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O mundo precisa de todos os tipos de mentes

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    Penso que vou começar por falar um pouco sobre
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    o que é autismo, exatamente.
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    Autismo abrange um espectro muito amplo
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    que vai do muito severo, no qual a criança permanece não verbal,
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    até aos mais brilhantes cientistas e engenheiros.
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    Na verdade sinto-me em casa aqui
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    porque há muitos genes do autismo nesta sala.
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    Vocês não teriam nenhum...
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    (Aplausos)
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    É um espectro abrangente de caracteristicas.
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    Quando um "nerd" se revela ser um
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    Aspie, que não é nada mais do que um grau leve de autismo?
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    Quero dizer, o Einstein, o Mozart
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    e o Tesla (Nikola), seriam todos provavelmente diagnosticados
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    como sendo do espectro autista hoje em dia.
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    E uma das coisas que realmente me vai preocupar é
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    tornar estas crianças naqueles que vão inventar
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    as coisas ligadas às energias do futuro
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    as tais que o Bill Gates falou esta manhã.
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    Ok. Bem, se vocês querem perceber
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    o autismo, os animais.
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    E agora quero falar com vocês sobre as diferentes formas de pensar.
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    Vocês tem que se afastar da linguagem verbal.
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    Eu penso em imagens.
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    Eu não penso em linguagem.
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    Então, o que acontece numa mente autista
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    é que se foca nos detalhes
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    Ok, este é um teste no qual vocês têm
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    de descobrir as letras grandes, ou descobrir as letras pequenas.
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    E o pensamento autista descobre as
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    letras pequenas mais rapidamente.
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    O que acontece é que o cérebro normal ignora os detalhes.
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    Bem, se vocês estiverem a construir uma ponte, os detalhes são muito importantes
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    porque a ponte pode caír se vocês ignorarem os detalhes
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    E uma das minhas maiores preocupações com as práticas estabelecidas hoje em dia
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    é que as coisas estão a ficar demasiado abstractas.
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    As pessoas estão-se a deixar de colocar
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    as mãos à obra.
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    Preocupa-me que muitas escolas tenham retirado
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    as disciplinas práticas
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    porque arte, e disciplinas do género
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    essas eram as disciplinas em que eu era excelente.
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    Ok, no meu trabalho com o gado
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    Eu reparei em certos pormenores que a maior parte das pessoas não nota
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    e que fazem o gado entrar em pânico. Como, por exemplo,
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    esta bandeira a flutuar ao vento, exactamente em frente às instalações do veterinário.
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    O gado estava no pátio de alimentação quase a destruír as instalações veterinárias por completo.
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    e tudo o que eles precisavam de fazer era mudar a bandeira de sítio.
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    Movimentos rápidos, contraste.
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    No início dos anos 70, eu desloquei-me
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    às cabines de contenção ver o que é que o gado via.
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    As pessoas pensavam que era uma loucura. Um casaco pendurado numa cerca assustava-os
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    Assustavam-se com as sombras, com uma mangueira que estivesse no chão.
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    As pessoas não se apercebiam destas coisas,
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    uma corrente pendurada,
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    e isso é muito bem ilustrado no filme
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    Na verdade eu adorei o filme, a maneira como eles
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    duplicaram os meus projectos todos. É o meu lado "geek".
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    Os meus desenhos também desempenharam um papel no filme.
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    Já agora, chama-se Temple Grandin,
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    não Pensando em Imagens.
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    Então, como é pensar em imagens? É literalmente
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    ver filmes na nossa cabeça.
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    O meu cérebro funciona como o Google para Imagens.
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    Bem, quando eu era uma criança não sabia que a minha forma de pensar era diferente.
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    Eu pensava que toda a gente pensava em imagens.
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    E quando escrevi o meu livro, Pensando em Imagens,
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    comecei a perguntar às pessoas como é que elas pensam.
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    E fiquei muito chocada por descobrir que o meu pensamento
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    a minha forma de pensar é muito diferente. Por exemplo, se disser
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    "Pensem numa torre de igreja"
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    a maior parte tem uma imagem mais ou menos generalizadas de uma torre.
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    Bem, se calhar nesta sala isto não se aplica,
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    mas é verdade em muitos outros lugares.
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    Eu só vejo imagens específicas
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    Elas aparecem na minha memória, como se esta fosse o Google para Imagens.
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    E no filme, fizeram uma cena excelente
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    onde a palavra "sapato" é dita, e um monte de sapatos dos anos 50 e 60
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    começam a aparecer na minha imaginação.
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    Ok, esta é a igreja da minha infância.
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    É específico. Aqui estão mais umas, em Fort Collins.
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    Ok, que tal umas igrejas famosas?
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    E elas continuam a aparecer, mais ou menos assim.
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    Muito rápidamente, como o Google para Imagens.
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    E aparecem uma de cada vez
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    E eu fico a pensar, ok, podemos ver se neva
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    ou se vai trovejar
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    e eu posso editar essas imagens e fazer um video delas.
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    Ora bem, o pensamento visual é um bem essencial
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    no meu trabalho em desenhar instalações para o manejo de gado.
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    E tenho trabalhado árduamente em melhorar
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    a forma como o gado é tratado nos matadouros.
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    Não vos vou mostrar aqui nenhuns slides de matadouros horríveis.
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    Tenho essas coisas no Youtube, se quiserem ver.
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    Mas, uma das coisas que consegui fazer no meu trabalho de design
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    foi a de literalmente fazer um teste de funcionamento
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    a uma peça de equipamento no meu cérebro,
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    como se fosse um sistema computorizado de realidade virtual.
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    E aqui temos uma vista aérea
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    da recriação de um dos meus projectos que foi utilizado no filme.
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    Tem um ar tão espectacular!
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    E também havia muitas pessoas com Asperger
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    e com autismo, a trabalhar ali no set de filmagem.
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    (Risos)
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    Mas uma das coisas que realmente me preocupa,
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    é qual é a versão mais novas daquelas pessoas.
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    Eles não vão parar a Silicon Valley, que é onde eles pertecem.
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    (Risos)
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    (Aplausos)
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    Bem, uma das coisas que aprendi quando era nova, porque como não era muito sociável,
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    foi que tinha de vender o meu trabalho, e não a mim mesma.
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    E a forma como vendi trabalhos na área da pecuária
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    bem, eu mostrei os meus desenhos, mostrei imagens das coisas.
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    Outra coisa que me ajudou em criança
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    foi, bem, nos anos 50 ensinávam-nos a ter maneiras.
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    Ensinavam-nos que não podemos tirar a mercadoria das prateleiras
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    da loja e deixá-la espalhada por todo o lado.
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    Bem, quando os miúdos chegam ao terceiro ou quarto ano,
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    já se nota que este miúdo vai ser um pensador visual,
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    porque desenha perspectivas. Bem, eu quero
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    enfatizar que nem todos os miúdos autistas
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    vão ser pensadores visuais.
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    Bem, eu fiz este TAC há uns bons anos.
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    e costumava fazer piadas por eu ter
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    um cabo gigantesco de ligação à internet
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    profundamente incorporado no meu cortex visual.
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    Aqui temos a ressonância magnética.
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    E o meu cabo gigantesco de ligação à internet
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    tem o dobro do tamanho comparado com o de controle.
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    As linhas vermelhas são minhas
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    e as linhas azuis são de uma pessoa com o mesmo sexo e idade que serve de controle.
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    E podem ver, eu tenho uma linha gigantesca
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    e a linha do controle que está aqui, a azul
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    geralmente tem uma linha bem pequena.
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    E algumas pesquisas estão agora a demonstrar
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    que as pessoas no espectro geralmente pensam com o cortex visual primário.
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    Bem, o que se passa, é que o pensador visual tem um cérebro único.
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    Estão a ver, o cérebro autista tem tendência a ser um cérebro especializado.
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    Excelente numa coisa, muito mau noutra coisa qualquer.
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    A coisa em que eu era muito má era em álgebra. E nunca me permitiram
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    estudar geometria ou trigonometria.
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    Foi um erro gigantesco. Tenho encontrado muitos miúdos que não precisam de estudar álgebra,
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    precisam de ir directamente para a geometria e trigonometria.
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    Bem, outro género de cérebro é do pensador por padrões.
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    Mais abstractos. São estes os vossos engenheiros,
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    os vossos programadores de computadores.
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    Aqui temos um padrão de pensamento. Está ali um louva-a-deus
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    que é feito de uma única folha de papel,
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    sem uso de fita cola, e sem cortes.
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    E como fundo temos o padrão que serve para o fazer.
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    Estes são os tipos diferentes de pensamento,
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    os pensadores visuais foto realísticos, como eu.
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    Pensadores por padrões, músicos e matemáticos.
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    Alguns destes têm muitas vezes problemas em ler.
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    Vocês podem encontrar este tipo de problema em
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    miúdos que sofrem de disléxia.
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    Podem ver estas formas diferentes de pensar.
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    E depois há a mente verbal. Estes sabem factos sobre todos os assuntos.
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    Ora, outra coisas são os problemas sensoriais.
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    Eu estava muito preocupada por ter de usar este aparelho na minha cara.
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    E vim para cá uma hora mais cedo
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    para que mo pusessem e para me ir habituando a ele.
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    A produção dobrou-o para não me bater no queixo.
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    A parte sensorial é um problema. Alguns miúdos ficam incomodados com luzes fluorescentes.
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    Outros têm problemas relacionados com a sensibilidade ao som.
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    Percebem, há sempre variantes.
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    Bem, pensar visualmente deu-me uma perspectiva
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    do cérebro dos animais.
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    Porque, pensem nisto. Um animal é um pensador baseado nos sentidos
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    não é verbal. Pensa em imagens.
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    Pensa em sons. Pensa em cheiros.
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    Pensem em quanta informação existe na boca de incêndio local.
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    Ele sabe quem esteve lá, quando esteve lá,
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    se é um amigo ou inimigo, se é alguém com quem ele pode acasalar.
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    Há uma tonelada de informação naquela boca de incêndio.
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    É uma informação muito detalhada.
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    E observar todo este tipo de detalhes
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    deu-me bastante perspectiva sobre os animais.
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    Bem, a mente animal, bem como a minha mente
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    armazena a informação baseada nos sentidos
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    em categorias.
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    Homem a cavalo,
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    e homem a pé,
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    vemos isso como duas coisas totalmente diferentes.
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    Se tiverem um cavalo que foi maltratado pelo cavaleiro.
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    Eles vão ter um comportamento normal com o veterinário
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    e com o ferreiro, mas ele nunca vos deixará montá-lo.
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    E se virmos outro cavalo, outro que tenha sido maltratado pelo ferreiro
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    ele será terrível para tarefas no chão,
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    com o veterinário, mas vai deixar o cavaleiro montá-lo.
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    O gado age da mesma forma,
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    Homem a cavalo,
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    homem a pé, são duas coisas completamente diferentes.
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    Sabem, é uma imagem diferente.
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    Bem, eu quero que vocês pensem no quão específico isto é.
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    Agora, esta capacidade de armazenar informação por categorias,
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    encontro muita gente que não é muito boa a fazê-lo.
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    Quando estou a tentar resolver problemas de equipamentos,
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    ou problemas com qualquer coisa numa fábrica,
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    parece que eles não conseguem descobrir, "Será que a formação profissional que dou está errada?"
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    Ou "passa-se alguma coisa de errado com o equipamento?"
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    Noutras palavras, arquivam o problema de equipamento,
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    no mesmo sítio dos problemas com as pessoas.
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    Encontro muita gente que tem dificuldade em categorizar correctamente.
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    Bem, imaginemos que eu descubro que é um problema de equipamento.
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    É um problema pequeno, alguma coisa simples que posso arranjar?
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    Ou o problema está no design inteiro do sistema?
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    As pessoas têm muita dificuldade em descobrir isso.
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    Tomemos, por exemplo uma coisa como
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    resolver problemas para tornar os aviões mais seguros.
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    Sim, eu sou passageira com muitas horas de voo.
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    Eu viajo muito, e muito de avião,
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    e se eu trabalhasse na FAA (Federal Aviation Administration),
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    qual seria a coisa a que faria muita observação directa?
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    Seria às caudas dos aviões.
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    Sabem, cinco dos acidentes de avião nos últimos 20 anos,
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    aconteceram porque ou cauda saltou completamente, ou porque o trem de aterragem se partiu dentro da cauda
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    de uma forma qualquer.
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    O problema está nas caudas, pura e simplesmente.
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    E quando os pilotos andam à volta do avião, pois adivinhem? Eles não conseguem
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    ver o que se passa dentro da cauda do avião.
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    Sabem, agora que penso nisto tudo,
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    estou a lembrar-me de muita quantidade de informação específica.
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    É específico. Então, estão a ver, eu penso ao contrário do normal.
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    Primeiro pego nas peças pequenas, e depois junto-as todas como se fossem um puzzle.
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    Ora, imaginemos um cavalo que tem um medo mortal
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    de vaqueiros que usam chapéus pretos.
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    Foi maltratado por alguém que usava um chapéu preto de vaqueiro.
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    Se forem chapéus brancos, não há problema nenhum.
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    Ora, o que se passa é que no futuro o mundo vai precisar
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    de todos estes cérebros diferentes
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    a trabalhar juntos.
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    Temos de trabalhar no desenvolvimento de todos estes tipos de pensadores.
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    E uma coisa que me põem completamente louca,
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    quando viajo pelo mundo e faço conferências sobre autismo
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    é que encontro muitos miúdos geeks muito inteligentes.
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    E eles não são muito sociáveis.
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    E ninguém trabalha para desenvolver os seus interesses
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    em coisas como a ciência.
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    E isto leva-me a falar do meu professor de ciências.
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    O meu professor de ciências é deliciosamente ilustrado no filme.
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    Eu era uma estudante meio tonta. E quando fui para a secundária
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    eu não queria ligava nada aos estudos.
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    Até ter aulas de ciências com o Professor Carlock.
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    No filme a personagem dele é o Dr. Carlock.
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    E ele desafiou-me
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    para tentar compreender o funcionamento de uma sala de ilusão de óptica.
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    E vocês têm de fazer isto pelos vossos filhos, mostrar-lhes
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    coisas interessantes.
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    Sabem, uma das coisas que eu pensei que talvez o TED devesse fazer
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    era dizer a todas as escolas que há grandes conferências no TED
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    e que há uma quantidade enorme de informação na internet,
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    para motivar estes miúdos.
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    Porque eu encontro estes miúdos inteligentes e meio geeks,
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    e os professores do midwest, e de outras partes do país,
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    aquelas zonas afastadas das zonas tecnológicas,
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    eles não sabem o que fazer com estes miúdos!
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    E estão a dirigi-los para caminhos errados.
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    A questão é que vocês podem moldar o cérebro
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    de forma a que a mente seja mais pensativa e cognitiva.
  • 11:01 - 11:04
    Ou podem molda-lo de forma a ser mais sociável.
  • 11:04 - 11:06
    E o que as pesquisas têm demonstrado no autismo,
  • 11:06 - 11:08
    é que podem existir mais formas de ligação aqui dentro,
  • 11:08 - 11:11
    na verdadeira mente brilhante, e que perdemos alguns circuitos sociais em troca.
  • 11:11 - 11:15
    É uma espécie de troca entre o pensar e o ser social.
  • 11:15 - 11:17
    E às vezes chegámos ao ponto em que a troca é tão severa
  • 11:17 - 11:20
    que vamos encontrar uma pessoa que não é verbal.
  • 11:20 - 11:22
    No cérebro normal humano
  • 11:22 - 11:25
    a linguagem ofusca o pensamento visual que partilhamos com os animais.
  • 11:25 - 11:28
    Este é o trabalho do Dr. Bruce Miller.
  • 11:28 - 11:31
    Ele estudou doentes com Alzheimer
  • 11:31 - 11:33
    que sofriam de demência do lobo temporal frontal.
  • 11:33 - 11:36
    E a demência devorou a parte linguística do cérebro,
  • 11:36 - 11:41
    e esta obra de arte foi criada por alguém que costumava instalar aparelhagens em carros.
  • 11:41 - 11:45
    Bem, o Van Gogh não devia perceber muito de física.
  • 11:45 - 11:47
    Mas isto é muito interessante
  • 11:47 - 11:49
    e já foram feitos estudos que provam
  • 11:49 - 11:51
    que este género de padrão em espiral neste quadro
  • 11:51 - 11:54
    segue um modelo estatístico de turbulência.
  • 11:54 - 11:56
    O que nos leva uma teoria muito interessante
  • 11:56 - 11:58
    de que talvez estes padrões matemáticos estejam armazenados
  • 11:58 - 12:00
    no nosso próprio cérebro.
  • 12:00 - 12:02
    E as coisas todas do Wolfram (Stephen) que eu anotei
  • 12:02 - 12:04
    notas que me lembrei de escrever
  • 12:04 - 12:06
    para depois as pôr em palavras que pudesse usar
  • 12:06 - 12:10
    porque eu penso que tem de continuar nas minhas conferências sobre autismo.
  • 12:10 - 12:12
    Temos de mostrar a estes miúdos coisas interessantes.
  • 12:12 - 12:14
    Foram-lhes retiradas as aulas de mecânica
  • 12:14 - 12:16
    e aulas de educação visual, e aulas de arte.
  • 12:16 - 12:19
    Quer dizer, a disciplina em que eu era melhor na escola era arte!
  • 12:19 - 12:21
    Temos de pensar em todos estes tipos diferentes de pensadores.
  • 12:21 - 12:24
    E temos mesmo de trabalhar com estes géneros de mentes
  • 12:24 - 12:27
    porque nós vamos precisar absolutamente
  • 12:27 - 12:30
    deste género de pessoas no futuro.
  • 12:30 - 12:32
    E falemos de empregos.
  • 12:32 - 12:34
    Ok, o meu professor de ciência fez com que eu estudasse
  • 12:34 - 12:37
    porque eu era meio tonta e não queria estudar.
  • 12:37 - 12:39
    Mas sabem que mais? Eu estava a ganhar experiência profissional.
  • 12:39 - 12:41
    Tenho conhecido muitos miúdos a quem não ensinaram as coisas básicas
  • 12:41 - 12:43
    tais como ser pontual.
  • 12:43 - 12:45
    Eu aprendi isso quando tinha oito anos.
  • 12:45 - 12:48
    Sabem, como ter maneiras à mesa nas festas de domingo da avó.
  • 12:48 - 12:51
    Eu aprendi isso quanto era muito, muito nova.
  • 12:51 - 12:54
    E quando fiz 13 anos arranjei trabalho numa modista
  • 12:54 - 12:56
    a costurar roupa.
  • 12:56 - 12:59
    Fiz estágios durante a faculdade.
  • 12:59 - 13:02
    Eu construía coisas.
  • 13:02 - 13:05
    E também tive de aprender a fazer trabalhos.
  • 13:05 - 13:09
    Sabem, quando era pequena, tudo o que eu queria fazer era desenhar cavalos.
  • 13:09 - 13:11
    A minha mãe disse-me "bem, vamos desenhar outra coisa qualquer".
  • 13:11 - 13:13
    Eles têm de aprender a fazer outras coisas.
  • 13:13 - 13:15
    Por exemplo um miúdo que tenha uma fixação com Legos.
  • 13:15 - 13:18
    Ensinem-no a construír com outro tipo de materiais.
  • 13:18 - 13:20
    O que se passa no cérebro autista
  • 13:20 - 13:22
    é que tem tendência a fixar-se.
  • 13:22 - 13:24
    Um miúdo que adore carros de corrida,
  • 13:24 - 13:26
    ensinem-lhe matemática usando os carros.
  • 13:26 - 13:29
    Deixem-no descobrir em quanto tempo é que um carro de corrida percorre uma certa distância.
  • 13:29 - 13:33
    Noutras palavras, usem essa fixação
  • 13:33 - 13:36
    de forma a motivar a criança, é uma das coisas que nós precisamos de fazer.
  • 13:36 - 13:39
    Eu fico muito aborrecida quando eles, sabem, os professores,
  • 13:39 - 13:42
    especialmente nas zonas desta parte do país,
  • 13:42 - 13:44
    eles não sabem o que fazer com estes miúdos inteligentes.
  • 13:44 - 13:46
    Isso põem-me louca!
  • 13:46 - 13:48
    O que é que os pensadores visuais podem fazer quando forem adultos?
  • 13:48 - 13:51
    Podem trabalhar em design gráfico, em todo o género de coisas com computadores,
  • 13:51 - 13:56
    fotografia, design industrial.
  • 13:56 - 13:58
    Os pensadores por padrões, esses serão aqueles que no futuro
  • 13:58 - 14:01
    serão os vossos matemáticos, os vossos engenheiros de sistemas,
  • 14:01 - 14:05
    os vossos programadores de computador, todos esses tipos de trabalho.
  • 14:05 - 14:08
    E depois têm os pensadores das palavras. Eles tornam-se grandes jornalistas.
  • 14:08 - 14:11
    E também costumam ser muito bons actores de teatro.
  • 14:11 - 14:13
    Porque uma das coisas sobre ser autista é,
  • 14:13 - 14:16
    eu tive de aprender as competências sociais como se aprende um papel no teatro.
  • 14:16 - 14:19
    É como se, temos mesmo de aprender a fazê-lo.
  • 14:19 - 14:22
    E precisamos de trabalhar com estes estudantes.
  • 14:22 - 14:24
    E isto leva-nos aos mentores.
  • 14:24 - 14:27
    Sabem, o meu professor de ciências não era um professor "credenciado".
  • 14:27 - 14:29
    Ele era um cientista espacial da NASA.
  • 14:29 - 14:31
    Bem, agora em alguns estados estamos a ver que
  • 14:31 - 14:33
    se o professor for licenciado em biologia, ou em química
  • 14:33 - 14:36
    ele chega a uma escola e pode ensinar biologia ou química.
  • 14:36 - 14:38
    Nós precisamos de fazer isso.
  • 14:38 - 14:40
    Porque o que eu tenho visto é que
  • 14:40 - 14:42
    os bons professores, para muitos destes miúdos,
  • 14:42 - 14:44
    estão colocados apenas nas universidades.
  • 14:44 - 14:47
    Precisamos de pegar nesses excelentes professores e trazê-los para as escolas secundárias.
  • 14:47 - 14:50
    Outra coisa que pode ter muitos, muitos bons resultados é,
  • 14:50 - 14:53
    há muita gente que já se pode ter reformado
  • 14:53 - 14:56
    de trabalhos nas indústrias de software, e eles podem ensinar a vossa criança.
  • 14:56 - 14:59
    E não interessa se o que ele lhes ensina é antiquado
  • 14:59 - 15:02
    porque o que ele está a fazer é apenas acender a chama.
  • 15:02 - 15:05
    Ele está a motivar aquele miúdo!
  • 15:05 - 15:08
    E quando um miúdo se sente motivado, ele vai aprender todas as coisas mais recentes.
  • 15:08 - 15:10
    Os mentores são essenciais.
  • 15:10 - 15:12
    Não me canso de dizer isto
  • 15:12 - 15:15
    o que o meu professor de ciências fez por mim.
  • 15:15 - 15:18
    E temos de ser mentores deles, e contratá-los.
  • 15:18 - 15:20
    E se lhes oferecerem estágios nas vossas empresas,
  • 15:20 - 15:23
    o que se passa numa mente autista aspergiana,
  • 15:23 - 15:26
    é que vocês têm de lhes dar tarefas específicas. Não digam só "desenhem novo software".
  • 15:26 - 15:28
    Vocês têm de lhes dar informações muito mais específicas.
  • 15:28 - 15:31
    "Bem, nós precisamos de um software para um telefone
  • 15:31 - 15:33
    e tem de fazer uma função específica
  • 15:33 - 15:35
    e só pode utilizar uma certa quantidade de memória".
  • 15:35 - 15:37
    É este o género de especificidade que precisamos.
  • 15:37 - 15:39
    Bem, este é o final da minha conversa.
  • 15:39 - 15:41
    Quero agradecer a todos por terem vindo.
  • 15:41 - 15:43
    Foi muito bom estar aqui.
  • 15:43 - 15:55
    (Aplausos)
  • 15:55 - 15:58
    Ah, tem uma pergunta para mim? Ok.
  • 15:58 - 15:59
    (Aplausos)
  • 15:59 - 16:03
    (Chris Anderson) Muito obrigado por ter feito isto.
  • 16:03 - 16:05
    Sabe, uma vez escreveu, e passo a citar,
  • 16:05 - 16:07
    "Se por algum passo de magia, o autismo fosse
  • 16:07 - 16:10
    erradicado da face da Terra,
  • 16:10 - 16:13
    neste momento o homem ainda estaria em frente de uma fogueira
  • 16:13 - 16:15
    à entrada de uma caverna."
  • 16:15 - 16:17
    (Temple Grandin) Então, mas quem é que pensam que fez as primeiras lanças de pedra?
  • 16:17 - 16:20
    O tipo com Asperger. E se vocês se vissem livres de todos os factores genéticos do autismo
  • 16:20 - 16:22
    o Silicon Valleu deixava de existir,
  • 16:22 - 16:24
    e a crise energética nunca seria resolvida.
  • 16:24 - 16:27
    (Aplausos)
  • 16:27 - 16:29
    (CA) Então, eu queria fazer-lhe mais umas perguntas.
  • 16:29 - 16:31
    Mas se achar que alguma é inapropriada
  • 16:31 - 16:33
    fica à vontade para dizer "próxima questão"
  • 16:33 - 16:35
    Mas se estiver aqui alguém
  • 16:35 - 16:37
    que tem um filho autista
  • 16:37 - 16:39
    ou que conhece uma criança autista
  • 16:39 - 16:42
    e que não consegue comunicar com eles,
  • 16:42 - 16:44
    que conselho é que tem para lhes dar?
  • 16:44 - 16:46
    (TG) Bem, em primeiro lugar, temos de ter em conta a idade.
  • 16:46 - 16:48
    Se tiverem uma criança de dois, três ou quatro anos
  • 16:48 - 16:50
    sabem, que não fala, sem interacção social,
  • 16:50 - 16:52
    Eu tenho de insistir nisto
  • 16:52 - 16:56
    não fiquem à espera, vão precisar pelo menos de 20 horas semanais de educação um a um.
  • 16:56 - 16:59
    Sabem, o que se passa, é que o autismo tem vários graus.
  • 16:59 - 17:01
    Metade das pessoas dentro do espectro
  • 17:01 - 17:03
    nunca vão aprender a falar, e esses nunca irão conseguir trabalhar no
  • 17:03 - 17:06
    Silicon Valley, não seria uma coisa razoável para eles.
  • 17:06 - 17:08
    Mas depois há os miúdos inteligentes e meio geeks
  • 17:08 - 17:10
    com um toque leve de autismo
  • 17:10 - 17:12
    e são esses que vocês têm de motivar
  • 17:12 - 17:14
    pondo-os a fazer coisas interessantes.
  • 17:14 - 17:17
    Eu aprendi a interagir socialmente por interesses partilhados.
  • 17:17 - 17:21
    Eu montava a cavalo com outros miúdos. Eu fiz modelos de foguetões com outros miúdos,
  • 17:21 - 17:23
    participei em laboratórios de electrónica com outros miúdos
  • 17:23 - 17:25
    e nos anos 60 fazíamos colagens com espelhos
  • 17:25 - 17:28
    nas membranas de borracha das colunas de som, para fazer espectáculos de luzes.
  • 17:28 - 17:31
    E isso era, nós considerávamos isso o máximo!
  • 17:31 - 17:33
    (CA) É uma coisa irrealista para os pais
  • 17:33 - 17:35
    desejarem ou pensarem que aquela criança
  • 17:35 - 17:38
    os ama, como a maioria faz e pode, ou é só um desejo.
  • 17:38 - 17:40
    (TG) Deixem-me dizer-vos uma coisa, aquela criança será leal.
  • 17:40 - 17:42
    E se a vossa casa um dia estiver em chamas eles vão tirar-vos lá de dentro.
  • 17:42 - 17:45
    (CA) Wow. Então, quando perguntamos à maior parte das pessoas
  • 17:45 - 17:47
    qual é a coisa que os apaixona mais, eles geralmente respondem
  • 17:47 - 17:50
    "Os meus filhos", ou "o meu amante".
  • 17:50 - 17:53
    O que é que a apaixona mais?
  • 17:53 - 17:55
    (TG) Eu sou apaixonada pelas coisas que faço
  • 17:55 - 17:57
    porque vão tornar o mundo num sítio melhor.
  • 17:57 - 17:59
    E quando oiço a mãe de uma criança autista dizer,
  • 17:59 - 18:01
    "O meu filho foi para a faculdade graças ao seu livro,
  • 18:01 - 18:03
    ou por causa de uma das suas conferências". Isso faz-me feliz.
  • 18:03 - 18:06
    Sabem, os matadouros, eu trabalhei em vários
  • 18:06 - 18:08
    nos anos 80, eram lugares absolutamente terríveis.
  • 18:08 - 18:12
    Eu desenvolvi uma tabela de desempenho simples para os matadouros
  • 18:12 - 18:14
    onde se podem controlar os resultados, a quantidade de gado abatido
  • 18:14 - 18:16
    quantos tiveram de levar choques electricos
  • 18:16 - 18:18
    quantos animais mugiram até lhes saltar a cabeça?
  • 18:18 - 18:20
    E é muito, muito simples.
  • 18:20 - 18:22
    Têm de observar directamente coisas muito simples.
  • 18:22 - 18:24
    E resultou muito bem. Fiquei muito satisfeita por
  • 18:24 - 18:27
    notar em coisas que marcam realmente a diferença
  • 18:27 - 18:29
    no mundo real. Precisamos de muito mais disto,
  • 18:29 - 18:31
    e muito menos de coisas abstractas.
  • 18:31 - 18:38
    (Aplausos)
  • 18:38 - 18:40
    (CA) Quando estávamos a falar ao telefone, uma das coisas que disse e que
  • 18:40 - 18:42
    me surpreendeu foi uma coisa que disse
  • 18:42 - 18:46
    que era apaixonada por centrais de servidores. Fale-nos sobre isso.
  • 18:46 - 18:49
    (TG) Bem, a razão porque fiquei tão entusiasmada quando li sobre eles
  • 18:49 - 18:52
    é por conterem conhecimento.
  • 18:52 - 18:54
    São bibliotecas.
  • 18:54 - 18:56
    E o conhecimento para mim é uma coisa
  • 18:56 - 18:58
    que é extremamente valiosa. Bem, talvez porque, há 10 anos
  • 18:58 - 19:00
    a nossa biblioteca sofreu uma inundação
  • 19:00 - 19:02
    E isto aconteceu antes da explosão da internet.
  • 19:02 - 19:04
    E eu fiquei muito aborrecida porque os livros estragaram-se todos,
  • 19:04 - 19:06
    porque o conhecimento foi destruído.
  • 19:06 - 19:08
    E as centrais de servidores, ou centrais de dados
  • 19:08 - 19:11
    são grandes bibliotecas de conhecimento.
  • 19:11 - 19:14
    (CA) Temple, posso só dizer-lhe que foi excelente tê-la aqui no TED.
  • 19:14 - 19:17
    (TG) Ora, muito obrigada. Muito obrigada.
  • 19:17 - 19:23
    (Aplausos)
Title:
O mundo precisa de todos os tipos de mentes
Speaker:
Temple Grandin
Description:

Temple Grandin, diagnosticada autista quando criança, fala sobre como a sua mente funciona - e compartilha a sua habilidade de "pensar em imagens", que a auxilia a resolver problemas que os cérebros chamados normais podem não conseguir. Ela defende que o mundo necessita de pessoas que se situam no espectro autista: pensadores visuais, pensadores em padrões, pensadores verbais, e todos os tipos de crianças inteligentes.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
19:26
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The world needs all kinds of minds
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