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"Piccadilly Circus", de Paul McCarthy
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Me perguntei, no início, como faria isso.
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Algo muito didático. Mantenha distância.
Algo muito político. Mantenha a distância.
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Bin Laden, Bush, a Rainha...
Era muito específico.
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Esses são como marionetes, sabe.
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Hauser and Wirth, a galeria,
estavam à procura de...
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Abrir uma galeria em Londres
e eles tinham alguns prédios em mente.
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Eu estava em Londres, e eles me convidaram
para conhecer um prédio de interesse deles
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E era um banco em Piccadilly. Era um banco
funcionando pouco até pouco tempo atrás.
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Então as janelas de atendimento estavam
lá, tudo estava em seu devido lugar.
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Eu fui olhar numa noite. Tinha um balcão
e eu estava em pé nesse balcão.
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Eu disse: "Uau, seria incrível filmar um
filme ou vídeo nesse prédio".
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Eu tenho interesse por como a câmera vê
e como as formas surgem.
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De um local, soa bonito, mas de outro
ângulo, há uma certa repulsa pelos restos.
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A gaveta ficou toda suja de comida, e não
vai sair nunca, irá apodrecer depois.
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Em uma camada, sei que provoca reações
mas em outra, acho bonito, a comida podre.
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Isso de... Filmes feitos de brincadeira.
Como crianças brincando, sabe.
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Ou filmes como "Ok, eu serei a Rainha,
você o Bush. Vamos ter uma festa agora"
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Esse tipo de direção, sem roteiro, bem
inconstante, como um faz-de -conta.
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Eu sabia dessa parte em que Bush corta a
cabeça. Eu sabia que tudo isso aconteceria
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E eu sabia que a Rainha pintaria. Mas
em contra-partida, eu não sabia...
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Foi tudo uma improvisação entre as pessoas
com as tintas, as facas e os cortes.
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E aquilo só acontece durante um tempo.
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Eu sabia que colocando todos nós juntos,
em algum momento iriamos improvisar algo.
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E colocando alguns objetos na sala para
nós, eles seriam utilizados.
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[som sufocado]... Não se mova!
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Eu não sabia se estava buscando a verdade
ali. Eu só estava construindo uma peça.
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Eu estava fazendo uma obra de arte.