Por que as histórias são cativantes? | Tomas Pueyo | TEDxHumboldtBay
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0:13 - 0:17O ancião homo sapiens caminha
com dificuldade na direção da fogueira. -
0:18 - 0:22As crianças se reúnem à sua volta
e se sentam em silêncio. -
0:22 - 0:25Estão ansiosas para ouvir
o caçador mais famoso da tribo. -
0:26 - 0:29Ele deseja transmitir seu conhecimento.
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0:29 - 0:32Limpa a garganta...
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0:32 - 0:34e começa.
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0:35 - 0:39Há 25% de probabilidade
de se encontrar predadores perto do rio. -
0:40 - 0:43Os felinos de grande porte correm
50% mais rápido que os humanos. -
0:43 - 0:46As árvores dobram o tempo de vida
de caçadores indefesos. -
0:48 - 0:51Pobres crianças... Vocês acham
que vão se lembrar de alguma coisa? -
0:51 - 0:53Já estiveram numa situação
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0:53 - 0:55em que morreram de tédio
durante uma apresentação? -
0:56 - 0:58E aquele pobre caçador?
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0:58 - 1:03Ele passou a vida toda aprimorando
as habilidades de caçador -
1:03 - 1:06e horas incontáveis naquele PowerPoint.
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1:06 - 1:10E, no entanto, sua experiência
vai morrer com ele, -
1:11 - 1:13pois não conseguiu comunicá-la.
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1:14 - 1:16Se vocês já estiveram
numa situação parecida, -
1:16 - 1:19na qual tentaram ensinar algo para alguém,
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1:19 - 1:21mas a pessoa não conseguia
se lembrar de nada, digam: "Sim". -
1:21 - 1:22Plateia: Sim.
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1:22 - 1:26Tomas Pueyo: Se já tentaram
convencer alguém de alguma coisa -
1:26 - 1:27com argumentos, com a razão,
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1:27 - 1:30mas a pessoa não ouve a razão
nem os argumentos, digam: "Sim". -
1:30 - 1:31Plateia: Sim.
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1:32 - 1:33TP: Isso já aconteceu com todo mundo.
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1:36 - 1:39Não basta estarmos certos.
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1:39 - 1:42Precisamos ser capazes de nos comunicar,
e, para isso, os fatos e a razão -
1:42 - 1:44não são suficientes.
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1:44 - 1:48É por isso que os palestrantes
mais famosos do TED -
1:48 - 1:52passam somente 25% da palestra
falando sobre fatos -
1:52 - 1:55e os outros 65% contando histórias.
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1:55 - 1:56E estão certos.
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1:56 - 2:00As histórias são de duas a dez vezes
mais memoráveis que os fatos. -
2:00 - 2:04Vou repetir porque acabei de contar
um fato, o que não é muito memorável. -
2:04 - 2:09As histórias são de duas até dez vezes
mais memoráveis que os fatos isolados. -
2:09 - 2:13E é por isso que os livros mais influentes
contém uma série de histórias -
2:13 - 2:16que deram origem
às principais religiões do mundo. -
2:17 - 2:20As histórias são poderosas.
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2:21 - 2:25Então por que não as usamos mais
no nosso dia a dia para nos comunicar? -
2:27 - 2:30Devíamos usá-las o tempo todo,
mas na verdade, usamos os fatos, a razão. -
2:30 - 2:32E acho que há dois motivos para isso.
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2:32 - 2:36Primeiro: não sabemos muito bem
por que as histórias são tão cativantes. -
2:36 - 2:38Somos animais racionais.
Usamos os fatos todo dia. -
2:38 - 2:40Não podemos continuar assim?
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2:40 - 2:41E segundo:
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2:41 - 2:44não sabemos muito bem
como criar histórias com facilidade. -
2:44 - 2:47Tenho me feito essas
duas perguntas a vida toda. -
2:47 - 2:49Meu pai é cineasta.
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2:50 - 2:53Sempre conversamos
sobre histórias lá em casa. -
2:53 - 2:56Estudei um pouco de roteiro na faculdade
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2:56 - 3:00e até mesmo escrevi um livro
sobre estrutura narrativa. -
3:00 - 3:03Isso me ensinou a construir histórias,
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3:03 - 3:05mas não o porquê de serem cativantes.
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3:05 - 3:08A resposta me ocorreu
por meio do meu trabalho. -
3:08 - 3:12Tenho de ler muito sobre neurociência,
e a neurociência das histórias -
3:12 - 3:14é "doida".
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3:16 - 3:19Então vou contar a vocês,
mas em vez de apenas contar, -
3:19 - 3:20vamos fazer um experimento, certo?
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3:20 - 3:23Conforme falo sobre
a neurociência das histórias, -
3:23 - 3:26quero que analisem o que acontece
no seu cérebro, certo? -
3:26 - 3:28Certo, vamos lá.
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3:29 - 3:31Se eu disser "movimento bípede",
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3:32 - 3:33em que vocês pensam?
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3:34 - 3:36Em andar. Certo.
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3:36 - 3:38Em geral, o cérebro tenta
decifrar as palavras, -
3:38 - 3:40talvez encaixá-las...
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3:41 - 3:43Algumas partes do cérebro são ativadas.
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3:43 - 3:45Partes diferentes para cada um.
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3:45 - 3:47Vocês tentam decifrar
as palavras, imaginá-las... -
3:47 - 3:49E é difícil.
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3:50 - 3:51Se, em vez disso, eu falar
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3:51 - 3:53sobre um grupo de mulheres correndo.
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3:53 - 3:55Elas estão pisando firme no chão,
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3:55 - 3:57com toda força, os músculos tensionados,
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3:57 - 4:00o vento soprando em seus rostos...
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4:01 - 4:02Notaram alguma coisa?
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4:03 - 4:04Foi diferente, não é?
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4:04 - 4:06O que aconteceu no cérebro de vocês?
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4:08 - 4:11A parte do cérebro
que os faria correr no mundo real -
4:11 - 4:12foi ativada.
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4:13 - 4:18E a parte do cérebro que os faria
sentir o vento sobre a pele, também. -
4:18 - 4:21O cérebro não sabe a diferença
entre ouvir uma história -
4:21 - 4:23e vivenciar a experiência de fato.
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4:23 - 4:24É muito doido!
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4:24 - 4:26É como a realidade virtual:
um mundo virtual é criado -
4:26 - 4:29e o cérebro não sabe a diferença
entre o mundo real e o virtual. -
4:31 - 4:33E se eu falasse sobre três meninos maus,
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4:33 - 4:36que estão perseguindo vocês de bicicleta
e querem machucá-los. -
4:36 - 4:39Vocês tentam fugir, mas não conseguem
porque são deficientes. -
4:39 - 4:42Andam o mais rápido que podem
e afinal se livram deles! -
4:42 - 4:44E conseguem correr!
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4:45 - 4:47O que aconteceu no cérebro de vocês?
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4:47 - 4:50Sentiram-se mais envolvidos?
Como se estivessem dentro da história? -
4:50 - 4:53É isso mesmo que aconteceu no seu cérebro.
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4:53 - 4:54Parece que vocês estavam lá,
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4:54 - 4:58porque sua atividade cerebral
é igual à do personagem principal. -
4:58 - 5:01Na verdade, a atividade cerebral
é a mesma para todos nós: vocês, eu... -
5:01 - 5:05Ao contar uma história, pude
comunicar "telepaticamente" -
5:05 - 5:07o que acontecia no meu cérebro.
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5:07 - 5:09É empatia pura.
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5:09 - 5:14Toda essa atividade cerebral
é o que torna as histórias memoráveis. -
5:14 - 5:16E grava-as no seu cérebro.
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5:17 - 5:20Logo, o que é uma história,
pela perspectiva da neurociência? -
5:22 - 5:24Uma máquina de empatia.
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5:24 - 5:27Um instrumento que permite
entrar na mente de outra pessoa -
5:27 - 5:29e ter as mesmas experiências,
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5:29 - 5:32os mesmos pensamentos
e os mesmos sentimentos. -
5:33 - 5:37Muito bacana, não é? Não é?!
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5:37 - 5:38Plateia: Sim!
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5:38 - 5:41TP: Por isso as histórias são poderosas,
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5:41 - 5:43e precisamos saber como usar a empatia
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5:43 - 5:46para criar boas histórias.
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5:46 - 5:49Se vocês perguntassem
a Aristóteles, 2 mil anos atrás, -
5:49 - 5:52ele falaria sobre os três atos
de uma história: começo, meio e fim. -
5:52 - 5:55Mas nunca achei isso muito revelador.
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5:55 - 5:59Precisamos de mais detalhes
para poder criar histórias. -
5:59 - 6:01Então vocês podem seguir essa receita,
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6:01 - 6:04mas não vou contar, vou mostrar pra vocês.
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6:04 - 6:06Dois avisos:
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6:06 - 6:09vou dar alguns "spoilers"
sobre filmes clássicos. -
6:09 - 6:10Se ainda não assistiram,
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6:10 - 6:12deveriam ter vergonha,
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6:12 - 6:14e este vai ser o castigo de vocês.
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6:15 - 6:18Segundo: vai ser bem rápido, certo?
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6:18 - 6:20Agarrem-se às suas poltronas...
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6:20 - 6:21Prontos? Certo, vamos lá!
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6:22 - 6:25(Vídeo) (Música do início do Rei Leão)
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6:25 - 6:28TP: No começo, temos o mundo comum.
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6:28 - 6:30É o mundo do personagem principal.
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6:30 - 6:31O mundo normal.
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6:31 - 6:32Mas tem algo... estranho nele.
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6:32 - 6:34Alguma coisa não parece muita certa.
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6:34 - 6:35Até que de repente...
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6:35 - 6:36(Batidas)
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6:36 - 6:38Há um acontecimento que incita tudo.
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6:40 - 6:43Um episódio no começo da história
altera o mundo do personagem principal. -
6:43 - 6:45Mas ele não sabe
lidar com aquela informação. -
6:45 - 6:47Hagrid: Você é um mago, Harry.
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6:47 - 6:49TP: É aí que entra o mentor!
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6:49 - 6:53Ele vai fazer o personagem principal
encarar o acontecimento que provoca tudo, -
6:53 - 6:54e parar de fugir.
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6:54 - 6:57Ele o levará para longe do mundo comum,
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6:57 - 7:01até atravessar o limiar
para o mundo extraordinário. -
7:01 - 7:02Um mundo mágico...
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7:02 - 7:06Um mundo novo e completamente diferente
do mundo comum que ele conhecia. -
7:06 - 7:08Onde ele encontrará novos aliados...
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7:09 - 7:10Aliens: Ahhh!
Buzz: Saudações! -
7:12 - 7:14TP: Novos inimigos,
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7:14 - 7:17e começará a enfrentar
novos testes e desafios. -
7:18 - 7:20Até que de repente...
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7:20 - 7:21Bum!
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7:21 - 7:22Há o "ponto central".
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7:22 - 7:24Um evento bem no meio
que muda toda a história, -
7:24 - 7:28porque muda a maneira
como o personagem vê o mundo. -
7:28 - 7:31Ele vê que estava errado, mas não sabe
como lidar com essa nova informação! -
7:31 - 7:33Ele está frágil, reflexivo.
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7:33 - 7:37E os inimigos tiram vantagem
dessa fragilidade para se aproximar... -
7:37 - 7:38Eles o ameaçam.
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7:38 - 7:39E o cercam.
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7:40 - 7:42E é então que atacam!
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7:42 - 7:44Há a crise.
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7:44 - 7:46O ponto mais baixo da história.
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7:46 - 7:48Um momento de morte...
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7:48 - 7:49de perda...
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7:50 - 7:52O personagem principal está derrotado
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7:52 - 7:56e percebe que precisa mudar algo.
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7:56 - 7:57E há o retorno.
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7:57 - 7:59Ele volta revigorado.
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8:00 - 8:03E vai enfrentar o inimigo mais uma vez.
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8:04 - 8:05Mas ele mudou,
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8:05 - 8:08e consegue ter mais sucesso que antes.
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8:09 - 8:11E agora, ele vence.
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8:12 - 8:14Nós vemos o resultado:
ele volta para o mundo comum, -
8:14 - 8:17de onde veio, mas ele está diferente.
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8:17 - 8:18Graças a isso, ele venceu
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8:18 - 8:22e recebe sua recompensa.
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8:22 - 8:23(Fim do vídeo)
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8:23 - 8:26Essa é a estrutura das histórias, certo?
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8:26 - 8:28Acabamos?
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8:28 - 8:29Não.
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8:29 - 8:31Parece bastante intuitivo, não é?
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8:32 - 8:33De jeito nenhum!
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8:33 - 8:35Pergunte a outro escritor e ele dirá:
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8:35 - 8:38"Esqueça aquela receita,
você deveria seguir esta aqui. -
8:38 - 8:40A outra tem muita coisa errada!"
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8:40 - 8:42Pergunte a outro escritor e ele dirá:
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8:42 - 8:44"Oi? Histórias não têm três atos.
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8:44 - 8:45Têm cinco, ou seis, ou oito..."
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8:45 - 8:46Ou 22...
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8:46 - 8:48Ou 31!
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8:48 - 8:52Na verdade, há centenas
de receitas para se criar histórias -
8:52 - 8:54e nenhuma delas é igual.
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8:54 - 8:59O debate pode ser bom, se você
estiver escrevendo um livro ou um filme... -
8:59 - 9:03Mas quando só precisamos
de uma receita que seja fácil de seguir, -
9:04 - 9:05para criar histórias para o dia a dia,
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9:05 - 9:09precisamos de algo que seja
mais simples, mais fundamental. -
9:12 - 9:15E se as histórias não fossem lineares,
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9:17 - 9:18e sim circulares?
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9:19 - 9:22No sentido de que o começo e o fim
estejam conectados. -
9:22 - 9:25Depois de passarmos pelo mundo
e aventura extraordinários, -
9:25 - 9:27voltamos para o mundo comum.
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9:27 - 9:31E devido aos contrastes,
podemos identificar as diferenças. -
9:31 - 9:33Podemos perceber isso,
por exemplo, em "O Rei Leão". -
9:33 - 9:36O filme começa com o nascimento de Simba,
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9:36 - 9:39e depois de ele passar
por todo o ciclo da vida, -
9:39 - 9:41termina com o nascimento de seu filho.
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9:41 - 9:43Vemos isso em "Doze anos de escravidão",
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9:43 - 9:45que começa com um grupo de negros escravos
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9:45 - 9:48e termina com um grupo de negros livres.
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9:48 - 9:49E em "Gravidade",
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9:49 - 9:52que começa com uma mulher
sozinha no espaço, olhando a Terra -
9:52 - 9:55e termina com a mesma mulher
sozinha na Terra, olhando para o espaço. -
9:56 - 9:59Vemos isso em "Mad Men":
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9:59 - 10:01no primeiro episódio
da primeira temporada, -
10:01 - 10:03Don Draper está infeliz,
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10:03 - 10:06mas termina uma campanha
publicitária muito difícil. -
10:06 - 10:09E, no final, sete anos depois,
no último episódio, -
10:09 - 10:13ele termina uma campanha muito difícil
de novo, mas, dessa vez, está feliz. -
10:14 - 10:15Em "O poderoso chefão",
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10:15 - 10:19que começa com um casamento
e termina com um funeral. -
10:20 - 10:21É possível notar a estrutura
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10:21 - 10:23do começo, do fim e do círculo.
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10:23 - 10:25E a mesma coisa acontece logo depois,
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10:25 - 10:29com o "problema" e a "solução",
o acontecimento que gera tudo e o clímax. -
10:29 - 10:31Por exemplo, voltando
para "O poderoso chefão", -
10:31 - 10:33no começo Michael Corleone diz:
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10:33 - 10:37"Minha família é de criminosos,
mas eu não sou como eles". -
10:38 - 10:39O que ele quer dizer é:
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10:39 - 10:43"Para mim, a honestidade e a civilidade
são mais importantes que a família". -
10:45 - 10:47Quando o filme termina,
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10:47 - 10:51ele matou todos os inimigos da família
e mente na cara da esposa, -
10:51 - 10:55ou seja, prioriza a família
em vez da honestidade e civilidade. -
10:55 - 10:57Você pode notar essa imagem espelhada.
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10:57 - 10:59A mesma coisa acontece em "Toy Story",
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10:59 - 11:04no começo do filme, Buzz aterrissa
e desafia a liderança de Woody. -
11:04 - 11:08E no final da história,
eles são amigos e dividem a liderança. -
11:08 - 11:11Esse padrão do qual estou falando
acontece por toda a história. -
11:11 - 11:14A primeira metade explora o problema
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11:14 - 11:16e a segunda metade explora a solução.
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11:16 - 11:20Por isso, numa história como "Matrix",
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11:20 - 11:24podemos ver cena após cena
da primeira metade -
11:24 - 11:26espelhada na segunda.
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11:26 - 11:27É muito doido!
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11:27 - 11:32Eles pegaram a primeira metade do filme
e revisitaram cada cena na segunda metade, -
11:32 - 11:33espelhando-as.
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11:36 - 11:40Agora vocês entendem
a estrutura das histórias, certo? -
11:40 - 11:43A primeira metade espelha
a segunda; há uma simetria. -
11:43 - 11:46E sempre que há duas metades,
elas têm de se conectar em algum ponto. -
11:46 - 11:48Esse é... o "ponto central".
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11:49 - 11:51É o evento principal de uma história,
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11:51 - 11:54pois traz o entendimento
para resolver o problema. -
11:54 - 11:59Em "O poderoso chefão", é na primeira vez
em que Michael Corleone mata, -
12:00 - 12:02priorizando, assim, a família
em vez da civilidade. -
12:02 - 12:04E ele adora!
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12:05 - 12:08Em "O Rei Leão" é quando Mufasa,
o rei leão, morre -
12:08 - 12:11e seu filho percebe
que não pode mais ser um moleque. -
12:11 - 12:14No fim, ele terá de crescer
e se tornar o rei leão. -
12:16 - 12:20Em "Toy story" é quando Buzz e Woody
são sequestrados e percebem -
12:20 - 12:23que, se não pararem de brigar,
vão acabar morrendo. -
12:25 - 12:29Em "O despertar da força" é quando Rey
toca no sabre de luz e percebe -
12:29 - 12:30que também pode ser uma jedi.
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12:32 - 12:36Essa é a estrutura das histórias,
e nota-se que se parece com um círculo. -
12:36 - 12:37A "estrutura circular".
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12:37 - 12:41E essa estrutura está em todo lugar,
não somente nos filmes que contei. -
12:41 - 12:44Está em "Hamlet", em "Macbeth"...
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12:44 - 12:46na maioria das peças de Shakespeare.
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12:46 - 12:48E até mesmo antes...
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12:48 - 12:52Em Beowulf, o primeiro épico em inglês
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12:52 - 12:53tem uma estrutura circular.
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12:54 - 12:56Mais cedo ainda? E a vida de Buda?
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12:57 - 13:00E podemos falar não só
de histórias, mas de sagas. -
13:00 - 13:04Por exemplo, cada trilogia
"Star Wars" é um "círculo". -
13:05 - 13:08E os primeiros seis filmes
também são um círculo. -
13:08 - 13:12Cada livro do "Harry Potter" é um círculo.
Todos os sete juntos são um círculo. -
13:12 - 13:15E isso também acontece no nível micro:
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13:15 - 13:18numa boa história, cada ato, cada cena,
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13:18 - 13:19é um círculo.
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13:21 - 13:25Por que essa estrutura está em todo lugar?
Por que a encontramos em todo lugar? -
13:25 - 13:27Será que há algo fundamental nela?
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13:28 - 13:31Bem, essa é a estrutura
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13:32 - 13:33da resolução de problemas.
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13:34 - 13:36Você estabelece o problema.
Explora o problema. -
13:36 - 13:38Traz o entendimento
para resolver o problema. -
13:38 - 13:41Explora o entendimento... e o soluciona.
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13:42 - 13:45As histórias solucionam problemas.
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13:45 - 13:48Então estou dizendo que as histórias
solucionam os problemas, -
13:48 - 13:51e há cinco minutos disse
que são máquinas de empatia, certo? -
13:51 - 13:53Como juntar essas duas coisas?
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13:54 - 13:56As histórias são uma forma
-
13:56 - 13:59de entrar na mente dos outros
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13:59 - 14:02para saber como solucionamos os problemas.
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14:03 - 14:05Ou seja,
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14:05 - 14:06as histórias são uma forma
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14:07 - 14:09de aprendizado.
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14:10 - 14:13Há centenas de milhares de anos,
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14:14 - 14:18os Homo sapiens não eram
os mais fortes, nem os mais rápidos, -
14:18 - 14:21mas eram os melhores
na solução de problemas. -
14:21 - 14:23Aqueles que mais gostavam de histórias,
-
14:23 - 14:25conseguiam resolver mais problemas.
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14:25 - 14:29Sobreviviam mais tempo, conseguiam
ter mais filhos e propagar seus genes. -
14:29 - 14:34E foi assim que evoluímos
gostando de histórias, -
14:34 - 14:37porque elas nos ensinam.
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14:38 - 14:42Vejam bem, aquele caçador nunca teria
compartilhado aqueles tópicos, certo? -
14:42 - 14:43Ele teria dito:
-
14:43 - 14:49"Ah, um dia, quando eu era da sua idade,
fiquei com fome e fui caçar na floresta. -
14:49 - 14:53Quando me aproximei do rio, vi um leão,
-
14:53 - 14:54e o leão me viu.
-
14:54 - 14:57Então comecei a correr,
mas ele era mais rápido, -
14:57 - 15:00aí subi numa árvore e consegui me salvar".
-
15:00 - 15:01E o que as crianças iriam dizer?
-
15:01 - 15:06"Nossa! Não devo ir
perto do rio, há predadores ali. -
15:06 - 15:09Não devo tentar correr de um leão...
-
15:09 - 15:11Se eu estiver em perigo,
devo subir numa árvore". -
15:12 - 15:16A mesma lição que elas
nunca se lembrariam antes -
15:16 - 15:19está infundida em suas mentes agora.
-
15:20 - 15:25Querem usar o poder das histórias?
Ouçam com muita atenção. -
15:25 - 15:28Estão cansados de tentar
ensinar algo às pessoas, -
15:28 - 15:30mas elas não se lembram de nada?
-
15:30 - 15:33Parem de empurrar fatos
e comecem a envolvê-las com histórias! -
15:33 - 15:35Estão cansados de tentar
convencer as pessoas de algo -
15:35 - 15:37quando elas não ouvem a razão?
-
15:37 - 15:42Parem de lhes enfiar lições goela abaixo
e comecem a usar as histórias. -
15:42 - 15:45Mas não usem só uma história uma vez.
-
15:45 - 15:48Usem histórias em casa, na escola,
-
15:48 - 15:51no trabalho, em qualquer lugar, todo dia!
-
15:52 - 15:58Vocês, ouvintes do TED, têm a curiosidade
intelectual única para buscar a verdade. -
15:59 - 16:02Dominem a contação de histórias
e as propagarão. -
16:04 - 16:05Obrigado.
-
16:05 - 16:07(Aplausos)
- Title:
- Por que as histórias são cativantes? | Tomas Pueyo | TEDxHumboldtBay
- Description:
-
As histórias entram na nossa mente para nos hipnotizar e influenciar. Você já imaginou como fazem isso? Ou como tirar vantagem desse poder?
Nesta palestra divertida e reveladora, o contador de histórias Tomas Pueyo vai mudar para sempre a maneira como você vê as histórias. Ele nos leva numa viagem pela neurociência das histórias, conta o motivo pelo qual as boas histórias seguem a mesma estrutura oculta e como podemos usá-las como arma secreta.
Tomas Pueyo Brochard é um especialista em psicologia comportamental. É autor de "The Star Wars Ring", um livro campeão de vendas da Amazon que faz a análise dos padrões de narrativa que sustentam as grandes histórias, como Star Wars, Beowulf e Harry Potter.Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 16:20
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