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(música)
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- Um agradecimento ao Skillshare por patrocinar esse video.
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Oi pessoal, Amanda aqui.
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Então, eu estou fazendo meu setup de Abril
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e planeje comigo hoje.
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O video que você esta prestes a ver é um pouco diferente
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dos meus videos típicos
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Na verdade eu vou falar mais em um estilo de podcast
-
sobre meus pensamentos e experiências
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sendo uma criadora Asiática,
-
especialmente sobre a
violência
-
e racismo contra Asiáticos.
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Então, é isso que vocês vão ouvir.
-
Claro, vocês ainda verão meu Bullet Journal
-
e tudo mais
-
mas não será como meus outros videos
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onde eu narro cada traço
em cada caixa que eu faço
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o que honestamente, nesse ponto,
eu acredito que seja ok
-
porque vocês já viram meu bullet
journal setup
-
infinitas vezes
-
Então eu tenho certeza que a
a maioria de vocês
-
sabe o que eu estou fazendo.
-
Eu sei que a maioria de vocês
vai ser compreensiva
-
e encorajadora sobre esse video.
-
Então obrigada desde já.
-
Dito isso,
-
vamos começar com o setup.
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(soft music)
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Certo.
-
O tema de bullet journal
que eu decidi para Abril
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é esse bamboo branco e preto
-
que foi inspirado em pinturas Chinesas tradicionais.
-
E a razão pela qual eu escolhi isso
-
se relaciona com o que eu quero falar
-
no meu voiceover hoje,
que é a minha identidade Asiática
-
e experiência, considerando o aumento
-
em crimes e violência contra asiáticos.
-
Então, claro, apenas um aviso de gatilho,
-
antes desse video se você não quer
ouvir nada sobre isso
-
esntão, você sabe, talvez mute.
-
Claro, com tudo isso,
-
eu vou entrar em alguns
tópicos bem sérios.
-
Então, se você não tem visto
o que tem acontecido
-
nas notícias recentemente,
-
houve um crescimento em crimes
de ódio e violência anti-asiáticos
-
tanto nos EUA quanto no Canada.
-
E apenas algumas estatísticas pra vocês,
-
sim, estou apresentando estatísticas,
-
de 2019 pra 2020 enquanto crimes
de ódio no geral
-
diminuiu em 7%,
-
crimes de ódio visando Asiáticos especificamente
-
cresceu praticamente em 150% nos EUA.
-
E no Canada, cresceu em 600 ou 700 vezes
-
nas principais cidades.
-
E esses incidentes envolvem pessoas
levando com tosse na cara,
-
levando cuspe e fisicamente ou
verbalmente insultadas
-
e claro, como nós vimos nas
notícias recentemente
-
em Atlanta, realmente sendo assassinadas.
-
Então
-
sim, muito disso é um
resultado da retórica racista
-
na mídia ao que diz respeito sobre
a pandemia durante o ano passado,
-
tipo, um certo alguém chamando
isso de Gripe Chinesa.
-
Mas eu acho que é realmente
importante apontar
-
que muito disso está apenas
expondo uma história muito profunda
-
de racismo e xenofobia contra asiáticos
que já existia
-
no Ocidente por séculos.
-
Quer dizer, maneira como o ocidente
fala sobre a China,
-
antes mesmo da pandemia era muitas vezes
-
envolta em ódio ou medo.
-
E você sempre ouve sobre
essa presença iminente
-
da China comunista, como se
eles estivessem tentando invadir,
-
o que introduziu uma imagem
realmente assustadora e misteriosa
-
da China na mente das pessoas.
-
E isso afeta a comunidade asiática hoje.
-
Então, ao longo da história, nós podemos ver isso
-
sistematicamente no Ato de
Exclusão Chinesa,
-
que aconteceu tanto no Canadá
quanto nos EUA,
-
os campos de concentração Japoneses,
-
o imposto sobre a cabeça Chinesa
no Canadá,
-
onde todas as pessoas imigrando da China
-
tinham de pagar uma taxa de modo
a poder entrar no país.
-
E uma nota: nenhum outro grupo no Canadá
-
alguma vez foi forçado a pagar uma taxa
-
baseada no lugar de onde eles vieram.
-
Eu não quero usar esta narração inteira
-
para falar sobre estatísticas
história e essas coisas,
-
porque é claro que você não clicou
neste vídeo necessariamente
-
para ouvir sobre isso.
-
Entretanto, você vem sim aos meus
vídeos por mim
-
e pelas coisas que eu crio, a minha arte
e o meu diário
-
e a minha identidade asiática
é uma grande parte de tudo isso.
-
Para aqueles que não sabem
sobre as minhas origens
-
o que, aparentemente, é muita gente,
-
porque quando eu ponho o meu nome no
Google, a primeira coisa,
-
tipo, uma das primeiras coisas que aparece
-
é "AmandaRachLee etnia".
-
Mas de qualquer maneira, eu sou uma
Chinês-Canadense de terceira geração.
-
Então os meus avós nasceram na China
-
e então imigraram para o Canadá.
-
E, enquanto eu crescia, a minha identidade
asiática era meio confusa
-
porque, por um lado, eu era claramente chinesa.
-
Os meus avós são chineses.
-
Eu pareço chinesa.
-
Contudo, por outro lado,
eu não me sentia chinesa de todo.
-
Eu nasci no Canadá.
-
Os meus pais falam inglês fluentemente,
-
o que significava, claro,
que eu não falava chinês de todo.
-
E eu cresci como qualquer
criança canadense.
-
Então eu realmente não me conectei
com o meu lado chinês de todo.
-
E eu quase comecei a ressentir esse meu lado
-
o que é algo do qual eu não me orgulho
-
e parte o meu coração lembrar
-
da maneira como eu costumava
pensar na minha própria cultura
-
e identidade naquela época,
-
eu acho que eu definitivamente tinha
muito racismo internalizado.
-
Eu me lembro de desejar ser branca
porque na minha cabeça
-
eu já estava praticamente lá.
-
E eu sei que isso é uma coisa
-
que muitos filhos de imigrantes passam
-
aquele sentimento de estar entre dois mundos,
-
mas não estar inteiramente em nenhum deles.
-
Para mim isso era extremamente
evidente na minha vida,
-
mesmo recentemente,
como no ensino médio.
-
Eu tive sorte o suficiente para ir para escolas
-
que eram bastante diversas.
-
E eu dizia que a minha escola
-
até tinha muitos asiáticos.
-
Então eu estava rodeada de asiáticos.
-
Mas mesmo assim, havia momentos
em que eu me sentia excluída
-
pelos meus amigos asiáticos,
-
porque, como eu era
Chinês-Canadense de terceira geração
-
e a maioria deles era de segunda geração
-
muitos deles falavam a língua
do seu país natal
-
e eu só falava inglês.
-
Além disso, eu escolhi uma carreira
-
na indústria criativa, quando tipicamente
-
vocês sabem, asiáticos são associados
a ser médico
-
ou advogados ou engenheiros.
-
E muito disso vem da pressão dos pais
-
e da sociedade e isso tudo.
-
Mas muitas pessoas faziam piadas
sobre eu ser uma asiática "branqueada"
-
e eu mesma fazia essa piada,
-
acho que como uma maneira de ignorar isso
-
e fazer parte da piada
e rir com as pessoas.
-
Mas, culpadamente, eu acho que às vezes
eu até me sentia orgulhosa
-
por alguém me chamar "branqueada"
ou alguém me perguntar
-
se eu era uma mistura
meio chinesa, meio branca.
-
E isso realmente vem da ideia
de que ser branco
-
é a melhor das formas
-
ou alguma coisa que devemos aspirar ser.
-
E o facto de que as pessoas viam isso em mim
-
era quase um distintivo de integração.
-
Obviamente agora eu acho isso tão triste.
-
Eu queria poder falar chinês
-
e queria que tivesse feito
um esforço maior
-
para me conectar com a minha cultura
enquanto eu crescia.
-
E isso é uma coisa na qual eu
ainda estou trabalhando
-
e algo que eu vou ter de navegar
-
pelo resto da minha vida como uma
mulher asiática
-
Como eu já disse, eu me sentia excluída
pelos meus amigos asiáticos
-
mas claro que eu não me integrava 100%
com os não asiáticos também.
-
Quer dizer, claramente por causa
da minha aparência
-
Eu sou claramente asiática.
-
Mas muito disso também era
por causa das microagressões
-
que eu enfrentava todos os dias.
-
Se você não sabe o que são
microagressões,
-
elas são expressões sutis e indiretas
-
de racismo ou superioridade branca,
-
meio casual e disfarçada.
-
E elas são muito comuns,
-
tão comuns que são muitas vezes ignoradas
-
e feitas em forma de piada.
-
E, apesar do nome ser "micro",
-
essas pequenas coisas podem realmente
acumular
-
e ter um efeito muito grande
nas minorias.
-
E eu, claro, lidei com todo tipo
-
de microagressões e piadas
-
desde pessoas virem até mim
-
literalmente cantando Ching Chong
na minha cara
-
até pessoas puxando os olhos
-
ou pessoas perguntando de onde
eu realmente vim.
-
Há tantas microagressões
-
com as quais as minorias lidam diariamente
-
Eu econtrei alguns
-
trabalhos académicos realmente bons
-
que explicam os temas principais
entre as microagressões.
-
Eu não vou explicá-los todos
-
mas o principal é a ideia
-
de ser um alien na sua própria terra
ou país
-
e isso vem da ideia de que todos os asiáticos
-
ou pessoas de cor nasceram em
outros países
-
e no dia-a-dia, isso se manifesta na
pergunta
-
que eu acho que qualquer pessoa de cor
-
já recebeu na sua vida.
-
É o "Oh, sabe, de onde você é?"
-
e então finalmente quando eu digo que
sou do Canadá,
-
sou atingida com o,
-
"não, mas de onde você é de verdade?"
-
E, apesar de, na maioria das vezes, vir
-
de uma pessoa que realmente
tem boas intenções
-
se interessando pelas suas origens,
-
a maneira como é expressada faz parecer
-
que eu não sou canadense de verdade,
-
apesar do fato de eu literalmente
ter nascido aqui
-
e nunca ter ido à China na minha vida.
-
A propósito, se você está se perguntando
como fazer essa pergunta,
-
tente perguntar a alguém qual a sua origem
-
ou sua etnia
-
em vez de perguntar de onde é que eles vêm
-
Outro tema de microagressões é a negação
-
da raça no geral,
-
que é vista em afirmações comuns como,
-
"Oh, eu não vejo cor"
-
"Só há uma raça, a raça humana."
-
E isso só nega as experiências
-
culturais e raciais de uma pessoa de cor
-
Nós não estamos pedindo que as pessoas
sejam daltônicas.
-
É mais tipo, ver as cores, mas aceitá-las
-
e reconhecê-las.
-
Outro exemplo é quando as pessoas negam
-
que a raça tem um papel
no sucesso das pessoas.
-
Eu já ouvi isso na minha vida
-
nos debates que eu já tive
-
sobre iniciativas de diversidade
em empresas.
-
Pessoas vão dizer coisas tipo
-
"Ah, sabe, a pessoa mais qualificada
deve ficar com o trabalho"
-
"Eles não deviam conseguir
-
só porque são pessoas de cor."
-
Ou "Qualquer um pode ter sucesso
na sociedade
-
se eles só trabalharem o suficiente."
-
E a implicação aí é que,
-
se uma pessoa de cor consegue
o trabalho ou é escolhida
-
então talvez eles receberam
benefícios injustos
-
e só foram escolhidos por causa
da sua raça.
-
Mas também insinua que
o lado branco
-
era porvavelmente uma melhor opção
ou melhor qualificado.
-
E isso só diminui as barreiras
muito reais
-
que as pessoas de cor enfrentam
na sociedade para ter sucesso.
-
Muitas vezes quando microagressões assim
-
aconteciam comigo, eu ignorava
-
ou até mentia para mim mesma
dizendo que não era
-
assim tão importante, ou que
não valia a pena fazer uma cena.
-
E eu acho que muitos asiáticos
são desencorajados de falar
-
sobre qualquer discriminação
ou problemas que enfrentam.
-
E isso vem dessa ideia,
essa ideia intrínseca
-
das famílias para não criar confusões.
-
Através dos anos, imigrantes asiáticos
têm dado o seu melhor
-
para se integrarem e serem
aceitos no ocidente,
-
até ficando com os trabalhos
que ninguém mais queria
-
e não criar confusões.
-
Entretanto, essa passividade
eventualmente evoluiu
-
e agora é usada contra nós
-
assim como outras minorias
-
Por exemplo, por a comunidade negra
-
contra a comunidade asiática
-
e usar os asiáticos como bode expiatório
para culpar a comunidade negra
-
por não ser capaz de ter sucesso
na sociedade hoje em dia.
-
Sabem, eles dizem "Você
só não está se esforçando o suficiente."
-
"Olha os asiáticos, eles estão se dando
tão bem aqui."
-
E isso se chama "O mito da minoria modelo"
-
Há essa suposição que todos os asiáticos
ganham muito dinheiro
-
e são bem sucedidos no ocidente
-
diminuindo qualquer racismo ou barreira
que eles enfrentaram.
-
Contudo, por exemplo, nos EUA,
-
asiáticos têm a maior diferença de
rendimento
-
entre ricos e pobres entre as minorias.
-
Há uma taxa de pobreza de 12,5% entre
asiáticos
-
o que mostra, sabe, que asiáticos
não são um monólito
-
não há um só tipo de experiência asiática
-
E o fato de que aquele único tipo
de experiência
-
é usado contra nós e contra outras
minorias.
-
É horrível.
-
Mais uma coisa que eu queria falar
-
é a fetichização das mulheres asiáticas
-
devido à história de guerra e
hiper-sexualização
-
das mulheres asiáticas.
-
Isso resultou nessa ideia de que as mulheres asiáticas
-
são submissas e que
fazem ótimas esposas
-
porque elas não respondem (quando os
maridos falam mal).
-
Em um momento, mulheres asiáticas
até eram mostradas
-
como a antítese da feminista branca.
-
Um artigo da GQ de 1990 descrevia
a típica mulher asiática
-
como alguém que "não insiste
-
em ser tratada como uma pessoa,
-
ela está lá quando você precisa de
um descanso
-
daquelas feministas raivosas."
-
Eu acho que não preciso explicar porque
isso é errado.
-
Mas até hoje, homens são
extremamente abertos
-
sobre os seus fetiches asiáticos,
nem sequer as veêm como humanas.
-
É mais como se elas fossem um objeto
de conquista
-
e você pode ver como definitivamente há
uma ligação
-
entre essa história e os tiroteios que
aconteceram
-
em Atlanta esta semana, ou semana passada
-
onde um homem especificamente tinha como
alvo um spa asiático
-
depois de as culpar pelo seu vício sexual
-
Ok.
-
Eu sei que estou depositando
muita informação
-
o que eu definitivamente queria
que este vídeo estivesse cheio de
-
informações úteis para vocês aprenderem.
-
Mas eu,
-
de volta à minha experiência pessoal,
-
eu queria falar sobre a minha experiência
como uma criadora asiática
-
no YouTube, especificamente,
-
Eu nunca falei muito disso antes
-
e eu contemplei se queria ou não
trazer isso à tona
-
porque é meio difícil para mim
falar sobre isso
-
Mas se você voltar aos meus vídeos
antigos de Bullet Journal,
-
você vai ver que eu nunca mostrei
a minha cara
-
no início
-
eu nem filmava introduções.
-
E no passado, à volta do período de
2017 a 2018
-
a minha cara nunca estava nas capas
dos meus vídeos
-
e isso era parcialmente intencional.
-
Essa foi uma conversa real que eu tive
-
com o meu gerenciador do YouTube.
-
Nós discutimos que talvez fosse mais
inteligente não pôr a minha cara
-
nas capas para as pessoas não
discriminarem
-
quando estão clicando em vídeos
-
se eles vissem uma cara asiática.
-
Obviamente eventualmente,
-
sabe, eu comecei a incorporar mais de mim
nos meus vídeos
-
e agora vocês veem os meus vlogs.
-
E às vezes eu me ponho nas capas
e tal,
-
mas isso foi depois de já ter construído
um público
-
e, sabe, eu penso até hoje,
-
ainda na fundo da minha mente
-
que os meus vídeos mais assistidos
-
são alguns dos quais a minha cara não
aparece de todo
-
nem na thumbnail nem no vídeo
-
E claro que a raça pode não ter nada a
ver com isso,
-
mas realmente é mal ter de imaginar se
-
eu poderia ser mais bem sucedida se eu
fosse branca
-
ou se eu não fosse scolhida para trabalhos
específicos
-
ou patrocínios por causa da minha raça.
-
E eu acho que é importante reconhecer o
meu privilégio
-
nesta situação também,
-
porque mesmo nos vídeos onde
-
eu estou desenhando e só as minhas
mãos aparecem
-
o meu tom de pele, as minhas mãos são
claras e pálidas
-
e eu imagino se a minha cor de pele
fosse mais escura
-
será que aqueles vídeos teriam ido tão
bem?
-
Eu não sei, mas o que eu sei é que
-
em anúncios de materiais de papelaria
-
ou no Instagram,
-
o recomendado no Pinterest e na mídia,
-
as mãos que você vê,
-
tipo os modelos de mãos para tudo são
mãos brancas.
-
De qualquer forma, vamos voltar
para o presente
-
desde que estamos chegando ao fim do meu
set up
-
Acho que este é o último spread
-
eu queria dalar sobre uma coisa que eu fiz
-
um story sobre no Instagram
-
Se você não viu,
-
eu basicamente disse que eu desejava que
a comunidade de artigos de papelaria
-
falasse mais sobre o aumento dos
-
crimes de ódio contra asiáticos,
só porque muitos
-
desses materiais que as pessoas usam
são japoneses
-
ou emprestados da arte e caligrafia
tradicional asiática
-
Quer dizer, eu nem consigo listar todas
-
as marcas japonesas de artigos de
papelaria que existem
-
porque honestamente são praticamente
todas elas.
-
Você tem MUJI, Pilot,
Tombow, Kuretake, Zebra,
-
Hobonichi e a "The travelers company"
-
e muito mais. Sem falar que washi tape
-
é literalmente uma palavra em japonês
-
que nós pegamos emprestada e agora
usamos como um termo,
-
e temos, claro, as brush pens
-
que as pessoas amam e usam em caligrafia
-
e essas são baseadas na
-
prática tradicional asiática de
fazer caligrafia com um pincel
-
Eu acho que estou entrando
em outra aula de história,
-
mas esta é uma aula de história
de caligrafia então é divertido
-
mas basicamente, historicamente
a caligrafia ocidental
-
e a tipografia era feita com
um martelo e uma talhadeira
-
e pedra ou uma caneta de ponta larga.
-
Enquanto caligrafia chinesa é
onde você vai ver
-
a caligrafia com pincel.
-
E essa era a ferramenta que era usada
-
em muitas das suas peças.
-
Adicionalmente, caligrafia chinesa
-
pôs muito valor no estilo individual
e no improviso.
-
Enquanto no lettering latino
-
havia uma estrutura ideal e a geometria
era valorizada.
-
Na caligrafia chinesa, não é visto muito
como
-
alcançar a perfeição ou uma forma ideal
-
mas quase como o nosso registro
de um momento específico
-
assim como uma prática que encoraja
meditação,
-
observação e energia calma.
-
Era realmente vista como uma
verdadeira forma de arte na Ásia
-
razão pela qual até hoje
-
historiadores sabem os nomes de
vários artistas de caligrafia famosos
-
da China.
-
E isso era muito diferente
do artista de caligrafia ocidental
-
ou do tipógrafo
-
que era visto mais como uma pessoa
útil no comércio,
-
já que a maior parte do seu trabalho
envolvia copiar manuscritos.
-
E eu acho que é bastante justo
-
dizer que grande parte da
caligrafia moderna
-
entre artistas e pessoas que fazem
por hobby
-
usa muito desses ideais da
caligrafia chinesa,
-
com isso se tornando mais um
hobby relaxante de auto cuidado
-
em vez de algo que é feito por
necessidade,
-
como era o caso da caligrafia ocidental,
historicamente.
-
Obviamente, sabe, muito da caligrafia hoje
-
também é baseada na caligrafia ocidental
-
com as canetas tinteiro e letras em formas
góticas.
-
Mas eu acho que expressão individual
-
e o aspecto mais artístico
-
realmente se manifesta hoje
-
com todos os estilos lindos
-
de lettering e caligrafia que você
vê no Instagram
-
e no Pinterest e as pessoas
realmente aceitando a ideia
-
de que é uma forma de arte.
-
Como vocês podem ver no meu
bullet journal este mês,
-
eu usei tinta japonesa
-
e um pincel de verdade para honrar
essa linda história
-
da arte da caligrafia na cultura asiática.
-
E enquanto eu fazia,
-
eu quase me encontrei num estado
de meditação
-
enquanto eu pintava as folhas de bambu.
-
Então eu definitivamente posso me conectar
a esse lado histórico
-
da pintura da caligrafia tradicional
e arte.
-
Tudo isso para dizer,
-
sabe, não que as pessoas deveriam
precisar de uma razão
-
para falar sobre o racismo,
-
mas é só essa mania de pegar apenas aquilo
que dá dinheiro na cultura asiática
-
que me incomoda.
-
Eu não lembro onde eu li isso
-
mas é quase como se as pessoas estivessem
num buffet
-
e estão escolhendo quais aspectos
eles gostam
-
da cultura asiática sem
-
nem realmente apreciar a história
ou reconhecer
-
a história negativa associada com a
cultura asiática.
-
As pessoas pegam com prazer aquilo que
a cultura asiática dá
-
seja sushi, anime, k-pop, yoga, bubble tea
-
ou artigos de papelaria,
-
mas nunca realmente aceitam ou
nos defendem
-
quando nós precisamos.
-
E já que estamos, sabe, na última
página aqui
-
no planejamento do meu bullet journal
-
esta é a parte em que eu realmente
quero pedir para você
-
notar quem está falando agora,
-
vocês têm poder
-
na forma de escolher a quem dão
uma plataforma
-
e eu sou muito grata por vocês me terem
dado uma plataforma
-
e por eu poder falar sobre essas coisas
-
porque
-
eu sou muito orgulhosa
-
por me poder conectar com
muitas pessoas.
-
Uma das minhas coisas favoritas
-
é quando eu recebo comentários
de outras garotas asiáticas
-
dizendo que elas foram inspiradas
a se juntar ao campo criativo
-
por minha causa ou coisas assim.
-
Então eu realmente valorizo
esta plataforma
-
e esse privilégio que me foi dado
-
e eu espero que outros criadores façam o
mesmo.
-
Bem, ok
-
Muito obrigada por me ouvirem falar
sobre tudo isso
-
eu realmente trabalhei duro pesquisando
as coisas
-
e tendo a certeza que que eu dava para
vocês informações
-
úteis e interessantes.
-
Vocês podem estar se perguntando "ok,
-
Amanda, depois de tudo isso,
o que eu posso fazer para ajudar?"
-
E honestamente,
-
eu sei que vocês viram todos aqueles
infográficos de coisas
-
no Instagram
-
E é claro que eu vou pôr links de recursos
como aqueles
-
abaixo do vídeo para vocês poderem
compartilhar
-
mas eu também vou pôr links para todas
as fontes
-
que eu usei para pesquisar tudo
-
e lugares para doar também.
-
Mas de verdade agora, uma das melhores
coisas que vocês podem fazer
-
é ouvir as vozes asiáticas bem como
olhar para dentro de vocês.
-
Muitas vezes as pessoas ficam defensivas
-
ou desligam quando são confrontadas
com as suas próprias ações.
-
Mas um dos melhores jeitos de aprender
-
é reconhecer se você ou alguém na
sua vida
-
fez alguma coisa que pode afetar
negativamente as minorias.
-
Mesmo que seja sem saber,
-
como as microagressões que eu mencionei
no vídeo.
-
Então fale alto se você vir alguém
-
fazendo uma daquelas piadas
desconfortáveis,
-
se for no seu trabalho ou na sua família,
-
não ignore só porque a pessoa não fez por
mal
-
O que mais?
-
Oh, você pode apoiar os seus negócios
asiáticos locais.
-
Eu tenho estado tão preocupada sobre
todos os
-
restaurantes cujos donos são asiáticos que
têm sido muito prejudicados
-
durante a pandemia por causa da ideia
errada
-
de que a comida asiática
-
você sabe, "asiáticos comem morcegos
-
e se você comer comida asiática
você vai contrair o vírus"
-
É muito real o fato das pessoas estarem
espalhando essas coisas
-
e não só os donos asiáticos
-
desses negócios e restaurantes
-
têm de temer pela sua segurança
agora com tudo o que está acontecendo,
-
mas isso além do
-
impacto financeiro
-
que a pandemia tem causado,
é muito preocupante.
-
E eu espero que muitos dos meus negócios
asiáticos e restaurantes
-
favoritos sobrevivam depois desta pandemia.
-
E claro, por favor conscientizem
as pessoas
-
especialmente se você acha que o seu
círculo engloba
-
muitos não-asiáticos.
-
Eu sempre me preocupo que as coisas
se tornem meio que um eco
-
especialmente na minha comunidade
-
e que toda esta conscientização
e informação
-
não esteja alcançando as pessoas
-
que provavelmente são as que mais
precisam ouvir.
-
É por isso que precisamos tanto de aliados
não-asiáticos neste momento.
-
Então, wow
-
Isso foi bastante.
-
Eu sei que esta narração foi pesada.
-
Havia muita informação
-
e para mim, eu sabia que este era um vídeo
que eu queria
-
e precisava fazer.
-
Então foi muito satisfatório
pesquisar tanto
-
e até pensar sobre o que eu queria falar
-
nesta narração. Foi um pouco
emotivo
-
porque eu realmente tive de desbloquear
-
muito da minha infância e crescimento,
-
as minhas experiências como
uma mulher asiática.
-
Então foi um vídeo muito interessante
de se fazer
-
e eu espero que vocês tenham tirado algo
disto.
-
Obrigada, no mínimo,
-
só por me ouvir falar sobre isso.
-
Eu realmente, realmente aprecio isso.
-
Ah, e eu espero que vocês também tenham
gostado de assistir
-
o meu planejamento também.
-
Eu sei que não falei muito sobre isso
no vídeo
-
mas eu realmente gosto da maneira
como este tema ficou.
-
Eu adoro essa aparência cinzenta
-
e eu acho que é bem elegante
-
e foi muito calmante fazer, também.
-
Antes de eu mostrar o resultado final
-
do meu planejamento do Bullet Journal
-
eu queria falar um pouquinho
-
sobre o patrocinador de hoje, Skillshare.
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Se vocês ainda não conhecem
o Skillshare
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eles são uma plataforma de aprendizado
online incrível
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com milhares de aulas realmente
inspiradoras
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e elas são todas voltadas para pessoas
criativas e curiosas
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o que eu sei que todos vocês são.
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Eles têm toneladas de aulas sobre
design, ilustração
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negócios, tecnologia, diga um nome
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e eles provavelmente têm uma aula
para isso.
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Eu tento assistir novas aulas do
Skillshare regularmente
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para poder continuar aprendendo e
expandindo as minhas habilidades
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e assim eu posso aplicá-las a qualquer
coisa
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criativa que eu faça. Seja a minha arte,
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ou os meus vídeos, ou o meu bullet journal.
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Vocês sempre me perguntam como é
que eu arranjo inspiração
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e como é que me mantenho motivada a ser
criativa
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e eu acho que aprender coisas novas
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é uma grande parte disso.
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Claro que muitos de vocês já sabem disso
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mas eu tenho várias aulas
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no Skillshare que são exclusivas da
plataforma deles.
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Eu tenho aulas sobre diário criativo,
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diário de arte para a saúde mental.
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Eu tenho uma aula sobre escrever
afirmações no diário
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com um pouco de workshops de caligrafia
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no meio também-
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Então se vocês querem ver
mais conteúdos meus
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o Skillshare é a plataforma perfeita
para isso.
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Eu definitivamente aprofundo mais
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do que eu faço no meu canal
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só porque aquela plataforma permite.
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E essa é uma das coisas que eu amo
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sobre a plataforma em si é,
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através de todas as aulas e professores
diversos
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e projetos e discussões
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isso realmente encoraja uma comunidade
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e encoraja o apoio a colegas criativos.
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Além disso, eles estáo sempre lançando
novos conteúdos premium
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então você sempre tem coisas
novas para ver
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se despertarem a sua curiosidade
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e a plataforma é feita para aprender
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o que significa que não há anúncios
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você realmente se foca na aula
que você está fazendo
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e nos projetos que você está realizando.
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Então se vocês estiverem interessados
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em experimentar o Skillshare,
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uma conta premium custa menos de
10 dólares por mês,
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mas o Skillshare foi gentil ao ponto de
oferecer
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os meus espectadores, os little doodles,
um negócio especial.
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Então os primeiros mil inscritos
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que clicarem no link na descrição
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vão receber 30% de desconto numa
inscrição premium anual.
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E uma nota:
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se você já utilizou o seu teste grátis
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você ainda pode tirar vantagem deste
negócio, o que é incrível.
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Como sempre, um obrigada gigante ao
Skillshare.
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Eles sempre foram muito apoiadores
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meus e do meu canal e grandes amigos do
canal.
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Então, dêem uma olhada neles
na descrição do vídeo
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se vocês sempre quiseram aprender
coisas novas.
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E finalmente, aqui está o resultado final
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do planejamento do meu Bullet Journal de
Abril de 2021
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que é a minha homenagem para as pinturas
de tinta tradicionais asiáticas
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e caligrafia.
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Eu acho que ficou lindo
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e foi tão relaxante e divertido de se fazer.
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Ok, gente,
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esse foi o planejamento do
meu bullet journal
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eu sei que o formato foi um
pouco diferente
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do que eu normalmente faço,
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mas eu espero que vocês tenham
gostado de ouvir os meus pensamentos
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e talvez te tenha feito pensar em algumas
coisas sozinhos.
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Claro que eu vou deixar vários links
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e recursos e lugares para doar
na descrição
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Eu realmente, realmente encorajo que vocês
dêem uma olhada neles.
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E, se você pode doar,
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significaria muito para mim.
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E que sejamos simpáticos
uns para os outros
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sejamos compreensivos e continuemos a
ouvir as histórias das pessoas.
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Eu quero mostrar algumas das suas
recriações
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do mês passado, como eu sempre faço.
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Se você quer aparecer num vídeo futuro
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tenha a certeza que me marca no instagram
@amandarachlee.
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É só me marcar na foto na sua recriação
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seja deste mês ou de meses anteriores.
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E então claro, como sempre,
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se você quiser ver o resto dos meus
planejamentos semanais
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então venha passar um tempo comigo
na twitch todos os sábados
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às 11:00 da manhã Eastern time
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Eu faço o meu planejamento semanal ao vivo
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e é uma comunidade simpática e relaxante
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De qualquer maneira, eu espero que vocês
estejam todos tomando cuidado.
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Continuem desenhando.
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E eu falo com vocês no próximo vídeo!
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Tchau todo mundo!
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(música calma)