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Ensinando ciências: estamos fazendo de forma errada| Danny Doucette | TEDxRiga

  • 0:17 - 0:19
    Eu sou professor do ensino médio;
  • 0:19 - 0:23
    não estou acostumado a ter uma sala cheia
    prestando atenção ao que digo.
  • 0:23 - 0:24
    (Risos)
  • 0:25 - 0:29
    Quem aqui, quando estava na escola,
    gostava de estudar ciências?
  • 0:30 - 0:31
    Nada mau.
  • 0:31 - 0:34
    Agora, nesta última semana,
  • 0:34 - 0:40
    quem aqui usou algo que aprendeu
    nas aulas de física, no seu cotidiano?
  • 0:41 - 0:45
    Certo, temos alguns, mas não muitos.
  • 0:46 - 0:47
    Então, acho, como professor,
  • 0:47 - 0:51
    não estou tendo muita influência
    na vida dos meus alunos,
  • 0:51 - 0:53
    e isso é um problema.
  • 0:53 - 0:56
    Gostaria de iniciar contando
    a história de Zaya.
  • 0:57 - 1:01
    Zaya foi minha aluna
    na Mongólia, há sete anos.
  • 1:01 - 1:03
    Ela tinha 14 anos naquela época.
  • 1:04 - 1:08
    Zaya era uma menina tranquila,
    estudava muito,
  • 1:08 - 1:10
    e sempre tinha uma palavra
    gentil para os amigos.
  • 1:11 - 1:13
    Zaya acreditava em OVNIs.
  • 1:15 - 1:18
    Seu avô falava que ele tinha
    sido abduzido várias vezes
  • 1:18 - 1:23
    e se tornou famoso por suas pinturas
    retratando essas abduções.
  • 1:24 - 1:27
    Na época em que a conheci,
    Zaya descobriu a Internet
  • 1:27 - 1:31
    e começou a aprender mais sobre
    as teorias da conspiração.
  • 1:32 - 1:34
    Com o tempo, ela começou a suspeitar
  • 1:34 - 1:37
    que o governo local, o governo nacional
  • 1:37 - 1:42
    e mesmo a economia mundial estavam
    sob o comando de homenzinhos verdes.
  • 1:43 - 1:45
    Isso é o que acontece,
  • 1:45 - 1:48
    quando uma adolescente
    que não pensa de forma crítica,
  • 1:48 - 1:50
    tem acesso à internet.
  • 1:51 - 1:54
    Num mundo em que há
    sérios desafios à nossa frente:
  • 1:54 - 1:57
    aquecimento global, avanços na saúde
  • 1:57 - 2:01
    a tecnologia evoluindo
    a uma taxa cada vez mais rápida.
  • 2:02 - 2:04
    Para que a sociedade possa lidar com isso,
  • 2:05 - 2:07
    vamos precisar de uma população
    cientificamente alfabetizada.
  • 2:08 - 2:10
    Ao mesmo tempo,
  • 2:10 - 2:15
    se você usa o pensamento
    crítico e científico em sua vida,
  • 2:16 - 2:19
    estará capacitado para entender
    melhor o mundo.
  • 2:19 - 2:22
    Mas, como no caso de Zaya,
  • 2:22 - 2:27
    nós, professores, não estamos ensinando
    os alunos a pensar de forma crítica.
  • 2:27 - 2:29
    Não estamos ensinando alunos
  • 2:29 - 2:32
    a usar as ideias científicas,
    para dar sentido à vida deles.
  • 2:33 - 2:37
    A maioria de nós reconhece
    que precisamos melhorar,
  • 2:37 - 2:38
    mas, ao mesmo tempo,
  • 2:38 - 2:41
    muitas de nossas conversas
    são dirigidas a coisas erradas.
  • 2:42 - 2:43
    Muitas pessoas parecem pensar
  • 2:43 - 2:46
    que poderíamos fazer as crianças
    adorar ciências e ser boas nela,
  • 2:46 - 2:48
    se pudéssemos mostrar
  • 2:48 - 2:51
    explosões e demonstrações maravilhosas.
  • 2:51 - 2:53
    Então, vamos apresentar
    uma demonstração maravilhosa.
  • 2:55 - 2:56
    (Aplausos)
  • 3:01 - 3:04
    Tenho um frasco
    e existe um catalisador aqui.
  • 3:05 - 3:10
    Este frasco contém peróxido de hidrogênio
    com um pouco de detergente comum.
  • 3:11 - 3:13
    Vou derramar aqui dentro.
  • 3:18 - 3:20
    E temos este efeito legal.
  • 3:20 - 3:21
    O que acontece aqui,
  • 3:21 - 3:25
    é que o peróxido de hidrogênio está
    sendo dividido pelo catalizador,
  • 3:26 - 3:29
    transformando-se em água
    e liberando o oxigênio.
  • 3:30 - 3:33
    Por causa do detergente na mistura,
  • 3:33 - 3:37
    o oxigênio está ficando preso
    nas bolhas e temos um monte delas.
  • 3:39 - 3:42
    Este efeito vai durar
    uns 10 minutos ou mais.
  • 3:44 - 3:48
    Espero que vocês não se distraiam muito,
    e não prestem mais atenção em mim.
  • 3:49 - 3:51
    Certo, isso é tudo muito legal,
  • 3:51 - 3:53
    você fica mais curioso
    em relação ao mundo?
  • 3:53 - 3:56
    Isso faz você imaginar
    por que o céu é azul,
  • 3:56 - 3:57
    como o motor do carro funciona,
  • 3:57 - 4:01
    ou por que as tartarugas têm
    aqueles desenhos legais na carapaça?
  • 4:01 - 4:03
    Não, certamente não.
  • 4:03 - 4:07
    Quer dizer, perguntas como essas tornam
    você curioso, mas não tenho certeza
  • 4:07 - 4:10
    que este tipo de demonstração
    vá fazer muito pelos alunos.
  • 4:12 - 4:14
    A menos que se possa usar as demonstrações
  • 4:15 - 4:18
    para estimular a curiosidade
    ou para ensinar o pensamento crítico,
  • 4:19 - 4:22
    essas demonstrações
    serão apenas enganação,
  • 4:23 - 4:26
    num mundo que precisa de gente
    capaz de pensar de forma crítica.
  • 4:27 - 4:29
    O segundo erro que cometemos
  • 4:29 - 4:32
    é supor que ciência é algum tipo
    de conjunto de conhecimentos.
  • 4:33 - 4:35
    Se ciência for um conjunto
    de conhecimentos,
  • 4:35 - 4:37
    então as escolas serão empresas
  • 4:37 - 4:40
    que decidirão se os alunos
    aprenderam esse conhecimento.
  • 4:40 - 4:43
    Existem duas ferramentas para fazer isso.
  • 4:43 - 4:46
    A primeira são as questões
    de múltipla escolha.
  • 4:46 - 4:48
    Que cor produzirá a melhor resolução
  • 4:48 - 4:51
    num telescópio ótico ou num microscópio?
  • 4:51 - 4:54
    Há quatro respostas erradas e uma certa.
  • 4:54 - 4:58
    Que tipo de usinas devem ser construídas
    para fornecer energia elétrica?
  • 4:58 - 5:01
    Não há lugar para sutilezas,
    esclarecimentos ou explicações.
  • 5:01 - 5:04
    Quantos cromossomos os humanos têm?
  • 5:04 - 5:07
    Não há exceções, existe apenas a resposta.
  • 5:07 - 5:10
    Qual dessas definições aqui formuladas
  • 5:10 - 5:12
    é a definição correta de energia?
  • 5:12 - 5:15
    É quase que um teste
    de compreensão de leitura.
  • 5:15 - 5:16
    Qual é a estrela mais próxima?
  • 5:16 - 5:22
    Não se pode avaliar a capacidade
    das crianças fazerem as perguntas certas,
  • 5:22 - 5:26
    de formular uma hipótese,
    de conduzir um experimento,
  • 5:26 - 5:30
    ou de dar sentido às suas vidas
    com um teste de múltipla escolha.
  • 5:32 - 5:36
    A outra técnica que temos
    é a formulação de questões científicas.
  • 5:36 - 5:40
    Os problemas da ciência
    simulam situações da vida real,
  • 5:40 - 5:43
    nas quais os alunos aplicam
    seus conhecimentos científicos.
  • 5:43 - 5:45
    Aqui está um exemplo.
  • 5:45 - 5:46
    Massa de 5 quilogramas,
  • 5:46 - 5:49
    aceleração de 2 metros
    por segundo ao quadrado,
  • 5:49 - 5:51
    e sabemos que força
    é massa vezes aceleração,
  • 5:51 - 5:53
    então, quanto vale a força?
  • 5:53 - 5:55
    Quando os alunos veem
    um problema como este,
  • 5:55 - 5:58
    dizem: "Qual equação devo usar?
  • 5:58 - 6:00
    Que definições devo usar?
  • 6:00 - 6:03
    Quais ideias eu deveria
    escrever no papel?",
  • 6:03 - 6:04
    e eles param de pensar.
  • 6:04 - 6:07
    Esses problemas não oferecem
    nenhuma avaliação significativa
  • 6:08 - 6:11
    da capacidade de uma criança
    de aplicar o conhecimento científico.
  • 6:11 - 6:13
    Eles não passam de um teste
  • 6:13 - 6:17
    para mostrar se os alunos sabem
    ou não resolver este tipo de problema.
  • 6:18 - 6:21
    Então, testes científicos
    não são bons, certo?
  • 6:22 - 6:23
    Mas e daí?
  • 6:24 - 6:26
    O problema é que esses testes
    funcionam como portais
  • 6:26 - 6:29
    para impedir que os alunos se formem,
  • 6:30 - 6:32
    permitir que entrem na universidade,
  • 6:32 - 6:36
    e para permitir que recebam
    o treinamento necessário.
  • 6:36 - 6:39
    Como resultado, há uma tremenda pressão
  • 6:39 - 6:42
    nos alunos, famílias e professores
  • 6:42 - 6:45
    para prepará-los para esses testes.
  • 6:45 - 6:49
    Estamos nos concentrando na coisa errada,
    esses testes são o objetivo errado.
  • 6:49 - 6:52
    Se houver algo mágico ou significativo
    em ciências no início do ano,
  • 6:52 - 6:54
    desaparecerá em dezembro.
  • 6:55 - 6:57
    Eis como são as coisas.
  • 6:57 - 6:59
    Educação em ciências não está funcionando.
  • 7:00 - 7:03
    Estamos tentando explosões
    que não funcionam,
  • 7:03 - 7:07
    e triturando as crianças por meio
    de testes que não nos dizem nada.
  • 7:08 - 7:10
    Tenho outra demonstração para vocês.
  • 7:10 - 7:11
    Esta é melhor.
  • 7:16 - 7:19
    Uma caixa misteriosa, por favor, observe.
  • 7:35 - 7:38
    Agora que você vê isso,
    quem tem uma pergunta?
  • 7:41 - 7:42
    Quem está curioso sobre isso?
  • 7:42 - 7:44
    Quem quer subir ao palco,
  • 7:44 - 7:46
    puxar uma dessas cordas
    e ver o que acontece?
  • 7:46 - 7:49
    Sim, esta é a reação
    que queremos dos alunos!
  • 7:49 - 7:51
    Queremos que sejam curiosos.
  • 7:51 - 7:55
    Quando apresento esta caixa aos alunos,
    eles pedem: "Mostre-nos por dentro!"
  • 7:56 - 7:57
    Mas nunca farei isso.
  • 7:59 - 8:00
    Está lacrada, é claro.
  • 8:00 - 8:04
    Assim como a ciência, a caixa
    não tem a ver com respostas,
  • 8:04 - 8:07
    não se tem acesso a alguma
    espécie de verdade universal.
  • 8:07 - 8:09
    Tudo o que se tem são perguntas.
  • 8:09 - 8:12
    Digo aos alunos que eles podem
    fazer a sua própria caixa misteriosa,
  • 8:12 - 8:14
    e você também pode fazer.
  • 8:14 - 8:16
    Se sua caixa funcionar
    como a minha,
  • 8:16 - 8:19
    então, parabéns, você conseguiu.
  • 8:20 - 8:22
    Mas nunca vou mostrar o que tem nela.
  • 8:23 - 8:25
    É uma demonstração científica, certo?
  • 8:26 - 8:29
    Mas, a maior parte do aprendizado
    em ciências é um pouco mais difícil,
  • 8:29 - 8:32
    então, vamos a mais uma demonstração.
  • 8:35 - 8:39
    Uma bola de plástico branco e um ímã.
  • 8:41 - 8:43
    A bola de plástico branco
    não é atraída pelo cobre,
  • 8:44 - 8:48
    mas, o ímã também não porque
    o cobre não é ferromagnético.
  • 8:49 - 8:51
    Se os jogarmos pelos tubos,
  • 8:53 - 8:57
    aí está a bola de plástico,
    mas onde está o ímã?
  • 9:00 - 9:01
    Aí está.
  • 9:04 - 9:05
    Então, o que aconteceu?
  • 9:07 - 9:12
    À medida que o ímã cai, o tubo sente
    uma mudança no campo magnético.
  • 9:13 - 9:16
    Exatamente como num dínamo ou num gerador,
  • 9:16 - 9:19
    a mudança no campo magnético
    cria uma corrente elétrica.
  • 9:20 - 9:23
    E como o ímã cai verticalmente,
  • 9:23 - 9:26
    a corrente vai fluir em círculos;
  • 9:27 - 9:29
    esses círculos são chamados
    de correntes parasitas.
  • 9:31 - 9:34
    Da mesma forma que a corrente
    num fio cria um campo magnético,
  • 9:34 - 9:37
    as correntes parasitas também
    criarão um campo magnético.
  • 9:38 - 9:40
    O campo magnético criado aqui
  • 9:40 - 9:42
    estará no sentido oposto
  • 9:42 - 9:45
    ao do campo magnético do ímã.
  • 9:46 - 9:48
    Portanto, à medida que cai,
  • 9:48 - 9:53
    o ímã será repelido por um campo
    que ele mesmo está criando.
  • 9:53 - 9:56
    Como resultado, o ímã cai mais devagar.
  • 9:58 - 10:02
    Agora que você viu a demonstração,
  • 10:03 - 10:04
    ouviu a explicação
  • 10:04 - 10:08
    e viu algumas figuras,
    você entendeu, certo?
  • 10:08 - 10:10
    Bem, vamos testar a sua compreensão.
  • 10:10 - 10:11
    Pegarei o imã,
  • 10:11 - 10:14
    virarei de cabeça para baixo e soltarei.
  • 10:14 - 10:17
    Ele cairá mais rápido, mais devagar
    ou na mesma velocidade?
  • 10:26 - 10:28
    Mesma velocidade.
  • 10:31 - 10:35
    A situação é complexa. É difícil.
  • 10:35 - 10:37
    Indução eletromagnética é um assunto
  • 10:37 - 10:42
    que, quando eu ensino, levo
    horas trabalhando com os alunos.
  • 10:42 - 10:47
    Fazemos exercícios, construímos
    modelos e os implantamos.
  • 10:47 - 10:50
    Compreender as ideias em ciências
  • 10:50 - 10:55
    leva tempo, esforço e, é claro,
    demanda uma educação cuidadosa.
  • 10:55 - 10:59
    A técnica que uso quando leciono
    se chama ensino de modelagem.
  • 11:00 - 11:03
    A modelagem simula como os cientistas
    adquirem o conhecimento
  • 11:03 - 11:05
    e isso funciona muito bem.
  • 11:05 - 11:06
    Gostaria de mostrar.
  • 11:07 - 11:09
    Começaremos com uma experiência.
  • 11:09 - 11:11
    Os alunos têm que encontrar a relação
  • 11:11 - 11:15
    entre duas variáveis
    meticulosamente restritas.
  • 11:16 - 11:17
    Depois, vamos nos encontrar na aula
  • 11:18 - 11:21
    e juntar nossas descobertas
    para criar um modelo.
  • 11:22 - 11:25
    Como foram os alunos que criaram o modelo,
  • 11:25 - 11:27
    não é mais a lei da gravitação de Newton,
  • 11:27 - 11:31
    é a lei de Anna ou lei de Ivan
    ou a lei de Alexander.
  • 11:31 - 11:34
    Eles têm direitos sobre ela, é deles.
  • 11:35 - 11:38
    Depois, vamos pegar o modelo
    e aplicá-lo ao mundo real.
  • 11:40 - 11:43
    Finalmente, podemos pegar o modelo,
    retirar as restrições
  • 11:44 - 11:46
    e ver que ele não funciona mais.
  • 11:47 - 11:50
    O que nos permite criar
    um modelo novo, mais geral.
  • 11:50 - 11:53
    Este enfoque de aprendizagem
    realmente funciona;
  • 11:54 - 11:56
    a investigação é clara neste aspecto.
  • 11:56 - 11:58
    Vai exigir tempo e esforço
  • 11:58 - 12:01
    reciclar professores para ensinar
    de forma mais eficaz.
  • 12:02 - 12:03
    Mas, a parte boa é
  • 12:03 - 12:06
    que não é nem difícil e nem caro.
  • 12:06 - 12:09
    Uso muito o quadro branco inteligente.
  • 12:09 - 12:13
    Trago o quadro e os alunos
    devem proporcionar a inteligência.
  • 12:15 - 12:18
    Quando quero que os alunos desenvolvam
    uma habilidade, ofereço uma coisa real
  • 12:18 - 12:21
    e é assim que os mantemos comprometidos.
  • 12:21 - 12:24
    Na última semana, estavam
    com uma bexiga com água,
  • 12:25 - 12:28
    foram ao segundo andar
    e a seguraram na janela;
  • 12:28 - 12:31
    eles precisavam prever,
    quando soltassem a bexiga,
  • 12:32 - 12:34
    comigo andando debaixo da janela,
  • 12:34 - 12:36
    se cairia na minha cabeça.
  • 12:36 - 12:37
    Vamos ver.
  • 12:37 - 12:38
    (Inicia o vídeo)
  • 12:42 - 12:45
    Lá vai ela.....caíndo..
  • 12:45 - 12:46
    Na mosca.
  • 12:46 - 12:47
    (Risos)
  • 12:47 - 12:49
    Podem ver como eles estão
    felizes lá em cima.
  • 12:49 - 12:51
    (Risos) (Aplausos)
  • 12:54 - 12:55
    Obrigado.
  • 12:56 - 12:57
    Voltemos à Zaya.
  • 12:58 - 13:02
    Ela estava se tornando
    cada vez mais paranoica
  • 13:02 - 13:04
    e preocupada com OVNIs.
  • 13:04 - 13:06
    Minha obrigação era
  • 13:06 - 13:09
    fazê-la aplicar o pensamento científico,
    que estava aprendendo nas aulas,
  • 13:10 - 13:13
    às ideias sobre OVNIs
    e teorias da conspiração.
  • 13:14 - 13:19
    Aos poucos, ao longo do ano,
    ela começou a voltar atrás em suas ideias.
  • 13:20 - 13:24
    No final do ano, ela já era
    uma menina normal novamente.
  • 13:25 - 13:28
    A ciência e a forma científica de pensar
  • 13:28 - 13:31
    deu a ela um melhor entendimento
    do seu próprio mundo.
  • 13:32 - 13:35
    Imagine se pudéssemos aprender ciências,
  • 13:35 - 13:39
    com os alunos tendo aulas dinâmicas,
    práticas e significativas.
  • 13:40 - 13:45
    Imagine se todos pudéssemos aprender
    a pensar de modo crítico e científico.
  • 13:47 - 13:50
    Mas, falta um detalhe muito importante.
  • 13:50 - 13:52
    As provas.
  • 13:53 - 13:55
    Aqui na Europa e em todo o mundo,
  • 13:55 - 13:59
    estamos apostando, cada vez mais,
    em testes padronizados.
  • 14:00 - 14:03
    Cada minuto que os alunos gastam
    aprendendo a fazer perguntas,
  • 14:04 - 14:07
    fazer experiências,
    e pensar como cientista,
  • 14:08 - 14:11
    é um minuto que não estão usando
    para se preparar para as provas.
  • 14:13 - 14:16
    Qualquer mudança que fizermos
    ao ensino de ciências
  • 14:16 - 14:20
    precisará começar com uma mudança
    na política de avaliação científica.
  • 14:20 - 14:23
    Há alternativas a esses testes horríveis:
  • 14:24 - 14:28
    projetos, tarefas em aberto, grupos,
    laboratório normal e virtual, portfólios.
  • 14:28 - 14:30
    Se você for um educador, busque isso!
  • 14:30 - 14:33
    Elas foram testadas, foram usadas
  • 14:33 - 14:34
    por décadas.
  • 14:35 - 14:37
    Não sei por que não as usam, é loucura.
  • 14:38 - 14:41
    Estou aqui porque quero
    apelar aos líderes em ciências
  • 14:41 - 14:43
    aqui e em todo o mundo,
  • 14:44 - 14:47
    para voltar atrás nesses
    testes padronizados,
  • 14:48 - 14:53
    procurar e considerar seriamente
    outras formas de avaliação.
  • 14:54 - 14:58
    Tenho um recado para vocês também
    e especialmente para os alunos.
  • 14:59 - 15:03
    Ciência é muito mais que provas.
  • 15:04 - 15:06
    Se você usar a ciência
    no seu modo de pensar
  • 15:07 - 15:10
    e se puder aprender a pensar
    de modo crítico e científico,
  • 15:11 - 15:14
    você será uma pessoa
    mais inteligente e mais útil.
  • 15:15 - 15:20
    Podemos aprender a pensar
    de modo científico e crítico
  • 15:20 - 15:25
    e, assim, exigir das escolas,
    do sistema educacional,
  • 15:25 - 15:27
    e de você mesmo.
  • 15:27 - 15:29
    E, mais relevante,
  • 15:29 - 15:34
    não deixe que as provas digam
    o que é importante para você.
  • 15:35 - 15:39
    Aprender ciências é difícil,
    mas também é muito importante.
  • 15:40 - 15:44
    Acho que estamos fazendo da forma
    errada e que podemos fazer melhor.
  • 15:45 - 15:47
    De fato, acho que "devemos" fazer melhor.
  • 15:48 - 15:49
    Muito obrigado.
  • 15:49 - 15:51
    (Aplausos)
Title:
Ensinando ciências: estamos fazendo de forma errada| Danny Doucette | TEDxRiga
Description:

O mundo precisa de cientistas e engenheiros mais do que nunca, mas o que se faz hoje para conseguir isso é retrógrado e ineficaz. Baseado em sua pesquisa e em sua experiência, o professor de física do ensino médio Danny Doucette nos desafia a repensar o ensino de ciências nas escolas.

Como professor de física e de matemática, Danny procura entender por que aprender ciências é difícil para os alunos e trabalha para desenvolver melhores formas de aprendizado. Ele acredita que o pensamento científico capacita todas as pessoas a entender melhor o seu mundo.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:55

Portuguese, Brazilian subtitles

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