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Uma celebração ao cabelo natural | Cheyenne Cochrane | TEDxYouth @ BeaconStreet

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    Sou da região sul de Chicago,
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    e, na sétima série, tive
    uma melhor amiga chamada Jenny,
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    que morava na região sudoeste de Chicago.
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    Jenny era branca,
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    e, se vocês sabem algo sobre os dados
    demográficos de segregação em Chicago,
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    sabem que não há muitos negros
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    que moram na região sudoeste.
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    Mas Jenny era minha amiga
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    e, então, saíamos de vez em quando
    depois da escola e nos finais de semana.
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    Assim, um dia estávamos
    na sala de estar dela,
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    batendo papo sobre coisas de adolescentes,
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    e a irmãzinha de Jenny,
    Rosie, estava na sala conosco,
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    sentada atrás de mim
    brincando com meu cabelo,
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    e eu não estava atenta
    ao que ela estava fazendo.
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    Mas, numa pausa na conversa,
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    Rosie bateu de leve no meu ombro.
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    Ela disse: "Posso fazer uma pergunta?"
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    Eu disse: "Sim, Rosie. Claro."
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    "Você é negra?"
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    (Risos)
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    A sala parou.
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    Silêncio.
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    A mãe delas não estava muito longe.
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    Estava na cozinha e ouviu a conversa,
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    e ficou transtornada.
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    Ela disse: "Rosie! Você não pode
    perguntar isso às pessoas".
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    E Jenny era minha amiga, e sei
    que estava realmente envergonhada.
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    Eu me senti meio mal por ela mas,
    na verdade, não fiquei ofendida.
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    Achei que não era culpa de Rosie
    que, com seus 10 anos de idade,
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    vivendo na região sudoeste de Chicago,
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    não tinha tanta certeza
    de como era uma pessoa negra.
  • 1:49 - 1:50
    É justo.
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    Mas o que mais me surpreendeu foi:
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    em todo esse tempo que tinha passado
    com a família delas,
  • 1:57 - 2:00
    convivendo e brincando com elas,
  • 2:00 - 2:03
    mesmo interagindo fisicamente com elas,
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    foi só quando Rosie tocou o meu cabelo
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    que pensou em me perguntar
    se eu era negra.
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    Essa foi a primeira vez que percebi
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    quão grande é o papel da textura do meu
    cabelo na confirmação da minha etnia,
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    mas também havia um papel fundamental
    em como era vista na sociedade.
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    Garrett A. Morgan e
    Madame C.J. Walker foram pioneiros
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    na indústria de cuidados com cabelos
    crespos no início de 1900.
  • 2:32 - 2:36
    São conhecidos como os inventores
    dos cremes de cabelo com base química
  • 2:36 - 2:37
    e alisadores térmicos
  • 2:37 - 2:41
    projetados para permanentemente,
    ou semipermanentemente,
  • 2:41 - 2:44
    alterar a textura dos cabelos crespos.
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    Muitas vezes, quando pensamos
    sobre a história dos negros nos EUA,
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    pensamos nos atos hediondos
  • 2:52 - 2:56
    e nas inúmeras injustiças
    que experimentamos como pessoas de cor
  • 2:56 - 2:58
    por causa da cor da nossa pele,
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    quando, na verdade,
    nos EUA do pós-Guerra Civil,
  • 3:02 - 3:07
    era o cabelo de uma mulher
    ou homem afro-americano
  • 3:07 - 3:12
    que era conhecido como a característica
    mais reveladora de ser negro,
  • 3:12 - 3:14
    mais do que a cor da pele.
  • 3:15 - 3:17
    E, então, antes de serem itens básicos
  • 3:17 - 3:21
    da indústria multibilionária
    de cuidados com o cabelo,
  • 3:21 - 3:24
    nossa dependência de aparelhos e produtos,
  • 3:24 - 3:27
    como o relaxante e a prancha
    alisadora para o cabelo,
  • 3:27 - 3:32
    foram mais sobre nossa sobrevivência
    e avanço como raça
  • 3:32 - 3:34
    nos EUA da pós-escravidão.
  • 3:35 - 3:39
    Ao longo dos anos,
    nos acostumamos com a ideia
  • 3:39 - 3:44
    de que cabelo mais liso e longo
    significava ser melhor e mais bonito.
  • 3:46 - 3:49
    Ficamos culturalmente obcecadas
  • 3:49 - 3:52
    com essa ideia de ter
    o que gostamos de chamar de
  • 3:52 - 3:54
    "cabelo bom".
  • 3:55 - 3:57
    Isto significa essencialmente:
  • 3:57 - 4:01
    quanto menor o padrão
    de ondulação, melhor o cabelo.
  • 4:02 - 4:08
    E deixamos tais ideias institucionalizadas
    formarem um falso senso de hierarquia
  • 4:08 - 4:13
    que determinaria o que era
    considerado um bom grau de cabelo
  • 4:13 - 4:15
    e o que não era.
  • 4:17 - 4:20
    O pior é que deixamos
    essas ideologias falsas
  • 4:20 - 4:23
    invadirem nossa percepção de nós mesmas,
  • 4:23 - 4:27
    e elas continuam a infectar
    a nossa identidade cultural
  • 4:27 - 4:29
    como mulheres afro-americanas hoje.
  • 4:30 - 4:32
    Então, o que fazíamos?
  • 4:32 - 4:36
    Íamos ao salão de beleza
    a cada seis a oito semanas,
  • 4:36 - 4:37
    sem falta,
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    sujeitar nossos couros cabeludos
    a produtos de alisamento agressivos
  • 4:41 - 4:43
    começando muito jovens,
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    às vezes aos oito, dez anos,
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    o que resultaria em perda de cabelo,
  • 4:49 - 4:50
    áreas calvas,
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    até queimaduras no couro cabeludo.
  • 4:53 - 4:58
    Fritávamos nossos cabelos
    a temperaturas de 230 °C ou mais
  • 4:58 - 4:59
    quase diariamente,
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    para manter o cabelo liso.
  • 5:02 - 5:07
    Ou simplesmente cobríamos nossos
    cabelos com perucas e tecidos,
  • 5:07 - 5:09
    só para deixar nossas raízes respirarem
  • 5:09 - 5:13
    onde ninguém sabe o que está acontecendo.
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    Adotamos essas práticas
    em nossas próprias comunidades,
  • 5:17 - 5:23
    e não é de se admirar porque
    hoje a visão ideal típica
  • 5:23 - 5:25
    da mulher negra profissional,
  • 5:25 - 5:27
    especialmente nos EUA corporativo,
  • 5:27 - 5:30
    tende a parecer assim,
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    em vez de assim.
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    E, certamente, não parece assim.
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    Em setembro deste ano,
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    um tribunal federal decidiu legalizar
  • 5:42 - 5:46
    a discriminação por uma empresa
    na contratação de uma pessoa
  • 5:46 - 5:50
    caso ela use dreadlocks.
  • 5:51 - 5:52
    No caso,
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    a gerente de contratação
    em Mobile, Alabama,
  • 5:54 - 5:57
    está na gravação, dizendo:
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    "Não estou dizendo que é sujo,
  • 6:00 - 6:01
    mas...
  • 6:02 - 6:04
    você sabe do que estou falando".
  • 6:05 - 6:07
    Bem, do que ela estava falando?
  • 6:08 - 6:10
    Achou que eram feios?
  • 6:11 - 6:16
    Ou talvez fossem muito africanos
  • 6:16 - 6:18
    e a favor do visual negro
    para o gosto dela.
  • 6:19 - 6:21
    Talvez não tenha a ver com afrocentrismo,
  • 6:21 - 6:23
    mas é muito urbano
  • 6:23 - 6:25
    para o ambiente profissional.
  • 6:26 - 6:30
    Talvez tivesse a preocupação genuína
    de que pareciam assustadores
  • 6:30 - 6:34
    e que intimidariam a base de clientes.
  • 6:35 - 6:41
    Todas essas palavras são
    muitas vezes associadas
  • 6:41 - 6:44
    ao estigma ligado
    aos penteados naturais.
  • 6:45 - 6:46
    E isso...
  • 6:46 - 6:48
    tem que mudar.
  • 6:50 - 6:51
    Em 2013,
  • 6:51 - 6:56
    um relatório branco da Deloitte
    Center for Leadership and Inclusion,
  • 6:56 - 6:59
    estudou 3 mil indivíduos
    em cargos de liderança executiva
  • 6:59 - 7:02
    sobre o conceito de vestuário
    no local de trabalho
  • 7:02 - 7:06
    com base na aparência, defesa,
    afiliação e associação.
  • 7:07 - 7:10
    Ao pensar em vestuário
    baseado em aparência,
  • 7:10 - 7:11
    o estudo mostrou
  • 7:11 - 7:17
    que 67% das mulheres de cor
    se vestem no local de trabalho
  • 7:17 - 7:19
    com base na aparência.
  • 7:20 - 7:24
    Do total de inquiridas que admitiram
    o vestuário baseadas em aparência,
  • 7:24 - 7:29
    82% disseram que era algo
    extremamente importante
  • 7:29 - 7:32
    elas fazerem para o avanço profissional.
  • 7:35 - 7:37
    Esta é Ursula Burns.
  • 7:38 - 7:44
    É a primeira CEO afro-americana
    a chefiar uma empresa Fortune 500,
  • 7:44 - 7:45
    a Xerox.
  • 7:46 - 7:48
    Ela é conhecida pelo visual típico,
  • 7:48 - 7:50
    o que vocês veem aqui.
  • 7:50 - 7:54
    Um afro curto, bem cortado e bem cuidado.
  • 7:55 - 7:57
    A Sra. Burns é o que gostamos
    de chamar de "garota natural".
  • 7:59 - 8:02
    E ela está preparando o caminho
    e mostrando o que é possível
  • 8:02 - 8:05
    para as mulheres afro-americanas
    que procuram escalar a escada corporativa,
  • 8:05 - 8:09
    mas ainda desejam usar penteados naturais.
  • 8:10 - 8:14
    Mas, hoje, a maioria das afro-americanas
  • 8:14 - 8:19
    que vemos como líderes, ícones e modelos,
  • 8:19 - 8:22
    ainda opta pelo visual de cabelo liso.
  • 8:22 - 8:24
    Agora,
  • 8:24 - 8:25
    talvez seja porque elas queiram;
  • 8:25 - 8:28
    é genuinamente como
    elas se sentem melhor;
  • 8:28 - 8:30
    mas, talvez,
  • 8:30 - 8:31
    e aposto,
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    algumas delas sentiram
    como se precisassem disso
  • 8:35 - 8:39
    para atingir o nível de sucesso
    que elas alcançaram hoje.
  • 8:42 - 8:46
    Existe um movimento pelo cabelo
    natural que está varrendo o país
  • 8:47 - 8:49
    e também alguns lugares da Europa.
  • 8:50 - 8:54
    Milhões de mulheres estão explorando
    a transição para o cabelo natural,
  • 8:54 - 8:59
    e elas estão cortando anos
    de pontas secas e danificadas
  • 8:59 - 9:02
    para restaurar o padrão
    de ondulação natural.
  • 9:02 - 9:07
    Sei, porque tenho sido defensora
    e embaixadora desse movimento
  • 9:07 - 9:09
    nos últimos três anos.
  • 9:10 - 9:15
    Após 27 anos de calor excessivo
    e produtos químicos agressivos,
  • 9:16 - 9:21
    meu cabelo estava começando a mostrar
    sinais extremos de desgaste.
  • 9:22 - 9:23
    Estava quebradiço,
  • 9:23 - 9:25
    diminuindo,
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    parecendo extremamente seco e frágil.
  • 9:28 - 9:31
    Todos esses anos perseguindo
    essa imagem convencional de beleza
  • 9:31 - 9:32
    que vimos anteriormente
  • 9:32 - 9:35
    estavam começando a cobrar seu preço.
  • 9:36 - 9:38
    Eu queria fazer algo sobre isso,
  • 9:38 - 9:42
    e, então, comecei o que chamei
    de "No Heat Challenge",
  • 9:43 - 9:46
    no qual me absteria de usar
    aparelhos térmicos no cabelo
  • 9:46 - 9:48
    por seis meses.
  • 9:49 - 9:52
    E, como uma boa representante
    da geração Y,
  • 9:52 - 9:54
    documentei nas redes sociais.
  • 9:54 - 9:56
    (Risos)
  • 9:57 - 10:01
    Documentei quando cortei relutantemente
  • 10:01 - 10:05
    oito a nove centímetros
    do meu cabelo amado.
  • 10:06 - 10:11
    Documentei enquanto lutava
    para dominar esses penteados naturais,
  • 10:11 - 10:15
    e também enquanto lutava para aceitá-los
  • 10:16 - 10:19
    e acho que realmente pareciam bons.
  • 10:20 - 10:25
    E documentei como minha textura
    de cabelo lentamente começou a mudar.
  • 10:26 - 10:29
    Ao compartilhar esta jornada abertamente,
  • 10:29 - 10:32
    aprendi que não era a única
    mulher a passar por isso
  • 10:32 - 10:37
    e que, na verdade, havia
    milhares de outras mulheres
  • 10:37 - 10:39
    que desejavam fazer o mesmo.
  • 10:39 - 10:41
    Então, elas me escreviam:
  • 10:41 - 10:44
    "Cheyenne, como você fez
    aquele penteado natural
  • 10:44 - 10:46
    que a vi usando outro dia?"
  • 10:46 - 10:48
    "Que novos produtos começou a usar
  • 10:48 - 10:50
    que podem ser melhores
    para a textura do cabelo
  • 10:50 - 10:52
    quando ele começar a mudar?"
  • 10:52 - 10:56
    Ou: "Quais são algumas
    das rotinas de cabelo natural
  • 10:56 - 11:00
    que devo adotar para restaurar
    lentamente a saúde do cabelo?"
  • 11:01 - 11:04
    Mas também descobri que havia
    um grande número de mulheres
  • 11:05 - 11:09
    que estavam extremamente
    hesitantes em dar o primeiro passo
  • 11:10 - 11:12
    porque estavam paralisadas pelo medo.
  • 11:13 - 11:15
    Medo do desconhecido:
  • 11:15 - 11:17
    qual seria a aparência delas agora?
  • 11:18 - 11:22
    Como elas se sentiriam sobre si mesmas
    com esses penteados naturais?
  • 11:22 - 11:24
    E, o mais importante para elas:
  • 11:24 - 11:27
    como os outros as veriam?
  • 11:28 - 11:30
    Nos últimos três anos,
  • 11:30 - 11:34
    tendo várias conversas com minhas amigas
  • 11:34 - 11:38
    e também com desconhecidas
    de todo o mundo,
  • 11:38 - 11:41
    aprendi algumas coisas muito importantes
  • 11:41 - 11:44
    sobre como as mulheres afro-americanas
    se identificam com os cabelos.
  • 11:46 - 11:48
    E, então, quando me lembro
  • 11:48 - 11:51
    daquela gerente de contratação
    em Mobile, Alabama,
  • 11:51 - 11:54
    eu diria: "Na verdade, não.
  • 11:54 - 11:57
    Não sabemos do que está falando".
  • 11:57 - 11:59
    Mas eis algumas coisas que sabemos.
  • 12:00 - 12:04
    Sabemos que quando as mulheres negras
    aceitam o amor pelos cabelos naturais,
  • 12:04 - 12:08
    isso ajuda a desfazer
    ensinamentos de gerações
  • 12:08 - 12:11
    de que o cabelo do negro
    no estado natural não é lindo,
  • 12:11 - 12:14
    ou que é algo a ser escondido ou coberto.
  • 12:16 - 12:19
    Sabemos que as mulheres negras
    expressam sua individualidade
  • 12:20 - 12:23
    e conhecem sentimentos de empoderamento
  • 12:23 - 12:27
    experimentando diferentes
    penteados com regularidade.
  • 12:28 - 12:30
    E, também sabemos
  • 12:30 - 12:34
    que quando somos convidadas a usar nossos
    cabelos naturais no local de trabalho,
  • 12:34 - 12:38
    isso reforça que temos um valor único
  • 12:38 - 12:41
    nos ajudando a florescer
    e avançar profissionalmente.
  • 12:43 - 12:45
    Deixo vocês com isso.
  • 12:45 - 12:48
    Num momento de tensão racial e social,
  • 12:49 - 12:51
    abraçar esse movimento
  • 12:51 - 12:53
    e outros assim
  • 12:53 - 12:57
    nos ajuda a superar
    os limites do status quo.
  • 12:58 - 13:03
    Quando virem uma mulher com tranças
    ou dreadlocks cobrindo as costas,
  • 13:03 - 13:06
    ou repararem numa colega
  • 13:06 - 13:10
    que parou de alisar
    os cabelos para o trabalho,
  • 13:10 - 13:13
    não se aproximem dela apenas e admirem,
  • 13:14 - 13:17
    e perguntem se podem tocá-lo.
  • 13:17 - 13:18
    (Risos)
  • 13:18 - 13:20
    Realmente a apreciem.
  • 13:21 - 13:22
    Aplaudam-na.
  • 13:22 - 13:26
    Cumprimentem-na, se é o que
    se sentem mais inclinados a fazer.
  • 13:26 - 13:28
    Porque isso
  • 13:28 - 13:31
    é sobre mais do que um penteado.
  • 13:32 - 13:35
    Trata-se de amor-próprio e autoestima.
  • 13:35 - 13:37
    É sobre ser corajosa o suficiente
  • 13:37 - 13:42
    para não se dobrar à pressão
    das expectativas dos outros.
  • 13:43 - 13:47
    E sobre saber que tomar
    a decisão de fugir do padrão
  • 13:47 - 13:49
    não define quem somos,
  • 13:50 - 13:52
    mas simplesmente revela quem somos.
  • 13:53 - 13:54
    E, finalmente,
  • 13:54 - 13:56
    ser corajosa é mais fácil
  • 13:56 - 13:59
    quando podemos contar
    com a compaixão dos outros.
  • 13:59 - 14:01
    Então, depois de hoje,
  • 14:01 - 14:05
    espero que possamos contar com vocês.
  • 14:05 - 14:07
    Obrigada.
  • 14:07 - 14:09
    (Aplausos)
Title:
Uma celebração ao cabelo natural | Cheyenne Cochrane | TEDxYouth @ BeaconStreet
Description:

Cheyenne Cochrane explora o papel que a textura do cabelo desempenhou na história de ser negro nos Estados Unidos - dos produtos de alisamento térmico da era do pós-Guerra Civil para os milhares de mulheres hoje que decidiram parar de perseguir um padrão de beleza convencional e começaram a aceitar seus cabelos naturais. "Isso não é sobre um penteado", diz Cochrane. "É sobre ser corajosa o suficiente para não se dobrar sob a pressão das expectativas dos outros".

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx.

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closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:23

Portuguese, Brazilian subtitles

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