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Hysterical Literature: Session One: Stoya

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    literatura histérica, sessão um
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    Olá, eu sou Stoya.
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    E... hoje estaremos lendo um conto
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    de Necrophilia Variations, de Supervert.
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    Nós estávamos em uma festa, você e eu,
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    na celebração de uma causa há muito esquecida.
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    Havia uma bebedeira desordenada.
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    A festa se arrastou até as horas mais escuras da noite.
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    Alguém trouxe uma câmera de vídeo para filmar a comemoração.
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    Seu namorado estava sentado em uma mesa com outros homens, bebendo.
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    E você estava ao lado dele, com a mão sobre sua coxa.
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    A câmera veio, e encorajou-os a parecerem espertos para a posteridade.
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    Piadas foram feitas. Caras, bocas e gestos obscenos foram direcionados à câmera.
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    Eu estava sobre a mesa.
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    Seu namorado me pegou, colocou sua face dentro da minha, pôs a gominha barata em torno de sua cabeça.
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    Eu e ele fizemos caretas para a câmera juntos.
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    Por um momento, ele era a morte personificada em um homem bêbado.
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    Ou era eu um bêbado ceifador de almas?
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    Você, minha querida, curvou-se
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    e em uma performance para a câmera, colocou sua língua pela minha boca de plástico, dentro da dele.
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    Você estava beijando de língua a personificação da morte.
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    Eu podia sentir seu hálito, compartilhar sua saliva alcoólica.
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    Seus amigos comemoraram.
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    O beijo acabou - mas então, meu amor, você não podia tirar sua língua da minha face.
  • 1:35 - 1:40
    Meus lábios de plástico apertavam-na com força, como uma armadilha chinesa de dedo.
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    Você se encolheu, puxou, tentou uma espécie de choro com a boca aberta.
  • 1:46 - 1:49
    Os homens na mesa riram e brincaram.
  • 1:49 - 1:56
    Finalmente, você conseguiu soltar seu pequeno músculo do amor, mas não sem cortá-lo nas rebarbas afiadas de meus lábios.
  • 1:56 - 2:03
    Depois, a fita de vídeo claramente mostrou o doce sangue em sua língua.
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    Se estivesse sóbria, talvez você tivesse achado isso simbólico.
  • 2:06 - 2:10
    Você pode beijar a esposa de alguém e escapar.
  • 2:10 - 2:15
    Você pode beijar alguém do mesmo sexo sem punição.
  • 2:15 - 2:18
    Você pode dar um beijo incestuoso sem ser pega.
  • 2:18 - 2:22
    Você pode beijar de língua um cachorro, ou trocar carícias com ratos de laboratório.
  • 2:22 - 2:26
    Mas você não pode beijar a morte sem que ela te beije de volta.
  • 2:26 - 2:28
    A morte beija apaixonada.
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    Eu mordo seus lábios, mastigo sua língua,
  • 2:31 - 2:37
    deixo um gostinho de sangue em sua boca como uma predição do que virá.
  • 2:37 - 2:44
    Se eu te beijasse entre as pernas, você veria um pouco de sangue ali também, e pensaria que sua menstruação havia chegado cedo.
  • 2:44 - 2:46
    Mas não seria seu fluxo, amor.
  • 2:46 - 2:54
    Seria sua ruína, a cabeça da morte com seu clitóris na boca.
  • 2:54 - 3:00
    A Morte é louca por você. A Morte te ama. Você me ama também?
  • 3:00 - 3:05
    Não sou carente, mas eu gosto de intimidade - especialmente contigo, querida.
  • 3:05 - 3:09
    Vá em frente. Coloque sua face dentro da minha.
  • 3:09 - 3:13
    Eu gosto de sentir teus lábios quentes dentro de minha inerte máscara.
  • 3:13 - 3:19
    Eu gosto de sentir seus cílios fazendo cócegas em minhas velhas órbitas vazias.
  • 3:19 - 3:25
    Um dia, eu colocarei minha cara dentro da tua, também, e então experimentaremos outra forma de intimidade.
  • 3:25 - 3:32
    Eu estarei dentro de ti, como um amante. Eu te beijarei por dentro, e você vai sentir um calafrio.
  • 3:32 - 3:36
    Você vai sentir seus pêlos ouriçarem em suas coxas, e arrepios em sua espinha.
  • 3:36 - 3:41
    Eu te guiarei à minha despedaçada cama e deitaremos nela aninhados nos braços um do outro,
  • 3:41 - 3:43
    ou pelo menos enquanto você tiver braços.
  • 3:43 - 3:49
    E mesmo então, quando você for mera poeira, eu continuarei verdadeiro.
  • 3:49 - 3:53
    Eu sou a morte, e quando eu te amo, é pra sempre.
  • 3:53 - 3:56
    E por que não me amar de volta?
  • 3:56 - 4:00
    Eu sei que algumas vezes, você fantasia comigo.
  • 4:00 - 4:06
    Você se deita na cama à noite perguntando como e quando eu virei, e como eu me parecerei quando o fizer.
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    Sou um cavaleiro numa armadura brilhante?
  • 4:09 - 4:13
    Um cão flamejante do inferno?
  • 4:13 - 4:18
    Eu me pareço com um vampiro? Com um esqueleto? Com um fantasma?
  • 4:18 - 4:23
    Você me imagina pegando-a em meus braços, abraçando-a, confortando-a.
  • 4:23 - 4:27
    "Calma, calma", eu digo, enxugando suas lágrimas com beijos.
  • 4:27 - 4:36
    "Eu farei essas coisas terríveis irem embora. A vida não será mais um peso pra você. Eu prometo."
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    Eu puxo a cortina para revelar um maravilhoso mundo novo:
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    uma festa, uma revolução, um baile.
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    É uma festa à fantasia, o carnaval, uma festa de Halloween,
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    o Dia de Finados, e é divertido demais dançar nos braços do fim inevitável.
  • 4:56 - 5:02
    A vida é curta! Aproveite o dia! Vá em frente, querida. Vista-me.
  • 5:02 - 5:07
    Finja que sou eu. Veja o mundo pelos meus olhos.
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    Ria. Viva. Ame enquanto pode.
  • 5:11 - 5:14
    Coma, beba, e divirta-se.
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    O que acha que eu faço? Eu sou a morte, e eu rio e me divirto também.
  • 5:21 - 5:26
    Eu danço com esqueletos e faço cálices a partir de alm... caveiras.
  • 5:26 - 5:33
    Beber em um crânio, você deve saber, é muito bom.
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    Quando seu cérebro se for, pode haver substituto mais nobre do que vinho ?
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    Eu sou Stoya, e esse foi...
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    E esse foi Necrophilia Variations, de Supervert.
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    dirigido por clayton cubitt
Title:
Hysterical Literature: Session One: Stoya
Description:

Stoya visits the studio and reads from "Necrophilia Variations" by Supervert. Directed by Clayton Cubitt.

For further background and context, see: http://claytoncubitt.tumblr.com/post/28527147496
Further information on the series: http://claytoncubitt.tumblr.com/tagged/hystericalliterature/chrono

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Video Language:
English
Duration:
06:53
Amara Bot added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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