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As naves espaciais do futuro caberão na algibeira? — Dhonam Pemba

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    Quando imaginamos uma nave espacial,
    provavelmente pensamos numa coisa assim,
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    ou assim... ou talvez assim.
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    O que é que têm todas em comum?
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    Entre outras coisas, são enormes
    porque têm de transportar pessoas,
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    combustível e todo o tipo de mantimentos,
    de instrumentos científicos
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    e, em casos raros, lasers
    destruidores de planetas.
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    Mas na próxima geração, as naves espaciais
    podem ser muito mais pequenas.
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    Estamos a falar dum tamanho
    que caiba nas nossas algibeiras.
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    Imaginem enviar para a galáxia
    um enxame destas micronaves espaciais.
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    Podem explorar estrelas
    e planetas distantes
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    mediante sensores eletrónicos sofisticados
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    que podem medir quase tudo,
    desde a temperatura a raios cósmicos.
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    Podemos enviar milhares delas
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    pelo custo de uma única
    missão espacial de vaivém,
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    aumentando exponencialmente
    a quantidade de dados
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    que podemos reunir sobre o universo.
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    E podemos prescindir deles,
    individualmente,
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    o que significa que podemos enviá-las
    para ambientes demasiado arriscados
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    para uma nave ou uma sonda
    de milhares de milhões de dólares.
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    Já estão a orbitar a Terra
    centenas de pequenas naves espaciais
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    a tirar fotografias do espaço exterior
    e a reunir dados sobre coisas,
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    como o comportamento de bactérias
    na atmosfera da Terra
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    e sinais magnéticos que podem ajudar
    a prever abalos sísmicos.
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    Mas imaginem quanto mais
    podíamos aprender,
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    se elas pudessem voar
    para além da órbita da Terra.
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    É exatamente o que organizações
    como a NASA querem fazer:
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    enviar micronaves espaciais
    para explorar planetas habitáveis
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    e descrever fenómenos astronómicos
    que não podemos estudar da Terra.
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    Mas uma coisa tão pequena
    não pode transportar
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    um motor grande
    ou toneladas de combustível,
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    então, como será a propulsão dessa nave?
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    Para uma micronave espacial,
    precisamos de uma micropropulsão.
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    Numa escala tão pequena,
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    não se aplicam algumas das conhecidas
    regras conhecidas da Física,
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    em especial, a mecânica newtoniana
    quotidiana não funciona.
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    As forças que normalmente
    são negligenciáveis
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    tornam-se poderosas.
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    Essas forças incluem
    a tensão superficial e a ação capilar,
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    os fenómenos que governam
    outras coisas pequenas.
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    Os sistemas de micropropulsão
    podem dominar essas forças
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    para alimentar a nave espacial.
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    Um exemplo de como isso pode funcionar
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    chama-se propulsão "electrospray"
    de microfluidos
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    É um tipo de propulsor de iões
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    o que significa que dispara partículas
    carregadas para gerar impulso.
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    Um modelo desenvolvido no laboratório
    de propulsão a jato da NASA
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    tem apenas uns centímetros de cada lado.
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    Funciona deste modo.
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    Esta placa de metal do tamanho de um selo
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    está cravejada de centenas
    de agulhas fininhas
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    e está forrada com um metal
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    que tem um ponto de fusão baixo,
    como o índio.
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    Uma grelha de metal cobre as agulhas,
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    criando um campo elétrico
    entre a grelha e a placa.
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    Quando a placa é aquecida,
    o índio funde-se
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    e por ação capilar, arrasta
    o metal líquido pelas agulhas acima.
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    O campo elétrico atrai o metal
    fundido para cima
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    enquanto a tensão superficial
    o puxa para baixo,
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    fazendo com que o índio
    se deforme num cone.
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    O pequeno raio das ponta das agulhas
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    permite que o campo elétrico
    vença a tensão superficial
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    e, quando isso acontece,
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    os iões com carga positiva são expulsos
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    a uma velocidade de dezenas
    de quilómetros por segundo.
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    Esse jato de iões impulsiona
    a nave na direção oposta,
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    graças à terceira lei de Newton.
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    Embora cada ião seja
    uma partícula extremamente pequena,
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    a força combinada de muitos deles
    a saírem da nave
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    é suficiente para gerar
    uma aceleração significativa.
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    Contrariamente aos gases do escape
    que impulsionam o motor de um foguetão,
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    este jato é um combustível
    muito mais pequeno e muito mais eficaz,
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    o que o torna mais adequado
    para missões espaciais mais longas.
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    Estes sistemas de micropropulsão
    ainda não foram totalmente testados,
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    mas alguns cientistas pensam
    que nos proporcionarão suficiente impulso
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    para projetar pequenos veículos
    para além da órbita da Terra.
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    Com efeito, estão a prever
    que milhares de micronaves espaciais
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    serão lançadas nos próximos 10 anos,
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    para recolher dados com que hoje
    só podemos sonhar.
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    Isto é ciência de microfoguetões.
Title:
As naves espaciais do futuro caberão na algibeira? — Dhonam Pemba
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/will-future-spaceships-fit-in-our-pockets-dhonam-pemba

Quando imaginamos um foguetão, podemos imaginar uma gigantesca nave transportando muito combustível, pessoas e abastecimentos. Mas e se, na próxima vaga de naves espaciais, elas forem suficientemente pequenas para caber na algibeira? Dhonam Pemba pormenoriza o futuro das micronaves espaciais e como os cientistas da NASA esperam usar a micropropulsão para lançar estas minúsculas naves para além da órbita da Terra.

Lição de Dhonam Pemba, animação de Qa'ed Mai.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:37

Portuguese subtitles

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