Geoffrey Canada: O fracasso nas nossas escolas. Basta!
-
0:01 - 0:04Estou um pouco nervoso, porque
a minha esposa Yvonne me disse: -
0:04 - 0:06"Geoff, tu vês as palestras TED."
-
0:06 - 0:08Eu disse: "Sim, amor, adoro as palestras TED."
-
0:08 - 0:12Ela disse: "Sabes, eles são tipo,
mesmo inteligentes, talentosos..." -
0:12 - 0:14Eu disse "Eu sei, eu sei." (Risos)
-
0:14 - 0:18Ela disse: "Eles não querem, tipo,
um homem negro zangado." -
0:18 - 0:20(Risos)
-
0:20 - 0:22Então disse: "Não, vou ser bonzinho, Querida,
-
0:22 - 0:24"vou ser bonzinho. Vou mesmo."
-
0:24 - 0:27Mas eu estou zangado. (Risos)
-
0:27 - 0:31E da última vez que vi, eu —
-
0:31 - 0:34(Aplausos)
-
0:34 - 0:39Isto é porque estou entusiasmado,
mas zangado. -
0:39 - 0:44Este ano, vai haver milhões de crianças
-
0:44 - 0:47que vamos perder sem necessidade,
-
0:47 - 0:52que podíamos — agora mesmo,
podíamos salvá-las a todas. -
0:52 - 0:56Vimos a qualidade dos educadores
que estiveram aqui. -
0:56 - 0:59Não me digam que eles não chegariam
àqueles miúdos -
0:59 - 1:01e os salvavam. Eu sei que o conseguiam.
-
1:01 - 1:04É absolutamente possível.
-
1:04 - 1:07Porque é que ainda não resolvemos isto?
-
1:07 - 1:11Aqueles de nós na Educação agarraram-se
a um plano de negócios -
1:11 - 1:15que não se interessa por quantos
milhões de jovens falharão. -
1:15 - 1:18Continuaremos a fazer a mesma coisa
que não funcionou, -
1:18 - 1:23e ninguém fica doido com isto — certo? —
-
1:23 - 1:25basta dizer :"Já chega."
-
1:25 - 1:30Aqui está um plano de negócios que
simplesmente não faz sentido. -
1:30 - 1:33Sabem, cresci no centro da cidade,
-
1:33 - 1:38e lá havia miúdos a falhar
-
1:38 - 1:45em escolas há 56 anos quando entrei na escola,
-
1:45 - 1:51e essas escolas ainda são péssimas hoje,
56 anos depois. -
1:51 - 1:53E sabem uma coisa sobre escolas péssimas?
-
1:53 - 1:56Não é como o vinho.
-
1:56 - 1:57Certo? (Risos)
-
1:57 - 2:01Onde é que se diz "1987 foi um bom ano, não foi?"
-
2:01 - 2:04É assim que isto agora — digo, todos os anos,
-
2:04 - 2:07é sempre a mesma abordagem, não é?
-
2:07 - 2:11Um tamanho para todos, se entendem, ótimo.
E se não entendem, -
2:11 - 2:15é má sorte. Só má sorte.
-
2:15 - 2:18Porque não permitimos que haja evolução?
-
2:18 - 2:20Não me digam que não conseguimos
melhor do que isto. -
2:20 - 2:26Vamos a um local com miúdos falhados
desde há 50 anos, -
2:26 - 2:28e perguntamos: "Qual é o plano?"
-
2:28 - 2:30E dizem: "Bem, vamos fazer
-
2:30 - 2:33"o que fizemos o ano passado."
-
2:33 - 2:36Que tipo de modelo de negócios é esse?
-
2:36 - 2:42Os bancos abriam e funcionavam
das 10h às 3h. -
2:42 - 2:47Funcionavam das 10h às 3h.
Fechavam à hora de almoço. -
2:47 - 2:52Quem pode ir ao banco das 10h às 3h?
Os desempregados. -
2:52 - 2:55Eles não precisam de bancos.
Não têm dinheiro no banco. -
2:55 - 2:59Quem criou aquele modelo de negócios?
Não é? -
2:59 - 3:01E foi assim durante décadas.
-
3:01 - 3:03Sabem porquê? Porque não queriam saber.
-
3:03 - 3:05Não era pelos clientes.
-
3:05 - 3:10Era pelos banqueiros. Eles criaram algo que
funcionava para eles. -
3:10 - 3:12Como podiam ir ao banco
-
3:12 - 3:15quando estavam a trabalhar?
Não interessava. -
3:15 - 3:17E eles não se importam se
o Geoff está chateado -
3:17 - 3:20por não poder ir ao banco.
Que procure outro banco. -
3:20 - 3:23Todos funcionam da mesma forma. Certo?
-
3:23 - 3:27Um dia, um banqueiro louco teve uma ideia.
-
3:27 - 3:31Talvez devêssemos manter o banco aberto
quando as pessoas saem do trabalho. -
3:31 - 3:34Talvez gostem. Que tal ao sábado?
-
3:34 - 3:37Que tal introduzir tecnologia?
-
3:37 - 3:40Sou um fã de tecnologia,
mas tenho de admitir-vos -
3:40 - 3:42que sou um pouco velho.
-
3:42 - 3:45Fui um pouco lento,
e não confiava na tecnologia, -
3:45 - 3:49e quando eles apareceram pela primeira vez
com aquelas novas máquinas, -
3:49 - 3:52aquelas caixas em que se mete um cartão
e sai dinheiro, -
3:52 - 3:56eu pensei tipo: "De forma nenhuma aquela máquina
vai contar bem aquele dinheiro. -
3:56 - 3:58"Nunca vou usar aquilo, certo?"
-
3:58 - 4:04A tecnologia mudou. As coisas mudaram.
-
4:04 - 4:07Mas não na educação.
Porquê? -
4:07 - 4:12Porque é que enquanto tínhamos
telefones giratórios, -
4:12 - 4:16quando tínhamos gente a ser estropiada
pela poliomielite, -
4:16 - 4:19estávamos a ensinar
-
4:19 - 4:22da mesma forma que ensinamos agora?
-
4:22 - 4:26E se fazemos um plano
para mudar as coisas, -
4:26 - 4:28as pessoas consideram-nos radicais.
-
4:28 - 4:31Vão dizer as piores coisas de vocês.
-
4:31 - 4:35Disse um dia que, se a ciência diz —
-
4:35 - 4:38é a ciência, não eu — que
as nossas crianças pobres -
4:38 - 4:42perdem terreno no verão —
-
4:42 - 4:44Vemos como estão em junho e dizemos:
Ok, estão aqui. -
4:44 - 4:46Vêmo-las em setembro, e elas desceram.
-
4:46 - 4:51E dizemos: Uau!
Soube disso em 1975 -
4:51 - 4:52quando estava na Escola Superior de Educação
em Harvard. -
4:52 - 4:55Disse: "Uau, este é um estudo importante.
-
4:55 - 4:59"Porque sugere que devemos fazer algo."
-
4:59 - 5:03(Risos)
-
5:03 - 5:06A cada 10 anos reproduzem o mesmo estudo.
-
5:06 - 5:07Diz exatamente a mesma coisa:
-
5:07 - 5:10"Os miúdos pobres perdem o interesse na escola
durante o verão." -
5:10 - 5:15O sistema decide que as escolas
não funcionam no verão. -
5:15 - 5:18Sempre me perguntei: "Quem inventa estas regras?"
-
5:18 - 5:20Há alguns anos andei na
Escola Superior de Harvard. -
5:20 - 5:21Pensei que sabia qualquer coisa.
-
5:21 - 5:24Disseram que era o calendário agrário,
e as pessoas tinham — -
5:24 - 5:26mas deixem dizer-vos que
não faz sentido. -
5:26 - 5:29Nunca o percebi. Nunca percebi que,
-
5:29 - 5:32porque quem cultiva sabe
-
5:32 - 5:35que não se plantam colheitas
em julho e agosto. -
5:35 - 5:37Plantam-se na primavera.
-
5:37 - 5:41Então quem inventou esta ideia?
De quem é? -
5:41 - 5:43Porque é que o fazemos?
-
5:43 - 5:45Acontece que nos anos de 1840's tivemos
-
5:45 - 5:48escolas abertas todo o ano.
Estavam abertas todo o ano, -
5:48 - 5:51porque havia muitas pessoas que
tinham de trabalhar todo o dia. -
5:51 - 5:52Não tinham sítio nenhum para deixar
os seus filhos. -
5:52 - 5:54Era um local perfeito para se ter escolas.
-
5:54 - 5:57Não foi algo ordenado
-
5:57 - 6:00pelos deuses da educação.
-
6:00 - 6:03Então porque não o fazemos?
Porque não? -
6:03 - 6:08Porque o nosso negócio se recusou
a usar a ciência. -
6:08 - 6:11Ciência. Temos o Bill Gates a vir dizer:
-
6:11 - 6:15"Isto funciona, certo? Podemos fazer isto."
-
6:15 - 6:20Quantos lugares nos E.U.A. vão mudar?
Nenhum. -
6:20 - 6:22Nenhum. Ok, há dois. Está certo?
-
6:22 - 6:27Sim, haverá alguns lugares, porque
algumas pessoas vão fazer a coisa certa. -
6:27 - 6:32Como profissionais, temos de travar isto.
A ciência é clara. -
6:32 - 6:34Aqui está o que sabemos.
-
6:34 - 6:40Sabemos que o problema
começa imediatamente. -
6:40 - 6:44Certo? Esta ideia, dos zero aos três.
-
6:44 - 6:46A minha mulher, Yvonne, e eu
temos quatro filhos, -
6:46 - 6:50três já crescidos e
um de 15 anos. -
6:50 - 6:51É uma história ainda mais longa.
-
6:51 - 6:53(Risos)
-
6:53 - 6:56Com os nossos quatro filhos,
não sabíamos a ciência -
6:56 - 6:58sobre o desenvolvimento cerebral.
-
6:58 - 7:01Não sabíamos quão críticos eram
aqueles primeiros três anos. -
7:01 - 7:03Não sabíamos o que estava a acontecer
naqueles jovens cérebros. -
7:03 - 7:06Não conhecíamos o papel que a língua,
-
7:06 - 7:08o estímulo e a resposta, chamada e resposta,
-
7:08 - 7:11e quão importante era isso
no desenvolvimento dessas crianças. -
7:11 - 7:16Agora sabemos isso. O que faremos
acerca disso? Nada. -
7:16 - 7:20As pessoas ricas sabem.
As pessoas cultas sabem. -
7:20 - 7:22E os seus filhos têm uma vantagem.
-
7:22 - 7:23As pessoas pobres não sabem,
-
7:23 - 7:26e não fazemos nada para as ajudar.
-
7:26 - 7:28Mas sabemos que isto é crítico.
-
7:28 - 7:31Vejamos a creche.
-
7:31 - 7:33Sabemos que é importante para os miúdos.
-
7:33 - 7:37Os miúdos pobres precisam dessa experiência.
-
7:37 - 7:42Não. Em muitos sítios, não existe.
-
7:42 - 7:44Sabemos que os serviços de saúde
são importantes. -
7:44 - 7:46Proporcionamos serviços de saúde
-
7:46 - 7:49e as pessoas estão sempre
de volta de mim, sabem -
7:49 - 7:53porque sou todo a favor
da responsabilidade e de dados -
7:53 - 7:56e dessas coisas boas,
mas fazemos serviços de saúde, -
7:56 - 7:57e tenho de reunir muito dinheiro.
-
7:57 - 7:59As pessoas costumavam dizer
quando vinham dar-nos fundos: -
7:59 - 8:02"Geoff, porque proporcionam serviços de saúde?"
-
8:02 - 8:04Costumava inventar coisas. Certo?
-
8:04 - 8:06Dizia: "Sabem que uma criança
-
8:06 - 8:10"que tem cáries não vai
-
8:10 - 8:12"ser capaz de estudar bem."
-
8:12 - 8:16E tinha de o fazer porque tinha de
conseguir o dinheiro. -
8:16 - 8:19Mas estou mais velho,
e sabem o que lhes digo agora? -
8:19 - 8:22Sabem porque providencio aos miúdos
estes benefícios de saúde -
8:22 - 8:24e desportos e a diversão e as artes?
-
8:24 - 8:27Porque gosto mesmo de crianças.
-
8:27 - 8:32Gosto mesmo de crianças.
(Risos) (Aplausos) -
8:32 - 8:36Mas quando são mesmo chatos,
as pessoas são mesmo chatas, -
8:36 - 8:39digo: "Faço-o porque você o faz pelo seu filho."
-
8:39 - 8:42E nunca leram um estudo do MIT
que dissesse -
8:42 - 8:45que dar aulas de dança à criança
-
8:45 - 8:48a vai ajudar a ser melhor em álgebra,
-
8:48 - 8:50mas vão dar aulas de dança àquela criança,
-
8:50 - 8:53e vão entusiasmar-se por aquela criança
querer ter aulas de dança, -
8:53 - 8:56e isso fazer-vos ganhar o dia.
E porque não haverão os miúdos pobres -
8:56 - 9:02de ter a mesma oportunidade?
É o chão para estas crianças. -
9:02 - 9:05(Aplausos)
-
9:05 - 9:08Então aqui está a outra coisa.
-
9:08 - 9:12Sou um analista. Acredito que são precisos
dados, é precisa informação, -
9:12 - 9:14porque se trabalha em algo,
pensamos que funciona, -
9:14 - 9:16e descobrimos que não funciona.
-
9:16 - 9:18São educadores. Trabalham, dizem,
-
9:18 - 9:21pensam que perceberam, ótimo, não?
E descobrem que eles não perceberam. -
9:21 - 9:24Mas aqui está o problema com as análises.
-
9:24 - 9:26A análise que fazemos —
-
9:26 - 9:29vamos fazer a análise em Nova Iorque
para a semana — -
9:29 - 9:31é em abril.
-
9:31 - 9:34Sabem quando vamos
receber de volta os resultados? -
9:34 - 9:37Talvez em julho, talvez em junho.
-
9:37 - 9:40E os resultados têm dados excelentes.
-
9:40 - 9:43Eles vão dizer que o Raheem
teve mesmo dificuldades, -
9:43 - 9:46não conseguia fazer multiplicação com dois dígitos
— então, excelentes dados, -
9:46 - 9:49mas vamos recebê-los depois
da escola acabar. -
9:49 - 9:51Então, o que fazemos?
-
9:51 - 9:54Vamos de férias. (Risos)
-
9:54 - 9:56Voltamos de férias.
-
9:56 - 10:01Agora temos todos estes dados analíticos
do ano passado. -
10:01 - 10:04Não se olha para eles.
-
10:04 - 10:06Porque haveríamos de olhar?
-
10:06 - 10:08Vamos ensinámo-los este ano.
-
10:08 - 10:11Quanto dinheiro gastámos nisto tudo?
-
10:11 - 10:14Milhares de milhões de dólares
-
10:14 - 10:17por dados que é tarde demais para usar.
-
10:17 - 10:19Preciso de dados em setembro.
-
10:19 - 10:21Preciso de dados em novembro.
-
10:21 - 10:23Preciso de saber que vocês estão a ter
dificuldades, e preciso de saber -
10:23 - 10:25se o que fiz corrigiu isso ou não.
-
10:25 - 10:27Preciso de saber isso esta semana.
-
10:27 - 10:31Não preciso de saber isso no fim do ano
quando é tarde demais. -
10:31 - 10:36Porque com o passar dos anos,
tornei-me algo clarividente. -
10:36 - 10:39Consigo prever resultados escolares.
-
10:39 - 10:41Levem-me a qualquer escola.
-
10:41 - 10:44Sou bastante bom nas escolas do centro da cidade
que estão a ter dificuldades. -
10:44 - 10:48E dizem-me que no ano passado
48% destes miúdos -
10:48 - 10:51estavam neste nível de ensino.
-
10:51 - 10:53E eu pergunto: "Ok, qual é o plano,
o que fizemos -
10:53 - 10:54"do ano passado para este ano?"
-
10:54 - 10:55Vocês respondem: "Vamos fazer a mesma coisa."
-
10:55 - 10:58Vou fazer uma previsão.
(Risos) -
10:58 - 11:01Este ano, algures entre 44
-
11:01 - 11:04e 52% destes miúdos
vão estar no nível de ensino. -
11:04 - 11:08E vou acertar todas as vezes.
-
11:08 - 11:12Estamos a gastar todo este dinheiro,
mas o que obtemos? -
11:12 - 11:15Os professores precisam de informação real
neste momento -
11:15 - 11:16sobre o que se passa com os seus miúdos.
-
11:16 - 11:22A aposta alta é hoje, porque
podemos fazer algo acerca disto. -
11:22 - 11:27E aqui está outro assunto que penso
-
11:27 - 11:29que nos deve deixar preocupados.
-
11:29 - 11:34Não podemos sufocar a inovação
no nosso negócio. -
11:34 - 11:38Temos de inovar. E as pessoas no nosso negócio
ficam doidas com a inovação. -
11:38 - 11:40Ficam aborrecidas se
se faz algo diferente. -
11:40 - 11:41Se tentamos algo novo,
as pessoas são sempre -
11:41 - 11:46"Oh, escolas de gestão privada.
Ei, vamos tentar uma coisa. Vamos ver." -
11:46 - 11:48Isto não funcionou durante 55 anos.
-
11:48 - 11:51Vamos tentar algo diferente.
E aqui está a fricção. -
11:51 - 11:53Algumas coisas não vão funcionar.
-
11:53 - 11:56As pessoas dizem-me: "Essas escolas de gestão privada, muitas delas não funcionam."
-
11:56 - 12:00Muitas delas não. Deviam ser fechadas.
-
12:00 - 12:02Acredito realmente que deviam ser fechadas.
-
12:02 - 12:06Mas não podemos confundir a ciência
-
12:06 - 12:11e as coisas que não funcionam com
não devermos por isso não fazer nada. -
12:11 - 12:13Certo? Porque não é assim que
funciona o mundo. -
12:13 - 12:14Se pensarmos na tecnologia,
-
12:14 - 12:17imaginem que pensávamos assim
acerca da tecnologia. -
12:17 - 12:18Sempre que algo não funcionasse,
-
12:18 - 12:20atirávamos com a toalha ao chão e dizíamos:
"Vamos esquecer isto." Certo? -
12:20 - 12:24Sabem, convenceram-me. Estou certo que
alguns de vós eram como eu — -
12:24 - 12:28a última e maior das coisas, o PalmPilot.
-
12:28 - 12:31Disseram-me: "Geoff, se arranjares este PalmPilot
-
12:31 - 12:32"não vais precisar de mais nada."
-
12:32 - 12:37A coisa durou três semanas. E acabou.
-
12:37 - 12:41Fiquei agoniado por gastar
o meu dinheiro nesta coisa. -
12:41 - 12:47Alguém parou de inventar?
Nem uma pessoa. Nem uma alma. -
12:47 - 12:49As pessoas seguiram caminho.
Continuaram a inventar. -
12:49 - 12:52O facto é que temos falhanço,
e isso não nos deve impedir -
12:52 - 12:55de levar a ciência adiante.
-
12:55 - 12:57No nosso trabalho como educadores,
-
12:57 - 13:00há certas coisas que sabemos poder fazer.
-
13:00 - 13:04E temos de conseguir melhor. A avaliação,
temos de começar mais cedo com os miúdos, -
13:04 - 13:07temos de assegurar que providenciamos
o apoio aos jovens. -
13:07 - 13:09Temos de dar-lhes todas as oportunidades.
-
13:09 - 13:12É isso que temos de fazer.
Mas esta questão de inovação, -
13:12 - 13:16esta ideia de que temos de continuar a inovar
-
13:16 - 13:19até que realmente percebamos esta ciência,
-
13:19 - 13:21é algo que é absolutamente crítico.
-
13:21 - 13:24E isto é algo que, já agora,
-
13:24 - 13:27penso que vai ser um desafio
para toda a nossa área. -
13:27 - 13:32Os E.U.A. não podem esperar mais 50 anos
para acertar nisto. -
13:32 - 13:35Esgotámos o nosso tempo.
-
13:35 - 13:38Não sei nada sobre um abismo fiscal,
mas sei que há um abismo educacional -
13:38 - 13:42que percorremos neste preciso momento,
-
13:42 - 13:46e se permitirmos às pessoas
continuar com esta tolice -
13:46 - 13:49sobre dizer que não podemos custear isso —
-
13:49 - 13:51O Bill Gates diz que custará
5 mil milhões de dólares. -
13:51 - 13:54O que são 5 mil milhões de dólares
para os E.U.A.? -
13:54 - 13:56O que gastámos no Afeganistão este ano?
-
13:56 - 14:00Quantos biliões? (Aplausos)
-
14:00 - 14:03Quando o país se preocupa com alguma coisa,
-
14:03 - 14:07gastamos um bilião de dólares
num piscar de olhos. -
14:07 - 14:10Quando a segurança dos E.U.A. é ameaçada,
-
14:10 - 14:13gastamos qualquer quantia de dinheiro.
-
14:13 - 14:16A segurança real da nossa nação
-
14:16 - 14:18é preparar a próxima geração
-
14:18 - 14:21para que possam ocupar o nosso lugar
-
14:21 - 14:25e serem os líderes do mundo
-
14:25 - 14:28relativamente ao pensamento
e à tecnologia e à democracia -
14:28 - 14:30e tudo aquilo de que gostamos.
-
14:30 - 14:35Atrevo-me a apontar a insignificância,
-
14:35 - 14:39do que nos é pedido para realmente
-
14:39 - 14:41começar a resolver alguns desses problemas.
-
14:41 - 14:46Assim que o fizermos, deixarei
de estar zangado. (Risos) -
14:46 - 14:52Então, ajudem-me a chegar lá.
-
14:52 - 14:54Muito obrigado a todos. Muito obrigado.
-
14:54 - 15:04(Aplausos)
-
15:04 - 15:08John Legend: Então qual é a taxa de abandono
na Zona Infantil do Harlem? -
15:08 - 15:09Geoffrey Canada: Bem, sabes John,
-
15:09 - 15:12100% dos nossos miúdos acabaram o liceu
-
15:12 - 15:13no ano passado na minha escola.
-
15:13 - 15:14Cem por cento deles foi para a universidade.
-
15:14 - 15:18Os seniores deste ano terão
100% de finalistas do liceu. -
15:18 - 15:21Da última vez que ouvi 93%
foi aceite na Universidade. -
15:21 - 15:23Temos de colocar também
aqueles outros 7%. -
15:23 - 15:30Então é assim que se vai indo.
(Aplausos) -
15:30 - 15:33JL: Como se mantêm em contacto com eles
depois de saírem do liceu? -
15:33 - 15:35GC: Bem, sabes, um dos maus problemas
-
15:35 - 15:38que temos neste país são estes miúdos,
os mesmos miúdos, -
15:38 - 15:40os mesmos miúdos vulneráveis,
quando os apanhamos na escola, -
15:40 - 15:41abandonam a escola em números recorde.
-
15:41 - 15:45E então percebemos que
se tem mesmo de criar -
15:45 - 15:48uma rede de apoio para estes miúdos
que de muitas maneiras -
15:48 - 15:50imita o que faz um bom pai.
-
15:50 - 15:54Eles incomodam-te, não é?
Ligam-te, e dizem: -
15:54 - 15:56"Quero ver as tuas notas.
Como te safaste naquele último teste? -
15:56 - 15:59"De que estás a falar ao dizer que
queres abandonar os estudos? -
15:59 - 16:00"E não vais voltar para aqui."
-
16:00 - 16:02Um punhado dos meus miúdos sabe
que não pode voltar para o Harlem -
16:02 - 16:04porque o Geoff está atento a eles.
-
16:04 - 16:07Dizem: "Não posso mesmo voltar."
— "Não. É melhor ficares na escola." -
16:07 - 16:10Mas não estou a brincar acerca disto,
-
16:10 - 16:11e vai um pouco à questão da fricção.
-
16:11 - 16:16Quando os miúdos sabem que nos recusamos
a aceitar que eles falhem, -
16:16 - 16:18põe neles uma pressão diferente,
-
16:18 - 16:19e eles não desistem tão facilmente.
-
16:19 - 16:22Às vezes eles não o têm lá dentro,
-
16:22 - 16:24e dizem: "Não quero fazer isto,
-
16:24 - 16:27"mas sei que a minha mãe
vai ficar zangada." -
16:27 - 16:30Isso importa para os miúdos,
e ajuda-os a aguentar. -
16:30 - 16:34Tentamos criar um conjunto de estratégias
que lhes fornece tutorias -
16:34 - 16:38e ajuda e apoio, mas também
um conjunto de encorajamentos -
16:38 - 16:40que lhes dizem:
"Tu consegues. Vai ser difícil, -
16:40 - 16:42"mas recusamo-nos a deixar-te falhar."
-
16:42 - 16:44JL: Bem, obrigado Dr. Canada.
-
16:44 - 16:45Uma salva de palmas para ele mais uma vez.
-
16:45 - 16:50(Aplausos)
- Title:
- Geoffrey Canada: O fracasso nas nossas escolas. Basta!
- Speaker:
- Geoffrey Canada
- Description:
-
Mas porque é que o nosso sistema de educação parece tão igual ao que era há 50 anos? Milhões de estudantes fracassavam naquela altura, tal como agora — e é porque estamos agarrados a um modelo de negócios que claramente não funciona. O advogado educacional Geoffrey Canada desafia o sistema a observar os dados, pensar sobre os clientes e fazer alterações sistemáticas para ajudar um maior número de miúdos a alcançarem a excelência.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 17:07
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Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! | |
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Miguel Antunes accepted Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! | |
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Edgar Fernandes edited Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! | |
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Edgar Fernandes edited Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! | |
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Edgar Fernandes edited Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! | |
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Edgar Fernandes edited Portuguese subtitles for Our failing schools. Enough is enough! |