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Como podemos comer as nossas paisagens

  • 0:01 - 0:04
    O desejo de viver a vida
    de maneira diferente
  • 0:04 - 0:07
    pode começar em alguns
    dos locais mais inusitados.
  • 0:07 - 0:09
    É daqui que eu venho: Todmorden.
  • 0:09 - 0:11
    É uma pequena cidade
    no norte de Inglaterra,
  • 0:11 - 0:14
    com 15 mil habitantes,
    entre Leeds e Manchester.
  • 0:14 - 0:16
    Uma pequena cidade
    perfeitamente normal.
  • 0:16 - 0:18
    Antigamente era assim,
  • 0:18 - 0:21
    e agora é mais assim,
  • 0:21 - 0:25
    com fruta, vegetais e ervas
    a brotar por todo o lado.
  • 0:25 - 0:27
    Chamamos-lhe
    "jardinagem de propaganda".
  • 0:27 - 0:28
    (Risos)
  • 0:29 - 0:32
    No canto do parque de estacionamento
    de uma estação ferroviária,
  • 0:32 - 0:34
    diante de um centro de saúde,
  • 0:34 - 0:36
    nos jardins fronteiros
    das casas particulares,
  • 0:36 - 0:38
    e até defronte da esquadra da polícia.
  • 0:38 - 0:40
    (Risos)
  • 0:40 - 0:42
    Temos caminhos ao longo do canal
    que são comestíveis,
  • 0:42 - 0:45
    e temos cemitérios verdejantes.
  • 0:45 - 0:47
    O solo é extraordinariamente bom.
  • 0:47 - 0:50
    (Risos)
  • 0:52 - 0:54
    Até inventámos
    uma nova forma de turismo.
  • 0:54 - 0:57
    Chama-se turismo vegetal e,
    acreditem ou não,
  • 0:57 - 1:01
    vêm pessoas do mundo inteiro
    para remexer nos nossos canteiros,
  • 1:01 - 1:03
    mesmo quando não há grande
    coisa plantada.
  • 1:04 - 1:07
    Mas é pretexto para uma conversa.
  • 1:07 - 1:10
    Sabem, não estamos a fazer isto
    por estarmos aborrecidos.
  • 1:10 - 1:11
    (Risos)
  • 1:12 - 1:16
    Estamos a fazê-lo porque
    queremos começar uma revolução.
  • 1:16 - 1:18
    Tentámos dar resposta
    a esta pergunta simples:
  • 1:18 - 1:20
    Conseguiremos encontrar
    uma linguagem unificadora,
  • 1:20 - 1:24
    para todas as idades, rendimentos
    e culturas, que ajude as pessoas
  • 1:24 - 1:26
    a encontrar, elas próprias,
    uma nova forma de vida,
  • 1:26 - 1:29
    a ver os espaços em seu redor
    de modo diferente,
  • 1:29 - 1:31
    a pensar de modo diferente
    sobre os recursos que usam,
  • 1:31 - 1:33
    a interagir de forma diferente?
  • 1:33 - 1:36
    Conseguiremos encontrar
    essa linguagem?
  • 1:36 - 1:39
    E depois, conseguiremos
    replicar essas ações?
  • 1:40 - 1:42
    Segundo parece, a resposta é "sim".
  • 1:42 - 1:45
    A linguagem aparentemente é "comida".
  • 1:46 - 1:47
    Assim, há três anos e meio,
  • 1:47 - 1:50
    juntámos umas pessoas
    em redor da mesa da cozinha,
  • 1:50 - 1:51
    e inventámos isto tudo.
  • 1:51 - 1:53
    (Risos)
  • 1:53 - 1:55
    (Aplausos)
  • 1:56 - 1:59
    Apresentámos um jogo muito simples,
    numa reunião pública.
  • 1:59 - 2:01
    Não fizemos consultas.
    Não escrevemos um relatório.
  • 2:01 - 2:03
    Chega disso!
  • 2:03 - 2:04
    (Risos)
  • 2:04 - 2:06
    E dissemos, naquela reunião pública,
    em Todmorden:
  • 2:06 - 2:09
    "Olhem, vamos imaginar
    que a nossa cidade
  • 2:09 - 2:11
    está concentrada
    à volta de três pratos:
  • 2:11 - 2:13
    um prato comunitário —
    a nossa vida diária;
  • 2:13 - 2:17
    um prato de aprendizagem —
    o que ensinamos às crianças, na escola,
  • 2:17 - 2:19
    e que novas capacidades
    partilhamos entre nós;
  • 2:19 - 2:22
    e os negócios — o que fazemos
    com o dinheiro que temos no bolso
  • 2:22 - 2:24
    e que negócios escolhemos apoiar.
  • 2:24 - 2:27
    Agora, imaginemos
    esses pratos a serem agitados
  • 2:27 - 2:29
    por ações comunitárias que
    envolvam comida.
  • 2:29 - 2:32
    Se começarmos a fazer girar
    um desses pratos comunitários,
  • 2:32 - 2:35
    é ótimo, isso começa
    a capacitar as pessoas,
  • 2:35 - 2:37
    mas, se pudermos fazer girar
    esse prato comunitário
  • 2:37 - 2:41
    juntamente com o prato da aprendizagem,
    e girá-lo com o prato dos negócios,
  • 2:41 - 2:44
    temos um verdadeiro espetáculo,
    temos verdadeiro malabarismo.
  • 2:44 - 2:47
    Estamos, nós próprios, a começar
    a construir o poder de resiliência.
  • 2:47 - 2:51
    Estamos, nós mesmos,
    a reinventar a comunidade,
  • 2:51 - 2:54
    e fizemos tudo isso sem
    um documento de estratégia.
  • 2:54 - 2:57
    (Aplausos)
  • 2:59 - 3:02
    E há ainda outra coisa.
  • 3:02 - 3:04
    Nós não pedimos autorização
    a ninguém para fazer isto,
  • 3:04 - 3:07
    estamos simplesmente a fazê-lo.
  • 3:07 - 3:09
    Certamente não estamos
    à espera de receber
  • 3:09 - 3:11
    um cheque na caixa do correio
    antes de começarmos.
  • 3:11 - 3:14
    Mais importante que tudo,
    não estamos assustados
  • 3:14 - 3:16
    com argumentos sofisticados
    que dizem:
  • 3:16 - 3:19
    "Essas pequenas ações não têm significado
    face aos problemas de amanhã",
  • 3:19 - 3:23
    porque eu vi
    o poder das pequenas ações,
  • 3:23 - 3:25
    e é espantoso.
  • 3:25 - 3:28
    Então, voltando à reunião pública.
  • 3:28 - 3:31
    Apresentámos essa proposta na assembleia,
    dois segundos,
  • 3:31 - 3:33
    e a sala explodiu.
  • 3:33 - 3:37
    Nunca, nunca na minha vida
    tinha passado por nada assim.
  • 3:37 - 3:40
    Tem sido a mesma coisa, em todas as salas,
    em todas as cidades
  • 3:40 - 3:42
    em que contámos a nossa história.
  • 3:42 - 3:46
    As pessoas estão prontas
    e respondem à história da comida.
  • 3:46 - 3:48
    Querem ações positivas em que
    possam empenhar-se,
  • 3:48 - 3:51
    e no mais fundo de si próprias
    sabem que chegou a altura
  • 3:51 - 3:53
    de assumir
    responsabilidade pessoal
  • 3:53 - 3:56
    e investir em mais generosidade
    para com o próximo
  • 3:56 - 3:58
    e para com o ambiente.
  • 3:58 - 4:02
    Desde que tivemos aquela reunião,
    há três anos e meio,
  • 4:02 - 4:05
    tem sido uma verdadeira montanha russa.
  • 4:05 - 4:08
    Começámos com uma troca de sementes,
    coisas muito simples,
  • 4:08 - 4:09
    e depois pegámos num pedaço de terra,
  • 4:09 - 4:11
    uma faixa ao lado da estrada principal,
  • 4:11 - 4:13
    que era uma casa de banho para cães,
  • 4:13 - 4:16
    e transformámo-la num adorável
    jardim de ervas aromáticas.
  • 4:16 - 4:19
    Fomos a um canto do parque
    de estacionamento da estação
  • 4:19 - 4:22
    e fizemos canteiros para todos
    partilharem e colherem.
  • 4:23 - 4:24
    Fomos ter com os médicos.
  • 4:24 - 4:27
    Recentemente foi construído
    um centro de saúde
  • 4:27 - 4:28
    de 6 milhões de libras, em Todmorden,
  • 4:28 - 4:31
    Por qualquer razão,
    que não consigo compreender,
  • 4:31 - 4:33
    rodearam-no de plantas com espinhos.
  • 4:33 - 4:34
    (Risos)
  • 4:34 - 4:37
    Fomos ter com os médicos e perguntámos:
    "Podemos arrancá-las?"
  • 4:37 - 4:40
    Eles disseram: "Ok, têm que
    pedir as devidas licenças
  • 4:40 - 4:41
    "em latim e em triplicado."
  • 4:41 - 4:43
    Então, fizemos isso...
  • 4:43 - 4:44
    (Risos)
  • 4:44 - 4:48
    ... e agora há árvores de fruto, arbustos,
    ervas aromáticas e vegetais
  • 4:48 - 4:50
    à volta daquele
    consultório médico.
  • 4:51 - 4:53
    Há montes de outros
    exemplos, como o milho
  • 4:53 - 4:55
    que estava defronte
    da esquadra da polícia,
  • 4:55 - 4:57
    e o lar de idosos,
    onde plantámos comida
  • 4:57 - 4:59
    que eles podem apanhar e cultivar.
  • 4:59 - 5:01
    Mas não se trata só de cultivar,
  • 5:01 - 5:03
    porque todos nós
    fazemos parte deste puzzle.
  • 5:03 - 5:06
    Trata-se de pegar nas pessoas
    com talento artístico,
  • 5:06 - 5:08
    e fazer desenhos fabulosos
    nos canteiros,
  • 5:08 - 5:10
    para explicar às pessoas
    o que lá está cultivado,
  • 5:10 - 5:13
    porque há imensas pessoas
    que não reconhecem um vegetal
  • 5:13 - 5:15
    se não estiver dentro de plástico
  • 5:15 - 5:17
    com um pacote de instruções em cima.
  • 5:17 - 5:19
    Houve pessoas
    que desenharam estas coisas:
  • 5:19 - 5:22
    "Se tiver este aspeto, não apanhem,
    mas se tiver este aspeto,
  • 5:22 - 5:23
    "sirvam-se à vontade."
  • 5:23 - 5:26
    Isto tem que ver com partilha
    e investimento em generosidade.
  • 5:26 - 5:28
    As pessoas que não querem fazer
    nenhuma destas coisas,
  • 5:28 - 5:30
    talvez possam cozinhar.
  • 5:30 - 5:33
    Escolhemo-las sazonalmente,
    e depois vamos para a rua,
  • 5:33 - 5:35
    ao pub ou à igreja,
  • 5:35 - 5:37
    onde quer que as pessoas estejam.
  • 5:37 - 5:39
    Vamos ter com as pessoas e dizemos-lhes:
  • 5:39 - 5:42
    "Todos nós fazemos parte
    do puzzle alimentar local,
  • 5:42 - 5:44
    "todos nós somos parte da solução."
  • 5:44 - 5:46
    Depois, como temos turistas vegetais,
  • 5:46 - 5:49
    — adoramo-los, eles são
    fantásticos — pensámos:
  • 5:49 - 5:52
    O que fazer para lhes dar
    uma experiência ainda melhor?
  • 5:52 - 5:54
    Então, inventámos, sem pedir licença,
    evidentemente,
  • 5:54 - 5:57
    a "Incrível Rota Verde Comestível"
  • 5:57 - 5:59
    É uma rota de jardins de exposição,
  • 5:59 - 6:03
    de caminhos comestíveis e lugares
    amigos das abelhas.
  • 6:03 - 6:06
    A história dos polinizadores
    é uma rota que desenhámos
  • 6:06 - 6:09
    que leva as pessoas por toda a cidade,
  • 6:09 - 6:12
    passando pelos cafés
    e pequenas lojas, pelo mercado,
  • 6:13 - 6:16
    não apenas de um lado para o outro,
    no supermercado.
  • 6:16 - 6:19
    Esperamos que, alterando
    as pegadas das pessoas pela cidade,
  • 6:19 - 6:21
    também estejamos a alterar
    o seu comportamento.
  • 6:21 - 6:24
    Depois há o segundo prato,
    o prato da aprendizagem.
  • 6:24 - 6:26
    Temos uma parceria com
    uma escola secundária.
  • 6:26 - 6:29
    Criámos uma empresa,
    estamos a projetar e a construir
  • 6:29 - 6:32
    uma unidade de aquaponia
    num pedaço de terra livre
  • 6:32 - 6:34
    nas traseiras da escola,
    como vocês fazem,
  • 6:34 - 6:36
    e agora vamos criar
    peixes e vegetais
  • 6:36 - 6:38
    num pomar com abelhas.
  • 6:38 - 6:40
    Os jovens estão a ajudar-nos
    na sua construção.
  • 6:40 - 6:42
    Os jovens estão no conselho.
  • 6:42 - 6:46
    Como a comunidade foi muito entusiasta
    a trabalhar com a escola secundária,
  • 6:46 - 6:48
    esta agora ensina agricultura,
  • 6:49 - 6:51
    Por isso começámos a pensar
    como conseguiríamos
  • 6:51 - 6:54
    que aqueles jovens
    — sem quaisquer habilitações,
  • 6:54 - 6:56
    mas que estão realmente
    entusiasmados com o cultivo —
  • 6:56 - 6:59
    como lhes podemos dar mais experiência?
  • 6:59 - 7:02
    Conseguimos terra, que nos foi doada
    por um centro de jardinagem local.
  • 7:02 - 7:04
    Era muito lamacenta,
    mas, incrivelmente,
  • 7:04 - 7:07
    com base unicamente no voluntariado,
    transformámos aquilo
  • 7:07 - 7:10
    num centro de formação de jardinagem,
  • 7:10 - 7:12
    com estufas, canteiros,
  • 7:12 - 7:15
    e tudo aquilo de que precisamos
    para ter a terra nas mãos
  • 7:15 - 7:18
    e pensar que talvez haja um
    emprego para nós no futuro.
  • 7:18 - 7:20
    Alguns académicos locais disseram:
  • 7:20 - 7:23
    "Podíamos ajudar-vos a criar
    um curso de horticultura comercial.
  • 7:23 - 7:24
    "Não temos conhecimento de nenhum".
  • 7:24 - 7:27
    Já estão a fazer isso,
    e vamos lançá-lo no próximo ano.
  • 7:27 - 7:29
    É tudo experimental, é tudo voluntário.
  • 7:29 - 7:31
    Depois há o terceiro prato,
  • 7:31 - 7:33
    Se passeamos por uma paisagem comestível,
  • 7:33 - 7:35
    aprendemos novas competências,
  • 7:35 - 7:37
    e começamos a interessar-nos
    pelas culturas sazonais,
  • 7:37 - 7:40
    podemos querer investir mais dinheiro
  • 7:40 - 7:42
    a apoiar os produtores locais,
  • 7:42 - 7:45
    não apenas de vegetais, mas de carne,
    queijo e cerveja, etc.
  • 7:45 - 7:48
    Mas somos apenas um grupo comunitário.
  • 7:48 - 7:50
    Somos apenas voluntários.
    O que poderíamos fazer?
  • 7:50 - 7:52
    Fizemos algumas coisas muito simples.
  • 7:52 - 7:55
    Comprámos quadros-negros,
    escrevemos neles "Comestível Incrível",
  • 7:55 - 7:57
    demo-los aos vendedores
    que vendiam produtos locais,
  • 7:57 - 8:00
    e eles rabiscaram ali
    o que estavam a vender nessa semana.
  • 8:00 - 8:02
    Muito popular.
    As pessoas aderiram a isso.
  • 8:02 - 8:04
    As vendas aumentaram.
  • 8:04 - 8:06
    Depois, dissemos aos agricultores:
  • 8:06 - 8:09
    "Estamos a levar isto muito a sério"
    mas eles não acreditaram em nós.
  • 8:09 - 8:11
    Por isso, pensámos:
  • 8:11 - 8:13
    "Muito bem, o que havemos de fazer?
  • 8:13 - 8:16
    "Já sei. Podemos criar uma campanha
    à volta de um produto
  • 8:16 - 8:18
    "e mostrar-lhes que há
    fidelidade a esse produto.
  • 8:18 - 8:21
    "Talvez mudem de ideias e vejam
    que estamos a levar isto a sério".
  • 8:21 - 8:24
    Lançámos uma campanha
    chamada "Todos os Ovos Contam".
  • 8:24 - 8:25
    (Risos)
  • 8:25 - 8:28
    Pusemos as pessoas no nosso mapa dos ovos.
  • 8:28 - 8:31
    É um mapa estilizado de Todmorden.
  • 8:31 - 8:33
    Todos os que vendessem aos vizinhos
    os seus ovos excedentes
  • 8:33 - 8:36
    ao portão do jardim,
    de forma perfeitamente legal,
  • 8:36 - 8:37
    eram colocados nele.
  • 8:37 - 8:39
    Começámos com 4 e agora temos 64.
  • 8:39 - 8:43
    As pessoas começaram a pedir
    ovos locais, de Todmorden,
  • 8:43 - 8:46
    alguns agricultores aumentaram
    a criação de aves ao ar livre,
  • 8:46 - 8:48
    e depois passaram
    às aves para consumo.
  • 8:48 - 8:51
    Embora sejam passos muito pequenos,
  • 8:51 - 8:55
    essa crescente confiança
    na economia local
  • 8:55 - 8:58
    está a começar a funcionar
    de várias maneiras.
  • 8:58 - 9:00
    Agora há agricultores a fazer queijo,
  • 9:00 - 9:02
    aumentaram a criação
    de porcos de raça rara,
  • 9:02 - 9:05
    fazem pastéis e empadas
    e coisas que nunca teriam feito antes.
  • 9:05 - 9:08
    Há cada vez mais bancas
    do mercado a vender produtos locais,
  • 9:08 - 9:10
    e, num inquérito
    que estudantes locais fizeram,
  • 9:10 - 9:14
    49% dos comerciantes
    de alimentos da cidade
  • 9:14 - 9:16
    disse que os seus resultados
    tinham aumentado
  • 9:16 - 9:18
    devido ao que estávamos a fazer.
  • 9:18 - 9:21
    E somos simples voluntários.
    E trata-se apenas de uma experiência.
  • 9:21 - 9:24
    Agora, nada disto é ciência de ponta.
  • 9:24 - 9:27
    Não é certamente original
    nem muito inteligente.
  • 9:27 - 9:30
    Mas é agregador e é inclusivo.
  • 9:31 - 9:33
    Não é um movimento para as pessoas
  • 9:33 - 9:35
    que se arranjam sozinhas,
    de qualquer maneira.
  • 9:35 - 9:37
    É um movimento para todos.
  • 9:38 - 9:40
    Temos um mote:
    "Se você come, está connosco."
  • 9:40 - 9:42
    (Risos)
  • 9:42 - 9:45
    (Aplausos)
  • 9:48 - 9:52
    Para todas as idades,
    rendimentos, culturas.
  • 9:53 - 9:56
    Tem sido realmente
    uma verdadeira aventura.
  • 9:56 - 9:59
    Mas, voltando à primeira questão
    que colocámos:
  • 9:59 - 10:02
    Será isto replicável? Sim.
    Com certeza que é replicável.
  • 10:02 - 10:04
    Mais de 30 cidades, em Inglaterra,
  • 10:04 - 10:07
    giram agora o prato Comestível Incrível.
  • 10:07 - 10:10
    Seja qual for a maneira como
    o queiram fazer, à sua escolha,
  • 10:10 - 10:13
    estão a tentar tornar
    as suas vidas diferentes.
  • 10:13 - 10:16
    A nível mundial.
    temos comunidades nas Américas
  • 10:16 - 10:17
    e no Japão — é incrível, não é?
  • 10:17 - 10:20
    América, Japão e Nova Zelândia.
  • 10:20 - 10:23
    Depois do terramoto na Nova Zelândia,
    visitaram-nos pessoas
  • 10:23 - 10:26
    com vista a incorporarem
    algum deste espírito cívico
  • 10:26 - 10:29
    em redor do cultivo local
    no coração de Christchurch.
  • 10:31 - 10:33
    Nada disto implica mais dinheiro,
  • 10:33 - 10:36
    nada disto exige burocracia.
  • 10:36 - 10:39
    Só exige que pensemos nas coisas
    de uma forma diferente
  • 10:39 - 10:43
    e que estejamos preparados
    para reafetar orçamentos e criar programas
  • 10:43 - 10:45
    com vista a criar um
    enquadramento de apoio
  • 10:45 - 10:48
    com que as comunidades possam interagir.
  • 10:48 - 10:51
    E já temos alguma ideias ótimas
    no nosso talhão.
  • 10:51 - 10:54
    As autoridades locais decidiram
    tornar tudo Incrível Comestível.
  • 10:55 - 10:58
    Para o efeito,
    decidiram fazer duas coisas:
  • 10:58 - 11:01
    Primeiro, vão criar um registo
    das terras que não são utilizadas,
  • 11:01 - 11:03
    colocá-las no banco alimentar,
  • 11:03 - 11:05
    para que as comunidades
    as possam utilizar.
  • 11:05 - 11:07
    Vão salvaguardar esses direitos
    com uma licença.
  • 11:07 - 11:09
    Depois disseram
    a cada um dos seus colaboradores
  • 11:09 - 11:12
    para, podendo, ajudarem
    aquelas comunidades a crescer
  • 11:12 - 11:14
    e ajudá-las a manter os seus espaços.
  • 11:14 - 11:17
    De repente, estamos a ver
    o governo local a atuar no terreno.
  • 11:17 - 11:18
    Estamos a ver isto integrado.
  • 11:18 - 11:21
    Estamos finalmente a responder
    com criatividade
  • 11:21 - 11:23
    ao que nos foi pedido no Rio de Janeiro.
  • 11:23 - 11:25
    E há muito mais que pode ser feito.
  • 11:25 - 11:27
    Apenas para citar algumas coisas:
  • 11:27 - 11:30
    Deixem de pôr plantas com espinhos
    à volta dos edifícios públicos.
  • 11:30 - 11:31
    É um desperdício de espaço.
  • 11:31 - 11:34
    Em segundo lugar, por favor,
    criem paisagens comestíveis
  • 11:34 - 11:37
    para que as crianças comecem a andar
    perto dos alimentos,
  • 11:37 - 11:39
    dia sim, dia não, nas nossas avenidas,
  • 11:39 - 11:41
    nos nossos parques, seja onde for.
  • 11:41 - 11:44
    Inspirem os responsáveis
    pelo planeamento local
  • 11:44 - 11:46
    a colocar locais com alimentos
    no coração da cidade
  • 11:46 - 11:50
    e, no plano da cidade, a não os relegar
    para as zonas periféricas,
  • 11:50 - 11:52
    onde ninguém os pode ver.
  • 11:52 - 11:55
    Encorajem todas as escolas
    a levar isto a sério.
  • 11:55 - 11:57
    Isto não é um exercício do segundo ano.
  • 11:57 - 12:00
    Se queremos inspirar
    os agricultores de amanhã,
  • 12:00 - 12:03
    por favor, vamos dizer a todas as escolas:
  • 12:03 - 12:07
    Criem um sentido de missão em torno
    da importância do ambiente,
  • 12:07 - 12:10
    dos alimentos locais e dos solos.
  • 12:10 - 12:12
    Coloquem-no no coração
    da vossa cultura escolar,
  • 12:12 - 12:14
    e criarão uma geração diferente.
  • 12:15 - 12:18
    Há tantas coisas que podemos fazer,
    mas, em última análise,
  • 12:18 - 12:20
    trata-se de uma coisa muito simples.
  • 12:20 - 12:23
    Através de um processo orgânico,
  • 12:23 - 12:27
    através do reconhecimento crescente
    do poder das pequenas ações,
  • 12:27 - 12:31
    estamos finalmente a começar
    a acreditar outra vez em nós próprios
  • 12:31 - 12:35
    e a acreditar na nossa capacidade,
    na capacidade de cada um e de todos nós,
  • 12:35 - 12:39
    de construirmos um futuro diferente
    e mais generoso,
  • 12:39 - 12:42
    e no meu livro, isso é incrível.
  • 12:42 - 12:43
    Obrigada.
  • 12:43 - 12:46
    (Aplausos)
  • 12:56 - 12:58
    Muito obrigada.
  • 12:58 - 13:00
    (Aplausos)
Title:
Como podemos comer as nossas paisagens
Speaker:
Pam Warhurst
Description:

O que deve uma comunidade fazer com a sua terra que não é utilizada? Cultivar alimentos, evidentemente. Com energia e humor, Pam Warhurst conta no TEDSalon a história de como ela e uma equipa crescente de voluntários se juntaram para tornarem parcelas de terra não utilizada em jardins vegetais comunitários, e para mudarem a narrativa da alimentação na sua comunidade.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:21
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for How we can eat our landscapes
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Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for How we can eat our landscapes
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How we can eat our landscapes
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How we can eat our landscapes
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