Uma celebração ao cabelo natural | Cheyenne Cochrane | TEDxYouth @ BeaconStreet
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0:14 - 0:17Sou da região sul de Chicago,
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0:17 - 0:21e, na sétima série, tive
uma melhor amiga chamada Jenny, -
0:21 - 0:24que morava na região sudoeste de Chicago.
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0:25 - 0:26Jenny era branca,
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0:26 - 0:31e, se vocês sabem algo sobre os dados
demográficos de segregação em Chicago, -
0:31 - 0:34sabem que não há muitos negros
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0:34 - 0:36que moram na região sudoeste.
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0:36 - 0:37Mas Jenny era minha amiga
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0:37 - 0:42e, então, saíamos de vez em quando
depois da escola e nos finais de semana. -
0:42 - 0:46Assim, um dia estávamos
na sala de estar dela, -
0:46 - 0:48batendo papo sobre coisas de adolescentes,
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0:48 - 0:52e a irmãzinha de Jenny,
Rosie, estava na sala conosco, -
0:52 - 0:55sentada atrás de mim
brincando com meu cabelo, -
0:55 - 0:59e eu não estava atenta
ao que ela estava fazendo. -
1:00 - 1:02Mas, numa pausa na conversa,
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1:02 - 1:05Rosie bateu de leve no meu ombro.
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1:05 - 1:07Ela disse: "Posso fazer uma pergunta?"
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1:08 - 1:09Eu disse: "Sim, Rosie. Claro."
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1:10 - 1:12"Você é negra?"
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1:12 - 1:14(Risos)
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1:14 - 1:16A sala parou.
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1:16 - 1:17Silêncio.
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1:18 - 1:21A mãe delas não estava muito longe.
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1:21 - 1:24Estava na cozinha e ouviu a conversa,
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1:24 - 1:25e ficou transtornada.
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1:26 - 1:29Ela disse: "Rosie! Você não pode
perguntar isso às pessoas". -
1:30 - 1:34E Jenny era minha amiga, e sei
que estava realmente envergonhada. -
1:34 - 1:38Eu me senti meio mal por ela mas,
na verdade, não fiquei ofendida. -
1:38 - 1:43Achei que não era culpa de Rosie
que, com seus 10 anos de idade, -
1:43 - 1:46vivendo na região sudoeste de Chicago,
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1:46 - 1:49não tinha tanta certeza
de como era uma pessoa negra. -
1:49 - 1:50É justo.
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1:50 - 1:53Mas o que mais me surpreendeu foi:
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1:53 - 1:57em todo esse tempo que tinha passado
com a família delas, -
1:57 - 2:00convivendo e brincando com elas,
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2:00 - 2:03mesmo interagindo fisicamente com elas,
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2:03 - 2:07foi só quando Rosie tocou o meu cabelo
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2:07 - 2:10que pensou em me perguntar
se eu era negra. -
2:11 - 2:14Essa foi a primeira vez que percebi
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2:14 - 2:18quão grande é o papel da textura do meu
cabelo na confirmação da minha etnia, -
2:18 - 2:23mas também havia um papel fundamental
em como era vista na sociedade. -
2:25 - 2:28Garrett A. Morgan e
Madame C.J. Walker foram pioneiros -
2:28 - 2:32na indústria de cuidados com cabelos
crespos no início de 1900. -
2:32 - 2:36São conhecidos como os inventores
dos cremes de cabelo com base química -
2:36 - 2:37e alisadores térmicos
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2:37 - 2:41projetados para permanentemente,
ou semipermanentemente, -
2:41 - 2:44alterar a textura dos cabelos crespos.
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2:45 - 2:49Muitas vezes, quando pensamos
sobre a história dos negros nos EUA, -
2:49 - 2:52pensamos nos atos hediondos
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2:52 - 2:56e nas inúmeras injustiças
que experimentamos como pessoas de cor -
2:56 - 2:58por causa da cor da nossa pele,
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2:58 - 3:02quando, na verdade,
nos EUA do pós-Guerra Civil, -
3:02 - 3:07era o cabelo de uma mulher
ou homem afro-americano -
3:07 - 3:12que era conhecido como a característica
mais reveladora de ser negro, -
3:12 - 3:14mais do que a cor da pele.
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3:15 - 3:17E, então, antes de serem itens básicos
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3:17 - 3:21da indústria multibilionária
de cuidados com o cabelo, -
3:21 - 3:24nossa dependência de aparelhos e produtos,
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3:24 - 3:27como o relaxante e a prancha
alisadora para o cabelo, -
3:27 - 3:32foram mais sobre nossa sobrevivência
e avanço como raça -
3:32 - 3:34nos EUA da pós-escravidão.
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3:35 - 3:39Ao longo dos anos,
nos acostumamos com a ideia -
3:39 - 3:44de que cabelo mais liso e longo
significava ser melhor e mais bonito. -
3:46 - 3:49Ficamos culturalmente obcecadas
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3:49 - 3:52com essa ideia de ter
o que gostamos de chamar de -
3:52 - 3:54"cabelo bom".
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3:55 - 3:57Isto significa essencialmente:
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3:57 - 4:01quanto menor o padrão
de ondulação, melhor o cabelo. -
4:02 - 4:08E deixamos tais ideias institucionalizadas
formarem um falso senso de hierarquia -
4:08 - 4:13que determinaria o que era
considerado um bom grau de cabelo -
4:13 - 4:15e o que não era.
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4:17 - 4:20O pior é que deixamos
essas ideologias falsas -
4:20 - 4:23invadirem nossa percepção de nós mesmas,
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4:23 - 4:27e elas continuam a infectar
a nossa identidade cultural -
4:27 - 4:29como mulheres afro-americanas hoje.
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4:30 - 4:32Então, o que fazíamos?
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4:32 - 4:36Íamos ao salão de beleza
a cada seis a oito semanas, -
4:36 - 4:37sem falta,
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4:37 - 4:41sujeitar nossos couros cabeludos
a produtos de alisamento agressivos -
4:41 - 4:43começando muito jovens,
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4:43 - 4:45às vezes aos oito, dez anos,
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4:45 - 4:48o que resultaria em perda de cabelo,
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4:49 - 4:50áreas calvas,
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4:50 - 4:52até queimaduras no couro cabeludo.
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4:53 - 4:58Fritávamos nossos cabelos
a temperaturas de 230 °C ou mais -
4:58 - 4:59quase diariamente,
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4:59 - 5:01para manter o cabelo liso.
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5:02 - 5:07Ou simplesmente cobríamos nossos
cabelos com perucas e tecidos, -
5:07 - 5:09só para deixar nossas raízes respirarem
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5:09 - 5:13onde ninguém sabe o que está acontecendo.
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5:14 - 5:17Adotamos essas práticas
em nossas próprias comunidades, -
5:17 - 5:23e não é de se admirar porque
hoje a visão ideal típica -
5:23 - 5:25da mulher negra profissional,
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5:25 - 5:27especialmente nos EUA corporativo,
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5:27 - 5:30tende a parecer assim,
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5:30 - 5:32em vez de assim.
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5:33 - 5:37E, certamente, não parece assim.
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5:38 - 5:40Em setembro deste ano,
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5:40 - 5:42um tribunal federal decidiu legalizar
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5:42 - 5:46a discriminação por uma empresa
na contratação de uma pessoa -
5:46 - 5:50caso ela use dreadlocks.
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5:51 - 5:52No caso,
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5:52 - 5:54a gerente de contratação
em Mobile, Alabama, -
5:54 - 5:57está na gravação, dizendo:
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5:57 - 5:59"Não estou dizendo que é sujo,
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6:00 - 6:01mas...
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6:02 - 6:04você sabe do que estou falando".
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6:05 - 6:07Bem, do que ela estava falando?
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6:08 - 6:10Achou que eram feios?
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6:11 - 6:16Ou talvez fossem muito africanos
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6:16 - 6:18e a favor do visual negro
para o gosto dela. -
6:19 - 6:21Talvez não tenha a ver com afrocentrismo,
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6:21 - 6:23mas é muito urbano
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6:23 - 6:25para o ambiente profissional.
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6:26 - 6:30Talvez tivesse a preocupação genuína
de que pareciam assustadores -
6:30 - 6:34e que intimidariam a base de clientes.
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6:35 - 6:41Todas essas palavras são
muitas vezes associadas -
6:41 - 6:44ao estigma ligado
aos penteados naturais. -
6:45 - 6:46E isso...
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6:46 - 6:48tem que mudar.
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6:50 - 6:51Em 2013,
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6:51 - 6:56um relatório branco da Deloitte
Center for Leadership and Inclusion, -
6:56 - 6:59estudou 3 mil indivíduos
em cargos de liderança executiva -
6:59 - 7:02sobre o conceito de vestuário
no local de trabalho -
7:02 - 7:06com base na aparência, defesa,
afiliação e associação. -
7:07 - 7:10Ao pensar em vestuário
baseado em aparência, -
7:10 - 7:11o estudo mostrou
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7:11 - 7:17que 67% das mulheres de cor
se vestem no local de trabalho -
7:17 - 7:19com base na aparência.
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7:20 - 7:24Do total de inquiridas que admitiram
o vestuário baseadas em aparência, -
7:24 - 7:2982% disseram que era algo
extremamente importante -
7:29 - 7:32elas fazerem para o avanço profissional.
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7:35 - 7:37Esta é Ursula Burns.
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7:38 - 7:44É a primeira CEO afro-americana
a chefiar uma empresa Fortune 500, -
7:44 - 7:45a Xerox.
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7:46 - 7:48Ela é conhecida pelo visual típico,
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7:48 - 7:50o que vocês veem aqui.
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7:50 - 7:54Um afro curto, bem cortado e bem cuidado.
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7:55 - 7:57A Sra. Burns é o que gostamos
de chamar de "garota natural". -
7:59 - 8:02E ela está preparando o caminho
e mostrando o que é possível -
8:02 - 8:05para as mulheres afro-americanas
que procuram escalar a escada corporativa, -
8:05 - 8:09mas ainda desejam usar penteados naturais.
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8:10 - 8:14Mas, hoje, a maioria das afro-americanas
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8:14 - 8:19que vemos como líderes, ícones e modelos,
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8:19 - 8:22ainda opta pelo visual de cabelo liso.
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8:22 - 8:24Agora,
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8:24 - 8:25talvez seja porque elas queiram;
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8:25 - 8:28é genuinamente como
elas se sentem melhor; -
8:28 - 8:30mas, talvez,
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8:30 - 8:31e aposto,
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8:32 - 8:34algumas delas sentiram
como se precisassem disso -
8:35 - 8:39para atingir o nível de sucesso
que elas alcançaram hoje. -
8:42 - 8:46Existe um movimento pelo cabelo
natural que está varrendo o país -
8:47 - 8:49e também alguns lugares da Europa.
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8:50 - 8:54Milhões de mulheres estão explorando
a transição para o cabelo natural, -
8:54 - 8:59e elas estão cortando anos
de pontas secas e danificadas -
8:59 - 9:02para restaurar o padrão
de ondulação natural. -
9:02 - 9:07Sei, porque tenho sido defensora
e embaixadora desse movimento -
9:07 - 9:09nos últimos três anos.
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9:10 - 9:15Após 27 anos de calor excessivo
e produtos químicos agressivos, -
9:16 - 9:21meu cabelo estava começando a mostrar
sinais extremos de desgaste. -
9:22 - 9:23Estava quebradiço,
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9:23 - 9:25diminuindo,
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9:25 - 9:27parecendo extremamente seco e frágil.
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9:28 - 9:31Todos esses anos perseguindo
essa imagem convencional de beleza -
9:31 - 9:32que vimos anteriormente
-
9:32 - 9:35estavam começando a cobrar seu preço.
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9:36 - 9:38Eu queria fazer algo sobre isso,
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9:38 - 9:42e, então, comecei o que chamei
de "No Heat Challenge", -
9:43 - 9:46no qual me absteria de usar
aparelhos térmicos no cabelo -
9:46 - 9:48por seis meses.
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9:49 - 9:52E, como uma boa representante
da geração Y, -
9:52 - 9:54documentei nas redes sociais.
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9:54 - 9:56(Risos)
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9:57 - 10:01Documentei quando cortei relutantemente
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10:01 - 10:05oito a nove centímetros
do meu cabelo amado. -
10:06 - 10:11Documentei enquanto lutava
para dominar esses penteados naturais, -
10:11 - 10:15e também enquanto lutava para aceitá-los
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10:16 - 10:19e acho que realmente pareciam bons.
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10:20 - 10:25E documentei como minha textura
de cabelo lentamente começou a mudar. -
10:26 - 10:29Ao compartilhar esta jornada abertamente,
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10:29 - 10:32aprendi que não era a única
mulher a passar por isso -
10:32 - 10:37e que, na verdade, havia
milhares de outras mulheres -
10:37 - 10:39que desejavam fazer o mesmo.
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10:39 - 10:41Então, elas me escreviam:
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10:41 - 10:44"Cheyenne, como você fez
aquele penteado natural -
10:44 - 10:46que a vi usando outro dia?"
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10:46 - 10:48"Que novos produtos começou a usar
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10:48 - 10:50que podem ser melhores
para a textura do cabelo -
10:50 - 10:52quando ele começar a mudar?"
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10:52 - 10:56Ou: "Quais são algumas
das rotinas de cabelo natural -
10:56 - 11:00que devo adotar para restaurar
lentamente a saúde do cabelo?" -
11:01 - 11:04Mas também descobri que havia
um grande número de mulheres -
11:05 - 11:09que estavam extremamente
hesitantes em dar o primeiro passo -
11:10 - 11:12porque estavam paralisadas pelo medo.
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11:13 - 11:15Medo do desconhecido:
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11:15 - 11:17qual seria a aparência delas agora?
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11:18 - 11:22Como elas se sentiriam sobre si mesmas
com esses penteados naturais? -
11:22 - 11:24E, o mais importante para elas:
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11:24 - 11:27como os outros as veriam?
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11:28 - 11:30Nos últimos três anos,
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11:30 - 11:34tendo várias conversas com minhas amigas
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11:34 - 11:38e também com desconhecidas
de todo o mundo, -
11:38 - 11:41aprendi algumas coisas muito importantes
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11:41 - 11:44sobre como as mulheres afro-americanas
se identificam com os cabelos. -
11:46 - 11:48E, então, quando me lembro
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11:48 - 11:51daquela gerente de contratação
em Mobile, Alabama, -
11:51 - 11:54eu diria: "Na verdade, não.
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11:54 - 11:57Não sabemos do que está falando".
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11:57 - 11:59Mas eis algumas coisas que sabemos.
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12:00 - 12:04Sabemos que quando as mulheres negras
aceitam o amor pelos cabelos naturais, -
12:04 - 12:08isso ajuda a desfazer
ensinamentos de gerações -
12:08 - 12:11de que o cabelo do negro
no estado natural não é lindo, -
12:11 - 12:14ou que é algo a ser escondido ou coberto.
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12:16 - 12:19Sabemos que as mulheres negras
expressam sua individualidade -
12:20 - 12:23e conhecem sentimentos de empoderamento
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12:23 - 12:27experimentando diferentes
penteados com regularidade. -
12:28 - 12:30E, também sabemos
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12:30 - 12:34que quando somos convidadas a usar nossos
cabelos naturais no local de trabalho, -
12:34 - 12:38isso reforça que temos um valor único
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12:38 - 12:41nos ajudando a florescer
e avançar profissionalmente. -
12:43 - 12:45Deixo vocês com isso.
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12:45 - 12:48Num momento de tensão racial e social,
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12:49 - 12:51abraçar esse movimento
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12:51 - 12:53e outros assim
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12:53 - 12:57nos ajuda a superar
os limites do status quo. -
12:58 - 13:03Quando virem uma mulher com tranças
ou dreadlocks cobrindo as costas, -
13:03 - 13:06ou repararem numa colega
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13:06 - 13:10que parou de alisar
os cabelos para o trabalho, -
13:10 - 13:13não se aproximem dela apenas e admirem,
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13:14 - 13:17e perguntem se podem tocá-lo.
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13:17 - 13:18(Risos)
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13:18 - 13:20Realmente a apreciem.
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13:21 - 13:22Aplaudam-na.
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13:22 - 13:26Cumprimentem-na, se é o que
se sentem mais inclinados a fazer. -
13:26 - 13:28Porque isso
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13:28 - 13:31é sobre mais do que um penteado.
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13:32 - 13:35Trata-se de amor-próprio e autoestima.
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13:35 - 13:37É sobre ser corajosa o suficiente
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13:37 - 13:42para não se dobrar à pressão
das expectativas dos outros. -
13:43 - 13:47E sobre saber que tomar
a decisão de fugir do padrão -
13:47 - 13:49não define quem somos,
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13:50 - 13:52mas simplesmente revela quem somos.
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13:53 - 13:54E, finalmente,
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13:54 - 13:56ser corajosa é mais fácil
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13:56 - 13:59quando podemos contar
com a compaixão dos outros. -
13:59 - 14:01Então, depois de hoje,
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14:01 - 14:05espero que possamos contar com vocês.
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14:05 - 14:07Obrigada.
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14:07 - 14:09(Aplausos)
- Title:
- Uma celebração ao cabelo natural | Cheyenne Cochrane | TEDxYouth @ BeaconStreet
- Description:
-
Cheyenne Cochrane explora o papel que a textura do cabelo desempenhou na história de ser negro nos Estados Unidos - dos produtos de alisamento térmico da era do pós-Guerra Civil para os milhares de mulheres hoje que decidiram parar de perseguir um padrão de beleza convencional e começaram a aceitar seus cabelos naturais. "Isso não é sobre um penteado", diz Cochrane. "É sobre ser corajosa o suficiente para não se dobrar sob a pressão das expectativas dos outros".
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 14:23