Charles Limb: Seu cérebro no improviso
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0:00 - 0:03Eu sou um cirurgião que estuda a criatividade,
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0:03 - 0:06e eu nunca tive um paciente que me dissesse:
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0:06 - 0:09"Eu quero que você seja criativo na cirurgia".
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0:09 - 0:12Então acho que há um pouco de ironia nisso.
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0:12 - 0:15Eu diria que apesar disso, depois de ter feito muitas cirurgias,
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0:15 - 0:17isso é meio parecido com tocar um instrumento musical.
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0:17 - 0:20E para mim, esse tipo de fascinação profunda e constante com o som
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0:20 - 0:22é o que me levou a ser um cirurgião
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0:22 - 0:24e também a estudar a ciência do som, em especial a música.
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0:24 - 0:26Então nos próximos minutos eu vou tentar falar a vocês
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0:26 - 0:28sobre minha carreira
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0:28 - 0:30em termos de como eu posso realmente estudar música
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0:30 - 0:32e tentar me embrenhar nessas questões
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0:32 - 0:35de como o cérebro é capaz de ser criativo.
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0:35 - 0:37Eu fiz a maior parte desse trabalho na Universidade Johns Hopkins,
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0:37 - 0:39mas também no National Institute of Health onde estava antes.
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0:39 - 0:41Eu vou mostrar alguns experimentos científicos
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0:41 - 0:43e tentar cobrir três experimentos musicais.
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0:43 - 0:45Eu vou começar passando um vídeo para vocês.
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0:45 - 0:48E esse vídeo é um vídeo de Keith Jarret, um improvisador de jazz famoso
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0:48 - 0:51e provavelmente o exemplo icônico mais conhecido
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0:51 - 0:53de alguém que leva a improvisação para um nível mais elevado.
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0:53 - 0:55E ele vai improvisar concertos inteiros
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0:55 - 0:57só de cabeça,
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0:57 - 0:59e ele nunca tocará isso exatamente do mesmo jeito de novo.
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0:59 - 1:01E assim, como uma forma de criatividade intensa,
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1:01 - 1:03eu acho que esse é um grande exemplo.
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1:03 - 1:05Então vamos clicar no vídeo.
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1:06 - 1:10(Música)
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2:02 - 2:05É realmente uma coisa notável e incrível que acontece aqui.
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2:05 - 2:07Sempre que eu – tanto como ouvinte e como fã –
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2:07 - 2:09ouço isso, fico assombrado.
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2:09 - 2:11Eu penso: como isso é possível?
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2:11 - 2:13Como o cérebro gera esse tanto de informação,
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2:13 - 2:15esse tanto de música espontaneamente?
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2:15 - 2:18E assim eu investiguei esse conceito, cientificamente,
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2:18 - 2:21que é a criatividade artística, ela é mágica, mas não é magia.
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2:21 - 2:23Significa que ela é um produto do cérebro.
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2:23 - 2:26Não há muitas pessoas sem cérebro criando arte.
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2:26 - 2:28E daí vem a noção de que a criatividade artística
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2:28 - 2:30é de fato um produto neurológico.
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2:30 - 2:33Eu assumi a tese de que nós podemos estudá-la
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2:33 - 2:36da mesma forma que podemos estudar qualquer processo neurológico complexo.
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2:36 - 2:38E acho que há algumas sub-perguntas que eu coloquei lá.
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2:38 - 2:40É realmente possível estudar a criatividade cientificamente?
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2:40 - 2:42E eu acho que essa é uma boa questão.
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2:42 - 2:45E vou dizer a vocês que da maioria dos estudos científicos sobre música,
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2:45 - 2:47eles são muito densos.
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2:47 - 2:50E quando você os estuda, é muito difícil reconhecer a música neles.
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2:50 - 2:52De fato, eles parecem ser totalmente não musicais
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2:52 - 2:54e perdem todo o foco da música.
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2:54 - 2:56E isso leva à segunda questão:
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2:56 - 2:58Por que os cientistas deviam estudar a criatividade?
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2:58 - 3:00Talvez a gente não seja a pessoa certa para fazer isso.
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3:00 - 3:02Bem, talvez seja,
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3:02 - 3:04mas eu diria que, de uma perspectiva científica –
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3:04 - 3:06nós falamos muito sobre inovação hoje –
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3:06 - 3:08a ciência da inovação,
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3:08 - 3:10o quanto sabemos sobre como o cérebro é capaz de inovar
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3:10 - 3:12está só no começo.
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3:12 - 3:15Realmente, sabemos muito pouco sobre como somos capazes de ser criativos.
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3:15 - 3:17E por isso eu acho que nós vamos ver
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3:17 - 3:19nos próximos 10, 20, 30 anos
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3:19 - 3:22uma verdadeira ciência da criatividade que está começando a prosperar.
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3:22 - 3:24Porque agora temos novos métodos que nos permitem
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3:24 - 3:26tomar esse processo de algo como isso,
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3:26 - 3:28improvisão complexa de jazz, e estudá-lo rigorosamente.
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3:28 - 3:30E assim isso chega ao cérebro.
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3:30 - 3:32E assim todos nós temos esse cérebro notável,
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3:32 - 3:35que é pouco compreendido para dizer o mínimo.
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3:35 - 3:37Eu acho que neurocientistas
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3:37 - 3:39têm muito mais perguntas do que respostas.
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3:39 - 3:41E eu mesmo não vou dar a vocês muitas respostas hoje,
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3:41 - 3:43só fazer um monte de perguntas.
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3:43 - 3:45E fundamentalmente isso é que eu faço no meu laboratório.
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3:45 - 3:47Eu faço perguntas sobre o que esse cérebro faz que nos permite fazer isso.
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3:47 - 3:50Isso é o principal método que eu uso. É chamado de fMRI.
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3:50 - 3:53Se você esteve num scanner de MRI, é basicamente a mesma coisa,
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3:53 - 3:55mas esse aqui é feito de um jeito especial
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3:55 - 3:57para não só tirar fotos de seu cérebro,
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3:57 - 4:00mas para tirar fotos das áreas ativas do cérebro.
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4:00 - 4:02Agora a forma como isso é feito é a seguinte:
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4:02 - 4:04há uma coisa chamada imageamento por BOLD,
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4:04 - 4:06que é imageamento pelo nível de oxigênio no sangue.
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4:06 - 4:08Quando você está num scanner de fMRI,
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4:08 - 4:10você está num grande imã
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4:10 - 4:12que alinha suas moléculas em certas áreas.
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4:12 - 4:15Quando uma área do cérebro está ativa, ou seja, uma área neural está ativa,
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4:15 - 4:18ela desvia o fluxo de sangue para aquela área.
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4:18 - 4:20Esse fluxo de sangue causa um aumento
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4:20 - 4:22do sangue local para aquela área
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4:22 - 4:25com uma mudança na concentração de deoxihemoglobina.
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4:25 - 4:27A deoxihemoglobina pode ser detectada pelo fMRI,
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4:27 - 4:29enquanto que a oxihemoglobina não.
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4:29 - 4:31Então com esse método de inferência –
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4:31 - 4:33estamos medindo fluxo sanguíneo, não atividade neural –
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4:33 - 4:35dizemos que uma área do cérebro que recebe mais sangue
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4:35 - 4:37estava ativa durante uma tarefa particular.
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4:37 - 4:39E é assim que o fMRI funciona.
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4:39 - 4:41E isso foi usado desde os anos 90
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4:41 - 4:44para estudar processos muito complexos.
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4:44 - 4:46Agora eu vou revisar um estudo que eu fiz,
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4:46 - 4:48que era sobre jazz num scanner de fMRI.
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4:48 - 4:50E isso foi feito junto com um colega meu, Alan Braun, no NIH.
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4:50 - 4:53Esse é um pequeno vídeo de como fizemos esse projeto.
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4:53 - 4:55(Video) Charles Limb: Isso é um teclado de piano MIDI de plástico
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4:55 - 4:57que usamos para os experimentos de jazz.
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4:57 - 4:59E é um teclado de 35 teclas
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4:59 - 5:01que foi projetado para caber dentro do scanner,
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5:01 - 5:03ser magneticamente seguro,
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5:03 - 5:05gerar uma interferência mínima
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5:05 - 5:07que poderia contribuir com algum artefato
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5:07 - 5:10e tem essa almofada para que possa ficar nas pernas do músico
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5:10 - 5:13enquanto está dentro do scanner, tocando deitado de costas.
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5:13 - 5:16E isso funciona assim – na verdade isso não produz som algum.
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5:16 - 5:18Ele emite o que é chamado de sinal MIDI –
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5:18 - 5:20ou interface digital de instrumento de música –
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5:20 - 5:23através desses fios para a caixa e daí para o computador,
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5:23 - 5:26que então aciona amostras de piano de alta qualidade como essa.
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5:26 - 5:29(Música)
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5:32 - 5:52(Música)
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5:54 - 5:56CL: Ok, então isso funciona.
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5:56 - 5:58E assim com esse teclado de piano,
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5:58 - 6:00nós temos agora os meios para tomar o processo musical e estudá-lo.
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6:00 - 6:03Então o que você faz agora que você tem esse teclado maneiro?
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6:03 - 6:05Você não pode tipo – "Que ótimo que temos esse teclado."
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6:05 - 6:07Na verdade nós temos que bolar um experimento científico.
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6:07 - 6:10E o experimento se baseia no seguinte:
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6:11 - 6:14O que acontece no cérebro durante algo que é memorizado e muito aprendido,
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6:14 - 6:16e o que acontece no cérebro durante algo
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6:16 - 6:18que é espontaneamente gerado, ou improvisado,
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6:18 - 6:20de maneira que é pareado motoricamente
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6:20 - 6:23e em termos de características sensório motoras inferiores?
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6:23 - 6:26E assim, eu tenho aqui o que chamamos de paradigmas.
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6:26 - 6:29Há um paradigma de escala, que é apenas tocar uma escala para cima e para baixo, memorizada.
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6:29 - 6:31E depois há improvisos numa escala –
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6:31 - 6:33semínimas, metrônomo, mão direita –
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6:33 - 6:35muito seguro cientificamente,
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6:35 - 6:37mas muito chato musicalmente.
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6:37 - 6:39E daí há um embaixo, que é chamado de paradigma de jazz.
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6:39 - 6:41Então o que fizemos foi trazer músicos profissionais de jazz para o NIH,
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6:41 - 6:44e nós o fizemos memorizar esse trecho de música à esquerda, embaixo –
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6:44 - 6:46que é o que vocês me ouviram tocar –
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6:46 - 6:49e depois o fizemos improvisar as mesmas mudanças de acordes.
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6:49 - 6:51E se você puder clicar naquele ícone de som embaixo à direita,
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6:51 - 6:53isso é um exemplo do que foi registrado no scanner.
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6:53 - 6:58(Música)
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7:21 - 7:23Então no final, não é o ambiente mais natural,
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7:23 - 7:25mas eles são capazes de tocar música de verdade.
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7:25 - 7:27E eu escutei esse solo umas 200 vezes,
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7:27 - 7:29e ainda gosto dele.
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7:29 - 7:31E os músicos, eles estavam confortáveis no final.
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7:31 - 7:33E então medimos o número de notas primeiro.
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7:33 - 7:35Eles estavam só tocando mais notas quando estavam improvisando?
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7:35 - 7:37Não era isso o que estava acontecendo.
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7:37 - 7:39E depois observamos a atividade cerebral.
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7:39 - 7:41Eu vou tentar resumir isso para vocês.
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7:41 - 7:44Esses são mapas de contraste que mostram subtrações
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7:44 - 7:46entre o que muda quando você improvisa
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7:46 - 7:48contra quando você faz algo memorizado.
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7:48 - 7:50Em vermelho é uma área que está ativa no córtex pré-frontal,
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7:50 - 7:52o lobo frontal do cérebro.
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7:52 - 7:54E em azul é a área que estava desativada.
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7:54 - 7:56E assim encontramos essa área focal chamada de
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7:56 - 7:58córtex pré-frontal medial que entrou em atividade.
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7:58 - 8:01Nós temos essa área ampla chamada de córtex pré-frontal lateral
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8:01 - 8:04que diminui de atividade, e vou resumir isso para vocês aqui.
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8:04 - 8:06Essas são as áreas multifuncionais do cérebro.
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8:06 - 8:09Como eu disse, essas não são as áreas de jazz do cérebro.
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8:09 - 8:11Elas fazem um monte de coisas
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8:11 - 8:13que têm a ver com auto-reflexão,
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8:13 - 8:15instrospecção, memória operacional, etc.
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8:15 - 8:18A verdadeira consciência está localizada no lobo frontal.
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8:18 - 8:20Mas nós temos essa combinação
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8:20 - 8:23de uma área que supõe-se estar envolvida no auto-monitoramento desligando,
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8:23 - 8:25e essa área que supõe-se ser autobiográfica,
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8:25 - 8:27ou auto-expressiva, se ligando.
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8:27 - 8:29E pensamos, ao menos nesse esboço –
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8:29 - 8:31é só um estudo. Provavelmente está errado.
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8:31 - 8:33Mas é um estudo.
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8:33 - 8:36Pensamos que no mínimo uma hipótese razoável
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8:36 - 8:38é que, para ser criativo,
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8:38 - 8:40você precisa ter essa dissociação esquisita no lobo frontal.
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8:40 - 8:42Uma área se liga, e uma área grande se desliga,
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8:42 - 8:45de forma que você não é inibido, que você pretende fazer erros,
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8:45 - 8:47de forma que você não está bloqueando
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8:47 - 8:50todos esses novos impulsos geradores.
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8:50 - 8:53Um monte de gente sabe que a música nem sempre é uma atividade solitária –
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8:53 - 8:55algumas vezes é feita de forma comunicativa.
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8:55 - 8:57E a próxima questão foi:
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8:57 - 8:59O que acontece quando músicos estão revezando entre si,
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8:59 - 9:01algo chamado de troca de quadras,
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9:01 - 9:03que é algo que eles fazem normalmente num experimento de jazz?
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9:03 - 9:05Então isso é um jazz blues.
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9:05 - 9:07E eu o separei em quatro grupos de quatro compassos,
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9:07 - 9:09então vocês saberiam como revezariam.
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9:09 - 9:11Agora o que fizemos foi levar um músico ao scanner – do mesmo jeito –
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9:11 - 9:13fazê-lo memorizar essa melodia
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9:13 - 9:15e dispor de outro músico fora da sala de experimento
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9:15 - 9:18revezando interativamente.
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9:18 - 9:20Então esse é um músico, Mike Pope,
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9:20 - 9:23um dos melhores baixistas do mundo e um pianista fantástico.
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9:28 - 9:30Então agora ele está tocando esse trecho
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9:30 - 9:32que acabamos de ver
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9:32 - 9:34um pouco melhor do que eu escrevi.
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9:34 - 9:36(Video) CL: Mike, pode entrar. (Homem: Que a força esteja com você.)
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9:36 - 9:38Enfermeira: Nada em seus bolsos, certo Mike?
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9:38 - 9:41Mike Pope: Não. Nada em meus bolsos. (Enfermeira: Ok.)
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9:50 - 9:52CL: Você precisa ter a atitude certa para aceitar isso.
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9:52 - 9:54(Risos)
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9:54 - 9:56É meio engraçado na verdade.
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9:56 - 9:59E agora estamos tocando e revezando.
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9:59 - 10:02Ele está lá. Você pode ver suas pernas lá.
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10:03 - 10:06E lá estou na sala de controle, tocando sem parar.
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10:06 - 10:09(Música)
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10:18 - 10:21(Video) Mike Pope: Essa é uma ótima representação
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10:21 - 10:23do como ela é.
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10:23 - 10:25E é bom que não esteja muito rápida.
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10:25 - 10:27O fato de tocarmos de novo e de novo
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10:27 - 10:30leva você a se acostumar com o ambiente.
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10:31 - 10:34A coisa mais difícil para mim foi a coisa cinestésica,
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10:34 - 10:36de olhar minhas mãos
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10:36 - 10:38por dois espelhos,
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10:38 - 10:40deitado de costas
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10:40 - 10:42e não poder mexer nada além da minha mão.
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10:42 - 10:44Isso foi desafiador.
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10:44 - 10:46Mas de novo,
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10:46 - 10:49houve momentos, com certeza,
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10:49 - 10:51houve momentos
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10:51 - 10:55de interação verdadeira, honesta mesmo.
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10:55 - 10:57CL: Nesse momento, vou fazer uma pausa.
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10:57 - 10:59E o que vocês estão vendo aqui –
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10:59 - 11:01E estou fazendo um pecado cardinal na ciência,
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11:01 - 11:03que é mostrar seus dados preliminares.
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11:03 - 11:05Isso são os dados de um sujeito.
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11:05 - 11:07Isso são os dados de Mike Pope, na verdade.
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11:07 - 11:09O que estou mostrando a vocês aqui?
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11:09 - 11:12Quando ele estava revezando quadras comigo, improvisando contra o memorizado,
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11:12 - 11:15suas áreas de linguagem se acendem, sua área de Broca,
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11:15 - 11:17que é o giro frontal inferior à esquerda.
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11:17 - 11:19Ele também tem isso homólogo à direita
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11:19 - 11:22Essa uma área que supõe-se estar envolvida na comunicação expressiva.
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11:22 - 11:24A noção de que música é uma linguagem,
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11:24 - 11:27bem talvez haja uma base neurológica para isso afinal,
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11:27 - 11:30e podemos ver isso quando dois músicos estão tendo uma conversa musical.
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11:30 - 11:32E já fizemos isso em oito sujeitos até agora,
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11:32 - 11:34e nós estamos juntando todos os dados.
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11:34 - 11:36Então espero que possamos afirmar isso de forma significativa.
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11:36 - 11:39Quando eu penso sobre improviso e linguagem, o que há a seguir?
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11:39 - 11:41Rap, claro, o rap –
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11:41 - 11:43estilo livre.
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11:43 - 11:45E sempre fui fascinado pelo estilo livre.
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11:45 - 11:47Vamos em frente e passar esse vídeo aqui.
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11:47 - 11:49(Video) Mos Def: ♫ Moreno sou eu, um metro e oitenta sou eu ♫
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11:49 - 11:52♫ Agitando tudo quando estou no pedaço teu ♫
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11:52 - 11:54♫ sinergia de estilo, simetria do coliseu ♫
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11:54 - 11:57♫ Vem e tenta me pegar, me quebrar feito plebeu ♫
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11:57 - 11:59♫ Não é o melhor M.C., me pergunta como estou eu ♫
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11:59 - 12:02♫ Estiloso como o Kennedy, atrasado que nem museu ♫
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12:02 - 12:05♫ Quando falo quando estou, as minas viram um jubileu ♫
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12:05 - 12:07CL: Então há muita analogia
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12:07 - 12:09entre o que acontece no estilo livre de rap e o jazz.
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12:09 - 12:11Há, de fato, vários correlatos entre as duas formas de música
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12:11 - 12:13em épocas diferentes, acho.
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12:13 - 12:15De várias formas, o rap faz a mesma função social
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12:15 - 12:17que o jazz fazia.
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12:17 - 12:19Então como estudar o rap cientificamente?
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12:19 - 12:21E meus colegas achavam que eu era meio louco,
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12:21 - 12:23mas acho que é muito viável.
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12:23 - 12:25Então isso é o que se faz: você faz um artista de estilo livre
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12:25 - 12:27memorizar um rap que você escreveu para ele,
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12:27 - 12:29que ele nunca ouviu antes,
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12:29 - 12:31e depois deixa ele fazer o estilo livre.
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12:31 - 12:33Eu disse aos meus colegas que eu ia fazer um rap no TED,
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12:33 - 12:35e eles disseram: "Não, você não vai."
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12:35 - 12:37E daí eu pensei –
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12:37 - 12:43(Aplausos)
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12:43 - 12:45Mas tem uma coisa.
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12:45 - 12:48Com essa tela grande, todos vocês podem rapear comigo. Ok?
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12:48 - 12:50Então o que fizemos ele fazer
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12:50 - 12:52foi memorizar esse ícone embaixo à esquerda.
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12:52 - 12:55Essa é a condição controle. Isso é o que ele memorizou.
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12:55 - 12:57Computador: ♫ Memória: toque. ♫
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12:57 - 13:00CL: ♫ O 'toque' da batida num sabido repeteco ♫
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13:00 - 13:03♫ Ritmo e rimas me deixam completo ♫
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13:03 - 13:05♫ A subida é sublime quando estou com microfone ♫
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13:05 - 13:08♫ Jogando rimas que te pegam como um rinoceronte ♫
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13:08 - 13:10♫ Eu 'procuro' a verdade nessa eterna busca ♫
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13:10 - 13:13♫ Estou fora da moda, olha só a minha blusa ♫
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13:13 - 13:16♫ Palavras psicóticas em minha cabeça vão brotar ♫
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13:16 - 13:19♫ Sursussam essas letras que só eu posso escutar ♫
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13:19 - 13:21♫ A 'arte' de descobrir o que é isso que flutua ♫
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13:21 - 13:24♫ Dentro da cabeça desses confinados ♫
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13:24 - 13:27♫ Todas essas palavras estão vazando numa enchente ♫
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13:27 - 13:30♫ Preciso de um cientista para abrir a minha mente ♫
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13:30 - 13:39(Aplausos)
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13:39 - 13:42Eu garanto a vocês, isso não vai mais acontecer.
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13:42 - 13:44(Risos)
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13:44 - 13:46Agora, o que é interessante nesses artistas,
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13:46 - 13:48é que eles têm dicas de palavras diferentes.
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13:48 - 13:50Eles não sabem o que vem pela frente, mas eles escutam algo por fora.
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13:50 - 13:52Vá e frente e clique no ícone de som.
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13:52 - 13:55Eles vão ter dicas dessas três palavras: 'tipo', 'nem' e 'cabeça'.
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13:55 - 13:57Ele não sabe o que vem pela frente.
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13:57 - 13:59Artista: ♫ Eu sou um 'tipo' de [inaudível] ♫
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13:59 - 14:02♫ [inaudível] extraterrestre, cena celestial ♫
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14:02 - 14:05♫ Naqueles dias, eu sentava nas pirâmides e meditava ♫
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14:05 - 14:08♫ Com dois microfones flutuando na 'cabeça' ♫
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14:08 - 14:11♫ Veja se ainda posso escutar, soltando o som ♫
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14:11 - 14:13♫ Veja para que você sorri ♫
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14:13 - 14:15♫ Eu ensino as crianças no fundo da classe ♫
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14:15 - 14:18♫ a mensagem do apocalíptico ♫
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14:18 - 14:21♫ Mas 'nem' tudo, porque eu sei que é mítico ♫
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14:21 - 14:23♫ [inaudível] instrumental ♫
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14:23 - 14:26♫ Mixagem tocando Super Mario ♫
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14:26 - 14:30♫ [inaudível] caixas [inaudível] hip hop ♫
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14:30 - 14:32CL: Então novamente, é algo incrível que acontece.
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14:32 - 14:34É algo que, neurologicamente, é notável.
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14:34 - 14:36Se você gosta da música ou não é irrelevante.
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14:36 - 14:38Falar criativamente é apenas uma coisa fenomenal.
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14:38 - 14:41Esse é um pequeno vídeo de como nós fizemos isso no scanner.
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14:41 - 14:44(Risos)
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14:44 - 14:46(Video) CL: Nós estamos aqui com o Emmanuel.
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14:46 - 14:48CL: Isso foi registrado no scanner, por acaso.
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14:48 - 14:50(Video) CL: Esse é o Emmanuel no scanner.
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14:51 - 14:54Ele acabou de memorizar uma rima para nós.
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14:57 - 15:00Emmanuel: ♫ O 'toque' da batida sem repeteco ♫
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15:00 - 15:03♫ Ritmo e rimas me deixam completo ♫
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15:03 - 15:06♫ A subida é sublime quando estou com microfone ♫
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15:06 - 15:08♫ Jogando rimas que te pegam como um rinoceronte ♫
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15:08 - 15:11♫ Eu 'procuro' a verdade nessa eterna busca ♫
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15:11 - 15:14♫ Eu estou na moda, olha só a minha blusa ♫
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15:14 - 15:17CL: Ok. Eu vou parar por aqui. Então o que vemos no seu cérebro?
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15:17 - 15:19Bem, isso são quatro cérebros de rappers.
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15:19 - 15:21E o que vemos, são áreas de linguagem se acendendo,
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15:21 - 15:23mas depois – de olhos fechados –
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15:23 - 15:26quando você está no estilo livre contra a memorização,
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15:26 - 15:28você vê áreas visuais se acendendo.
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15:28 - 15:31Você tem atividade cerebelar, que é envolvida na coordenação motora.
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15:31 - 15:34Você tem atividade cerebral aumentada quando você faz uma tarefa de comparação,
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15:34 - 15:37quando essa tarefa é criativa e a outra é memorizada.
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15:38 - 15:40É muito preliminar, mas eu acho que é super interessante.
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15:40 - 15:43Então só para concluir, nós temos um monte de questões.
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15:43 - 15:46E como eu disse, nós vamos fazer perguntas, não respondê-las.
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15:46 - 15:49Mas queremos chegar na raiz do que é o gênio criativo, neurologicamente.
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15:49 - 15:52E eu acho, com esses métodos, estamos perto de chegar lá.
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15:52 - 15:54E eu acho que nos próximos 10, 20 anos
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15:54 - 15:56vamos ver estudos significativos
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15:56 - 16:00que dirão que a ciência precisa se unir com a arte,
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16:00 - 16:02e talvez nós estamos começando agora a chegar lá.
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16:02 - 16:04E gostaria de agradecer a vocês por seu tempo. Eu gostei disso.
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16:04 - 16:09(Aplausos)
- Title:
- Charles Limb: Seu cérebro no improviso
- Speaker:
- Charles Limb
- Description:
-
O músico e pesquisador Charles Limb se perguntava como o cérebro funciona durante a improvisação musical – então ele colocou jazzistas e rappers num scanner de fMRI (imagem de ressonância magnética funcional) para descobrir. O que ele e sua equipe desvendaram tem implicações profundas na compreensão da criatividade de todos os tipos.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 16:10