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Por que eu crio robôs do tamanho de um grão de arroz

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    Meus alunos e eu trabalhamos
    com robôs muito pequenos.
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    Você pode pensar neles
    como versões robóticas
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    de algo que lhes é muito familiar:
    uma formiga.
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    Todos sabemos que as formigas
    e outros insetos dessa escala
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    podem fazer coisas incríveis.
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    Todos já vimos um grupo de formigas,
    ou alguma versão disso,
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    carregando seus salgadinhos
    em um piquenique, por exemplo.
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    Mas quais são os reais desafios
    da engenharia destas formigas?
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    Bem, em primeiro lugar, como colocar
    os recursos de uma formiga
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    em um robô de mesma escala de tamanho?
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    Primeiro precisamos descobrir
    como fazê-los se mover,
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    quando são tão pequenos.
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    Precisamos de pernas e motores eficientes
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    para apoiar essa locomoção,
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    e precisamos de sensores,
    energia e controle
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    para juntar tudo isso
    em um robô formiga semi-inteligente.
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    E, por fim, para fazê-los
    realmente funcionais,
  • 0:49 - 0:53
    queremos um monte deles trabalhando
    juntos, para fazerem coisas maiores.
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    Então, começarei com a mobilidade.
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    Os insetos movem-se
    surpreendentemente bem.
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    Este vídeo é da UC Berkeley.
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    Mostra uma barata em movimento
    num terreno muito acidentado
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    sem se virar,
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    e ela é capaz disso porque suas pernas
    são uma combinação de materiais rígidos,
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    o que tradicionalmente
    usamos para fazer os robôs,
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    e materiais flexíveis.
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    Saltar é outra forma interessante de
    se locomover quando se é muito pequeno.
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    Então, estes insetos armazenam energia
    em uma mola e a liberam muito rapidamente
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    para obterem a alta energia que precisam
    para saltar da água, por exemplo.
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    Assim, uma das grandes
    contribuições do meu laboratório
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    foi a de combinar
    materiais rígidos e flexíveis
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    em mecanismos muito, muito pequenos.
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    Este mecanismo de salto tem
    cerca de quatro milímetros de um lado,
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    então, é realmente pequeno.
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    O material rígido aqui é de silício,
    e o flexível é borracha de silicone.
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    E a ideia básica é que
    vamos comprimir isso,
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    armazenar energia nas molas,
    e liberá-la para saltar.
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    Portanto, não há motores nele,
    nenhuma energia.
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    Ele é acionado por um método
    que no laboratório chamamos
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    "aluno de pós-graduação com pinças."
    (Risos)
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    O que vocês verão no próximo vídeo
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    é esse cara saltando
    surpreendentemente bem.
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    Este é o Aaron, o estudante de
    pós-graduação em questão, com a pinça,
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    e o que vocês veem é esse mecanismo
    de quatro milímetros
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    saltando quase 40 centímetros de altura.
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    Isso é quase 100 vezes
    seu próprio comprimento.
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    E ele sobrevive, salta sobre a mesa,
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    é incrivelmente forte, e é claro,
    sobrevive muito bem até que o perdemos,
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    porque ele é muito pequeno.
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    Enfim, também queremos
    adicionar motores nisso,
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    e temos alunos trabalhando em motores
    de tamanhos milimétricos
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    para poder integrá-los
    a pequenos robôs autônomos.
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    Mas, para trabalhar com mobilidade
    e locomoção nesta escala de tamanho,
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    estamos trapaceando e usando ímãs.
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    Isso mostra o que seria
    parte de uma perna microrrobô,
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    e pode-se ver as juntas
    de borracha de silicone
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    e há um ímã embutido sendo movido
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    por um campo magnético externo.
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    Isso nos leva ao robô
    que eu lhes mostrei mais cedo.
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    O mais interessante que este robô
    pode nos ajudar a descobrir
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    é como os insetos se movem nessa escala.
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    Temos um modelo muito bom para tudo,
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    desde o movimento
    de uma barata ao de um elefante.
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    Todos nos movemos dessa forma
    saltitante quando corremos.
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    Mas quando eu sou bem pequeno,
    as forças entre os meus pés e o chão
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    afetarão minha locomoção
    muito mais do que a minha massa,
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    que é o que causa o movimento saltitante.
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    Esse cara ainda não funciona bem,
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    mas temos versões
    ligeiramente maiores que funcionam.
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    Trata-se de um centímetro cúbico,
    um centímetro lateral, muito pequeno,
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    e ele percorreu 10 comprimentos
    corporais por segundo,
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    10 centímetros por segundo.
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    Ele é bem rápido
    para um cara tão pequeno,
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    e só é limitado por
    nossa configuração de teste.
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    Mas isso lhes dá uma ideia
    de como ele funciona agora.
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    Também podemos imprimir versões 3D dele
    que podem passar por cima de obstáculos,
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    muito parecidos com a barata
    que vocês viram anteriormente.
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    Mas, por fim, queremos
    adicionar tudo ao robô.
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    Queremos sensação, energia, controle,
    atuando em conjunto,
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    e nem tudo precisa
    ser inspirado na biologia
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    Este robô é do tamanho de um Tic Tac.
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    E, neste caso, em vez de ímãs
    ou músculos para movê-lo,
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    nós usamos foguetes.
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    Este é um material energético
    microfabricado,
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    e podemos criar minúsculos pixels dele,
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    e podemos colocar um desses pixels
    na barriga deste robô,
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    e ele vai saltar quando
    detectar um aumento da luz.
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    O próximo vídeo é um dos meus favoritos.
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    Temos este robô de 300 miligramas
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    saltando cerca de oito centímetros no ar.
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    Ele tem apenas 4 x 4 x 7 milímetros
    de tamanho.
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    E vocês verão um grande flash no início
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    quando a energia é iniciada,
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    e o robô dá cambalhotas no ar.
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    Então, houve aquele grande flash,
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    e podemos ver o robô pulando no ar.
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    Portanto, não há cordas,
    não há fios conectados a ele.
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    Está tudo acoplado, ele pulou em resposta
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    ao aluno acendendo
    uma lâmpada próxima a ele.
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    Então vocês podem imaginar todas
    as coisas legais que poderíamos fazer
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    com robôs que correm, rastejam, saltam
    e rolam, com esta escala de tamanho.
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    Imaginem os escombros que ficam após
    um desastre natural como um terremoto.
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    Pensem nesses pequenos robôs
    atravessando os escombros,
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    procurando por sobreviventes.
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    Ou imaginem um monte de pequenos robôs
    circundando uma ponte
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    para inspecioná-la
    e certificar que é segura,
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    assim, não haverá colapsos como este
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    que aconteceu próximo
    de Minneapolis, em 2007.
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    Ou imagine o que você poderia fazer
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    se houvesse robôs que nadassem
    através de seu sangue.
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    Certo? "Viagem fantástica", Isaac Asimov.
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    Ou eles poderiam operá-lo
    sem ter que cortá-lo, em princípio.
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    Ou poderíamos mudar radicalmente
    a forma de construir coisas
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    se nossos minúsculos robôs
    trabalharem como os cupins,
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    e construírem esses incríveis
    montes de oito metros,
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    apartamentos efetivamente
    bem ventilados para outros cupins
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    na África e Austrália.
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    Então, eu acho que dei
    algumas possibilidades
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    do que podemos fazer
    com esses pequenos robôs.
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    E já fizemos alguns avanços até agora,
    mas ainda há um longo caminho a trilhar,
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    e espero que alguns de vocês
    possam contribuir para esse destino.
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    Muito obrigada.
  • 5:51 - 5:53
    (Aplausos)
Title:
Por que eu crio robôs do tamanho de um grão de arroz
Speaker:
Sarah Bergbreiter
Description:

Ao estudar o movimento e corpos de insetos, como formigas, Sarah Bergbreiter e sua equipe construíram versões mecânicas de bichos rastejantes incrivelmente robustas, superpequenas... e então eles adicionam foguetes. Veja seus avanços de cair o queixo, em microrrobótica, e ouça sobre três maneiras que poderíamos usar esses pequenos ajudantes no futuro.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
06:06

Portuguese, Brazilian subtitles

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