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PLAN WITH ME | April 2021 Bullet Journal Setup

  • 0:01 - 0:03
    (música animada)
  • 0:12 - 0:14
    Obrigada ao Skillshare por
    patrocinar o vídeo de hoje.
  • 0:15 - 0:15
    Olá a todos, é a Amanda.
  • 0:16 - 0:17
    Hoje vou configurar o meu
    bullet journal
  • 0:18 - 0:20
    de Abril 2021.
  • 0:20 - 0:23
    O vídeo que estás prestes
    a ver é um pouco diferente
  • 0:23 - 0:25
    dos meus vídeos
    "Plan With Me" habituais
  • 0:25 - 0:29
    Vou estar a falar quase
    em estilo podcast
  • 0:29 - 0:33
    acerca dos meus pensamentos,
    das minhas experiências
  • 0:33 - 0:35
    sendo uma criadora de
    conteúdos asiática
  • 0:35 - 0:38
    especialmente no despertar
    de todo este racismo
  • 0:38 - 0:39
    e violência anti-asiática.
  • 0:39 - 0:42
    Portanto isso é
    o que vocês vão estar a ouvir.
  • 0:42 - 0:45
    Obviamente, vão na mesma estar a ver
    o meu bullet journal
  • 0:45 - 0:46
    e tudo o resto,
  • 0:46 - 0:48
    mas não vai ser o típico vídeo
  • 0:48 - 0:52
    em que eu narro cada traço de lápis
    e cada caixa que desenho,
  • 0:52 - 0:54
    o que, honestamente,
    acho que não tem problema
  • 0:54 - 0:57
    porque vocês já me viram
    fazer o meu bullet journal
  • 0:57 - 0:58
    imensas vezes.
  • 0:58 - 1:00
    Tenho a certeza que a maioria de vocês
  • 1:00 - 1:01
    já sabe o que eu estou a fazer.
  • 1:01 - 1:03
    Eu sei que a maioria de vocês
    vai ser solidária
  • 1:03 - 1:05
    e encorajadora acerca deste vídeo
  • 1:05 - 1:07
    Desde já obrigada
  • 1:07 - 1:08
    Mas, dito isto,
  • 1:08 - 1:11
    vamos começar com o set-up.
  • 1:11 - 1:13
    (música calma)
  • 1:50 - 1:50
    Okay.
  • 1:50 - 1:53
    O tema que decidi para Abril
  • 1:53 - 1:56
    é este tema de floresta de bambu
    a preto e branco
  • 1:56 - 1:59
    que é inspirado em pinturas
    tradicionais chinesas.
  • 1:59 - 2:01
    E a razão pela qual o escolhi
  • 2:01 - 2:04
    é porque se relaciona com
    aquilo de que vos quero falar
  • 2:04 - 2:07
    no meu voice-over hoje, que é
    a minha identidade asiática
  • 2:07 - 2:09
    e a minha experiência, assim como
  • 2:09 - 2:11
    o aumento na violência e crimes de
    ódio anti-asiáticos.
  • 2:11 - 2:14
    Claro, um pré-aviso, antes do vídeo
  • 2:14 - 2:18
    se não quiseres ouvir acerca de nada disto
  • 2:18 - 2:20
    então silencia o vídeo.
  • 2:20 - 2:22
    Claro que, com tudo isto,
  • 2:22 - 2:24
    eu vou abordar tópicos
    algo sérios.
  • 2:24 - 2:26
    Portanto, se não têm visto
    o que está a acontecer
  • 2:26 - 2:27
    nas notícias, recentemente
  • 2:27 - 2:31
    tem havido um aumento em crimes
    de ódio e violência anti-asiática
  • 2:31 - 2:33
    tanto na América como no Canadá.
  • 2:33 - 2:35
    E algumas estatísticas para vocês,
  • 2:35 - 2:38
    sim, estou a sacar as estatísticas,
  • 2:38 - 2:42
    de 2019 a 2020, enquanto crimes de ódio
    na generalidade
  • 2:42 - 2:44
    decresceram 7%,
  • 2:44 - 2:47
    crimes de ódio direcionados
    a asiáticos em específico
  • 2:47 - 2:50
    aumentaram quase 150% na América
  • 2:50 - 2:55
    e no Canadá aumentaram 600 ou 700 vezes
  • 2:55 - 2:56
    nas principais cidades.
  • 2:56 - 3:00
    E estes incidentes envolvem
    tossir para cima das pessoas,
  • 3:00 - 3:02
    cuspir, atacar físicamente
    e verbalmente
  • 3:02 - 3:05
    e, claro, como temos visto
    nas notícias recentemente
  • 3:05 - 3:07
    em Atlanta, efetivamente
    matar pessoas.
  • 3:07 - 3:08
    Portanto...
  • 3:08 - 3:12
    Sim, muito disto é resultado
    da retórica racista
  • 3:12 - 3:15
    presente nas notícias no que toca à
    pandemia deste último ano,
  • 3:15 - 3:18
    em que um certo alguém até lhe chamou
    "a gripe chinesa".
  • 3:18 - 3:21
    Mas, eu acho que é muito
    importante salientar
  • 3:21 - 3:24
    que grande parte está apenas a expor
    um profundo historial
  • 3:24 - 3:28
    de racismo anti-asiático e
    xenofobia que têm existido
  • 3:28 - 3:30
    no Ocidente desde há séculos.
  • 3:30 - 3:32
    A maneira como o Ocidente
    tem falado da China,
  • 3:32 - 3:35
    mesmo antes da pandemia,
  • 3:35 - 3:37
    estava muitas vezes envolta
    em ódio ou medo.
  • 3:37 - 3:40
    E ouvimos sempre acerca desta
    presença iminente
  • 3:40 - 3:43
    da China comunista, como se
    estivesse a tentar invadir-nos,
  • 3:43 - 3:46
    o que imbuiu uma imagem
    assustadora e misteriosa
  • 3:46 - 3:48
    da China na mente das pessoas.
  • 3:48 - 3:52
    E isso afeta a comunidade asiática nos dias de hoje.
  • 3:52 - 3:54
    Ao longo da história, podemos ver isto
  • 3:54 - 3:57
    sistemicamente no "Ato
    de Exclusão Chinesa"
  • 3:57 - 4:00
    que foi levado a cabo tanto na América
    como no Canadá,
  • 4:00 - 4:02
    nos campos de internamento japoneses,
  • 4:02 - 4:05
    no imposto sobre chineses no Canadá,
  • 4:05 - 4:08
    no qual cada imigrante proveniente
    da China
  • 4:08 - 4:10
    tinha de pagar uma taxa para poder
    entrar no país.
  • 4:10 - 4:14
    Como referência, nenhum outro grupo
    no Canadá
  • 4:14 - 4:17
    alguma vez foi forçado a pagar uma taxa
  • 4:17 - 4:18
    baseado na sua origem.
  • 4:20 - 4:21
    Eu não quero ocupar todo o voice-over
  • 4:21 - 4:25
    a falar de estatísticas, e história,
    e tudo isso,
  • 4:25 - 4:28
    porque, claro, vocês não clicaram
    neste vídeo necessariamente
  • 4:28 - 4:30
    para ouvir acerca disto.
  • 4:30 - 4:33
    Contudo, vocês vêm aos meus vídeos por mim
  • 4:33 - 4:36
    e pelo que eu crio, pela minha arte
    e pelo meu journalling
  • 4:36 - 4:40
    e a minha identidade asiática
    é uma grande parte disso.
  • 4:40 - 4:42
    Par aqueles que não sabem
    acerca da minha ancestria,
  • 4:42 - 4:44
    o que aparentemente são
    bastantes pessoas,
  • 4:44 - 4:46
    porque quando eu pesquiso o meu nome
    no Google
  • 4:46 - 4:48
    uma das primeiras coisas que aparece
  • 4:48 - 4:51
    é "Amanda Rach Lee etnia"
  • 4:51 - 4:54
    Eu sou Chinesa-America de
    terceira geração, ou seja
  • 4:54 - 4:56
    os meus avós nasceram na China
  • 4:56 - 4:59
    e depois emigraram para o Canadá e
  • 4:59 - 5:03
    à medida que fui crescendo,
    a minha identidade asiática era confusa
  • 5:03 - 5:06
    porque por um lado
    eu era claramente chinesa,
  • 5:06 - 5:08
    ambos os meus pais são chineses,
  • 5:08 - 5:09
    eu pareço chinesa...
  • 5:09 - 5:13
    Ainda assim, por outro lado,
    eu não me sentia chinesa de todo.
  • 5:13 - 5:15
    Eu nasci no Canadá,
  • 5:15 - 5:17
    os meus pais falam inglês fluentemente,
  • 5:17 - 5:20
    o que significa que
    eu não falo chinês de todo,
  • 5:20 - 5:23
    e eu cresci como qualquer
    criança canadiana.
  • 5:23 - 5:27
    Portanto, eu não me sentia conectada
    com o meu lado chinês, de todo.
  • 5:27 - 5:31
    E quase que comecei a ressentir
    esse meu lado,
  • 5:31 - 5:33
    o que é algo de que não me orgulho
  • 5:33 - 5:35
    e parte-me o coração quando recordo
  • 5:35 - 5:38
    a maneira como eu pensava acerca
    da minha própria cultura
  • 5:38 - 5:40
    e identidade, naquela altura.
  • 5:40 - 5:43
    Acho que tinha definitivamente
    bastante racismo internalizado.
  • 5:43 - 5:46
    Eu lembro-me de desejar poder ser branca
    porque, na minha cabeça,
  • 5:46 - 5:48
    eu já o era, praticamente.
  • 5:48 - 5:51
    E eu sei que isto é algo
  • 5:51 - 5:53
    que muitos filhos de imigrantes
    têm de enfrentar,
  • 5:53 - 5:56
    este sentimento de estar
    entre dois mundos,
  • 5:56 - 5:59
    nunca totalmente aceite por nenhum deles.
  • 5:59 - 6:02
    Para mim, isto foi extremamente
    evidente na minha vida,
  • 6:02 - 6:03
    e até recentemente,
    na escola secundária,
  • 6:03 - 6:05
    eu tive a sorte de frequentar escolas
  • 6:05 - 6:07
    que tinham bastante diversidade.
  • 6:07 - 6:08
    Eu diria que a minha escola secundária
  • 6:08 - 6:11
    tinha até bastantes asiáticos,
  • 6:11 - 6:12
    eu estava rodeada de asiáticos,
  • 6:12 - 6:15
    mas ainda assim, houve momentos
    em que me sentia excluída
  • 6:15 - 6:17
    do meu grupo de amigos asiáticos,
  • 6:17 - 6:21
    porque sendo chinesa-americana
    de terceira geração,
  • 6:21 - 6:23
    e a maioria deles eram de segunda geração,
  • 6:23 - 6:26
    muitos deles falavam as suas
    respetivas línguas nativas
  • 6:26 - 6:28
    e eu só falava inglês.
  • 6:28 - 6:30
    Adicionalmente, eu escolhi uma carreira
  • 6:30 - 6:33
    na indústria criativa,
    sendo que tipicamente
  • 6:33 - 6:35
    os asiáticos estão associados com
    seguir medicina,
  • 6:35 - 6:36
    ou direito, ou engenharia.
  • 6:36 - 6:40
    Garantidamente, grande parte
    disso é pressão da família
  • 6:40 - 6:41
    e da sociedade, e etc.
  • 6:41 - 6:46
    Mas muita gente fazia a piada
    de que eu era uma asiática "branqueada"
  • 6:46 - 6:48
    e até eu própria fazia essa piada,
  • 6:48 - 6:50
    maioritariamente numa
    tentativa de o desvalorizar
  • 6:50 - 6:53
    e juntar-me à piada e
    rir-me com as outras pessoas.
  • 6:53 - 6:56
    Mas, culposamente, acho que
    por vezes sentia orgulho
  • 6:56 - 6:59
    no facto de alguém me chamar
    "branqueda" ou perguntar-me
  • 6:59 - 7:02
    se eu era metade chinesa, metade branca.
  • 7:02 - 7:05
    E vêm realmente daquela ideia
    de que ser branco
  • 7:05 - 7:06
    é a derradeira forma
  • 7:06 - 7:10
    ou algo a que se deve aspirar.
  • 7:10 - 7:12
    E o facto das pessoas
    verem isso em mim
  • 7:12 - 7:15
    era quase como que uma medalha
    de assimiliação.
  • 7:15 - 7:17
    Obviamente agora reconheço
    que isso era lamentável.
  • 7:17 - 7:18
    Quem me dera falar chinês,
  • 7:18 - 7:20
    e eu gostava de ter feito
    um esforço maior
  • 7:20 - 7:22
    para me conectar com
    a minha cultura.
  • 7:22 - 7:24
    E isto é algo em que eu
    ainda estou a trabalhar,
  • 7:24 - 7:26
    e é algo que eu vou ter
    de navegar
  • 7:26 - 7:28
    para o resto da minha vida,
    sendo uma mulher asiática.
  • 7:29 - 7:32
    Como mencionei, eu sentia-me
    excluída dos meus amigos asiáticos,
  • 7:32 - 7:36
    mas também não me encaixava
    a 100% com os não asiáticos.
  • 7:36 - 7:38
    Claramente, pelo meu aspeto,
  • 7:38 - 7:40
    eu sou claramente asiática.
  • 7:40 - 7:43
    Mas muito disto foi também
    devido a micro-agressões
  • 7:43 - 7:46
    que eu enfrentava diariamente.
  • 7:46 - 7:48
    Se não sabem o que são
    micro-agressões,
  • 7:48 - 7:51
    referem-se a manifestações
    subtis e indiretas
  • 7:51 - 7:54
    de racismo ou
    superioridade branca,
  • 7:54 - 7:57
    casuais e disfarçadas.
  • 7:57 - 7:58
    E são bastante comuns,
  • 7:58 - 8:00
    tão comuns que muitas vezes
    são desvalorizadas
  • 8:00 - 8:02
    ou descartadas como
    sendo apenas piadas.
  • 8:02 - 8:05
    E mesmo tendo "micro" no nome,
  • 8:05 - 8:07
    estas pequenas afirmações
    podem acumular-se
  • 8:07 - 8:10
    e vir a ter um grande impacto
    em grupos minoritários.
  • 8:10 - 8:14
    E claro que eu já tive de
    lidar com todo o tipo
  • 8:14 - 8:16
    destas micro-agressões e piadas
  • 8:16 - 8:19
    desde pessoas abordarem-me na rua
  • 8:19 - 8:22
    e cantarem "ching chong"
  • 8:22 - 8:24
    a pessoas esticarem os seus olhos,
  • 8:24 - 8:27
    e perguntarem-me de onde
    é que eu "realmente" sou.
  • 8:27 - 8:29
    Há tantas microagressões
  • 8:29 - 8:31
    com que as minorias têm
    de lidar diariamente.
  • 8:31 - 8:33
    Por acaso encontrei alguns
  • 8:33 - 8:35
    artigos académicos muito bons
  • 8:35 - 8:40
    que explicam os principais
    padrões de micro-agressões.
  • 8:40 - 8:41
    Não vou abordar todos,
  • 8:41 - 8:43
    mas o principal é este conceito
  • 8:43 - 8:46
    de ser um extra-terrestre
    no teu próprio país,
  • 8:46 - 8:50
    e vem da ideia de que todos os asiáticos
  • 8:50 - 8:53
    ou pessoas de cor
    nasceram em países estrangeiros
  • 8:53 - 8:57
    e no quotidiano, isto
    manifesta-se na pergunta
  • 8:57 - 8:59
    que eu acho que todas as
    pessoas de cor
  • 8:59 - 9:02
    já ouviram na sua vida,
  • 9:02 - 9:05
    que é "de onde vens?"
  • 9:05 - 9:07
    e quando respondo
    "eu sou do Canadá"
  • 9:07 - 9:09
    recebo a resposta
  • 9:09 - 9:13
    "não, mas de onde é que és realmente?"
  • 9:13 - 9:15
    e embora, na maioria das vezes, vem
  • 9:15 - 9:18
    de alguém bem-intencionado,
  • 9:18 - 9:20
    interessado na tua ancestria,
  • 9:20 - 9:22
    a maneira como é expresso parece implicar
  • 9:22 - 9:24
    que eu não sou realmente canadiana,
  • 9:24 - 9:26
    apesar de eu literalmente ter nascido aqui
  • 9:26 - 9:30
    e nunca ter ido à China na minha vida.
  • 9:30 - 9:33
    Se te estás a questionar
    como fazer, então, essa pergunta
  • 9:33 - 9:36
    tenta perguntar a alguém qual
    é a sua descendência,
  • 9:36 - 9:37
    ou qual é a sua etnia,
  • 9:37 - 9:40
    em vez de perguntar
    de onde vêm.
  • 9:40 - 9:43
    Outro padrão de micro-agressão
    é a negação
  • 9:43 - 9:44
    da raça como um todo,
  • 9:44 - 9:48
    o que está presente em
    afirmações corriqueiras como
  • 9:48 - 9:50
    "oh, eu não vejo cor",
  • 9:50 - 9:53
    "só existe uma raça, a raça humana".
  • 9:53 - 9:55
    E isto apenas nega
    a cultura
  • 9:55 - 9:59
    e experiências raciais
    de uma pessoa de cor.
  • 9:59 - 10:01
    Não estamos a pedir às pessoas
    para serem daltónicas.
  • 10:01 - 10:06
    É mais acerca de ver cor,
    mas depois aceitá-la
  • 10:06 - 10:07
    e reconhecê-la.
  • 10:07 - 10:10
    Outro exemplo disto é
    quando as pessoas negam
  • 10:10 - 10:13
    que a raça tem um papel
    no sucesso das pessoas.
  • 10:13 - 10:15
    Já ouvi isto na minha própria vida,
  • 10:15 - 10:16
    através de debates que tive
  • 10:16 - 10:19
    acerca de iniciativas de diversidade
    em empresas.
  • 10:19 - 10:22
    As pessoas dizem coisas como
  • 10:22 - 10:25
    "a pessoa mais qualificada
    deve ficar com o trabalho"
  • 10:25 - 10:26
    "não devem só consegui-lo
  • 10:26 - 10:28
    porque são alguém de cor"
  • 10:28 - 10:30
    ou "qualquer pessoa pode
    ter sucesso nesta sociedade
  • 10:30 - 10:32
    se se esforçarem o suficiente".
  • 10:32 - 10:35
    E a implicação aqui é que,
  • 10:35 - 10:38
    se uma pessoa de cor consegue
    de facto o trabalho ou é escolhida,
  • 10:38 - 10:41
    então talvez tenham sido beneficiados
    injustamente
  • 10:41 - 10:44
    e/ou só foram escolhidos
    por causa da sua raça.
  • 10:44 - 10:47
    Mas também insinua que
    a pessoa caucasiana
  • 10:47 - 10:50
    era provavelmente mais adequada ou
    mais qualificada.
  • 10:50 - 10:52
    E isso apenas rebaixa
    as barreiras bastante reais
  • 10:52 - 10:56
    que as pessoas de cor enfrentam
    na sociedade para terem sucesso.
  • 10:56 - 10:58
    Muitas vezes, quando
    micro-agressões como esta
  • 10:58 - 11:01
    aconteciam comigo, eu desvalorizava
  • 11:01 - 11:04
    ou dizia a mim própria que não era
  • 11:04 - 11:08
    um problema assim tão grande,
    não valia a pena fazer alarido.
  • 11:08 - 11:11
    E acho que muito asiáticos
    são desencorajados a falar
  • 11:11 - 11:14
    sobre qualquer discriminação
    ou problemas que enfrentem.
  • 11:14 - 11:17
    E isso vêm desta ideia
    impregnada
  • 11:17 - 11:20
    nas famílias, para não
    "agitarem o barco".
  • 11:20 - 11:23
    Ao longo dos anos, imigrantes asiáticos
    tentaram o seu melhor
  • 11:23 - 11:27
    para se assimilarem e serem
    aceites no Ocidente,
  • 11:27 - 11:30
    até aceitando trabalhos que
    mais ninguém queria,
  • 11:30 - 11:31
    e não fazendo alarido.
  • 11:31 - 11:35
    Contudo, esta passividade
    eventualmente evoluiu
  • 11:35 - 11:38
    e agora é usada contra nós,
  • 11:38 - 11:39
    e contra outras minorias.
  • 11:39 - 11:42
    Por exemplo, pondo a
    comunidade negra
  • 11:42 - 11:43
    contra a comunidade asiática,
  • 11:43 - 11:48
    e usando os asiáticos como bodes expiatórios
    para culpar a comunidade negra
  • 11:48 - 11:51
    por não conseguirem triunfar
    na sociedade atual.
  • 11:51 - 11:53
    Dizem "apenas não estás
    a esforçar-te o suficiente,
  • 11:53 - 11:56
    olha para os asiáticos,
    eles estão a sair-se tão bem".
  • 11:56 - 11:59
    E isto é apelidado
    "mito da minoria modelo".
  • 11:59 - 12:02
    Há esta suposição que
    os asiáticos ganham muito dinheiro
  • 12:02 - 12:05
    e tiveram sucesso no Ocidente,
  • 12:05 - 12:09
    desvalorizado qualquer racismo
    ou barreira que estes enfrentaram.
  • 12:09 - 12:11
    Contudo, por exemplo, na América,
  • 12:11 - 12:14
    os asiáticos têm a maior
    discrepância de rendimento
  • 12:14 - 12:17
    entre os ricos e os pobres, de
    todas as minorias.
  • 12:17 - 12:22
    Há uma taxa de pobreza de 12,3%
    entre asiáticos,
  • 12:22 - 12:24
    o que prova que os asiáticos
    não são um monólito,
  • 12:24 - 12:26
    não há um tipo único
    de experiência asiática
  • 12:26 - 12:30
    e o facto de que esse único tipo
    de experiência asiãtica
  • 12:30 - 12:33
    ser usado contra nós, e
    contra outras minorias
  • 12:33 - 12:34
    é horrível.
  • 12:34 - 12:35
    Uma outra coisa de que queria falar
  • 12:35 - 12:39
    é o fetichismo da mulher asiática.
  • 12:39 - 12:43
    Do historial de guerra
    e hiper-sexualização
  • 12:43 - 12:44
    da mulher asiática,
  • 12:44 - 12:47
    resultou esta ideia que
    as mulheres asiáticas
  • 12:47 - 12:50
    são submissas e
    dão boas esposas
  • 12:50 - 12:52
    porque não respondem.
  • 12:52 - 12:54
    A certo ponto, mulheres
    asiáticas eram representadas
  • 12:54 - 12:58
    como a antítese da feminista branca.
  • 12:58 - 13:03
    Num artigo de 1990 da revista GQ,
    a típica mulher asiática é descrita
  • 13:03 - 13:06
    como sendo alguém que
    "não insiste em
  • 13:06 - 13:08
    ser tratada como uma pessoa"
  • 13:08 - 13:10
    "Ela está lá quando precisas de
    uma pausa
  • 13:10 - 13:12
    das feministas indignadas."
  • 13:13 - 13:17
    Acho que não tenho de explicar
    porque é que isso é problemático.
  • 13:17 - 13:21
    Mas até nos dias de hoje,
    os homens são extremamente abertos
  • 13:21 - 13:25
    acerca dos seus fetiches asiáticos,
    não as vendos sequer como humanas.
  • 13:25 - 13:28
    São mais um objeto de conquista,
  • 13:28 - 13:32
    e podemos ver agora como há
    definitivamente uma ligação
  • 13:32 - 13:35
    entre este historial e os
    tiroteios que ocorreram
  • 13:35 - 13:37
    em Atlanta, esta semana, ou
    na semana passada aliás,
  • 13:37 - 13:41
    onde um homem atacou
    especificamente um spa asiático
  • 13:41 - 13:45
    por lhe atribuir a culpa
    pelo seu vício em sexo.
  • 13:45 - 13:45
    Okay,
  • 13:45 - 13:47
    eu sei que estive a despejar
    muita informação,
  • 13:47 - 13:50
    e eu queria definitivamente
    pôr neste vídeo muita
  • 13:50 - 13:54
    informação útil da qual vocês
    pudessem aprender.
  • 13:54 - 13:55
    Mas,
  • 13:55 - 13:57
    voltando à minha experiência pessoal,
  • 13:57 - 14:00
    eu queria falar acerca da minha experiência
    enquanto criadora de conteúdos,
  • 14:00 - 14:02
    no Youtube em específico.
  • 14:04 - 14:06
    Eu nunca falei muito
    acerca disto, e
  • 14:06 - 14:08
    eu ponderei se queria
    realmente referi-lo
  • 14:08 - 14:11
    porque é um pouco difícil
    para mim discuti-lo.
  • 14:11 - 14:14
    Mas se voltarem atrás e virem
    os meus vídeos antigos de bullet journal
  • 14:14 - 14:18
    verão que eu nunca mostrei a cara
  • 14:18 - 14:19
    no inicío dos mesmos.
  • 14:19 - 14:20
    Nem filmava uma introdução.
  • 14:20 - 14:25
    E no passado, por volta de
    2017 ou 2018,
  • 14:25 - 14:30
    a minha cara nunca estava presente
    nas thumbnails dos meus vídeos.
  • 14:30 - 14:33
    E isso foi parcialmente
    intencional.
  • 14:33 - 14:36
    Foi uma conversa real que tive
  • 14:36 - 14:37
    com o meu manager do Youtube.
  • 14:37 - 14:41
    Nós discutimos que poderia
    ser melhor não pôr a minha cara
  • 14:41 - 14:44
    nas thumbnails para que as
    pessoas não discriminassem
  • 14:44 - 14:46
    quando estão a clicar em vídeos,
  • 14:46 - 14:48
    se tivessem visto uma cara asiática.
  • 14:48 - 14:49
    Claro que eventualmente
  • 14:49 - 14:53
    eu comecei a incorporar mais
    de mim nos meus vídeos,
  • 14:53 - 14:55
    e agora vocês veem os meus vlogs.
  • 14:55 - 14:58
    E algumas vezes eu ponho-me nas
    thumbnails e etc.,
  • 14:58 - 15:03
    mas isso foi depois de já ter
    construído uma audiência substancial.
  • 15:04 - 15:05
    E acho que até hoje,
  • 15:05 - 15:07
    ainda está algo presente
    no meu subconsciente
  • 15:07 - 15:10
    o facto de os meus vídeos mais vistos
  • 15:10 - 15:13
    são alguns nos quais
    eu não mostro a minha cara de todo,
  • 15:13 - 15:15
    na thumbnail ou no vídeo.
  • 15:15 - 15:20
    E, claro, a minha raça pode não
    ter nada a ver com isso,
  • 15:20 - 15:23
    mas é triste ter sequer
    de ponderar se
  • 15:23 - 15:25
    eu poderia ter mais sucesso
    se fosse branca,
  • 15:25 - 15:28
    ou se eu não fui selecionada
    para certos trabalhos,
  • 15:28 - 15:31
    ou parcerias, por causa da minha etnia.
  • 15:31 - 15:33
    E eu acho que é importante
    reconhecer o meu privilégio
  • 15:33 - 15:34
    nesta situação também,
  • 15:34 - 15:37
    porque até nos vídeos em que
  • 15:37 - 15:41
    estou a desenhar e só as minhas
    mãos estão visíveis,
  • 15:41 - 15:44
    o meu tom de pele, as minhas mãos
    são pálidas e claras,
  • 15:44 - 15:48
    e eu questiono-me se, se o meu
    tom de pele fosse mais escuro,
  • 15:48 - 15:51
    será que os vídeos teriam
    sido igualmente bem sucedidos?
  • 15:51 - 15:54
    Eu não sei, mas eu sei que
  • 15:54 - 15:56
    nos anúncios de produtos
    de papelaria
  • 15:56 - 15:58
    ou no Instagram,
  • 15:58 - 16:01
    nas fotos recomendadas no Pinterest,
    ou nos media,
  • 16:01 - 16:03
    as mãos que vês,
  • 16:03 - 16:07
    as modelos usadas em tudo,
    são mãos brancas.
  • 16:07 - 16:10
    De qualquer modo,
    vamos retornar ao presente,
  • 16:10 - 16:12
    já que estamos a chegar ao fim
    do meu set-up,
  • 16:12 - 16:16
    acho que só faltam uma
    ou duas secções.
  • 16:16 - 16:18
    Eu queria falar de algo
    que até cheguei a
  • 16:18 - 16:20
    publicar no Instagram stories.
  • 16:20 - 16:21
    Caso não tenham visto,
  • 16:21 - 16:25
    eu disse, basicamente, que gostava
    que a comunidade artística
  • 16:25 - 16:29
    falasse mais abertamente acerca do
    aumento recente
  • 16:29 - 16:32
    nos crimes de ódio contra asiáticos,
    só porque tantos
  • 16:32 - 16:37
    dos materiais que as pessoas
    usam são japoneses
  • 16:37 - 16:40
    ou emprestados da arte e
    caligrafia tradicional asiática.
  • 16:40 - 16:42
    Eu nem consigo listar todas as
  • 16:42 - 16:45
    marcas japonesas que existem
  • 16:45 - 16:48
    porque, honestamente,
    são basicamente todas.
  • 16:48 - 16:53
    Temos a Muji, Pilot, Tombow,
    Kuretake, Zebra,
  • 16:53 - 16:56
    Hobonichi, Traveler's Company,
  • 16:56 - 16:59
    e muitas mais, sem mencionar que
    "washi tape"
  • 16:59 - 17:01
    é literalmente uma palavra japonesa
  • 17:01 - 17:05
    que importámos e usamos
    hoje em dia.
  • 17:05 - 17:08
    E depois, claro, temos
    as canetas
  • 17:08 - 17:10
    que as pessoas adoram e
    usam em caligrafia.
  • 17:10 - 17:12
    Essas são baseadas na
  • 17:12 - 17:16
    prática tradicional de caligrafia
    asiática com um pincel.
  • 17:16 - 17:18
    Estou a entrar noutra
    lição de história, mas
  • 17:18 - 17:22
    esta é uma lição de história
    em caligrafia, portanto é divertida.
  • 17:22 - 17:25
    Mas basicamente, historicamente
    caligrafia e tipografia
  • 17:25 - 17:29
    Ocidental era feita com
    um martelo/cinzel
  • 17:29 - 17:31
    em pedra, ou com uma caneta
    de ponta dura,
  • 17:31 - 17:34
    enquanto que caligrafia
    chinesa era onde verias
  • 17:34 - 17:36
    o uso de pincéis.
  • 17:36 - 17:38
    E essa era a ferramenta usada
  • 17:38 - 17:41
    em muitas das suas peças.
  • 17:41 - 17:42
    Adicionalmente, a caligrafia chinesa
  • 17:42 - 17:47
    valorizava muito o estilo
    individual e a improvisação.
  • 17:47 - 17:51
    Enquanto que na escrita em Latim,
  • 17:51 - 17:54
    havia uma estrutura ideal e
    a geometria era valorizada,
  • 17:55 - 17:59
    na caligrafia chinesa, o objetivo
    não era tanto
  • 17:59 - 18:04
    atingir a perfeição ou uma forma ideal,
  • 18:04 - 18:07
    mas antes um registo e a
    captura de um momento específico,
  • 18:07 - 18:11
    assim como uma prática que
    encorajava a meditação,
  • 18:11 - 18:14
    observação e uma energia calma.
  • 18:14 - 18:19
    Era realmente visto como uma
    verdadeira forma de arte na Ásia,
  • 18:19 - 18:21
    e é por isso que até hoje,
  • 18:21 - 18:25
    historiadores sabem o nome de
    muitos calígrafos famosos
  • 18:25 - 18:26
    da China.
  • 18:26 - 18:30
    E isto era muito diferente do
    calígrafo ou tipógrafo
  • 18:30 - 18:31
    do Ocidente,
  • 18:31 - 18:35
    que era visto mais como um
    comerciante utilitário,
  • 18:35 - 18:38
    já que muito do seu trabalho
    envolvia copiar manuscritos.
  • 18:38 - 18:39
    E acho que é justo
  • 18:39 - 18:42
    dizer que muito da escrita
    manual moderna hoje em dia
  • 18:42 - 18:44
    desde artistas a amadores,
  • 18:44 - 18:48
    retira inspiração destes ideais
    da caligrafia chinesa,
  • 18:48 - 18:52
    tornando-se mais um
    hobby relaxante
  • 18:52 - 18:54
    versus algo que é feito
    por necessidade,
  • 18:54 - 18:58
    como era historicamente
    a caligrafia Ocidental.
  • 18:58 - 19:01
    Obviamente, muita da
    caligrafia atual
  • 19:01 - 19:02
    é também baseada na
    caligrafia Ocidental,
  • 19:02 - 19:07
    como as canetas-tinteiro
    e a forma Gótica das letras.
  • 19:07 - 19:10
    Mas eu acho que a expressão individual
  • 19:10 - 19:13
    e o seu aspeto mais artístico
  • 19:13 - 19:16
    manifesta-se realmente hoje em dia
  • 19:16 - 19:18
    com todas as belíssimas
    estilizações
  • 19:18 - 19:21
    de letra e caligrafia que se
    vê no Instagram e
  • 19:21 - 19:25
    no Pinterest, e as pessoas
    estão realmente a aceitar a ideia
  • 19:25 - 19:27
    de que é uma forma de arte.
  • 19:27 - 19:30
    Como podem ver no meu
    set-up deste mês,
  • 19:30 - 19:31
    eu usei tinta japonesa
  • 19:31 - 19:35
    e um pincel, para homenagear
    esta bonita história
  • 19:35 - 19:38
    da arte da caligrafia na cultura asiática.
  • 19:38 - 19:39
    E enquanto o fazia,
  • 19:39 - 19:42
    dei por mim quase num estado meditativo
  • 19:42 - 19:44
    enquanto pintava as folhas de bambu.
  • 19:44 - 19:48
    Posso definitivamente
    conectar-me com esse lado histórico
  • 19:48 - 19:52
    da arte e pintura de caligrafia tradicional.
  • 19:52 - 19:53
    Isto tudo para dizer,
  • 19:53 - 19:56
    não que as pessoas precisem
    de uma razão
  • 19:56 - 19:58
    para falar de racismo,
  • 19:58 - 20:01
    mas é só esta "colheita
    seletiva" da cultura asiática
  • 20:01 - 20:03
    que me incomoda.
  • 20:03 - 20:04
    Esqueci-me de onde li isto,
  • 20:04 - 20:06
    mas é quase como se
    as pessoas estivessem num buffet
  • 20:06 - 20:08
    e escolhessem quais os
    aspetos que gostam
  • 20:08 - 20:10
    da cultura asiática, sem sequer
  • 20:10 - 20:13
    apreciarem realmente a sua história
    ou reconhecerem
  • 20:13 - 20:17
    a narrativa negativa associada
    com a cultura asiática.
  • 20:17 - 20:20
    As pessoas usufruem alegremente
    daquilo que a cultura asiática fornece,
  • 20:20 - 20:24
    seja sushi, anime, K-pop,
    yoga, bubble tea,
  • 20:24 - 20:25
    ou arte e papelaria,
  • 20:25 - 20:28
    mas não nos aceitam completamente,
    ou não nos defendem
  • 20:28 - 20:31
    quando precisamos.
  • 20:31 - 20:34
    E já que estamos agora na
    última secção
  • 20:34 - 20:35
    do set-up do meu bullet journal,
  • 20:35 - 20:38
    esta é a parte em que eu
    queria pedir-vos para
  • 20:38 - 20:41
    prestarem atenção a quem
    está a falar disto nesta altura,
  • 20:43 - 20:45
    vocês têm poder
  • 20:45 - 20:47
    na maneira em que escolhem
    a quem dar uma plataforma.
  • 20:47 - 20:51
    E eu estou muito grata por me
    terem dado uma plataforma
  • 20:51 - 20:54
    e por poder falar sobre
    este tipo de coisas
  • 20:54 - 20:55
    porque
  • 20:56 - 20:58
    eu estou muito orgulhosa
  • 20:58 - 21:00
    de me poder relacionar
    com imensas pessoas.
  • 21:00 - 21:01
    Uma das minhas coisas favoritas
  • 21:01 - 21:04
    é quando recebo comentários de
    outras raparigas asiáticas,
  • 21:04 - 21:08
    que me dizem que se sentiram inspiradas
    a seguir uma carreira criativa
  • 21:08 - 21:10
    por minha causa, e etc.
  • 21:10 - 21:12
    Eu não encaro levianamente
    este privilégio
  • 21:12 - 21:15
    e a plataforma que me deram,
  • 21:15 - 21:18
    e espero que outros criadores
    também não o façam.
  • 21:19 - 21:21
    Pronto, okay.
  • 21:21 - 21:24
    Obrigada por me ouvirem
    a falar de tudo isto.
  • 21:24 - 21:27
    Eu esforcei-me muito
    na pesquisa destas coisas
  • 21:27 - 21:30
    e em certificar-me que vos dava
  • 21:30 - 21:32
    informação interessante e útil.
  • 21:32 - 21:34
    Podem perguntar "okay,
  • 21:34 - 21:37
    Amanda, depois de tudo isto,
    o que posso fazer para ajudar?"
  • 21:37 - 21:38
    E, honestamente,
  • 21:38 - 21:41
    eu sei que já todos viram aqueles
    infográficos do Instagram
  • 21:41 - 21:42
    e etc.
  • 21:42 - 21:45
    E claro que vou deixar
    os links desses recursos
  • 21:45 - 21:47
    na descrição para que possam partilhar,
  • 21:47 - 21:49
    mas também vou indicar todas as fontes
  • 21:49 - 21:52
    que usei para pesquisar tudo
  • 21:52 - 21:54
    e sítios onde podem doar, também.
  • 21:54 - 21:58
    Mas neste momento, uma
    das melhores coisas que podem fazer
  • 21:58 - 22:02
    é ouvir as vozes asiáticas, assim
    como olhar introspetivamente.
  • 22:02 - 22:04
    Muitas vezes as pessoas
    ficam defensivas
  • 22:04 - 22:07
    ou desligam quando são
    confrontadas com as suas ações.
  • 22:07 - 22:09
    Mas uma das melhores maneiras de aprender
  • 22:09 - 22:12
    é reconhecer se vocês ou
    alguém na vossa vida
  • 22:12 - 22:15
    fez alguma coisa que possa
    afetas minorias negativamente.
  • 22:15 - 22:17
    Mesmo que seja
    despropositado,
  • 22:17 - 22:20
    como as micro-agressões
    que mencionei neste vídeo.
  • 22:20 - 22:23
    Manifestem-se se virem alguém
  • 22:23 - 22:25
    a fazer essas piadas desconfortáveis,
  • 22:25 - 22:28
    seja no vosso local de trabalho
    ou na vossa família,
  • 22:28 - 22:30
    não o reduzam apenas a alguém
    não saber o que está a dizer.
  • 22:31 - 22:32
    Que mais?
  • 22:32 - 22:35
    Ah, podem apoiar
    negócios asiáticos locais.
  • 22:35 - 22:38
    Tenho estado muito preocupada com
  • 22:38 - 22:40
    todos os restaurantes asiáticos
    quem têm sofrido
  • 22:40 - 22:44
    durante esta pandemia, devido a
    essa ideia errada
  • 22:44 - 22:46
    de que a comida asiática,
  • 22:46 - 22:48
    de que os asiáticos comem morcegos,
  • 22:48 - 22:50
    e se comerem comida asiática
    vão apanhar o vírus.
  • 22:50 - 22:54
    É algo bastante real que as
    pessoas têm andado a espalhar.
  • 22:54 - 22:58
    E não só os donos asiáticos
  • 22:58 - 22:59
    destes negócios e restaurantes
  • 22:59 - 23:03
    temem pela sua segurança
    com tudo o que se está a passar,
  • 23:03 - 23:05
    mas isso acrescido
  • 23:06 - 23:07
    ao golpe financeiro
  • 23:07 - 23:10
    que a pandemia proporcionou,
    tem sido muito preocupante.
  • 23:10 - 23:15
    E eu espero que muitos
    dos meus negócios e
  • 23:15 - 23:18
    restaurantes asiáticos favoritos
    sobrevivam à pandemia.
  • 23:18 - 23:21
    E claro, por favor,
    espalhem a mensagem
  • 23:21 - 23:24
    especialmente se acham que
    o vosso círculo atinge
  • 23:24 - 23:26
    muita gente não asiática.
  • 23:26 - 23:29
    Tenho sempre medo que
    as coisas sejam só faladas
  • 23:29 - 23:33
    dentro da comunidade,
  • 23:33 - 23:36
    e que toda esta informação
  • 23:36 - 23:37
    não esteja a atingir as pessoas
  • 23:37 - 23:40
    que provavelmente mais precisam dela.
  • 23:40 - 23:46
    É por isso que precisamos tanto
    de aliados não asiáticos, neste momento.
  • 23:46 - 23:46
    Portanto, wow.
  • 23:46 - 23:48
    Isto foi muita coisa.
  • 23:48 - 23:51
    Eu sei que este voice-over
    foi pesado.
  • 23:51 - 23:53
    Houve muita informação.
  • 23:53 - 23:57
    E quanto a mim, eu sabia que
    este era um vídeo que eu queria
  • 23:57 - 23:58
    e precisava de fazer.
  • 23:58 - 24:02
    Foi bastante recompensador
    pesquisar tanto
  • 24:02 - 24:06
    e até ponderar acerca
    daquilo que eu queria falar
  • 24:06 - 24:09
    neste voice-over, foi um
    bocadinho emotivo,
  • 24:09 - 24:10
    porque eu tive de desbloquear
  • 24:10 - 24:14
    muito do meu passado e
    da minha infância,
  • 24:14 - 24:17
    da minha experiência
    enquanto uma mulher asiática.
  • 24:17 - 24:21
    Portanto foi um vídeo bastante
    interessante de fazer,
  • 24:21 - 24:23
    e espero que vocês
    retirem algo do mesmo.
  • 24:23 - 24:24
    Obrigada, nem que seja
  • 24:24 - 24:27
    apenas por me ouvirem falar sobre isto.
  • 24:27 - 24:30
    Eu aprecio-o, realmente.
  • 24:30 - 24:32
    E espero que também tenham gostado
  • 24:32 - 24:34
    de ver o set-up também.
  • 24:34 - 24:35
    Sei que não falei muito dele
    durante o vídeo,
  • 24:35 - 24:39
    mas eu realmente gostei muito
    de como o set-up ficou.
  • 24:39 - 24:43
    Adoro o aspeto da tinta e
    da escala de cinza.
  • 24:43 - 24:45
    Acho que tem um aspeto
    muito elegante e
  • 24:45 - 24:48
    foi muito relaxante fazê-lo.
  • 24:49 - 24:50
    Antes de vos mostrar o resultado final
  • 24:50 - 24:51
    do meu set-up,
  • 24:51 - 24:53
    queria falar-vos um pouco
  • 24:53 - 24:55
    acerca do patrocinador de hoje, Skillshare.
  • 24:55 - 24:57
    Se não conhecem já o Skillshare,
  • 24:57 - 25:00
    trata-se de uma comunidade
    de aprendizagem online espantosa,
  • 25:00 - 25:02
    com milhares de aulas
    muito inspiradoras.
  • 25:02 - 25:06
    E está super direcionado para
    pessoas curiosas e criativas,
  • 25:06 - 25:08
    que eu sei que inclui muitos de vocês.
  • 25:08 - 25:11
    Eles têm imensas aulas
    sobre design, ilustração.
  • 25:11 - 25:13
    negócios, tecnologia,
    pensa em algo
  • 25:13 - 25:15
    e eles têm provavelmente
    uma aula para isso.
  • 25:15 - 25:17
    Eu tento frequentar aulas novas
    no Skillshare regularmente,
  • 25:17 - 25:20
    para que consiga continuar a aprender
    e a expandir as minhas capacidades,
  • 25:20 - 25:23
    e assim posso aplicá-las a qualquer coisa
  • 25:23 - 25:25
    criativa que eu faça, quer seja a minha arte,
  • 25:25 - 25:27
    ou os meus vídeos, ou o meu bullet journal.
  • 25:27 - 25:30
    Vocês perguntam-se sempre como
    é que tenho inspiração
  • 25:30 - 25:32
    e como é que me mantenho motivada
    para ser criativa,
  • 25:32 - 25:34
    e eu acho que aprender coisas novas
  • 25:34 - 25:35
    é uma grande parte disso.
  • 25:35 - 25:37
    Muitos de vocês já sabem
  • 25:37 - 25:39
    mas eu tenho várias aulas exclusivas
  • 25:39 - 25:42
    disponíveis no Skillshare.
  • 25:42 - 25:45
    Tenho lições de journalling criativo,
  • 25:45 - 25:47
    assim como arte direcionada para
    bem-estar mental.
  • 25:47 - 25:50
    Tenho aulas acerca de
    manter um registo das tuas afirmações
  • 25:50 - 25:52
    com uma componente de
  • 25:52 - 25:53
    workshops de caligrafia.
  • 25:53 - 25:56
    Portanto, se quiserem mais
    do meu conteúdo,
  • 25:56 - 25:59
    o Skillshare é a plataforma
    perfeita para isso.
  • 25:59 - 26:01
    Eu definitivamente entro
    em mais detalhe lá
  • 26:01 - 26:02
    do que no meu canal de youtube,
  • 26:02 - 26:04
    apenas porque a plataforma o permite.
  • 26:04 - 26:06
    E isso é uma das coisas que
    eu adoro
  • 26:06 - 26:07
    acerca da plataforma em si,
  • 26:07 - 26:10
    que através de todas as diferentes
    aulas e professores,
  • 26:10 - 26:13
    e projetos e fóruns de debate,
  • 26:13 - 26:16
    realmente encoraja a formação
    de uma comunidade
  • 26:16 - 26:18
    e encoraja o apoio mútuo
    entre criadores.
  • 26:18 - 26:20
    E eles estão sempre a lançar
    conteúdo premium,
  • 26:20 - 26:22
    portanto há sempre
    algo novo a descobrir
  • 26:22 - 26:24
    se despoletar a tua curiosidade.
  • 26:24 - 26:26
    É desenvolvido
    para aprender,
  • 26:26 - 26:27
    o que significa que não há anúncios,
  • 26:27 - 26:30
    e podes focar-te na aula
    que estás a frequentar
  • 26:30 - 26:32
    e nos projetos que estás a desenvolver.
  • 26:32 - 26:33
    Se estiverem interessados
  • 26:33 - 26:35
    em experimentar o Skillshare,
  • 26:35 - 26:37
    a subscrição premium é
    mesmo de 10$ por mês,
  • 26:37 - 26:39
    mas o Skillshire teve a
    bondade de oferecer
  • 26:39 - 26:41
    aos meus visualizadores
    uma promoção especial.
  • 26:41 - 26:44
    Os primeiros mil subscritores
  • 26:44 - 26:46
    que cliquem no link na descrição
  • 26:46 - 26:49
    vão obter um desconto de 30%
    na subscrição anual.
  • 26:49 - 26:51
    E, uma nota,
  • 26:51 - 26:53
    se já usufruíste
    do período de teste gratuito,
  • 26:53 - 26:56
    podes ainda assim aproveitar
    deste desconto, o que é óptimo.
  • 26:56 - 26:58
    Como sempre, muito obrigada ao Skillshare.
  • 26:58 - 26:59
    Eles têm sido grandes apoiantes
  • 26:59 - 27:01
    meus, e do meu canal.
  • 27:01 - 27:04
    Verifiquem o link na descrição,
  • 27:04 - 27:07
    se sempre quiseram aprender
    algo novo.
  • 27:07 - 27:09
    E, finalmente, aqui está
    o resulto final
  • 27:09 - 27:11
    do meu set-up de Abril de 2021,
  • 27:11 - 27:16
    que serviu de homenagem
    às pinturas tradicionais asiáticas
  • 27:16 - 27:17
    e caligrafia.
  • 27:17 - 27:18
    Acho que ficou muito bonito
  • 27:18 - 27:22
    e foi um processo
    muito relaxante e divertido.
  • 27:22 - 27:23
    Pronto, pessoal.
  • 27:23 - 27:24
    É tudo acerca do meu bullet journal por hoje.
  • 27:24 - 27:26
    Eu sei que foi um formato
    um pouco diferente
  • 27:26 - 27:27
    do que costumo fazer,
  • 27:27 - 27:29
    mas espero que tenham gostado
    de me ouvir e talvez
  • 27:29 - 27:32
    vos tenha incitado a pensar acerca
    de algumas coisas por vocês mesmos.
  • 27:32 - 27:36
    Claro, vou deixar vários de links
  • 27:36 - 27:39
    e recursos e sítios
    onde doar, em baixo.
  • 27:39 - 27:42
    Encorajo-vos a
    explorar alguns deles.
  • 27:42 - 27:44
    E se puderem doar,
  • 27:44 - 27:46
    eu agradeceria imenso.
  • 27:46 - 27:48
    Em geral, peço que sejamos
    simpáticos uns para os outros,
  • 27:48 - 27:51
    sejamos compreensivos, continuemos
    a ouvir as histórias das pessoas.
  • 27:51 - 27:54
    Quero expor algumas das
    vossas recriações
  • 27:54 - 27:56
    do tema do mês passado,
    como faço sempre.
  • 27:56 - 28:00
    Se querem aparecer num
    vídeo futuro,
  • 28:00 - 28:03
    então identifiquem-me
    no Instagram @amandarachlee.
  • 28:03 - 28:05
    Identifiquem-me na foto
    da vossa recriação,
  • 28:05 - 28:08
    quer seja deste mês ou de
    algum mês passado.
  • 28:08 - 28:10
    E depois, claro, como sempre,
  • 28:10 - 28:12
    se quiserem ver o resto
    dos meus set-up semanais,
  • 28:12 - 28:15
    venham ter comigo ao Twitch
    todos os sábados,
  • 28:15 - 28:16
    às 11:00 ET.
  • 28:16 - 28:18
    Eu faço o meu calendário semanal
    em direto,
  • 28:18 - 28:21
    e é um comunidade super tranquila.
  • 28:21 - 28:23
    Espero que estejam a cuidar de
    vocês próprios.
  • 28:23 - 28:24
    Continuem a rabiscar.
  • 28:24 - 28:26
    E falo convosco no próximo vídeo.
  • 28:26 - 28:27
    Adeus.
  • 28:28 - 28:30
    (música calma)
Title:
PLAN WITH ME | April 2021 Bullet Journal Setup
Description:

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Video Language:
English
Duration:
28:38

Portuguese subtitles

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