(música animada) Obrigada ao Skillshare por patrocinar o vídeo de hoje. Olá a todos, é a Amanda. Hoje vou configurar o meu bullet journal de Abril 2021. O vídeo que estás prestes a ver é um pouco diferente dos meus vídeos "Plan With Me" habituais Vou estar a falar quase em estilo podcast acerca dos meus pensamentos, das minhas experiências sendo uma criadora de conteúdos asiática especialmente no despertar de todo este racismo e violência anti-asiática. Portanto isso é o que vocês vão estar a ouvir. Obviamente, vão na mesma estar a ver o meu bullet journal e tudo o resto, mas não vai ser o típico vídeo em que eu narro cada traço de lápis e cada caixa que desenho, o que, honestamente, acho que não tem problema porque vocês já me viram fazer o meu bullet journal imensas vezes. Tenho a certeza que a maioria de vocês já sabe o que eu estou a fazer. Eu sei que a maioria de vocês vai ser solidária e encorajadora acerca deste vídeo Desde já obrigada Mas, dito isto, vamos começar com o set-up. (música calma) Okay. O tema que decidi para Abril é este tema de floresta de bambu a preto e branco que é inspirado em pinturas tradicionais chinesas. E a razão pela qual o escolhi é porque se relaciona com aquilo de que vos quero falar no meu voice-over hoje, que é a minha identidade asiática e a minha experiência, assim como o aumento na violência e crimes de ódio anti-asiáticos. Claro, um pré-aviso, antes do vídeo se não quiseres ouvir acerca de nada disto então silencia o vídeo. Claro que, com tudo isto, eu vou abordar tópicos algo sérios. Portanto, se não têm visto o que está a acontecer nas notícias, recentemente tem havido um aumento em crimes de ódio e violência anti-asiática tanto na América como no Canadá. E algumas estatísticas para vocês, sim, estou a sacar as estatísticas, de 2019 a 2020, enquanto crimes de ódio na generalidade decresceram 7%, crimes de ódio direcionados a asiáticos em específico aumentaram quase 150% na América e no Canadá aumentaram 600 ou 700 vezes nas principais cidades. E estes incidentes envolvem tossir para cima das pessoas, cuspir, atacar físicamente e verbalmente e, claro, como temos visto nas notícias recentemente em Atlanta, efetivamente matar pessoas. Portanto... Sim, muito disto é resultado da retórica racista presente nas notícias no que toca à pandemia deste último ano, em que um certo alguém até lhe chamou "a gripe chinesa". Mas, eu acho que é muito importante salientar que grande parte está apenas a expor um profundo historial de racismo anti-asiático e xenofobia que têm existido no Ocidente desde há séculos. A maneira como o Ocidente tem falado da China, mesmo antes da pandemia, estava muitas vezes envolta em ódio ou medo. E ouvimos sempre acerca desta presença iminente da China comunista, como se estivesse a tentar invadir-nos, o que imbuiu uma imagem assustadora e misteriosa da China na mente das pessoas. E isso afeta a comunidade asiática nos dias de hoje. Ao longo da história, podemos ver isto sistemicamente no "Ato de Exclusão Chinesa" que foi levado a cabo tanto na América como no Canadá, nos campos de internamento japoneses, no imposto sobre chineses no Canadá, no qual cada imigrante proveniente da China tinha de pagar uma taxa para poder entrar no país. Como referência, nenhum outro grupo no Canadá alguma vez foi forçado a pagar uma taxa baseado na sua origem. Eu não quero ocupar todo o voice-over a falar de estatísticas, e história, e tudo isso, porque, claro, vocês não clicaram neste vídeo necessariamente para ouvir acerca disto. Contudo, vocês vêm aos meus vídeos por mim e pelo que eu crio, pela minha arte e pelo meu journalling e a minha identidade asiática é uma grande parte disso. Par aqueles que não sabem acerca da minha ancestria, o que aparentemente são bastantes pessoas, porque quando eu pesquiso o meu nome no Google uma das primeiras coisas que aparece é "Amanda Rach Lee etnia" Eu sou Chinesa-America de terceira geração, ou seja os meus avós nasceram na China e depois emigraram para o Canadá e à medida que fui crescendo, a minha identidade asiática era confusa porque por um lado eu era claramente chinesa, ambos os meus pais são chineses, eu pareço chinesa... Ainda assim, por outro lado, eu não me sentia chinesa de todo. Eu nasci no Canadá, os meus pais falam inglês fluentemente, o que significa que eu não falo chinês de todo, e eu cresci como qualquer criança canadiana. Portanto, eu não me sentia conectada com o meu lado chinês, de todo. E quase que comecei a ressentir esse meu lado, o que é algo de que não me orgulho e parte-me o coração quando recordo a maneira como eu pensava acerca da minha própria cultura e identidade, naquela altura. Acho que tinha definitivamente bastante racismo internalizado. Eu lembro-me de desejar poder ser branca porque, na minha cabeça, eu já o era, praticamente. E eu sei que isto é algo que muitos filhos de imigrantes têm de enfrentar, este sentimento de estar entre dois mundos, nunca totalmente aceite por nenhum deles. Para mim, isto foi extremamente evidente na minha vida, e até recentemente, na escola secundária, eu tive a sorte de frequentar escolas que tinham bastante diversidade. Eu diria que a minha escola secundária tinha até bastantes asiáticos, eu estava rodeada de asiáticos, mas ainda assim, houve momentos em que me sentia excluída do meu grupo de amigos asiáticos, porque sendo chinesa-americana de terceira geração, e a maioria deles eram de segunda geração, muitos deles falavam as suas respetivas línguas nativas e eu só falava inglês. Adicionalmente, eu escolhi uma carreira na indústria criativa, sendo que tipicamente os asiáticos estão associados com seguir medicina, ou direito, ou engenharia. Garantidamente, grande parte disso é pressão da família e da sociedade, e etc. Mas muita gente fazia a piada de que eu era uma asiática "branqueada" e até eu própria fazia essa piada, maioritariamente numa tentativa de o desvalorizar e juntar-me à piada e rir-me com as outras pessoas. Mas, culposamente, acho que por vezes sentia orgulho no facto de alguém me chamar "branqueda" ou perguntar-me se eu era metade chinesa, metade branca. E vêm realmente daquela ideia de que ser branco é a derradeira forma ou algo a que se deve aspirar. E o facto das pessoas verem isso em mim era quase como que uma medalha de assimiliação. Obviamente agora reconheço que isso era lamentável. Quem me dera falar chinês, e eu gostava de ter feito um esforço maior para me conectar com a minha cultura. E isto é algo em que eu ainda estou a trabalhar, e é algo que eu vou ter de navegar para o resto da minha vida, sendo uma mulher asiática. Como mencionei, eu sentia-me excluída dos meus amigos asiáticos, mas também não me encaixava a 100% com os não asiáticos. Claramente, pelo meu aspeto, eu sou claramente asiática. Mas muito disto foi também devido a micro-agressões que eu enfrentava diariamente. Se não sabem o que são micro-agressões, referem-se a manifestações subtis e indiretas de racismo ou superioridade branca, casuais e disfarçadas. E são bastante comuns, tão comuns que muitas vezes são desvalorizadas ou descartadas como sendo apenas piadas. E mesmo tendo "micro" no nome, estas pequenas afirmações podem acumular-se e vir a ter um grande impacto em grupos minoritários. E claro que eu já tive de lidar com todo o tipo destas micro-agressões e piadas desde pessoas abordarem-me na rua e cantarem "ching chong" a pessoas esticarem os seus olhos, e perguntarem-me de onde é que eu "realmente" sou. Há tantas microagressões com que as minorias têm de lidar diariamente. Por acaso encontrei alguns artigos académicos muito bons que explicam os principais padrões de micro-agressões. Não vou abordar todos, mas o principal é este conceito de ser um extra-terrestre no teu próprio país, e vem da ideia de que todos os asiáticos ou pessoas de cor nasceram em países estrangeiros e no quotidiano, isto manifesta-se na pergunta que eu acho que todas as pessoas de cor já ouviram na sua vida, que é "de onde vens?" e quando respondo "eu sou do Canadá" recebo a resposta "não, mas de onde é que és realmente?" e embora, na maioria das vezes, vem de alguém bem-intencionado, interessado na tua ancestria, a maneira como é expresso parece implicar que eu não sou realmente canadiana, apesar de eu literalmente ter nascido aqui e nunca ter ido à China na minha vida. Se te estás a questionar como fazer, então, essa pergunta tenta perguntar a alguém qual é a sua descendência, ou qual é a sua etnia, em vez de perguntar de onde vêm. Outro padrão de micro-agressão é a negação da raça como um todo, o que está presente em afirmações corriqueiras como "oh, eu não vejo cor", "só existe uma raça, a raça humana". E isto apenas nega a cultura e experiências raciais de uma pessoa de cor. Não estamos a pedir às pessoas para serem daltónicas. É mais acerca de ver cor, mas depois aceitá-la e reconhecê-la. Outro exemplo disto é quando as pessoas negam que a raça tem um papel no sucesso das pessoas. Já ouvi isto na minha própria vida, através de debates que tive acerca de iniciativas de diversidade em empresas. As pessoas dizem coisas como "a pessoa mais qualificada deve ficar com o trabalho" "não devem só consegui-lo porque são alguém de cor" ou "qualquer pessoa pode ter sucesso nesta sociedade se se esforçarem o suficiente". E a implicação aqui é que, se uma pessoa de cor consegue de facto o trabalho ou é escolhida, então talvez tenham sido beneficiados injustamente e/ou só foram escolhidos por causa da sua raça. Mas também insinua que a pessoa caucasiana era provavelmente mais adequada ou mais qualificada. E isso apenas rebaixa as barreiras bastante reais que as pessoas de cor enfrentam na sociedade para terem sucesso. Muitas vezes, quando micro-agressões como esta aconteciam comigo, eu desvalorizava ou dizia a mim própria que não era um problema assim tão grande, não valia a pena fazer alarido. E acho que muito asiáticos são desencorajados a falar sobre qualquer discriminação ou problemas que enfrentem. E isso vêm desta ideia impregnada nas famílias, para não "agitarem o barco". Ao longo dos anos, imigrantes asiáticos tentaram o seu melhor para se assimilarem e serem aceites no Ocidente, até aceitando trabalhos que mais ninguém queria, e não fazendo alarido. Contudo, esta passividade eventualmente evoluiu e agora é usada contra nós, e contra outras minorias. Por exemplo, pondo a comunidade negra contra a comunidade asiática, e usando os asiáticos como bodes expiatórios para culpar a comunidade negra por não conseguirem triunfar na sociedade atual. Dizem "apenas não estás a esforçar-te o suficiente, olha para os asiáticos, eles estão a sair-se tão bem". E isto é apelidado "mito da minoria modelo". Há esta suposição que os asiáticos ganham muito dinheiro e tiveram sucesso no Ocidente, desvalorizado qualquer racismo ou barreira que estes enfrentaram. Contudo, por exemplo, na América, os asiáticos têm a maior discrepância de rendimento entre os ricos e os pobres, de todas as minorias. Há uma taxa de pobreza de 12,3% entre asiáticos, o que prova que os asiáticos não são um monólito, não há um tipo único de experiência asiática e o facto de que esse único tipo de experiência asiãtica ser usado contra nós, e contra outras minorias é horrível. Uma outra coisa de que queria falar é o fetichismo da mulher asiática. Do historial de guerra e hiper-sexualização da mulher asiática, resultou esta ideia que as mulheres asiáticas são submissas e dão boas esposas porque não respondem. A certo ponto, mulheres asiáticas eram representadas como a antítese da feminista branca. Num artigo de 1990 da revista GQ, a típica mulher asiática é descrita como sendo alguém que "não insiste em ser tratada como uma pessoa" "Ela está lá quando precisas de uma pausa das feministas indignadas." Acho que não tenho de explicar porque é que isso é problemático. Mas até nos dias de hoje, os homens são extremamente abertos acerca dos seus fetiches asiáticos, não as vendos sequer como humanas. São mais um objeto de conquista, e podemos ver agora como há definitivamente uma ligação entre este historial e os tiroteios que ocorreram em Atlanta, esta semana, ou na semana passada aliás, onde um homem atacou especificamente um spa asiático por lhe atribuir a culpa pelo seu vício em sexo. Okay, eu sei que estive a despejar muita informação, e eu queria definitivamente pôr neste vídeo muita informação útil da qual vocês pudessem aprender. Mas, voltando à minha experiência pessoal, eu queria falar acerca da minha experiência enquanto criadora de conteúdos, no Youtube em específico. Eu nunca falei muito acerca disto, e eu ponderei se queria realmente referi-lo porque é um pouco difícil para mim discuti-lo. Mas se voltarem atrás e virem os meus vídeos antigos de bullet journal verão que eu nunca mostrei a cara no inicío dos mesmos. Nem filmava uma introdução. E no passado, por volta de 2017 ou 2018, a minha cara nunca estava presente nas thumbnails dos meus vídeos. E isso foi parcialmente intencional. Foi uma conversa real que tive com o meu manager do Youtube. Nós discutimos que poderia ser melhor não pôr a minha cara nas thumbnails para que as pessoas não discriminassem quando estão a clicar em vídeos, se tivessem visto uma cara asiática. Claro que eventualmente eu comecei a incorporar mais de mim nos meus vídeos, e agora vocês veem os meus vlogs. E algumas vezes eu ponho-me nas thumbnails e etc., mas isso foi depois de já ter construído uma audiência substancial. E acho que até hoje, ainda está algo presente no meu subconsciente o facto de os meus vídeos mais vistos são alguns nos quais eu não mostro a minha cara de todo, na thumbnail ou no vídeo. E, claro, a minha raça pode não ter nada a ver com isso, mas é triste ter sequer de ponderar se eu poderia ter mais sucesso se fosse branca, ou se eu não fui selecionada para certos trabalhos, ou parcerias, por causa da minha etnia. E eu acho que é importante reconhecer o meu privilégio nesta situação também, porque até nos vídeos em que estou a desenhar e só as minhas mãos estão visíveis, o meu tom de pele, as minhas mãos são pálidas e claras, e eu questiono-me se, se o meu tom de pele fosse mais escuro, será que os vídeos teriam sido igualmente bem sucedidos? Eu não sei, mas eu sei que nos anúncios de produtos de papelaria ou no Instagram, nas fotos recomendadas no Pinterest, ou nos media, as mãos que vês, as modelos usadas em tudo, são mãos brancas. De qualquer modo, vamos retornar ao presente, já que estamos a chegar ao fim do meu set-up, acho que só faltam uma ou duas secções. Eu queria falar de algo que até cheguei a publicar no Instagram stories. Caso não tenham visto, eu disse, basicamente, que gostava que a comunidade artística falasse mais abertamente acerca do aumento recente nos crimes de ódio contra asiáticos, só porque tantos dos materiais que as pessoas usam são japoneses ou emprestados da arte e caligrafia tradicional asiática. Eu nem consigo listar todas as marcas japonesas que existem porque, honestamente, são basicamente todas. Temos a Muji, Pilot, Tombow, Kuretake, Zebra, Hobonichi, Traveler's Company, e muitas mais, sem mencionar que "washi tape" é literalmente uma palavra japonesa que importámos e usamos hoje em dia. E depois, claro, temos as canetas que as pessoas adoram e usam em caligrafia. Essas são baseadas na prática tradicional de caligrafia asiática com um pincel. Estou a entrar noutra lição de história, mas esta é uma lição de história em caligrafia, portanto é divertida. Mas basicamente, historicamente caligrafia e tipografia Ocidental era feita com um martelo/cinzel em pedra, ou com uma caneta de ponta dura, enquanto que caligrafia chinesa era onde verias o uso de pincéis. E essa era a ferramenta usada em muitas das suas peças. Adicionalmente, a caligrafia chinesa valorizava muito o estilo individual e a improvisação. Enquanto que na escrita em Latim, havia uma estrutura ideal e a geometria era valorizada, na caligrafia chinesa, o objetivo não era tanto atingir a perfeição ou uma forma ideal, mas antes um registo e a captura de um momento específico, assim como uma prática que encorajava a meditação, observação e uma energia calma. Era realmente visto como uma verdadeira forma de arte na Ásia, e é por isso que até hoje, historiadores sabem o nome de muitos calígrafos famosos da China. E isto era muito diferente do calígrafo ou tipógrafo do Ocidente, que era visto mais como um comerciante utilitário, já que muito do seu trabalho envolvia copiar manuscritos. E acho que é justo dizer que muito da escrita manual moderna hoje em dia desde artistas a amadores, retira inspiração destes ideais da caligrafia chinesa, tornando-se mais um hobby relaxante versus algo que é feito por necessidade, como era historicamente a caligrafia Ocidental. Obviamente, muita da caligrafia atual é também baseada na caligrafia Ocidental, como as canetas-tinteiro e a forma Gótica das letras. Mas eu acho que a expressão individual e o seu aspeto mais artístico manifesta-se realmente hoje em dia com todas as belíssimas estilizações de letra e caligrafia que se vê no Instagram e no Pinterest, e as pessoas estão realmente a aceitar a ideia de que é uma forma de arte. Como podem ver no meu set-up deste mês, eu usei tinta japonesa e um pincel, para homenagear esta bonita história da arte da caligrafia na cultura asiática. E enquanto o fazia, dei por mim quase num estado meditativo enquanto pintava as folhas de bambu. Posso definitivamente conectar-me com esse lado histórico da arte e pintura de caligrafia tradicional. Isto tudo para dizer, não que as pessoas precisem de uma razão para falar de racismo, mas é só esta "colheita seletiva" da cultura asiática que me incomoda. Esqueci-me de onde li isto, mas é quase como se as pessoas estivessem num buffet e escolhessem quais os aspetos que gostam da cultura asiática, sem sequer apreciarem realmente a sua história ou reconhecerem a narrativa negativa associada com a cultura asiática. As pessoas usufruem alegremente daquilo que a cultura asiática fornece, seja sushi, anime, K-pop, yoga, bubble tea, ou arte e papelaria, mas não nos aceitam completamente, ou não nos defendem quando precisamos. E já que estamos agora na última secção do set-up do meu bullet journal, esta é a parte em que eu queria pedir-vos para prestarem atenção a quem está a falar disto nesta altura, vocês têm poder na maneira em que escolhem a quem dar uma plataforma. E eu estou muito grata por me terem dado uma plataforma e por poder falar sobre este tipo de coisas porque eu estou muito orgulhosa de me poder relacionar com imensas pessoas. Uma das minhas coisas favoritas é quando recebo comentários de outras raparigas asiáticas, que me dizem que se sentiram inspiradas a seguir uma carreira criativa por minha causa, e etc. Eu não encaro levianamente este privilégio e a plataforma que me deram, e espero que outros criadores também não o façam. Pronto, okay. Obrigada por me ouvirem a falar de tudo isto. Eu esforcei-me muito na pesquisa destas coisas e em certificar-me que vos dava informação interessante e útil. Podem perguntar "okay, Amanda, depois de tudo isto, o que posso fazer para ajudar?" E, honestamente, eu sei que já todos viram aqueles infográficos do Instagram e etc. E claro que vou deixar os links desses recursos na descrição para que possam partilhar, mas também vou indicar todas as fontes que usei para pesquisar tudo e sítios onde podem doar, também. Mas neste momento, uma das melhores coisas que podem fazer é ouvir as vozes asiáticas, assim como olhar introspetivamente. Muitas vezes as pessoas ficam defensivas ou desligam quando são confrontadas com as suas ações. Mas uma das melhores maneiras de aprender é reconhecer se vocês ou alguém na vossa vida fez alguma coisa que possa afetas minorias negativamente. Mesmo que seja despropositado, como as micro-agressões que mencionei neste vídeo. Manifestem-se se virem alguém a fazer essas piadas desconfortáveis, seja no vosso local de trabalho ou na vossa família, não o reduzam apenas a alguém não saber o que está a dizer. Que mais? Ah, podem apoiar negócios asiáticos locais. Tenho estado muito preocupada com todos os restaurantes asiáticos quem têm sofrido durante esta pandemia, devido a essa ideia errada de que a comida asiática, de que os asiáticos comem morcegos, e se comerem comida asiática vão apanhar o vírus. É algo bastante real que as pessoas têm andado a espalhar. E não só os donos asiáticos destes negócios e restaurantes temem pela sua segurança com tudo o que se está a passar, mas isso acrescido ao golpe financeiro que a pandemia proporcionou, tem sido muito preocupante. E eu espero que muitos dos meus negócios e restaurantes asiáticos favoritos sobrevivam à pandemia. E claro, por favor, espalhem a mensagem especialmente se acham que o vosso círculo atinge muita gente não asiática. Tenho sempre medo que as coisas sejam só faladas dentro da comunidade, e que toda esta informação não esteja a atingir as pessoas que provavelmente mais precisam dela. É por isso que precisamos tanto de aliados não asiáticos, neste momento. Portanto, wow. Isto foi muita coisa. Eu sei que este voice-over foi pesado. Houve muita informação. E quanto a mim, eu sabia que este era um vídeo que eu queria e precisava de fazer. Foi bastante recompensador pesquisar tanto e até ponderar acerca daquilo que eu queria falar neste voice-over, foi um bocadinho emotivo, porque eu tive de desbloquear muito do meu passado e da minha infância, da minha experiência enquanto uma mulher asiática. Portanto foi um vídeo bastante interessante de fazer, e espero que vocês retirem algo do mesmo. Obrigada, nem que seja apenas por me ouvirem falar sobre isto. Eu aprecio-o, realmente. E espero que também tenham gostado de ver o set-up também. Sei que não falei muito dele durante o vídeo, mas eu realmente gostei muito de como o set-up ficou. Adoro o aspeto da tinta e da escala de cinza. Acho que tem um aspeto muito elegante e foi muito relaxante fazê-lo. Antes de vos mostrar o resultado final do meu set-up, queria falar-vos um pouco acerca do patrocinador de hoje, Skillshare. Se não conhecem já o Skillshare, trata-se de uma comunidade de aprendizagem online espantosa, com milhares de aulas muito inspiradoras. E está super direcionado para pessoas curiosas e criativas, que eu sei que inclui muitos de vocês. Eles têm imensas aulas sobre design, ilustração. negócios, tecnologia, pensa em algo e eles têm provavelmente uma aula para isso. Eu tento frequentar aulas novas no Skillshare regularmente, para que consiga continuar a aprender e a expandir as minhas capacidades, e assim posso aplicá-las a qualquer coisa criativa que eu faça, quer seja a minha arte, ou os meus vídeos, ou o meu bullet journal. Vocês perguntam-se sempre como é que tenho inspiração e como é que me mantenho motivada para ser criativa, e eu acho que aprender coisas novas é uma grande parte disso. Muitos de vocês já sabem mas eu tenho várias aulas exclusivas disponíveis no Skillshare. Tenho lições de journalling criativo, assim como arte direcionada para bem-estar mental. Tenho aulas acerca de manter um registo das tuas afirmações com uma componente de workshops de caligrafia. Portanto, se quiserem mais do meu conteúdo, o Skillshare é a plataforma perfeita para isso. Eu definitivamente entro em mais detalhe lá do que no meu canal de youtube, apenas porque a plataforma o permite. E isso é uma das coisas que eu adoro acerca da plataforma em si, que através de todas as diferentes aulas e professores, e projetos e fóruns de debate, realmente encoraja a formação de uma comunidade e encoraja o apoio mútuo entre criadores. E eles estão sempre a lançar conteúdo premium, portanto há sempre algo novo a descobrir se despoletar a tua curiosidade. É desenvolvido para aprender, o que significa que não há anúncios, e podes focar-te na aula que estás a frequentar e nos projetos que estás a desenvolver. Se estiverem interessados em experimentar o Skillshare, a subscrição premium é mesmo de 10$ por mês, mas o Skillshire teve a bondade de oferecer aos meus visualizadores uma promoção especial. Os primeiros mil subscritores que cliquem no link na descrição vão obter um desconto de 30% na subscrição anual. E, uma nota, se já usufruíste do período de teste gratuito, podes ainda assim aproveitar deste desconto, o que é óptimo. Como sempre, muito obrigada ao Skillshare. Eles têm sido grandes apoiantes meus, e do meu canal. Verifiquem o link na descrição, se sempre quiseram aprender algo novo. E, finalmente, aqui está o resulto final do meu set-up de Abril de 2021, que serviu de homenagem às pinturas tradicionais asiáticas e caligrafia. Acho que ficou muito bonito e foi um processo muito relaxante e divertido. Pronto, pessoal. É tudo acerca do meu bullet journal por hoje. Eu sei que foi um formato um pouco diferente do que costumo fazer, mas espero que tenham gostado de me ouvir e talvez vos tenha incitado a pensar acerca de algumas coisas por vocês mesmos. Claro, vou deixar vários de links e recursos e sítios onde doar, em baixo. Encorajo-vos a explorar alguns deles. E se puderem doar, eu agradeceria imenso. Em geral, peço que sejamos simpáticos uns para os outros, sejamos compreensivos, continuemos a ouvir as histórias das pessoas. Quero expor algumas das vossas recriações do tema do mês passado, como faço sempre. Se querem aparecer num vídeo futuro, então identifiquem-me no Instagram @amandarachlee. Identifiquem-me na foto da vossa recriação, quer seja deste mês ou de algum mês passado. E depois, claro, como sempre, se quiserem ver o resto dos meus set-up semanais, venham ter comigo ao Twitch todos os sábados, às 11:00 ET. Eu faço o meu calendário semanal em direto, e é um comunidade super tranquila. Espero que estejam a cuidar de vocês próprios. Continuem a rabiscar. E falo convosco no próximo vídeo. Adeus. (música calma)