A genialidade da tabela periódica de Mendeleev - Lou Serico

Veja aula completa: http://ed.ted.com/lessons/the-genius-of-mendeleev-s-periodic-table-lou-serico

Os elementos tinham sido listados e cuidadosamente distribuídos antes de Dmitri Mendeleev. Eles já tinham até sido organizados por propriedades similares antes. Então por que a tabela periódica de Mendeleev é a que permaneceu? Lou Serico explica através do eka-alumínio, um elemento cuja existência Mendeleev previu anos antes que fosse descoberto.
Aula de Lou Serico, animação de TED-Ed.

A tabela periódica é reconhecível instantaneamente.

Não está somente nos laboratórios de química do mundo,

encontra-se em camisetas, canecas de café e cortinas em chuveiros.

Mas a tabela periódica não é apenas outro ícone da moda.

É uma monumento sólido do gênio humano,

junto com o Taj Mahal, a Mona Lisa e a torta de sorvete --

e o criador da tabela, Dmitri Mendeleev, é uma celebridade científica genuína.

Mas por quê? O que há de tão importante sobre ele e sua tabela?

É porque ele fez uma lista compreensível dos elementos conhecidos?

Não, você não ganha destaque no paraíso da ciência só por fazer uma lista.

Além disso, Mendeleev está longe de ser a primeira pessoa a fazer isso.

É porque Mendeleev agrupou os elementos com propriedades similares?

Na verdade não, isso já tinha sido feito também.

Então qual é o gênio de Mendeleev?

Vamos dar uma olhada nas primeiras versões da tabela periódica, por volta de 1870.

Aqui vemos elementos designados pelas suas duas letras símbolo, distribuídos em uma tabela.

Verifique a entrada da terceira coluna, quinta fila.

Há um traço ali.

Desse traço despretencioso brota o brilhantismo de Mendeleev.

O traço é ciência.

Ao colocar esse traço ali, Dmitri estava fazendo uma declaração ousada.

Ele disse -- e estou parafraseando aqui --

Vocês ainda não descobriram esse elemento. Enquanto isso, vou dar-lhe um nome.

Está uma casa distante do alumínio, então o chamaremos de eka-alumínio,

"eka" é sânscrito para um.

Ninguém descobriu o eka-alumínio ainda, então não sabemos nada sobre ele, certo?

Errado! Baseando-me em onde está localizado, posso dizer-lhes tudo sobre ele.

Primeiro, um átomo de eka-alumínio tem o peso atômico 68,

aproximadamente 68 vezes mais pesado que o átomo de hidrogênio.

Quando o eka-alumínio for isolado, vocês verão que é um metal sólido à temperatura ambiente.

É brilhante, conduz calor muito bem,

Pode ser aplanado como uma folha, esticado como um fio de arame,

mas seu ponto de fusão é baixo, Quer dizer, impressionantemente baixo.

Oh, e um centímetro cúbico dele pesará seis gramas.

Mendeleev podia prever todas essas coisas simplesmente a partir de onde estava o espaço não preenchido

e de seu conhecimento sobre como os elementos ao redor se comportavam.

Alguns anos depois dessa previsão,

um francês chamado Paul Emile Lecoq de Boisbaudran

descobriu um novo elemento em amostras de minério

e o chamou de gálio por causa de Gaul, o nome histórico para França.

O gálio está a uma casa de distância do alumínio na tabela periódica.

É o eka-alumínio. Então, as previsões de Mendeleev estavam certas?

O peso atômico do gálio é 69,72.

Um centímetro cúbico dele pesa 5,9 gramas.

É um metal sólido à temperatura ambiente,

mas derrete-se a insignificantes 30 graus Celsius,

85 graus Fahrenheit.

Derrete em sua boca ou sua mão.

Mendeleev não apenas caracterizou completamente o gálio,

ele previu outros elementos que eram desconhecidos à época:

escândio, germânio, rênio.

O elemento que ele chamou de eka-magnésio é agora chamado de tecnécio.

O tecnécio é tão raro que não pôde ser isolado até que foi sintetizado em um ciclotron, em 1937,

quase 70 anos depois que Dmitri previu sua existência,

30 anos depois que ele morreu.

Dmitri morreu sem um Prêmio Nobel, em 1907, mas ele acabou recebendo uma honraria muito mais exclusiva.

Em 1955, os cientistas na UC Berkeley criaram com sucesso 17 átomos de um elemento não descoberto anteriormente.

Esse elemento preenchia um espaço vazio na tabela periódica, com o número 101,

e foi oficialmente chamado de mendelévio, em 1963.

Deve haver mais de 800 ganhadores do Prêmio Nobel,

mas somente 15 cientistas têm um elemento com o próprio nome.

Então, da próxima vez que olhar para uma tabela periódica,

seja na parede da sala de aula de uma universidade ou numa caneca de café de cinco dólares,

Dmitri Mendeleev, o arquiteto da tabela periódica,

estará retribuindo o olhar.