47 - 5:50há algumas investigações que explicam
porque é que isso acontece -
5:50 - 5:52chamam-lhe o paradoxo do mérito.
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5:52 - 5:54E nas organizações — é mesmo irónico —
-
5:54 - 5:58nas organizações que dizem
que o mérito é a sua principal mais valia, -
5:58 - 5:59em termos de quem contratam,
-
5:59 - 6:04são mais propensos a contratar homens
e a pagar mais a homens -
6:04 - 6:07porque, segundo parece,
o mérito é uma qualidade masculina. -
6:07 - 6:08É assim.
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6:09 - 6:11Vocês, homens, julgam
que já me perceberam -
6:11 - 6:13pensam que sabem o que está em jogo.
-
6:14 - 6:16Imaginam-me a dirigir uma coisa destas?
-
6:16 - 6:19Imaginam-me a andar por aí e a dizer:
-
6:19 - 6:21"Rapazes, como vão as coisas?
É assim que se faz". -
6:22 - 6:24Ainda bem que sim.
-
6:31 - 6:34(Aplausos)
-
6:36 - 6:39Porque, senhoras e senhores,
é este o meu trabalho diário. -
6:40 - 6:42O que é fixe é que é muito divertido.
-
6:43 - 6:45Na realidade, em locais como a Malásia,
-
6:45 - 6:47ninguém liga às mulheres
muçulmanas em plataformas -
6:47 - 6:49Há lá tantas!
-
6:49 - 6:50Mas, é divertido,
-
6:50 - 6:51Uma vez disse a um rapaz:
-
6:52 - 6:54"Olha, amigo, queria aprender a surfar".
-
6:54 - 6:56E ele: "Yassmin, como é que podes surfar
-
6:56 - 6:58"com todos esses trapos em cima de ti?
-
6:58 - 7:01"Não conheço nenhuma praia
só para mulheres". -
7:01 - 7:03Depois, ele teve
uma ideia brilhante, tipo: -
7:03 - 7:07"Já sei, tu diriges essa organização
Jovens sem Fronteiras, não é? -
7:07 - 7:11"Porque é que não lanças uma linha
para roupa muçulmana nas praias? -
7:11 - 7:14"Podias chamar-lhe
Jovens sem Bermudas". -
7:14 - 7:16(Risos)
-
7:16 - 7:17E eu: "Obrigada, malta".
-
7:18 - 7:20Lembro-me de outro tipo dizer-me
-
7:20 - 7:23que eu devia comer
todo o iogurte que pudesse -
7:23 - 7:25porque era a única cultura
que eu ia ter por ali. -
7:26 - 7:27(Risos)
-
7:28 - 7:31Mas a verdade é que o problema
é mesmo assim, -
7:31 - 7:34porque há uma enorme falta de diversidade
na nossa força de trabalho, -
7:34 - 7:36em especial em locais de influência.
-
7:36 - 7:38Ora bem, em 2010
-
7:38 - 7:40a Universidade Nacional Australiana
fez uma experiência -
7:40 - 7:43em que enviou 4000 inscrições idênticas
-
7:43 - 7:46para empregos, essencialmente.
-
7:46 - 7:48Para conseguir
o mesmo número de entrevistas, -
7:48 - 7:50para pessoas com um nome anglo-saxónico,
-
7:50 - 7:54se fossem chinesas,
tinham que enviar 68% de inscrições, -
7:54 - 7:57se fossem do Médio Oriente
— como Abdel Magied — -
7:57 - 7:59tinham que enviar 64%,
-
7:59 - 8:02se fossem italianas,
estavam cheias de sorte, -
8:02 - 8:04bastava enviar 12%,
-
8:04 - 8:07Em locais como Sillicon Valley,
não é muito melhor. -
8:07 - 8:10No Google, publicaram
resultados da diversidade -
8:10 - 8:1661% de brancos, 30% de asiáticos
e 9%, meia-dúzia, de negros, hispânicos -
8:16 - 8:17e tipos desses.
-
8:17 - 8:19O resto do mundo da tecnologia
não é muito melhor -
8:19 - 8:20e já o reconheceram
-
8:20 - 8:22mas não sei bem
o que é que estão a fazer. -
8:22 - 8:24O que é certo é que não desaparece.
-
8:24 - 8:26Num estudo feito por Green Park,
-
8:26 - 8:30que é um fornecedor
britânico de "executivos", -
8:30 - 8:34resultou que mais de metade
das 100 empresas FTSE -
8:34 - 8:38não têm nenhum diretor não branco
a nível da administração, -
8:38 - 8:39executivo ou não executivo.
-
8:39 - 8:43E duas em três não têm nenhum executivo
-
8:43 - 8:45que pertença às minorias.
-
8:46 - 8:49Estou a contar uma série
de coisas terríveis e vocês pensam: -
8:49 - 8:51"Meu Deus, isso é assim tão mau?
O que é que podemos fazer?" -
8:51 - 8:54Felizmente, identificámos
que há um problema. -
8:54 - 8:56Há falta de oportunidades
-
8:56 - 8:59e isso deve-se
ao preconceito inconsciente. -
8:59 - 9:01Mas podem estar aí sentados a pensar:
-
9:01 - 9:04"Eu não sou de cor.
O que é que tenho a ver com isso?" -
9:04 - 9:06Vou propor-vos uma solução.
-
9:06 - 9:11Já disse que vivemos num mundo
em que andamos à procura de um ideal. -
9:11 - 9:13Se queremos criar um mundo
-
9:13 - 9:16em que não interessam
as circunstâncias do nosso nascimento, -
9:16 - 9:18todos temos que participar na solução.
-
9:18 - 9:21Curiosamente, a autora da experiência
laboratorial com os currículos -
9:21 - 9:23propôs uma espécie de solução.
-
9:23 - 9:27Disse que a única coisa
que juntou as mulheres de sucesso, -
9:27 - 9:29a única coisa que elas tinham em comum,
-
9:29 - 9:31era terem tido bons orientadores.
-
9:31 - 9:34Portanto, a orientação
— já todos ouvimos falar nisso — -
9:34 - 9:36é uma coisa corrente.
-
9:36 - 9:38Agora mais um desafio para vocês todos.
-
9:38 - 9:42Desafio-os a todos
a orientar alguém diferente. -
9:44 - 9:46Todos querem orientar alguém
que nos é familiar, -
9:46 - 9:49que é parecido connosco,
com experiências comuns. -
9:49 - 9:52Se vejo uma muçulmana
com uma certa atitude, penso: -
9:52 - 9:53"O que se passa?
Podemos sair juntas". -
9:53 - 9:57Entramos numa sala e se há alguém
que andou na mesma escola, -
9:57 - 9:58que praticou o mesmo desporto,
-
9:58 - 10:02há uma forte hipótese
de querermos ajudar essa pessoa. -
10:02 - 10:06Mas a pessoa na sala que não teve
experiências comuns connosco -
10:06 - 10:09terá muita dificuldade
de estabelecer essa relação. -
10:09 - 10:12A ideia de encontrar
alguém diferente para orientarmos, -
10:12 - 10:14alguém que não tenha
os mesmos antecedentes que nós, -
10:14 - 10:16sejam quais forem esses antecedentes,
-
10:16 - 10:20é abrir uma porta a pessoas que nem sequer
conseguem entrar no diabo do corredor. -
10:21 - 10:25Porque, senhoras e senhores,
o mundo não é justo. -
10:25 - 10:27As pessoas não nascem
com oportunidades iguais. -
10:27 - 10:30Eu nasci numa das cidades
mais pobres do mundo, Cartum. -
10:30 - 10:33Nasci de cor, nasci mulher
-
10:33 - 10:36e nasci muçulmana, num mundo
que desconfia muito de nós -
10:36 - 10:38por razões que eu não controlo.
-
10:39 - 10:42No entanto, também reconheço
que nasci com privilégios. -
10:43 - 10:44Tive uns pais extraordinários,
-
10:44 - 10:46deram-me educação
-
10:46 - 10:49e tive a bênção de emigrar
para a Austrália. -
10:49 - 10:52Mas também fui abençoada
com orientadores espantosos -
10:52 - 10:55que me abriram portas
que eu nem sequer sabia que existiam. -
10:55 - 10:57Um orientador disse-me:
-
10:57 - 10:58"A tua história é interessante.
-
10:58 - 11:01"Vamos escrevê-la, para eu poder
partilhá-la com todos". -
11:01 - 11:03Outro orientador disse:
-
11:03 - 11:06"Sei que és muitas coisas alheias
a uma plataforma australiana -
11:06 - 11:07"mas, de qualquer modo, entra".
-
11:07 - 11:10E aqui estou, a falar convosco.
E não sou a única. -
11:10 - 11:12Há todo o tipo de pessoas
nas minhas comunidades -
11:12 - 11:14que foram ajudadas por orientadores.
-
11:14 - 11:16Um jovem muçulmano em Sidnei
-
11:16 - 11:19que acabou por usar
a ajuda do seu orientador -
11:19 - 11:22para lançar um concurso de poesia
em Bankstown -
11:22 - 11:24e agora é uma coisa enorme.
-
11:24 - 11:26Consegue mudar a vida
de muitos outros jovens. -
11:26 - 11:28Ou uma mulher aqui em Brisbane,
-
11:28 - 11:30uma mulher afegã que é refugiada
-
11:30 - 11:33que mal sabia falar inglês
quando veio para a Austrália. -
11:33 - 11:35Os orientadores dela
ajudaram-na a ser médica -
11:35 - 11:38e ela recebeu o nosso Prémio
da Jovem de Queensland, em 2008. -
11:38 - 11:40É uma inspiração.
-
11:46 - 11:47Isto não é fácil.
-
11:49 - 11:51Esta sou eu.
-
11:51 - 11:55Mas também sou a mulher
de fato de macaco -
11:55 - 11:58e também sou a mulher
que estava de "abaya" no início. -
11:59 - 12:02Vocês ter-me-iam escolhido
para me orientarem se me tivessem visto -
12:02 - 12:04numa destas versões de quem eu sou?
-
12:04 - 12:06Porque eu sou a mesma pessoa.
-
12:07 - 12:10Temos que ultrapassar
os nossos preconceitos inconscientes, -
12:10 - 12:13encontrar alguém para orientar
que seja o oposto do nosso espetro -
12:13 - 12:15porque a mudança estrutural leva tempo,
-
12:15 - 12:18e eu não tenho muita paciência.
-
12:18 - 12:20Portanto, se querem criar uma mudança,
-
12:20 - 12:21se querem criar um mundo
-
12:21 - 12:24em que todos tenham
as mesmas oportunidades, -
12:24 - 12:26optem por abrir portas às pessoas.
-
12:26 - 12:30Porque podem pensar que a diversidade
não tem nada a ver convosco. -
12:30 - 12:33mas nós todos fazemos parte deste sistema
e podemos fazer parte da solução. -
12:33 - 12:36Se não sabem onde encontrar
alguém diferente, -
12:36 - 12:38vão a sítios que não costumam frequentar.
-
12:38 - 12:40Se fazem orientação
particular do ensino médio -
12:40 - 12:42vão à vossa escola local
-
12:42 - 12:45ou passem pelo centro
de orientação de refugiados locais. -
12:45 - 12:47Talvez trabalhem num escritório.
-
12:47 - 12:49Escolham a recém-formada
que tem um ar totalmente deslocado, -
12:49 - 12:51— porque essa era eu —
-
12:51 - 12:52e abram-lhe as portas,
-
12:52 - 12:55não de forma paternalista,
porque nós não somos vítimas, -
12:55 - 12:57mas mostrem-lhe as oportunidades
-
12:57 - 13:00porque a abertura do vosso mundo
-
13:00 - 13:02fará com que vocês percebam
de que têm acesso a portas -
13:02 - 13:04que eles nem sequer sabiam que existiam
-
13:04 - 13:06e vocês não sabiam que eles não tinham.
-
13:06 - 13:08Senhoras e senhores,
-
13:09 - 13:13há um problema na nossa comunidade
com a falta de oportunidades, -
13:13 - 13:15em especial devido
aos preconceitos inconscientes. -
13:15 - 13:18Mas cada um de nós tem o potencial
para alterar isso. -
13:18 - 13:21Sei que vos têm dado hoje muitos desafios
-
13:21 - 13:25mas, se puderem, agarrem neste
e pensem nele de modo diferente -
13:25 - 13:27porque a diversidade é magia.
-
13:27 - 13:31Encorajo-vos a ultrapassar
as vossas perceções iniciais -
13:31 - 13:32porque, aposto,
-
13:33 - 13:35provavelmente elas são erradas.
-
13:35 - 13:36Obrigada.
-
13:36 - 13:39(Aplausos)
- Title:
- O que é que o meu véu significa para vocês? | Yassmin Abdel-Magied | TEDxSouthBank
- Description:
-
Os preconceitos inconscientes são um fator predominante que domina a cultura, fazendo com que todos nós tiremos conclusões baseadas na nossa educação e influências. Estes preconceitos implícitos afetam tudo e chegou a hora de sermos mais cuidadosos, mais inteligentes, melhores. Nesta palestra divertida e honesta, Yassmin Abdel-Magied usa uma forma surpreendente de nos desafiar a ultrapassar as nossas perceções iniciais.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
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- TEDxTalks
- Duration:
- 13:50