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Como é que vemos a cor — Colm Kelleher

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    Devem ter ouvido dizer que a luz é
    um tipo de onda
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    e que a cor de um objeto
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    está relacionada com a frequência das
    ondas de luz que reflete.
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    Ondas de luz de alta frequência
    parecem violetas,
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    ondas de luz de baixa frequência
    parecem vermelhas,
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    e as frequências intermédias
    parecem amarelas,
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    verdes,
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    laranjas,
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    e por aí fora.
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    Vocês poderão chamar a esta ideia de:
    "cor física"
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    porque diz que a cor é uma propriedade física
    da própria luz.
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    Não está dependente da perceção humana.
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    E, embora isto não esteja errado,
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    também não é bem a história toda.
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    Por exemplo, talvez já tenham visto
    esta imagem antes.
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    Como podem ver, a área onde as luzes vermelha
    e verde se sobrepõem é amarela.
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    Quando se pensa nisso,
    isto é bastante estranho.
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    Porque a luz é uma onda,
    duas frequências diferentes
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    não deviam de todo interagir
    uma com a outra,
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    elas deviam coexistir simplesmente,
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    como cantores a cantarem em harmonia.
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    Nesta área que parece amarela,
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    dois tipos diferentes de ondas de luz
    estão presentes:
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    uma com uma frequência vermelha,
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    e uma com uma frequência verde.
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    Não há qualquer luz amarela presente.
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    Então, como é que esta área,
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    onde as luzes vermelha e verde se misturam,
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    nos parece amarela?
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    Para compreender isto, vocês têm de compreender
    um bocadinho de biologia,
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    em particular, sobre como os humanos veem a cor.
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    A perceção da luz acontece numa camada
    de células fina como papel,
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    chamada "retina",
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    que cobre a parte anterior
    do vosso globo ocular.
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    Na retina, há dois tipos diferentes
    de células fotossensíveis:
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    bastonetes e cones.
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    Os bastonetes são usados para ver
    quando há fraca luminosidade,
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    e há apenas um tipo.
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    Os cones, contudo, são bem diferentes.
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    Há três tipos de cones que
    correspondem, por alto,
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    às cores: vermelho,
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    verde,
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    e azul.
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    Quando vemos uma cor
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    cada cone envia o seu próprio sinal
    distintivo ao cérebro.
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    Por exemplo, suponham que a luz amarela,
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    que é a verdadeira luz amarela,
    com uma frequência amarela,
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    está a incidir no vosso olho.
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    Vocês não têm um cone especificamente
    para a deteção do amarelo,
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    mas o amarelo é, de certa forma,
    próximo do verde
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    e também próximo do vermelho,
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    por isso, ambos os cones vermelhos
    e verdes são ativados,
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    e cada um envia um sinal ao vosso cérebro
    a confirmá-lo.
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    Claro, há outra maneira de ativar
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    os cones vermelhos e verdes simultaneamente:
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    se tanto a luz vermelha e a luz verde estiverem
    presentes ao mesmo tempo.
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    A questão é que o vosso cérebro
    recebe o mesmo sinal,
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    independentemente se virem luz
    com a frequência amarela
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    ou luz resultante da mistura das frequências
    verde e vermelha.
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    É por isso que, para a luz,
    vermelho mais verde é igual a amarelo.
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    E porque é que não conseguimos detetar cores
    quando está escuro?
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    Bem, os bastonetes nas vossas retinas
    assumem o comando
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    quando há fraca luminosidade.
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    Só temos um tipo de bastonetes,
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    e por isso, só há um tipo de sinal
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    que pode ser enviado para o cérebro:
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    luz ou ausência de luz.
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    Ter apenas um tipo de detetor de luz
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    não deixa espaço para se ver a cor.
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    Há uma infinita variedade de cores físicas,
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    mas, porque nós só temos
    três tipos de cones,
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    o cérebro pode ser levado a pensar que
    está a ver qualquer cor
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    pela cuidadosa adição, na combinação certa,
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    de apenas três cores:
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    vermelho, verde e azul.
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    Esta propriedade da visão humana
    é realmente útil no mundo real.
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    Por exemplo, no fabrico de televisões.
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    Em vez de se ter de pôr uma quantidade infinita
    de cores no aparelho de TV
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    para simular o mundo real,
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    os fabricantes de televisões só têm de pôr três:
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    vermelho, verde e azul,
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    o que é uma sorte para eles, realmente.
Title:
Como é que vemos a cor — Colm Kelleher
Speaker:
Colm Kelleher
Description:

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/how-we-see-color-colm-kelleher

Há três tipos de recetores de cor nos olhos: vermelho, verde e azul. Mas como é que vemos o espantoso caleidoscópio das outras cores que compõem o nosso mundo? Colm Kelleher explica como os humanos conseguem ver tudo, desde o castanho-avermelhado ao verde-azulado.

Lição de Colm Kelleher, animação de TED-Ed.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
03:45
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TED Translators admin edited Portuguese subtitles for How we see color
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How we see color
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