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Luchita Hurtado: Aqui estou | Art21 "Extended Play"

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    [Luchita Hurtado: Aqui estou]
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    Homem: Ora bem, cá está.
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    Ok, vamos lá!
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    Luchita Hurtado: Olá.
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    Que bom vê-la.
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    Cá estou!
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    Mulher: És uma rainha!
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    (Aplausos)
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    (Voz off) Celebramos hoje
    um momento histórico
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    para a Serpentine Galleries.
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    Festejamos também um momento histórico
    para a nossa artista.
  • 0:59 - 1:05
    Luchita Hurtado está a um ano
    de completar cem anos.
  • 1:05 - 1:08
    Acho que isso merece
    outra salva de palmas.
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    (Aplausos)
  • 1:12 - 1:17
    A carreira de Luchita tem sido definida
    por uma visão única do mundo.
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    Mensagens como
  • 1:19 - 1:23
    "Quando se trata do ambiente,
    não há onde nos escondermos".
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    Luchita Hurtado: Exato.
  • 1:25 - 1:29
    (Voz off) Esta é a sua primeira
    exposição, sozinha
  • 1:29 - 1:31
    numa instituição pública.
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    É também a primeira vez que mostramos
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    mais de cem pinturas
    desta extraordinária artista
  • 1:40 - 1:44
    que foi considerada como uma
    das 100 figuras mais influentes
  • 1:44 - 1:46
    de 2019, da revista Time.
  • 1:47 - 1:49
    [John Mullican, filho de Luchita]
  • 1:49 - 1:51
    [Matt Mullican, filho de Luchita]
  • 2:02 - 2:03
    LH: Ok.
  • 2:22 - 2:26
    Estas pinturas "Nascimento"
    são divertidas de fazer.
  • 2:29 - 2:33
    A maternidade é cheia de momentos
    maravilhosos.
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    O que podemos fazer com um céu
    e um umbigo...
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    Entrevistador: O que acha deste?
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    LH: Gosto dele.
  • 2:50 - 2:51
    Gosto dele.
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    A alegria que sentimos com um novo bebé,
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    é uma alegria que não tem explicação,
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    não há palavras para a definir.
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    Temos de a cheirar,
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    temos de a viver,
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    para a conhecer.
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    Ok, já está.
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    Sim, já está pronta.
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    O importante não é o dinheiro.
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    O que é importante
    é a parte animal que há em nós.
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    Vivemos num mundo muito limitado
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    e estamos a dar cabo dele
    de forma muito sistemática.
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    Devíamos estar todos preocupados.
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    Eu vim para a América
    quando tinha oito anos.
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    Antes disso, vivia na Venezuela,
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    nos arredores de Caracas.
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    Eu adorava os desenhos
    das asas das borboletas.
  • 4:00 - 4:04
    Nos trópicos, temos
    borboletas extraordinárias.
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    Eu prendia-as na parede.
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    Hoje, penso no sofrimento
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    que eu causava
    àquelas pobres borboletas
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    Jacob Samuel: Queres que eu faça
    o número aqui?
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    LH: O número? Sim.
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    JS: Então isto vai ser
    uma prova de artista.
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    Vou pôr apenas A.P.
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    e depois, tu pões aqui o teu L.H.
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    [Jacob Samuel, mestre tipógrafo]
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    Ok, já começámos.
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    Fizemos quatro aquatintas
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    e esta é a primeira.
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    Esta vai para a exposição
    na Serpentine, em Londres.
  • 4:43 - 4:45
    Depois, haverá mais três
    para a galeria.
  • 4:45 - 4:47
    Estou encantado por trabalhar com Luchita.
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    porque ela é história viva.
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    Tenho trabalhado com uma série de artistas
    da sua geração, que ela conhece.
  • 4:55 - 4:57
    LH: Eu sou muito antiga!
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    JS: Para mim, isso completa o círculo.
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    LH: O nome que eu tinha em miúda
    era Garcia-Rodriguez.
  • 5:05 - 5:09
    É como chamar-se "Silva Santos".
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    Decidi que não estava bem.
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    Escolhi o nome da minha avó materna:
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    "Hurtado", em vez de "Garcia-Rodriguez".
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    Em Nova Iorque,
    eu vivia na periferia da cidade.
  • 5:28 - 5:34
    Decidi ir para um liceu
    que ficava na baixa, em Village.
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    A minha mãe julgava que eu estava
    a tirar um curso em "design" de moda,
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    mas não estava.
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    Eu estava a tirar um curso de arte.
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    Man Ray tirou aquela fotografia.
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    E aqui está Lee.
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    Eu casei com Lee Mullican
    e tive dois filhos.
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    John e Matt.
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    É preciso muita energia
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    para ter a vida de mãe
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    e ter a vida de artista,
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    a trabalhar e a tentar juntar as pontas.
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    Eu fazia as minhas pinturas, à noite,
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    depois de todos adormecerem.
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    Ryan Good: Trabalhei para Matt,
    muito tempo.
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    Já nos conhecíamos.
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    Quando vim para aqui
    começámos a andar juntos.
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    Íamos à creche, íamos ao mercado
    dos lavradores, almoçar.
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    LH: E depois, ficámos amigos.
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    muito próximos
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    Foste tu que me descobriste.
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    RG: Quando descobri as obras
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    de 70 anos de atividade,
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    percebi logo que havia ali
    qualquer coisa.
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    e, quando a família me pediu
    para os ajudar com os bens de Lee
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    comecei a descobrir as obras
    no estúdio de Lee,
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    muitas das quais nem estavam assinadas.
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    Talvez uma em 20 tinha a marca LH.
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    Luchita mudava de estilo
    com frequência.
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    É um elemento interessante
    da sua atividade.
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    Passou-se ano e meio ou dois anos
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    antes de encontrar alguém
    que quisesse fazer um projeto.
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    Hans Ulrich Obrist descobriu as obras.
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    Recordo ter ouvido dizer
    que ele queria uma visita, com Luchita.
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    Isso transformou tudo a partir daí
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    Ela sente-se admirada e entusiasmada
    por todas estas coisas ainda existirem.
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    Acho que ela pensava
    que muitas delas se tinham perdido.
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    Está a produzir trabalho
    quase todos os dias,
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    por isso, estão sempre
    a aparecer coisas novas.
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    Está apaixonada pela sua nova obra.
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    LH: Eu sou muito sensual.
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    Adoro cheiros e sabores.
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    Adoro fruta.
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    A religião está cheia de frutos.
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    Uma maçã significa mais do que uma maçã!
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    Para mim, estes autorretratos
    foram uma grande surpresa.
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    Há um que tem um raio de luz
    que atravessa a porta.
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    Cheguei à conclusão de que
    tudo o que eu tinha no mundo
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    era eu mesma.
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    E eu sou quem sou
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    porque faço o que quero fazer
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    e não o que me dizem para fazer.
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    Nos meus sonhos, estou de novo com Lee.
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    que já partiu há muito tempo.
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    Os meus filhos são outra vez pequenos
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    e eu volto a viver o passado.
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    Recordo que, perto do Museu
    de História Natural
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    — em frente, no parque —
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    havia penas de aves no chão.
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    Matt e eu começámos
    a apanhar essas penas.
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    Usávamos as penas.
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    Punhamo-las no cabelo.
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    Divertíamo-nos muito
    naquela época da nossa vida.
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    Estamos todos juntos neste planeta
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    e estamos todos relacionados.
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    O nosso parente mais próximo é uma árvore.
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    porque elas expiram e nós inspiramos.
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    É assim mesmo.
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    É maravilhoso estar neste parque
    com estas árvores.
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    É a alegria da vida,
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    a alegria de estar vivo.
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    Tradução de Margarida Ferreira
Title:
Luchita Hurtado: Aqui estou | Art21 "Extended Play"
Description:

Episódio 264: Luchita Hurtado reflete na sua carreira de 80 anos e na relação entre o corpo humano e o mundo natural que está incorporado na sua obra. No seu estúdio de Santa Monica, Hurtado trabalha numa nova pintura da sua série "Nascimento", analisando como a sua experiência de maternidade e o seu empenho no ativismo ambientalista se fundem neste corpo mais recente do seu trabalho.
Nascida na Venezuela, Hurtado descreve a sua infância, passada em Nova Iorque, nas suas primeiras aulas de arte e no desafio de começar uma família enquanto mantinha uma atividade artística. "É preciso muita nergia para ter a vida de mãe e ter a vide de artista". recorda Hurtado. "Eu fazia as minhas pinturas, à noite, depois de todos adormecerem".
Falando com o diretor do seu estúdio, Ryan Good, Hurtado explica que foi só nos últimos anos que o seu trabalho começou a receber mais atenção dos curadores e dos museus. A artista vai à Galeria Serpentine, em Londres, para celebrar a primeira exposição a solo numa instituição pública, que expõe mais de cem obras e apresenta os muitos estilos de pintura e desenho, desde abstrações dinâmicas de figuras humanas a ousados autorretratos que mostra o corpo da artista, numa perspetiva virada para baixo, desde céus azuis com penas flutuantes a pituras com palavras como "ar", "água" e "terra" incorporadas nele.
Em Los Angeles, Hurtado pinta "ao ar livre" num parque local e esclarece as ténues relações entre seres humanos e a Natureza, que é o foco da sua obra mais recente. "Estamos todos juntos neste planeta e estamos todos relacionados", diz a artista. "Estar neste parque, com estas árvores, é a alegria da vida".
Luchita Hurtado conclui que "tudo o que tinha no mundo, era eu mesma. Eu sou quem sou porque faço o que quero fazer e não o que me mandam fazer".

Saibam mais sobre a artista em:
https://art21.org/artist/luchita-hurtado/

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Extended Play" series
Duration:
10:42

Portuguese subtitles

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