hide🌟Accessibility matters for everyone!🌟
Learn with Amara.org about the Best Practices for Creating SDH Subtitles !

< Return to Video

O que podemos aprender com as galáxias muito, muito distantes?

  • 0:01 - 0:04
    Eis algumas imagens de aglomerados de galáxias.
  • 0:04 - 0:06
    Eles são exatamente como parecem.
  • 0:06 - 0:09
    São enormes conjuntos de galáxias,
  • 0:09 - 0:11
    unidas pelas suas gravidades mútuas.
  • 0:11 - 0:14
    Assim, a maior parte dos pontos
    que veem no ecrã
  • 0:14 - 0:16
    não são estrelas individuais
  • 0:16 - 0:19
    mas sim conjuntos de estrelas ou galáxias.
  • 0:19 - 0:21
    Agora, mostrando-vos algumas destas imagens,
  • 0:21 - 0:23
    espero que rapidamente se apercebam de que
  • 0:23 - 0:26
    os aglomerados de galáxias são belos objetos,
  • 0:26 - 0:27
    mas mais do que isso,
  • 0:27 - 0:30
    penso que os aglomerados de galáxias
    são misteriosos,
  • 0:30 - 0:31
    surpreendentes
  • 0:31 - 0:33
    e úteis.
  • 0:33 - 0:36
    Úteis como os maiores laboratórios do universo.
  • 0:36 - 0:40
    E como laboratórios,
    descrever aglomerados de galáxias
  • 0:40 - 0:42
    é descrever as experiências
  • 0:42 - 0:43
    que podemos fazer com eles.
  • 0:43 - 0:46
    E penso que existem quatro tipos principais,
  • 0:46 - 0:48
    e o primeiro tipo que quero descrever
  • 0:48 - 0:50
    é analisar o muito grande.
  • 0:50 - 0:52
    Então, quão grande?
  • 0:52 - 0:56
    Bem, eis a imagem de um
    aglomerado de galáxias em particular.
  • 0:56 - 0:59
    É tão grande que a luz que passa através dele
  • 0:59 - 1:02
    é dobrada, é distorcida
  • 1:02 - 1:05
    pela gravidade extrema deste aglomerado.
  • 1:05 - 1:06
    E na realidade, se olharem atentamente
  • 1:06 - 1:09
    poderão ver anéis à volta deste aglomerado.
  • 1:09 - 1:11
    Para vos dar um número,
  • 1:11 - 1:12
    este aglomerado em específico
  • 1:12 - 1:17
    tem a massa de mil biliões de sóis.
  • 1:17 - 1:20
    É simplesmente impressionante o quão massivos
    estes sistemas podem ser.
  • 1:20 - 1:21
    Mas mais do que a sua massa,
  • 1:21 - 1:23
    eles têm uma característica adicional.
  • 1:23 - 1:26
    São, na sua essência, sistemas isolados,
  • 1:26 - 1:28
    assim, se quisermos, podemos pensar neles
  • 1:28 - 1:31
    como uma versão reduzida de todo o universo.
  • 1:31 - 1:33
    E muitas das questões que possamos ter
  • 1:33 - 1:35
    acerca do universo em grande escala,
  • 1:35 - 1:37
    tais como:
    De que forma funciona a gravidade?
  • 1:37 - 1:40
    podem ser respondidas estudando estes sistemas.
  • 1:40 - 1:41
    Então, esse era muito grande.
  • 1:41 - 1:43
    A segunda coisa é muito quente.
  • 1:43 - 1:46
    Ok, se eu pegar numa imagem de
    um aglomerado de galáxias
  • 1:46 - 1:49
    e lhe retirar toda a luz das estrelas,
  • 1:49 - 1:52
    tudo o que me resta é esta enorme
    mancha azul.
  • 1:52 - 1:53
    Esta é uma cor falsa.
  • 1:53 - 1:56
    Na realidade é luz raio X o que estamos a ver.
  • 1:56 - 1:58
    E a pergunta é, se não são as galáxias,
  • 1:58 - 2:01
    então o que estará a emitir esta luz?
  • 2:01 - 2:02
    A resposta é: gás quente,
  • 2:02 - 2:04
    gás a um milhão de graus —
  • 2:04 - 2:06
    na realidade, é plasma.
  • 2:06 - 2:08
    E a razão pelo qual é tão quente
  • 2:08 - 2:10
    leva-nos ao diapositivo anterior.
  • 2:10 - 2:12
    A gravidade extrema destes sistemas
  • 2:12 - 2:15
    acelera partículas de gás a grandes velocidades
  • 2:15 - 2:18
    e grandes velocidades significam
    altas temperaturas.
  • 2:18 - 2:20
    Isto é a ideia principal,
  • 2:20 - 2:22
    mas a ciência é um rascunho.
  • 2:22 - 2:25
    Existem várias propriedades básicas
    deste plasma
  • 2:25 - 2:26
    que ainda nos confundem,
  • 2:26 - 2:28
    nos intrigam
  • 2:28 - 2:30
    e ainda impelem o nosso conhecimento
  • 2:30 - 2:32
    da física do muito quente.
  • 2:32 - 2:35
    Terceira coisa: analisar o muito pequeno.
  • 2:35 - 2:38
    Para vos explicar isto, preciso de vos contar
  • 2:38 - 2:40
    um facto muito perturbante.
  • 2:40 - 2:43
    A maior parte da matéria do universo
  • 2:43 - 2:45
    não é feito de átomos.
  • 2:45 - 2:47
    Enganaram-vos.
  • 2:47 - 2:50
    A maior parte é feito de algo muito,
    muito misterioso
  • 2:50 - 2:52
    a que chamamos matéria negra.
  • 2:52 - 2:55
    A matéria negra é algo que
    não gosta muito de interagir,
  • 2:55 - 2:57
    exceto através da gravidade
  • 2:57 - 2:59
    e, é claro, gostaríamos de aprender mais
    sobre ela.
  • 2:59 - 3:00
    Se forem um físico de partículas,
  • 3:00 - 3:03
    vão querer saber o que acontece quando fazemos
    chocar coisas umas contra as outras.
  • 3:03 - 3:05
    E a matéria negra não é exceção.
  • 3:05 - 3:06
    Bom, como é que fazemos isso?
  • 3:06 - 3:08
    Para responder a essa questão,
  • 3:08 - 3:09
    vou ter que fazer outra pergunta,
  • 3:09 - 3:12
    que é: O que acontece quando
    aglomerados de galáxias colidem?
  • 3:12 - 3:15
    Eis uma imagem.
  • 3:15 - 3:18
    Uma vez que os aglomerados de galáxias
  • 3:18 - 3:21
    são partes representativas do universo,
    em versão reduzida,
  • 3:21 - 3:23
    são compostos maioritariamente de matéria negra
  • 3:23 - 3:26
    e é isso que veem neste púrpura azulado.
  • 3:26 - 3:27
    O vermelho representa o gás quente
  • 3:27 - 3:29
    e, claro, podem ver muitas galáxias.
  • 3:29 - 3:32
    O que aconteceu é o mesmo que
    num acelerador de partículas
  • 3:32 - 3:34
    porém a muito grande, grande escala.
  • 3:34 - 3:35
    E isto é muito importante
  • 3:35 - 3:37
    porque o que significa é que efeitos
    muito, muito pequenos
  • 3:37 - 3:40
    que dificilmente seriam detetados
    num laboratório,
  • 3:40 - 3:43
    podem ser compostos e recompostos
  • 3:43 - 3:46
    em algo que possivelmente poderemos
    observar na Natureza.
  • 3:46 - 3:48
    Então, é muito divertido.
  • 3:48 - 3:50
    A razão pela qual os aglomerados de galáxias
  • 3:50 - 3:51
    nos podem ensinar acerca da matéria negra,
  • 3:51 - 3:53
    a razão pela qual os aglomerados de galáxias
  • 3:53 - 3:56
    nos podem ensinar acerca da física
    do muito pequeno
  • 3:56 - 3:59
    é precisamente por serem muito grandes.
  • 3:59 - 4:03
    Quarta coisa: a física do muito estranho.
  • 4:03 - 4:06
    Certamente o que disse até agora é de loucos.
  • 4:06 - 4:08
    Ok, se existe algo mais estranho
  • 4:08 - 4:11
    penso que tem que ser a energia negra.
  • 4:11 - 4:12
    Se atirar uma bola ao ar,
  • 4:12 - 4:14
    espero que ela suba.
  • 4:14 - 4:16
    O que não espero é que suba
  • 4:16 - 4:18
    a uma velocidade cada vez maior.
  • 4:18 - 4:21
    Da mesma forma, os cosmólogos compreendem
  • 4:21 - 4:23
    porque é que o universo se está a expandir.
  • 4:23 - 4:25
    O que não percebem é porque ele se expande
  • 4:25 - 4:27
    a uma velocidade cada vez maior.
  • 4:27 - 4:29
    Eles deram à causa desta
  • 4:29 - 4:30
    expansão acelerada um nome,
  • 4:30 - 4:32
    e chamaram-lhe energia negra.
  • 4:32 - 4:35
    E uma vez mais, queremos aprender mais
    acerca disso.
  • 4:35 - 4:37
    Assim, uma pergunta em particular que temos é
  • 4:37 - 4:40
    como é que a energia negra afeta o universo
  • 4:40 - 4:41
    às escalas maiores?
  • 4:41 - 4:43
    Depende do quão forte ela for,
  • 4:43 - 4:46
    talvez a estrutura se forme mais rapidamente
    ou mais lentamente.
  • 4:46 - 4:49
    Bom, o problema da estrutura de larga escala
  • 4:49 - 4:51
    do universo é que é horrivelmente complicada.
  • 4:51 - 4:53
    Eis uma simulação por computador.
  • 4:53 - 4:55
    E precisamos de uma forma de a simplificar.
  • 4:55 - 4:59
    Bem, gosto de pensar nisto como uma analogia.
  • 4:59 - 5:02
    Se quiser compreender o naufrágio do Titanic,
  • 5:02 - 5:03
    a coisa mais importante a fazer
  • 5:03 - 5:05
    não é fazer modelos das posições
  • 5:05 - 5:08
    de todas as pequenas peças do barco
    que se partiram.
  • 5:08 - 5:10
    O mais importante a fazer é
  • 5:10 - 5:12
    localizar as duas grandes partes.
  • 5:12 - 5:16
    Da mesma forma, posso aprender muito
    acerca do universo
  • 5:16 - 5:17
    à maior escala
  • 5:17 - 5:19
    localizando as maiores peças
  • 5:19 - 5:23
    e essas maiores peças são
    os aglomerados de galáxias
  • 5:23 - 5:26
    Então, como cheguei ao final,
  • 5:26 - 5:28
    podem-se estar a sentir um pouco enganados.
  • 5:28 - 5:30
    Quero dizer, comecei a falar acerca
  • 5:30 - 5:32
    de como os aglomerados de galáxias são úteis
  • 5:32 - 5:34
    e dei algumas razões,
  • 5:34 - 5:36
    mas na realidade, qual é a sua utilidade?
  • 5:36 - 5:38
    Bem, para responder a isso
  • 5:38 - 5:41
    tenho que citar Henry Ford
  • 5:41 - 5:42
    quando lhe perguntaram acerca de carros.
  • 5:42 - 5:44
    Ele disse isto:
  • 5:44 - 5:46
    "Se eu tivesse perguntado às pessoas
    o que elas queriam,
  • 5:46 - 5:49
    elas teriam dito cavalos mais rápidos."
  • 5:49 - 5:51
    Hoje, nós como sociedade, enfrentamos
  • 5:51 - 5:54
    muitos, muitos problemas difíceis.
  • 5:54 - 5:57
    E as soluções para esses problemas
    não são óbvias.
  • 5:57 - 6:00
    Não são cavalos mais rápidos.
  • 6:00 - 6:02
    Vão requerer quantidades enormes
  • 6:02 - 6:04
    de criatividade científica.
  • 6:04 - 6:05
    Sim, precisamos de nos focar,
  • 6:05 - 6:07
    sim, precisamos nos concentrar,
  • 6:07 - 6:09
    mas precisamos também de nos lembrar que
  • 6:09 - 6:12
    inovação, criatividade, inspiração —
  • 6:12 - 6:13
    todas essas coisas aparecem
  • 6:13 - 6:15
    quando alargamos o nosso campo de visão,
  • 6:15 - 6:16
    quando recuamos,
  • 6:16 - 6:17
    quando afastamos a imagem.
  • 6:17 - 6:19
    E não consigo encontrar melhor forma de o fazer
  • 6:19 - 6:23
    senão estudando o universo que nos rodeia.
    Obrigado.
  • 6:23 - 6:26
    (Aplausos)
Title:
O que podemos aprender com as galáxias muito, muito distantes?
Speaker:
Henry Lin
Description:

Numa divertida e emocionante palestra, o adolescente Henry Lin olha para algo inesperado no céu: distantes aglomerados de galáxias. Estudando as propriedades das maiores peças do universo, diz o premiado vencedor da Feira de Ciência da Intel, podemos aprender bastante acerca dos mistérios científicos do nosso próprio mundo e da nossa galáxia.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
06:43
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 20, 2014, 10:48 PM
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 20, 2014, 10:48 PM
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 20, 2014, 10:48 PM
Alexandre Rúben Barrocoso Palminha Janeiro accepted Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 20, 2014, 9:40 AM
Alexandre Rúben Barrocoso Palminha Janeiro commented on Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 19, 2014, 9:22 AM
Alexandre Rúben Barrocoso Palminha Janeiro edited Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 19, 2014, 9:22 AM
Artur de Oliveira edited Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 2, 2014, 12:16 AM
Artur de Oliveira edited Portuguese subtitles for What we can learn from galaxies far, far away Mar 1, 2014, 11:41 PM
Show all
  • -million billion, traduz-se em quatrilhão.
    galaxy cluster, será aconselhado traduzir-se em aglomerado de galáxias e não aglomeração de galáxias (penso que aqui estará correcto na tradução de português do Brasil, porém não de Portugal).

    Mar 19, 2014, 9:22 AM

Portuguese subtitles

Revisions

  • Revision 8 Edited (legacy editor)
    Isabel Vaz Belchior Mar 20, 2014, 10:48 PM