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Bactérias que se alimentam de plástico

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    Plástico.
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    Vocês o conhecem e talvez não gostem dele,
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    mas é provável
    que o utilizem todos os dias.
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    Em 2050, pesquisadores estimam
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    que haverá mais plástico
    no oceano do que peixes.
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    Apesar de nossos melhores esforços,
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    apenas 9% de todo o plástico
    que utilizamos acaba sendo reciclado.
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    Ainda pior,
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    o plástico é incrivelmente
    resistente e durável,
  • 0:30 - 0:36
    e pesquisadores estimam que pode levar
    algo em torno de 500 a 5 mil anos
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    para se decompor completamente.
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    Ele libera poluentes químicos prejudiciais
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    em nossos oceanos, nosso solo,
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    nossa comida, nossa água e em nós.
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    Como acabamos com tanto lixo plástico?
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    Bem, é simples.
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    O plástico é barato, durável,
    adaptável e está em toda parte.
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    Mas a boa notícia é
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    que há outra coisa barata, durável,
    adaptável e que está em toda parte.
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    Minha pesquisa mostra
    que isso pode até nos ajudar
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    com nosso problema de poluição plástica.
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    Estou falando de bactérias.
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    Bactérias são seres vivos microscópicos,
    invisíveis a olho nu,
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    que vivem em toda parte,
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    em todos os tipos de ambientes
    diversos e extremos,
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    do intestino humano, ao solo, à pele,
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    às aberturas no leito oceânico,
    atingindo temperaturas de 370 ºC.
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    As bactérias vivem em toda parte,
  • 1:37 - 1:40
    em todos os tipos de ambientes
    diversos e extremos.
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    Como tal, elas têm que ser bastante
    criativas com suas fontes de comida.
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    Há também muitas delas.
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    Pesquisadores estimam que há cerca
    de 5 milhões de trilhões de trilhões,
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    ou seja, o número 5 com 30 zeros
    depois dele, bactérias no planeta.
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    Considerando que nós, seres humanos,
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    produzimos 300 milhões de toneladas
    de plástico novo a cada ano,
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    eu diria que nossa quantidade de plástico
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    pode ser comparada à de bactérias.
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    Depois de perceber isso
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    e aprender todas as maneiras criativas
    como as bactérias encontram alimento,
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    comecei a pensar:
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    "Será que as bactérias,
    em ambientes de poluição plástica,
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    poderiam ter descoberto
    como usar o plástico como alimento?"
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    Essa é a pergunta à qual decidi
    me dedicar há alguns anos.
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    Agora, felizmente para mim,
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    sou de uma das cidades
    mais poluídas dos EUA:
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    Houston, no Texas.
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    (Risos)
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    Só em minha cidade natal,
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    existem sete locais do programa
    Superfund designados pela EPA.
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    São locais tão poluídos
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    que o governo considerou sua limpeza
    como uma prioridade nacional.
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    Decidi percorrer esses locais
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    e coletar amostras de solo
    cheias de bactérias.
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    Comecei a brincar com um protocolo,
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    que é uma forma científica
    sofisticada de chamar uma receita.
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    Eu estava tentando preparar
    um meio livre de carbono,
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    ou um ambiente livre de alimentos,
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    sem os carbonos habituais, ou alimentos,
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    que as bactérias, como nós,
    seres humanos, precisam para viver.
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    Nesse ambiente,
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    eu daria às minhas bactérias
    uma única fonte de carbono ou alimento.
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    Eu as alimentaria
    com polietileno tereftalato,
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    ou plástico PET.
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    O plástico PET é o plástico
    mais amplamente produzido no mundo.
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    É usado em todo tipo
    de recipiente de comida e bebida,
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    cujo exemplo mais famoso
    são as garrafas plásticas de água,
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    que nós, seres humanos,
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    consumimos atualmente a uma taxa
    de 1 milhão por minuto.
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    Basicamente,
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    eu estaria colocando minhas bactérias
    em uma dieta forçada de plástico PET
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    e vendo se algumas delas conseguiriam
    sobreviver ou, com sorte, prosperar.
  • 4:11 - 4:14
    Esse tipo de experimento
    funcionaria como uma peneira
  • 4:14 - 4:18
    para as bactérias que se adaptaram
    ao ambiente de poluição plástica
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    e desenvolveram a capacidade
    fantástica de comer plástico PET.
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    Usando essa peneira,
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    consegui encontrar algumas bactérias
    que haviam feito exatamente isso.
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    Elas haviam descoberto
    como comer plástico PET.
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    Como essas bactérias fazem isso?
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    Na verdade, é bem simples.
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    Assim como nós, seres humanos, digerimos
    carbono ou alimento em pedaços de açúcar
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    que usamos como energia,
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    minhas bactérias também fazem isso.
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    Elas, no entanto, descobriram
    como fazer esse processo de digestão
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    com plástico PET grande,
    resistente e durável.
  • 5:00 - 5:03
    Para fazer isso, minhas bactérias
    usam uma versão especial
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    do que é chamado de enzima.
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    Enzimas são simplesmente compostos
    que existem em todas as coisas vivas.
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    Há muitos tipos diferentes de enzimas,
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    mas, basicamente, elas fazem
    com que os processos avancem,
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    como a digestão de alimentos em energia.
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    Por exemplo, nós, seres humanos
    temos uma enzima chamada amilase,
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    que nos ajuda a digerir
    amidos complexos, como o pão,
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    em pedaços pequenos de açúcar
    que podemos usar como energia.
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    Minhas bactérias têm uma enzima
    especial chamada lipase,
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    que se liga a plástico PET
    grande e durável,
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    e ajuda a quebrá-lo
    em pedaços pequenos de açúcar
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    que elas podem usar como energia.
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    Basicamente,
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    o plástico PET passa de poluente
    grande, resistente e duradouro
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    a refeição saborosa para minhas bactérias.
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    Parece muito legal, não é mesmo?
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    Dado o escopo atual de nosso
    problema de poluição plástica,
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    acho que isso parece bastante útil.
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    As estatísticas que mostrei
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    sobre a quantidade de lixo plástico
    acumulado em nosso planeta
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    são desanimadoras.
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    São assustadoras.
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    Acho que elas destacam
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    que, embora a redução, a reutilização
    e a reciclagem sejam importantes,
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    elas sozinhas não serão suficientes
    para resolver esse problema.
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    É nesse ponto que acredito
    que as bactérias possam nos ajudar.
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    Mas entendo por que o conceito
    de ajuda bacteriana
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    pode deixar algumas pessoas
    um pouco nervosas.
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    Afinal, se o plástico está em toda parte,
    e essas bactérias comem plástico,
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    não há risco de elas saírem
    para o meio ambiente e causarem estragos?
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    A resposta curta é não,
    e vou lhes dizer o porquê.
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    Essas bactérias já estão no meio ambiente.
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    As bactérias de minha pesquisa não são
    monstros geneticamente modificados.
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    São bactérias naturais
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    que simplesmente se adaptaram
    ao ambiente de poluição plástica
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    e desenvolveram a incrível capacidade
    de comer plástico PET.
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    Portanto, o processo de bactérias
    que comem plástico é, na verdade, natural.
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    Mas é um processo incrivelmente lento.
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    Ainda há muito trabalho a ser feito
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    para descobrir como acelerar esse processo
    para uma velocidade útil.
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    Minha pesquisa atualmente
    analisa maneiras de fazer isso
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    por meio de uma série de pré-tratamentos
    com UV, ou ultravioleta,
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    o que significa, basicamente,
    que explodimos plástico PET com luz solar.
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    Fazemos isso porque a luz solar
    age como para amaciar um bife,
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    deixando as ligações grandes,
    resistentes e duráveis do plástico PET
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    um pouco mais macias e fáceis
    para minhas bactérias mastigarem.
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    No final, minha pesquisa espera
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    criar um sistema controlado
    livre de carbono em escala industrial,
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    semelhante a uma pilha de compostagem,
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    em que essas bactérias possam
    prosperar em um sistema controlado,
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    em que a única fonte de alimento delas
    seja lixo plástico PET.
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    Imaginem um dia ser possível
    descartar todo o lixo plástico
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    em uma lata de lixo na calçada
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    com destino a uma instalação dedicada
    de lixo plástico movida a bactérias.
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    Acredito que, com algum trabalho duro,
    esta seja uma realidade alcançável.
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    Bactérias que comem plástico
    não são a cura de todos os problemas.
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    Mas, dadas as estatísticas atuais,
    é claro que nós, seres humanos,
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    poderíamos ter uma pequena
    ajuda com esse problema.
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    Porque temos um problema
    urgente de poluição plástica.
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    E as bactérias podem ser uma parte
    muito importante da solução.
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    Obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Bactérias que se alimentam de plástico
Speaker:
Morgan Vague
Description:

Os seres humanos produzem 300 milhões de toneladas de plástico novo a cada ano. Ainda assim, apesar de nossos melhores esforços, menos de 10% dele acaba sendo reciclado. Existe uma maneira melhor de lidar com todo esse lixo? A microbiologista Morgan Vague estuda as bactérias que, por meio de algumas adaptações criativas, desenvolveram a capacidade inesperada de comer plástico e poderiam nos ajudar a resolver nosso problema crescente de poluição.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
09:13

Portuguese, Brazilian subtitles

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