Os 4 pilares do sucesso científico na Universidade
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0:01 - 0:05Vou falar sobre o sucesso no meu "campus",
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0:05 - 0:08a Universidade de Maryland,
condado de Baltimore, UMBC, -
0:08 - 0:11a educar estudantes de todos os tipos,
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0:11 - 0:15desde as Artes e Humanidades
até às Ciências às Engenharias. -
0:15 - 0:19O que dá importância à nossa história
-
0:19 - 0:25é que aprendemos tanto
a partir de um grupo de alunos -
0:25 - 0:28que normalmente não ocupam
o topo da escada académica -
0:28 - 0:32— estudantes de cor, sub-representados
nas áreas seleccionadas. -
0:32 - 0:35O que torna a história especialmente única
-
0:35 - 0:39é que aprendemos a ajudar estudantes
afro-americanos, latinos, -
0:39 - 0:41estudantes de classes
de rendimentos baixos, -
0:41 - 0:44a tornar-se dos melhores do mundo
em Ciência e Engenharia. -
0:45 - 0:48Começo com uma história da minha infância.
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0:48 - 0:51Somos todos produto das nossas infâncias.
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0:51 - 0:55É-me difícil acreditar que passaram
50 anos -
0:55 - 1:01desde a minha experiência como um miúdo
do 9.º ano em Birmingham, Alabama, -
1:01 - 1:03um miúdo que adorava tirar Excelentes,
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1:03 - 1:06um miúdo que adorava matemática,
adorava ler, -
1:06 - 1:09um miúdo que dizia ao professor,
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1:09 - 1:12quando o professor dizia à turma:
"Estão aqui 10 problemas", -
1:12 - 1:16este rapaz gorducho dizia:
"Dê-nos mais 10!" -
1:16 - 1:18Toda a turma dizia: "Cala-te, Freeman."
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1:18 - 1:19(Risos)
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1:19 - 1:23E todos os dias escolhiam um
para me dar pontapés. -
1:23 - 1:25Eu fazia sempre a mesma pergunta:
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1:25 - 1:30"Como podemos levar mais miúdos
a gostar de aprender?" -
1:31 - 1:34E surpreendentemente,
uma semana na igreja, -
1:34 - 1:36quando não queria nada lá estar
-
1:36 - 1:41e estava sempre ao fundo da sala sossegado
a resolver problemas de matemática, -
1:41 - 1:43ouvi um homem dizer:
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1:43 - 1:46"Se levarmos as crianças
-
1:46 - 1:52"a participar na demonstração pacífica
aqui em Birmingham, -
1:52 - 1:57"mostraremos aos EUA que até as crianças
sabem a diferença entre certo e errado -
1:57 - 2:02"e que as crianças querem mesmo
receber a melhor educação possível." -
2:02 - 2:04Olhei para cima e perguntei:
"Quem é aquele homem?" -
2:04 - 2:07Disseram que se chamava
Dr. Martin Luther King. -
2:07 - 2:09E eu disse aos meus pais: "Tenho de ir.
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2:09 - 2:10"Quero ir. Quero fazer parte disto."
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2:10 - 2:12Eles responderam: "Claro que não vais."
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2:12 - 2:14(Risos)
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2:14 - 2:16Tivemos uma grande discussão.
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2:16 - 2:19Naquele tempo,
não respondíamos aos nossos pais. -
2:19 - 2:22De qualquer modo, disse-lhes:
"Sabem, vocês são hipócritas. -
2:22 - 2:23"Fazem-me vir aqui. Fazem-me ouvir.
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2:23 - 2:26"O homem quer que eu vá,
e vocês dizem que não." -
2:26 - 2:28Eles pensaram nisso toda a noite.
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2:28 - 2:29De manhã, vieram ao meu quarto.
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2:29 - 2:31Não tinham dormido.
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2:31 - 2:33Estiveram literalmente a chorar.
a rezar e a pensar: -
2:33 - 2:37"Vamos deixar o nosso filhos de 12 anos
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2:37 - 2:41"participar nesta marcha
e provavelmente ser preso?" -
2:41 - 2:43E decidiram fazê-lo.
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2:43 - 2:44Quando vieram dizer-mo,
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2:44 - 2:47primeiro, fiquei exultante.
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2:47 - 2:49Depois, de repente, comecei a pensar
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2:49 - 2:50nos cães e nas mangueiras de incêndio,
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2:50 - 2:53e fiquei com muito medo, fiquei mesmo.
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2:53 - 2:55Uma das coisas que digo sempre às pessoas
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2:55 - 2:58é que, por vezes, quando as pessoas
fazem algo corajoso, -
2:58 - 3:00não significa que são assim tão corajosas.
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3:00 - 3:03Significa apenas que acreditam
ser importante fazê-lo. -
3:03 - 3:05Eu queria uma educação melhor.
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3:05 - 3:08Não queria ter livros usados.
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3:08 - 3:10Queria saber que a escola que frequentava
-
3:10 - 3:14não tinha apenas bons professores,
mas os recursos de que precisávamos. -
3:14 - 3:15Como resultado daquela experiência,
-
3:15 - 3:17a meio da semana,
quando estava na cadeia, -
3:17 - 3:20o Dr. King veio e disse
com os nossos pais: -
3:20 - 3:23"O que vocês, crianças, fazem hoje
-
3:23 - 3:27"terá um impacto nas crianças
ainda por nascer." -
3:27 - 3:32Percebi recentemente que
dois terços dos norte-americanos atuais -
3:32 - 3:36não tinham nascido em 1963.
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3:36 - 3:39Para eles, quando ouvem falar
da Cruzada Infantil em Birmingham, -
3:39 - 3:41de muitas formas, se o vêem na TV,
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3:41 - 3:44é como nós olharmos
para o filme "Lincoln", de 1863: -
3:44 - 3:46É história.
-
3:46 - 3:49A verdadeira questão é:
"Que lição aprendemos?" -
3:49 - 3:51Surpreendentemente, para mim
o mais importante foi isto: -
3:51 - 3:57as crianças podem ser empossadas
da propriedade da sua educação. -
3:57 - 3:59Podem ser ensinadas a ser apaixonadas.
-
3:59 - 4:04a querer aprender e adorar
a ideia de questionar. -
4:04 - 4:07É então especialmente significativo
-
4:07 - 4:09que a universidade que agora lidero,
-
4:09 - 4:11a Universidade de Maryland,
condado de Baltimore, UMBC, -
4:11 - 4:14tenha sido fundada no mesmo ano
-
4:14 - 4:17em que fui para a cadeia
com o Dr. King, em 1963. -
4:17 - 4:22O que tornou aquela instituição
especialmente importante -
4:22 - 4:26é que Maryland é no Sul, como sabem,
-
4:26 - 4:31e, francamente, foi a primeira
universidade do nosso Estado -
4:31 - 4:35fundada num tempo em que estudantes
de todas as raças a podiam frequentar. -
4:35 - 4:38Tínhamos então negros e brancos
e outros que começaram a frequentá-la. -
4:38 - 4:42Foi uma experiência ao longo de 50 anos.
-
4:42 - 4:44A experiência é esta:
-
4:44 - 4:47Será possível ter instituições
no nosso país, -
4:47 - 4:51universidades, em que pessoas
de todos os meios podem entrar e aprender, -
4:51 - 4:54aprender a trabalhar juntas e
aprender a tornar-se líderes -
4:54 - 4:58e a apoiar-se mutuamente
nessa experiência? -
4:58 - 5:03Para mim, o que é especialmente
importante nesta experiência é isto: -
5:03 - 5:05Descobrimos que podíamos fazer muito
-
5:05 - 5:08pelas Artes e Humanidades
e Ciências Sociais. -
5:08 - 5:10Começámos a trabalhar nisso
durante anos, na década de 60 -
5:10 - 5:14e formámos várias personalidades
desde o Direito às Ciências Humanas. -
5:14 - 5:17Formámos grandes artistas.
Beckett é a nossa musa. -
5:17 - 5:18Muitos dos nossos alunos
vão para Teatro. -
5:18 - 5:20É um bom trabalho.
-
5:20 - 5:23O problema que enfrentámos foi o mesmo
que a América continua a enfrentar: -
5:23 - 5:25os estudantes nas Ciências e Engenharias,
-
5:25 - 5:27estudantes negros não estavam a vingar.
-
5:27 - 5:29Mas quando olhei para a informação,
-
5:29 - 5:32o que descobri foi que
os estudantes em geral, -
5:32 - 5:34em grande número
não estavam a conseguir vingar. -
5:34 - 5:36Em resposta a isto,
-
5:36 - 5:39decidimos fazer algo
que ajudaria, primeiramente, -
5:39 - 5:42o grupo de baixo,
os estudantes afro-americanos, -
5:42 - 5:44e depois os estudantes hispânicos.
-
5:44 - 5:48Robert e Jane Meyerhoff, filantropos,
disseram: "Queremos ajudar." -
5:48 - 5:49Robert Meyerhoff perguntou:
-
5:49 - 5:52"Porque é que tudo o que vejo na TV
sobre rapazes negros -
5:52 - 5:54"se não é sobre basquetebol,
não é positivo? -
5:54 - 5:57"Eu queria fazer a diferença,
fazer algo de positivo". -
5:57 - 6:00Conjugámos essas ideias e criámos
o programa de Bolsas Meyerhoff. -
6:00 - 6:02O significativo deste programa
-
6:02 - 6:05é que aprendemos uma série de coisas.
-
6:05 - 6:07E a questão é esta:
-
6:07 - 6:11Como lideramos agora o país
na formação de afro-americanos -
6:11 - 6:15que completam doutoramentos em Ciências,
em Engenharia e em Medicina? -
6:15 - 6:18É importante.
Uma salva de palmas para isto. -
6:18 - 6:20É importante. É mesmo importante.
-
6:20 - 6:22(Aplausos)
-
6:23 - 6:25O que a maioria das pessoas desconhece
-
6:25 - 6:29é que não são apenas as minorias
que não vingam em Ciências e Engenharias. -
6:29 - 6:33Francamente,
falamos dos norte-americanos. -
6:33 - 6:36Se não sabem, enquanto
só 20% dos negros e hispânicos, -
6:36 - 6:39que iniciam um curso
em Ciências e Engenharia, -
6:39 - 6:41se licenciam em Ciências e Engenharias,
-
6:41 - 6:45apenas 32% dos brancos,
que iniciam cursos nestas áreas, -
6:45 - 6:47vingam e se licenciam nestas áreas,
-
6:47 - 6:49e apenas 42% de asiático-americanos.
-
6:49 - 6:51Então, a questão central é:
"Qual é o desafio?" -
6:51 - 6:54Uma parte dele, claro, é o ensino básico.
-
6:54 - 6:56Temos de melhorar o ensino básico.
-
6:56 - 6:57Mas a outra parte tem a ver
-
6:57 - 7:01com a cultura de ciências e engenharias
nos nossos espaços universitários. -
7:01 - 7:04Saibam ou não, grande parte dos estudantes
com altas médias de exame -
7:04 - 7:07e bons currículos pré-universitários,
-
7:07 - 7:10que vão para as mais prestigiadas
universidades nacionais, -
7:10 - 7:14começam em pré-medicina ou pré-engenharia
e engenharia, e acabam por mudar de curso. -
7:14 - 7:16Achamos que a principal razão
-
7:16 - 7:19é que não vingaram no primeiro ano
dos seus cursos científicos. -
7:19 - 7:23Chamamos ao primeiro ano em
Ciência e Engenharia, em toda a América, -
7:23 - 7:25provas de eliminação
ou provas de obstáculos. -
7:25 - 7:27Quem, nesta plateia, conhece alguém
-
7:27 - 7:29que começou em Medicina ou Engenharia
-
7:29 - 7:30e mudou de curso nos primeiros anos?
-
7:30 - 7:32É um problema americano. Metade de vocês.
-
7:32 - 7:34Eu sei. Eu sei. Eu sei.
-
7:34 - 7:35O que é interessante nisto
-
7:35 - 7:38é que muitos estudantes
são inteligentes e conseguem-no. -
7:38 - 7:40Temos de encontrar formas
de fazer isto acontecer. -
7:40 - 7:43Fizemos quatro coisas para ajudar
as minorias estudantis, -
7:43 - 7:45que agora ajudam
os estudantes em geral. -
7:45 - 7:47Número um: altas expectativas.
-
7:47 - 7:51É necessário compreender
a preparação académica de estudantes -
7:51 - 7:53— as suas notas,
o rigor do seu trabalho de curso, -
7:53 - 7:56as suas competências
em testes, a sua atitude, -
7:56 - 7:59o fogo no seu âmago,
a paixão pelo trabalho, para consegui-lo. -
7:59 - 8:01Fazer coisas para ajudar os estudantes
-
8:01 - 8:04a preparar-se para estarem
nessa posição é muito importante. -
8:04 - 8:05Mas igualmente importante
-
8:05 - 8:08é compreender que é o trabalho árduo
que faz a diferença. -
8:08 - 8:11Não interessa se és inteligente
ou se pensas que és inteligente. -
8:11 - 8:14Inteligência significa apenas
que estás pronto para aprender. -
8:14 - 8:17Estás entusiasmado por aprender
e colocar boas questões. -
8:17 - 8:20I. I. Rabi, um Nobel, disse que,
enquanto crescia em Nova Iorque, -
8:20 - 8:23todos os pais dos seus amigos
lhes perguntavam: -
8:23 - 8:26"O que aprendeste na escola?"
no fim do dia. -
8:26 - 8:29Ele disse que a sua mãe judia,
pelo contrário, lhe perguntava: -
8:29 - 8:32"Izzy, colocaste hoje alguma boa questão?"
-
8:32 - 8:35Então, altas expectativas
têm a ver com curiosidade -
8:35 - 8:37e encorajar os jovens a ser curiosos.
-
8:37 - 8:39Como resultado
destas altas expectativas, -
8:39 - 8:42começámos a procurar estudantes
com quem queríamos trabalhar -
8:42 - 8:44para ver como os poderíamos ajudar,
-
8:44 - 8:46não apenas a sobreviver
em Ciência e Engenharia, -
8:46 - 8:49mas a tornar-se os melhores,
a serem excelentes. -
8:49 - 8:51Curiosamente, um exemplo:
-
8:51 - 8:53A um jovem que teve Satisfaz
na sua primeira cadeira -
8:53 - 8:55e queria ir para Medicina, dissemos:
-
8:55 - 8:57"É preciso que repitas a cadeira,
-
8:57 - 9:01"porque precisas de alicerces fortes
se vais passar ao nível superior. -
9:01 - 9:04"Cada alicerce faz a diferença
no nível superior". -
9:04 - 9:05Ele repetiu a cadeira.
-
9:05 - 9:08Esse jovem licenciou-se na UMBC.
-
9:08 - 9:10Foi o primeiro negro
a conseguir licenciar-se -
9:10 - 9:12em Medicina pela
Universidade da Pensilvânia. -
9:12 - 9:14Trabalha agora em Harvard.
-
9:14 - 9:16Bela história.
Uma salva de palmas para ele. -
9:16 - 9:18(Aplausos)
-
9:18 - 9:21Segundo, não é apenas
acerca das classificações. -
9:21 - 9:23As notas são importantes,
mas não o mais importante. -
9:23 - 9:27Uma jovem teve altas classificações,
mas nos testes não tinha notas tão altas. -
9:27 - 9:29Mas tinha um factor muito importante.
-
9:29 - 9:31Nunca faltou a um dia de aulas
no ensino básico. -
9:31 - 9:33Havia fogo no seu âmago.
-
9:33 - 9:37Essa jovem continuou e hoje
é licenciada em Medicina pela Hopkins. -
9:37 - 9:39Está na faculdade,
com cargo provisório em psiquiatria -
9:39 - 9:42e doutoramento em neurociência.
-
9:42 - 9:44Ela e o seu orientador
detêm uma patente. -
9:44 - 9:46num uso secundário do Viagra
para doentes diabéticos. -
9:46 - 9:48Um grande aplauso para ela.
Palmas para ela. -
9:48 - 9:50(Aplausos)
-
9:50 - 9:52Altas expectativas, é muito importante.
-
9:52 - 9:55Segundo, a ideia de construir
uma comunidade entre os alunos. -
9:55 - 9:57Todos sabem que, geralmente,
em ciência e engenharia -
9:58 - 9:59tendemos para o pensamento competitivo.
-
9:59 - 10:02Os estudantes não são ensinados
a trabalhar em grupo. -
10:02 - 10:04E é isso que trabalhamos
com cada grupo -
10:04 - 10:06para os fazer compreender-se
mutuamente, -
10:06 - 10:08para construir confiança
entre eles, apoiando-se, -
10:08 - 10:10aprendendo a colocar boas questões,
-
10:10 - 10:13mas também aprendendo
como explicar conceitos com clareza. -
10:13 - 10:15Como sabem, uma coisa
é alguém merecer Excelente, -
10:15 - 10:18outra coisa é ajudar alguém
a conseguir bons resultados. -
10:18 - 10:21Sentir essa responsabilidade
faz toda a diferença do mundo. -
10:21 - 10:24Então, construir comunidade entre
esses estudantes, é muito importante. -
10:24 - 10:29Terceiro, a ideia de que são necessários
investigadores para formar investigadores. -
10:29 - 10:31Fala-se de artistas que formam artistas
-
10:31 - 10:36ou de pessoas a enveredar pelas ciências
sociais, qualquer que seja a disciplina -
10:36 - 10:39— especialmente na ciência e engenharia,
como nas artes, por exemplo — -
10:39 - 10:42são necessários cientistas
para colocar estudantes a trabalhar. -
10:42 - 10:46Pelo que os nossos estudantes trabalham
regularmente nos laboratórios. -
10:46 - 10:48E um grande exemplo que irão apreciar:
-
10:48 - 10:50Durante uma tempestade de neve
em Baltimore, há alguns anos, -
10:50 - 10:54um rapaz no nosso "campus" com uma
bolsa do Instituto Médico Howard Hughes -
10:54 - 10:58voltou para trabalhar
no laboratório após vários dias. -
10:58 - 11:01Todos os estudantes tinham-se recusado
a deixar o laboratório. -
11:01 - 11:04Tinham comida que haviam embalado.
-
11:04 - 11:05Estavam no laboratório a trabalhar,
-
11:05 - 11:09e viam o trabalho, não como tarefa
escolar, mas como as suas vidas. -
11:09 - 11:11Eles sabiam que estavam a trabalhar
na pesquisa da SIDA. -
11:11 - 11:14Observavam a espantosa configuração
de uma proteína. -
11:14 - 11:18O interessante é como cada um
se focava nesse trabalho. -
11:18 - 11:21Disse ele:
"Não se consegue melhor do que isto." -
11:21 - 11:22E finalmente, se conseguem a comunidade
-
11:22 - 11:26e têm altas expectativas e têm
investigadores a formar investigadores, -
11:26 - 11:29têm de ter pessoas dispostas,
enquanto faculdade, -
11:29 - 11:32a envolver-se com esses alunos,
mesmo na sala de aula. -
11:32 - 11:36Nunca esquecerei um membro da faculdade
que foi ter com funcionários, e disse: -
11:36 - 11:38"Tenho um jovem na aula, um jovem negro,
-
11:38 - 11:40"que não parece entusiasmado
com o trabalho. -
11:40 - 11:42"Não tira notas. Temos de falar com ele."
-
11:42 - 11:46O significativo foi que o membro da
faculdade observava cada estudante -
11:46 - 11:50para compreender quem estava mesmo
envolvido e quem não estava e dizia: -
11:50 - 11:52"Vejamos como posso trabalhar com eles.
-
11:52 - 11:55"Deixem-me conseguir a ajuda
dos funcionários." Era assim a ligação. -
11:55 - 11:57Esse jovem é hoje membro de
Neuroengenharia -
11:57 - 11:59na faculdade de Medicina em Duke.
-
11:59 - 12:01Um grande aplauso para ele por isso.
-
12:01 - 12:02(Aplausos)
-
12:03 - 12:07O significado é que
desenvolvemos este modelo -
12:07 - 12:11que nos está a ajudar não só na avaliação,
mas a perceber o que funciona. -
12:11 - 12:15O que aprendemos foi que tínhamos
de pensar em reestruturar as cadeiras. -
12:15 - 12:17Reestruturámos a Química,
reestruturámos a Física. -
12:17 - 12:21Mas agora estamos a pensar reestruturar
as Ciências Sociais e Humanas. -
12:21 - 12:23Porque muitos alunos
estão aborrecidos na aula. -
12:23 - 12:24Sabiam isso?
-
12:24 - 12:26Muitos alunos, no ensino básico
e nas universidades, -
12:26 - 12:29não querem sentar-se ali
e ouvir alguém falar. -
12:29 - 12:30Têm de ser envolvidos.
-
12:30 - 12:34Então fizemos — se visitarem no nosso
"site" o Centro de Descoberta de Química, -
12:34 - 12:36verão pessoas vindas de todo o país
-
12:36 - 12:39para observarem como
reestruturámos as cadeiras, -
12:39 - 12:42dando ênfase à colaboração,
ao uso de tecnologia, -
12:42 - 12:45usando problemas de fora
das nossas empresas de biotecnologia -
12:45 - 12:47no nosso "campus",
não fornecendo teoria aos alunos, -
12:47 - 12:49antes fazendo-os
debater-se com essa teoria. -
12:49 - 12:53Tem resultado tão bem que em todo
o nosso sistema universitário em Maryland, -
12:53 - 12:55estão a ser reestruturadas
cada vez mais cadeiras. -
12:55 - 12:57É a chamada inovação académica.
-
12:57 - 12:58Qual é o significado de tudo isto?
-
12:58 - 13:01Significa que agora, não apenas
em Ciência e Engenharia, -
13:01 - 13:05temos hoje programas nas Artes,
nas Ciências Sociais e Humanas, -
13:05 - 13:07na formação de professores,
-
13:07 - 13:10particularmente para mulheres,
em Informação e Tecnologia. -
13:10 - 13:14Caso não saibam, houve uma queda de 79%
-
13:14 - 13:18no número de mulheres licenciadas em
Ciência dos Computadores só desde 2000. -
13:18 - 13:21E digo apenas que faremos a diferença
-
13:21 - 13:23construindo comunidade entre os alunos,
-
13:23 - 13:27dizendo às jovens, aos jovens estudantes
das minorias e aos estudantes em geral -
13:27 - 13:28que eles são capazes.
-
13:28 - 13:30E mais importante, dando-lhes
a oportunidade -
13:30 - 13:33de construir essa comunidade com
a faculdade a atraí-los para o trabalho -
13:33 - 13:36e tentando nós perceber
o que resulta e o que não resulta. -
13:36 - 13:40Mais importante,
se um estudante tem autoconfiança, -
13:40 - 13:42é espantoso como os sonhos e os valores
-
13:42 - 13:44podem fazer toda a diferença do mundo.
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13:44 - 13:49Quando era um rapaz de 12 anos
na cadeia em Birmingham, pensava: -
13:49 - 13:51"Pergunto-me como será o meu futuro."
-
13:51 - 13:57Não tinha ideia que era possível
para este rapaz negro em Birmingham -
13:57 - 14:02ser um dia presidente de uma universidade
com estudantes de 150 países, -
14:02 - 14:04onde os estudantes não sobrevivem apenas,
-
14:04 - 14:08mas onde adoram aprender,
onde apreciam ser os melhores, -
14:08 - 14:11onde um dia mudarão o mundo.
-
14:11 - 14:14Disse Aristóteles:
"A excelência nunca é acidental. -
14:14 - 14:20"É o resultado de uma intenção firme,
de esforço sincero e execução inteligente. -
14:20 - 14:24"Representa a opção mais sábia
entre muitas alternativas." -
14:24 - 14:27E disse depois algo
que me põe arrepiado. Disse: -
14:27 - 14:32"A escolha, não a sorte,
determina o nosso destino." -
14:32 - 14:40A escolha, não a sorte, determina
o nosso destino, sonhos e valores. -
14:40 - 14:42Muito obrigado a todos.
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14:42 - 14:45(Aplausos)
- Title:
- Os 4 pilares do sucesso científico na Universidade
- Speaker:
- Freeman Hrabowski
- Description:
-
Aos 12 anos, Freeman Hrabowski marchou com Martin Luther King. É hoje presidente da Universidade de Maryland, condado de Baltimore (UMBC), onde trabalha para criar um ambiente que ajuda estudantes sub-representados — especialmente afro-americanos, latinos e estudantes de classes de rendimentos mais baixos — a conseguir licenciar-se em matemática e ciências. Fala-nos dos quatro pilares da abordagem da UMBC.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:10
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Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science | |
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Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 pillars of college success in science |