Como é que vemos a cor — Colm Kelleher
-
0:15 - 0:17Devem ter ouvido dizer que a luz é
um tipo de onda -
0:17 - 0:19e que a cor de um objeto
-
0:19 - 0:22está relacionada com a frequência das
ondas de luz que reflete. -
0:22 - 0:24Ondas de luz de alta frequência
parecem violetas, -
0:24 - 0:26ondas de luz de baixa frequência
parecem vermelhas, -
0:26 - 0:28e as frequências intermédias
parecem amarelas, -
0:28 - 0:28verdes,
-
0:28 - 0:29laranjas,
-
0:29 - 0:31e por aí fora.
-
0:31 - 0:33Vocês poderão chamar a esta ideia de:
"cor física" -
0:33 - 0:37porque diz que a cor é uma propriedade física
da própria luz. -
0:37 - 0:39Não está dependente da perceção humana.
-
0:39 - 0:41E, embora isto não esteja errado,
-
0:41 - 0:44também não é bem a história toda.
-
0:44 - 0:47Por exemplo, talvez já tenham visto
esta imagem antes. -
0:47 - 0:52Como podem ver, a área onde as luzes vermelha
e verde se sobrepõem é amarela. -
0:52 - 0:54Quando se pensa nisso,
isto é bastante estranho. -
0:54 - 0:57Porque a luz é uma onda,
duas frequências diferentes -
0:57 - 0:59não deviam de todo interagir
uma com a outra, -
0:59 - 1:00elas deviam coexistir simplesmente,
-
1:00 - 1:02como cantores a cantarem em harmonia.
-
1:02 - 1:05Nesta área que parece amarela,
-
1:05 - 1:07dois tipos diferentes de ondas de luz
estão presentes: -
1:07 - 1:09uma com uma frequência vermelha,
-
1:09 - 1:11e uma com uma frequência verde.
-
1:11 - 1:13Não há qualquer luz amarela presente.
-
1:13 - 1:14Então, como é que esta área,
-
1:14 - 1:17onde as luzes vermelha e verde se misturam,
-
1:17 - 1:19nos parece amarela?
-
1:19 - 1:22Para compreender isto, vocês têm de compreender
um bocadinho de biologia, -
1:22 - 1:25em particular, sobre como os humanos veem a cor.
-
1:25 - 1:28A perceção da luz acontece numa camada
de células fina como papel, -
1:28 - 1:29chamada "retina",
-
1:29 - 1:32que cobre a parte anterior
do vosso globo ocular. -
1:32 - 1:36Na retina, há dois tipos diferentes
de células fotossensíveis: -
1:36 - 1:38bastonetes e cones.
-
1:38 - 1:40Os bastonetes são usados para ver
quando há fraca luminosidade, -
1:40 - 1:43e há apenas um tipo.
-
1:43 - 1:46Os cones, contudo, são bem diferentes.
-
1:46 - 1:48Há três tipos de cones que
correspondem, por alto, -
1:48 - 1:49às cores: vermelho,
-
1:49 - 1:50verde,
-
1:50 - 1:51e azul.
-
1:51 - 1:53Quando vemos uma cor
-
1:53 - 1:57cada cone envia o seu próprio sinal
distintivo ao cérebro. -
1:57 - 1:59Por exemplo, suponham que a luz amarela,
-
1:59 - 2:02que é a verdadeira luz amarela,
com uma frequência amarela, -
2:02 - 2:03está a incidir no vosso olho.
-
2:03 - 2:06Vocês não têm um cone especificamente
para a deteção do amarelo, -
2:06 - 2:08mas o amarelo é, de certa forma,
próximo do verde -
2:08 - 2:10e também próximo do vermelho,
-
2:10 - 2:12por isso, ambos os cones vermelhos
e verdes são ativados, -
2:12 - 2:16e cada um envia um sinal ao vosso cérebro
a confirmá-lo. -
2:16 - 2:18Claro, há outra maneira de ativar
-
2:18 - 2:21os cones vermelhos e verdes simultaneamente:
-
2:21 - 2:25se tanto a luz vermelha e a luz verde estiverem
presentes ao mesmo tempo. -
2:25 - 2:28A questão é que o vosso cérebro
recebe o mesmo sinal, -
2:28 - 2:32independentemente se virem luz
com a frequência amarela -
2:32 - 2:35ou luz resultante da mistura das frequências
verde e vermelha. -
2:35 - 2:39É por isso que, para a luz,
vermelho mais verde é igual a amarelo. -
2:39 - 2:43E porque é que não conseguimos detetar cores
quando está escuro? -
2:43 - 2:45Bem, os bastonetes nas vossas retinas
assumem o comando -
2:45 - 2:47quando há fraca luminosidade.
-
2:47 - 2:49Só temos um tipo de bastonetes,
-
2:49 - 2:51e por isso, só há um tipo de sinal
-
2:51 - 2:53que pode ser enviado para o cérebro:
-
2:53 - 2:55luz ou ausência de luz.
-
2:55 - 2:57Ter apenas um tipo de detetor de luz
-
2:57 - 3:00não deixa espaço para se ver a cor.
-
3:00 - 3:02Há uma infinita variedade de cores físicas,
-
3:02 - 3:05mas, porque nós só temos
três tipos de cones, -
3:05 - 3:08o cérebro pode ser levado a pensar que
está a ver qualquer cor -
3:08 - 3:11pela cuidadosa adição, na combinação certa,
-
3:11 - 3:12de apenas três cores:
-
3:12 - 3:14vermelho, verde e azul.
-
3:14 - 3:18Esta propriedade da visão humana
é realmente útil no mundo real. -
3:18 - 3:20Por exemplo, no fabrico de televisões.
-
3:20 - 3:23Em vez de se ter de pôr uma quantidade infinita
de cores no aparelho de TV -
3:23 - 3:25para simular o mundo real,
-
3:25 - 3:27os fabricantes de televisões só têm de pôr três:
-
3:27 - 3:29vermelho, verde e azul,
-
3:29 - 3:32o que é uma sorte para eles, realmente.
- Title:
- Como é que vemos a cor — Colm Kelleher
- Speaker:
- Colm Kelleher
- Description:
-
Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/how-we-see-color-colm-kelleher
Há três tipos de recetores de cor nos olhos: vermelho, verde e azul. Mas como é que vemos o espantoso caleidoscópio das outras cores que compõem o nosso mundo? Colm Kelleher explica como os humanos conseguem ver tudo, desde o castanho-avermelhado ao verde-azulado.
Lição de Colm Kelleher, animação de TED-Ed.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 03:45
![]() |
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for How we see color | |
![]() |
TED Translators admin edited Portuguese subtitles for How we see color | |
![]() |
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How we see color | |
![]() |
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for How we see color | |
![]() |
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How we see color | |
![]() |
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How we see color | |
![]() |
Rafael Galupa accepted Portuguese subtitles for How we see color | |
![]() |
Rafael Galupa edited Portuguese subtitles for How we see color |