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Samadhi Part 2 (It's Not What You Think)

  • 0:51 - 0:57
    Os maiores mestres espirituais do mundo
    da antiguidade aos tempos modernos têm compartilhado
  • 0:57 - 1:02
    a visão de que a verdade mais profunda do nosso ser não é propriedade de uma
  • 1:02 - 1:07
    religião particular ou
    tradição espiritual, mas pode ser encontrada dentro do
  • 1:07 - 1:10
    coração de cada pessoa.
  • 1:21 - 1:29
    O poeta Rumi disse: "Onde está aquela Lua que nunca nasce ou se põe?" Onde está a
  • 1:29 - 1:37
    alma que nem conosco nem sem nós está?
    Não diga que está aqui ou ali.
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    Toda criação é "Isso", mas para os olhos que podem ver.
  • 2:50 - 2:55
    Na história da Torre de Babel
    a humanidade é fragmentada em incontáveis
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    línguas, crenças, culturas e interesses.
    Babel significa literalmente "o portão de Deus".
  • 3:04 - 3:16
    O portão é a nossa mente pensante, nossas
    estruturas condicionadas. Para aqueles que
  • 3:16 - 3:22
    percebem sua verdadeira natureza, sua
    essência além de nome e forma, eles são
  • 3:22 - 3:28
    iniciados no grande mistério do que
    está para além do portão.
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    Uma antiga parábola, a parábola do elefante
    tem sido usada para descrever como várias
  • 3:43 - 3:50
    tradições estão, na verdade, todas apontando para
    uma mesma grande verdade. Cada pessoa de um grupo de pessoas cegas
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    está individualmente tocando uma parte diferente de um
    elefante, obtendo uma certa impressão
  • 3:56 - 4:04
    do que é um elefante. A que está
    na perna do elefante descreve o
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    elefante como uma árvore. A pessoa
    na cauda diz que o elefante é como uma
  • 4:11 - 4:20
    corda. O elefante é como uma lança, diz o que está deparando-se com a presa. Se alguém
  • 4:20 - 4:26
    tocar-lhe a orelha, parecerá que o elefante é
    como um leque
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    A pessoa que toca o dorso afirma
    que o elefante é como uma parede.
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    O problema é que tocamos nossa parte do
    elefante e acreditamos que nossa experiência
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    é a única verdade. Não reconhecemos
    ou percebemos que a experiência
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    de cada pessoa é uma faceta diferente do
    mesmo animal.
  • 5:17 - 5:22
    A filosofia perene é um
    entendimento de que todas as tradições espirituais e
  • 5:22 - 5:29
    religiosas compartilham uma única
    verdade universal. Uma realidade mística ou
  • 5:29 - 5:35
    transcendente sobre a qual todo conhecimento espiritual e
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    doutrina cresceram e foram originados.
  • 5:46 - 5:52
    Swami Vivekananda resumiu o
    ensinamento perene quando disse "o fim
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    de todas as religiões é a percepção de Deus
    na alma. Eis a única religião universal ".
  • 6:00 - 6:08
    Neste filme, quando usamos a
    palavra Deus é simplesmente uma metáfora para o
  • 6:08 - 6:16
    transcendente, apontando para o grande
    mistério além da mente egoica limitada.
  • 6:16 - 6:24
    Entender o verdadeiro "eu" ou o "Eu" imanente operando internamente
    é perceber a natureza divina no próprio ser.
  • 6:24 - 6:31
    Toda alma tem o potencial de manifestar um novo nível superior de consciência. Despertar
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    de seu sono e de sua identificação
    com a forma.
  • 7:04 - 7:11
    O escritor e visionário Aldous Huxley,
    conhecido por sua obra "Admirável Mundo Novo",
  • 7:11 - 7:16
    também escreveu um livro intitulado "A
    Filosofia Perene", no qual ele escreve
  • 7:16 - 7:22
    sobre o ensinamento que volta recorrentemente na história, tomando a forma
  • 7:22 - 7:29
    da cultura na qual é realizado.
    Ele escreve: "A filosofia perene é
  • 7:29 - 7:36
    expressada mais sucintamente na
    fórmula sânscrita "Tat Tvam Asi"; "Isso és tu."
  • 7:36 - 7:45
    O Atman ou eterno eu imanente é
    um com Brâman, o princípio absoluto
  • 7:45 - 7:51
    de toda existência,
    e o fim último de todo ser humano é
  • 7:51 - 8:00
    descobrir o fato por si mesmo. Descobrir
    quem ele ou ela realmente é.
  • 8:06 - 8:13
    Cada tradição é como uma faceta de uma
    joia refletindo uma perspectiva única da
  • 8:13 - 8:20
    mesma verdade, enquanto ao mesmo tempo
    ecoa e ilumina uma a outra.
  • 8:20 - 8:26
    Seja qual for a linguagem e estrutura conceitual
    utilizada, todas as religiões que
  • 8:26 - 8:31
    refletem o ensinamento perene possuem alguma
    noção de que existe uma união com
  • 8:31 - 8:36
    algo maior, algo além de nós.
  • 9:09 - 9:15
    É possível aprender e
    integrar os ensinamentos de uma ou muitas
  • 9:15 - 9:23
    fontes sem incorporar um senso de identificação com elas. Dizem que tudo o que é verdadeiro nos
  • 9:23 - 9:29
    ensinamentos espirituais são simplesmente dedos
    apontando para a verdade transcendente. Se nós
  • 9:29 - 9:35
    nos apegarmos ao dogma, os ensinamentos
    confortantes, ficaremos atrofiados em nossa
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    evolução espiritual. Perceber a verdade
    além de qualquer conceito é soltar-se de todo
  • 9:43 - 9:51
    apego e adesão, deixando ir
    todos os conceitos religiosos.
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    Do ponto de vista do ego, o dedo
    apontando você à Samadhi está apontando
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    direto para o abismo.
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    São João da Cruz disse "Se
    desejas ter certeza do caminho a seguir,
  • 10:12 - 10:18
    será preciso fechar os olhos e caminhar no escuro."
  • 10:28 - 10:39
    "Viver plenamente é estar sempre na terra de ninguém..."
  • 10:41 - 10:49
    ...e estar disposto a morrer repetidamente."
  • 10:51 - 10:56
    Samadhi começa com um salto para o
    desconhecido.
  • 11:08 - 11:14
    Nas antigas tradições, a fim de
    realizar Samadhi foi dito que
  • 11:14 - 11:20
    deve-se, em última análise, afastar a consciência
    de todos os objetos conhecidos; de todos os
  • 11:20 - 11:28
    fenômenos externos, pensamentos condicionados e
    sensações, em direção à própria consciência.
  • 11:28 - 11:37
    Para a fonte interna; o coração ou
    essência do nosso ser. Neste filme, quando
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    usamos a palavra Samadhi estamos apontando
    para o transcendente. Para o mais alto
  • 11:42 - 11:48
    Samadhi que foi nomeado Nirvikalpa
    Samadhi.
  • 11:53 - 11:59
    Em Nirvikalpa Samadhi há uma
    cessação da auto-atividade, de todo
  • 11:59 - 12:06
    buscar e agir. Nós só podemos falar
    sobre o que decai quando nos aproximamos dele
  • 12:06 - 12:13
    e o que reaparece quando voltamos dele. Não há percepção nem
  • 12:13 - 12:21
    não percepção, nem "coisa" nem "coisa nenhuma",
    nem consciência nem
  • 12:21 - 12:34
    inconsciência. É absoluto,
    insondável e inescrutável para a mente.
  • 12:34 - 12:40
    Quando o eu retorna à atividade
    há um não saber; uma espécie de renascimento
  • 12:40 - 12:46
    e tudo se torna novo de novo. Nós ficamos com o perfume do divino,
  • 12:46 - 12:54
    que perdura mais enquanto evoluimos
    no caminho.
  • 13:02 - 13:07
    Existem numerosos tipos de Samadhi descrito nas tradições antigas e
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    a linguagem criou muita confusão com o passar dos anos. Estamos escolhendo usar a
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    palavra Samadhi para apontar para a
    união transcendente, mas poderíamos ter
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    usado uma palavra de outra tradição tão apropriadamente quanto. Samadhi é um antigo termo sânscrito
  • 13:25 - 13:31
    comum ao yoga védico e
    tradições Samkya da Índia, e tem
  • 13:31 - 13:38
    permeado muitas outras tradições espirituais. Samadhi é o oitavo membro do
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    oito membros do yoga de Patanjali,
    e a oitava
  • 13:42 - 13:50
    parte do Nobre Caminho Óctuplo do Buda. O Buda usou a palavra "Nirvana",
  • 13:50 - 13:58
    a cessação de "vana" ou a cessação
    de auto-atividade.
  • 13:58 - 14:07
    Patanjali descreveu yoga ou Samadhi como
    "chitta vritti nirodha", o sânscrito
  • 14:07 - 14:16
    significa "cessação do turbilhão ou
    espiral da mente. "É um desenredamento da
  • 14:16 - 14:48
    consciência de toda a "matrix" ou
    "criatrix" da mente.
  • 14:50 - 14:56
    Samadhi não significa nenhum conceito
    porque para percebê-lo é necessario
  • 14:56 - 15:01
    um abandono da mente conceitual.
  • 15:02 - 15:09
    Diferentes religiões usaram várias
    palavras para descrever a união divina.
  • 15:09 - 15:17
    Na verdade, a palavra religião em si significa
    algo similar. Em latim "religare"
  • 15:17 - 15:24
    significa religar ou reconectar. É um
    significado semelhante à palavra yoga que
  • 15:24 - 15:34
    significa laço a unir o mundano com
    o transcendente. No islamismo é
  • 15:34 - 15:39
    refletido no antigo significado árabe
    da palavra Islã em si, o que significa
  • 15:39 - 15:47
    submissão ou súplica a Deus. Isto
    significa uma humilhação total ou rendição
  • 15:47 - 15:53
    da estrutura do eu.
  • 15:53 - 16:03
    Místicos cristãos como São Francisco
    de Assis Santa Teresa de Ávila e
  • 16:03 - 16:10
    São João da Cruz descrevem uma
    união divina com Deus - o reino de Deus
  • 16:10 - 16:20
    interior. No Evangelho de Tomé, Cristo
    disse "o reino não está aqui ou ali.
  • 16:20 - 16:26
    Pelo contrário, o reino do Pai está
    espalhado sobre a terra e os homens não
  • 16:26 - 16:35
    o vêem. "As obras dos filósofos gregos Platão, Plotino, Parmênides
  • 16:35 - 16:41
    e Heráclito quando vistas através da luz do ensinamento perene apontam
  • 16:41 - 16:51
    para a mesma sabedoria. Plotino ensina que o maior empreendimento humano é
  • 16:51 - 16:57
    guiar a alma humana para o supremo
    estado de perfeição e união
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    com o Uno.
  • 17:03 - 17:11
    A medicina Lakota e o santo Alce Negro disseram: "A primeira paz, que é a
  • 17:11 - 17:16
    mais importante, é a que vem
    dentro das almas dos homens quando eles
  • 17:16 - 17:22
    percebem seu relacionamento, sua unicidade
    com o universo e todos os seus poderes. E
  • 17:22 - 17:28
    quando eles percebem que no centro de
    o universo habita o Grande Espírito e
  • 17:28 - 17:36
    que este Centro está realmente em todo lugar. Isto
    está dentro de cada um de nós.
  • 17:59 - 18:04
    No caminho para o despertar, a menos que estejamos em Samadhi
  • 18:04 - 18:11
    há sempre duas polaridades, duas
    entradas para adentrar. Duas dimensões:
  • 18:11 - 18:20
    uma em direção à consciência pura, a outra em direção ao mundo fenomenal. A direção ascendente
  • 18:20 - 18:26
    encontra-se em direção ao absoluto, e
    a descendente em direção a Maya e tudo
  • 18:26 - 18:33
    que se manifesta, tanto visível como invisível.
    A relação entre relativo e
  • 18:33 - 18:37
    absoluto poderia ser resumida na
    seguinte citação de Sri Nisargadatta
  • 18:37 - 18:47
    Maharaj: "Sabedoria é saber que eu sou nada,
    amor é saber que eu sou tudo e
  • 18:47 - 18:54
    entre os dois a minha vida se move ".
  • 18:54 - 19:01
    O que nasce desta união é uma nova
    consciência divina. Algo nascido
  • 19:01 - 19:07
    fora do casamento ou união destas
    polaridades ou o colapso da identificação
  • 19:07 - 19:17
    dualista, mas o que nasce não é uma
    coisa — isso nunca nasceu.
  • 19:19 - 19:25
    Flores de consciência criando algo
    novo, criando o que você poderia chamar de
  • 19:25 - 19:28
    Trindade perene.
  • 19:29 - 19:35
    Deus, o Pai, o transcendente,
    incognoscível e imutável, une-se ao
  • 19:35 - 19:44
    Sagrado Feminino, o qual é tudo aquilo
    que muda. Esta união traz uma
  • 19:44 - 19:50
    transformação alquímica; um tipo de
    morte e renascimento.
  • 19:52 - 19:58
    Nos ensinamentos védicos, a união divina
    é representada por duas forças fundamentais
  • 19:58 - 20:06
    Shiva e Shakti. Os nomes e rostos de
    os vários deuses mudam ao longo
  • 20:06 - 20:14
    da história, mas seus atributos fundamentais
    permanecem. O que nasce desta união é
  • 20:14 - 20:23
    uma nova consciência divina, um novo modo de
    estar no mundo. Duas polaridades
  • 20:23 - 20:31
    inseparavelmente unidas. Uma energia universal que
    está sem centro, livre de limitações.
  • 20:31 - 20:35
    É amor puro.
    Não há nada a ganhar ou perder
  • 20:35 - 20:51
    porque é completamente vazia, mas
    absolutamente cheia.
  • 20:51 - 20:57
    Se esse é o mistério das escolas da
    Mesopotâmia, das tradições espirituais dos
  • 20:57 - 21:02
    babilônios e assírios, religiões
    do antigo Egito,
  • 21:02 - 21:08
    Culturas núbia e kemética da antiga
    África, as tradições xamânicas
  • 21:08 - 21:15
    e nativas em todo o mundo, o
    misticismo da Grécia antiga, os gnósticos,
  • 21:15 - 21:30
    os não-dualistas, budistas, taoístas, judeus, zoroastrianos, jainistas, muçulmanos,
  • 21:30 - 21:37
    ou cristãos, descobre-se que o elo comum é a mais elevada percepção espiritual
  • 21:37 - 21:44
    que permitiu aos seus adeptos realizar Sámadi.
  • 21:45 - 21:52
    A vigente palavra Samadhi significa algo como perceber a unicidade ou unidade
  • 21:52 - 22:00
    em todas as coisas.
    Isso significa União. É a união de todos os aspectos
  • 22:00 - 22:08
    de você mesmo. Mas não se engane entre a compreensão intelectual da
  • 22:08 - 22:16
    Realização real de Samadhi. É a sua
    quietude, seu vazio que une todos os
  • 22:16 - 22:46
    níveis da espiral da vida
  • 22:55 - 23:00
    É através do antigo ensinamento de
    Samadhi que a humanidade pode começar a
  • 23:00 - 23:05
    entender a fonte comum de todas as
    religiões e entrar em alinhamento uma vez
  • 23:05 - 23:13
    novamente com a espiral da vida, Grande
    Espírito, Dhamma ou o Tao.
  • 23:14 - 23:21
    A espiral é a ponte que se estende
    do microcosmo ao macrocosmo.
  • 23:23 - 23:31
    Do seu DNA ao lótus interno de
    energia que se estende através dos chakras,
  • 23:31 - 23:36
    para os braços espirais das galáxias.
  • 23:36 - 23:43
    Todo nível de alma é expresso através
    da espiral como ramos em constante evolução,
  • 23:43 - 23:51
    vivendo, explorando.
    O Verdadeiro Samadhi é a percepção do vazio
  • 23:51 - 24:00
    de todos os níveis do eu. Todas as bainhas da
    alma. A espiral é o interminável jogo de
  • 24:00 - 24:06
    dualidade e o ciclo de vida e morte.
  • 24:08 - 24:18
    Às vezes nos esquecemos de nossa conexão com a
    fonte.
  • 24:20 - 24:28
    A lente que olhamos é muito pequena
    e nos identificamos como uma
  • 24:28 - 24:34
    criatura limitada rastejando sobre a Terra, apenas para
    mais uma vez completar a viagem de volta para
  • 24:34 - 24:36
    a fonte;
  • 24:38 - 24:46
    para o centro que está em todo lugar.
  • 24:48 - 24:55
    Chuang Tzu disse "Quando não há mais
    separação entre isto e aquilo,
  • 24:55 - 25:02
    eis o chamado ponto seguro do Tao. No
    ponto seguro no centro da espiral
  • 25:02 - 25:10
    é possível ver o infinito em todas as coisas ".
  • 25:14 - 25:23
    O antigo mantra "om mani padme hum" tem um significado poético. Alguém despertou ou
  • 25:23 - 25:31
    percebeu a joia dentro do lótus. Sua
    verdadeira natureza desperta dentro da alma
  • 25:31 - 25:37
    dentro do mundo COMO o mundo.
  • 25:50 - 25:58
    Usando o princípio hermético "O que está em cima é como o que está em baixo. O que está dentro é como o que está fora", podemos usar
  • 25:58 - 26:03
    analogias para começar a entender a
    relação entre mente e quietude,
  • 26:03 - 26:07
    relativo e absoluto.
  • 26:13 - 26:19
    Uma maneira de começar a entender a
    natureza não conceitual de Samadhi é
  • 26:19 - 26:25
    usar a analogia do buraco negro.
  • 26:25 - 26:31
    Um buraco negro é tradicionalmente descrito
    como uma região do espaço com um enorme
  • 26:31 - 26:37
    campo gravitacional tão poderoso que nem a
    luz ou matéria pode escapar dele. Novas teorias
  • 26:37 - 26:43
    postulam que todos os objetos, das
    minúsculas partículas microscópicas até
  • 26:43 - 26:48
    formações macrocósmicas como galáxias
    possuem um buraco negro ou
  • 26:48 - 26:55
    singularidade misteriosa em seu centro. Nesta
    analogia nós vamos usar esta nova
  • 26:55 - 27:02
    definição de um buraco negro como "o centro
    que está em toda parte ".
  • 27:07 - 27:14
    No Zen existem muitos poemas e koans
    que nos trazem cara a cara com o
  • 27:14 - 27:24
    portal sem porta. É preciso atravessar o portal sem porta para realizar Samadhi.
  • 27:24 - 27:30
    Um horizonte de eventos é um limite no
    espaço-tempo, para além do qual os eventos não podem
  • 27:30 - 27:36
    afetar um observador externo, o que significa que tudo o que está acontecendo além do
  • 27:36 - 27:43
    horizonte de eventos é incognoscível para você. Você
    poderia dizer que o horizonte de eventos de um
  • 27:43 - 27:50
    buraco negro é análogo ao portal sem porta. É o limiar entre o
  • 27:50 - 28:01
    eu e não-eu. Não há "eu" que
    atravessa o horizonte de eventos.
  • 28:01 - 28:07
    No centro de um buraco negro há a
    singularidade unidimensional contendo
  • 28:07 - 28:14
    a massa de bilhões de sóis em um
    espaço inimaginavelmente pequeno. Efetivamente uma
  • 28:14 - 28:20
    massa infinita. Literalmente um universo em
    algo infinitamente menor que um
  • 28:20 - 28:27
    grão de areia. A singularidade é
    algo insondável além do tempo e
  • 28:27 - 28:35
    espaço. De acordo com a Física, o movimento é
    impossível, a existência das coisas é
  • 28:35 - 28:41
    impossível.
    Seja o que for, não pertence ao
  • 28:41 - 28:46
    mundo da percepção, mas não pode ser
    descrito como apenas quietude.
  • 28:46 - 28:54
    Está além da quietude e do movimento. Quando
    você percebe o centro que está
  • 28:54 - 29:01
    em todos os lugares e em nenhum lugar,
    a dualidade é quebrada, forma e vazio
  • 29:01 - 29:06
    temporal e intemporal.
  • 29:06 - 29:13
    Podemos dizer que é uma quietude dinâmica ou
    um vazio prenhe, dentro do centro
  • 29:13 - 29:22
    da escuridão absoluta. O professor taoísta
    Lao Tse disse
  • 29:22 - 29:30
    "Escuridão dentro da escuridão — a porta de entrada para todo entendimento ".
  • 29:39 - 29:45
    O escritor e mitólogo Joseph Campbell descreve um recorrente
  • 29:45 - 29:52
    símbolo, parte da filosofia perene
    que ele chama de Axis Mundi; o
  • 29:52 - 29:57
    ponto central ou a montanha mais alta.
    O pólo
  • 29:57 - 30:03
    em torno do qual tudo gira. O ponto
    onde quietude e movimento são
  • 30:03 - 30:12
    unificados. A partir deste centro uma poderosa
    árvore florida é percebida. Uma árvore Bodhi
  • 30:12 - 30:25
    que une todos os mundos. Assim como um sol é
    sugado por um buraco negro, quando você
  • 30:25 - 30:31
    aproximar-se da grande realidade, sua vida
    começa a girar em torno dela e você
  • 30:31 - 30:35
    começa a desaparecer.
  • 30:39 - 30:46
    Quando você se aproxima do eu imanente, ele pode
    ser aterrorizante para a estrutura do ego.
  • 30:46 - 30:53
    Os guardiões do portal estão lá para testar
    aqueles que estão em sua jornada.
  • 30:53 - 30:59
    É preciso estar disposto a encarar os
    maiores medos e ao mesmo tempo
  • 30:59 - 31:08
    aceitar o poder inerente. Trazer
    luz para os terrores inconscientes e a
  • 31:08 - 31:20
    beleza escondida no interior. Se sua mente não é
    movida, se não houver auto-reação, então
  • 31:20 - 31:26
    todos os fenômenos produzidos pelo
    inconsciente surgem e desaparecem.
  • 31:26 - 31:33
    Este é o ponto da jornada espiritual
    onde a fé é mais necessária. O que nós
  • 31:33 - 31:42
    significamos por fé? Fé não é o mesmo que
    crença. Crença é aceitar algo
  • 31:42 - 31:49
    ao nível da mente para trazer conforto e segurança. Crença é o modo de pensar da mente,
  • 31:49 - 31:57
    rotulando ou controlando a experiência. Fé é na verdade o oposto. Fé é
  • 31:57 - 32:03
    ficar no lugar de completo não
    saber, aceitando o que quer que surja
  • 32:03 - 32:10
    ao inconsciente. A fé está se rendendo a
    a atração da singularidade, para o
  • 32:10 - 32:27
    dissolvimento ou desmantelamento do eu com o objetivo de atravessar o portal sem porta.
  • 32:28 - 32:35
    A evolução e estrutura de uma galáxia
    está intimamente ligada à escala de seu
  • 32:35 - 32:40
    buraco negro assim como sua evolução é
    atada à presença do imanente
  • 32:40 - 32:47
    Eu, a singularidade que é sua verdadeira natureza.
  • 32:48 - 32:53
    Não podemos ver o buraco negro, mas podemos
    sabe sobre ele pela maneira como as coisas se movem
  • 32:53 - 33:01
    em torno dele, pela forma como ele interage com
    realidade física. Da mesma forma nós
  • 33:01 - 33:09
    não podemos ver nossa verdadeira natureza. O imanente eu não é uma coisa, mas podemos observar
  • 33:09 - 33:17
    ação iluminada. Como o mestre zen
    Suzuki disse: "Não há, estritamente falando,
  • 33:17 - 33:26
    nenhuma pessoa iluminada. Existe apenas atividade iluminada ".
  • 33:26 - 33:34
    Não podemos ver, assim como o olho não pode ver a si mesmo. Não podemos ver porque é
  • 33:34 - 33:41
    aquilo pelo qual ver é possível. Tal como
    o buraco negro, Samadhi não é
  • 33:41 - 33:48
    coisa nenhuma, e nem é uma coisa.
    É o colapso da dualidade entre
  • 33:48 - 33:57
    coisa e coisa nenhuma. Não há portão para entrar na grande realidade,
  • 33:57 - 34:05
    mas existem caminhos infinitos. Os caminhos do Darma são como uma espiral infinita
  • 34:05 - 34:13
    sem começo nem fim. Ninguém pode
    atravessar o portal sem porta. Nenhuma mente
  • 34:13 - 34:23
    descobriu como e ninguém nunca descobrirá.
    Ninguém pode atravessar pelo portal sem porta,
  • 34:23 - 34:29
    portanto seja ninguém.
  • 34:44 - 34:53
    Samadhi é o caminho sem caminho, a
    chave de ouro. É o fim da nossa identificação
  • 34:53 - 35:15
    com as estruturas do eu que separam
    nossos mundos interno e externo.
  • 35:15 - 35:20
    Existem muitos modelos que descrevem as camadas ou níveis da
  • 35:20 - 35:28
    estrutura do eu. Nós vamos usar um
    exemplo que é muito antigo. Nos
  • 35:28 - 35:36
    Upanishads, as bainhas que cobrem o
    Atman ou alma são os chamados koshas. Cada
  • 35:36 - 35:44
    kosha é como um espelho. Uma camada da estrutura do eu; um véu ou nível de maya
  • 35:44 - 35:51
    que nos distrai da percepção de nossa
    verdadeira natureza, se estivermos identificados com ela.
  • 35:51 - 36:00
    A maioria das pessoas vê os reflexos e
    acredita que isso é o que elas são.
  • 36:00 - 36:07
    Um espelho reflete a camada animal, o
    corpo físico. Outro espelho reflete
  • 36:07 - 36:15
    sua mente, seus pensamentos, seus instintos,
    e percepções. Outro sua energia
  • 36:15 - 36:21
    interior ou prana que você pode observar
    quando você se virar para dentro. Outro espelho
  • 36:21 - 36:26
    reflete sobre o nível do Imaginal, o
    qual é a mente superior ou camada de sabedoria,
  • 36:26 - 36:33
    e há camadas de beatitude transcendental ou não dual que são experienciadas
  • 36:33 - 36:37
    quando alguém se aproxima de Samadhi.
  • 36:37 - 36:43
    Existem potencialmente incontáveis ​​espelhos
    ou aspectos do eu que podemos
  • 36:43 - 36:51
    diferenciar, e eles estão constantemente
    mudando.
  • 36:51 - 36:56
    A maioria das pessoas ainda não descobriu a camada prânica, da mente superior, e beatitude
  • 36:56 - 37:01
    não dual. Elas nem sabem que elas existem.
  • 37:01 - 37:09
    Essas camadas estão informando sua vida, mas
    você não as vê. Os espelhos escondidos
  • 37:09 - 37:14
    verdadeiramente informam nossas vidas mais do que aqueles que são visíveis.
  • 37:14 - 37:19
    Eles são invisíveis porque para a maioria das pessoas
    eles não são totalmente iluminados por
  • 37:19 - 37:29
    consciência. Como na Rede de Joias de Indra,
    todos os espelhos refletem uns aos outros e
  • 37:29 - 37:36
    os reflexos refletem todos os outros
    reflexos infinitamente. Uma mudança em um
  • 37:36 - 37:42
    nível afeta simultaneamente todos os níveis.
  • 37:42 - 37:49
    Alguns desses espelhos podem ser deixados nas
    sombras a menos que tenhamos a sorte
  • 37:49 - 37:55
    de ter um guia competente para nos ajudar a lançar luz sobre eles. A verdade é que nós
  • 37:55 - 38:03
    não sabemos que não sabemos. Agora
    imagine que você destrua todos os espelhos.
  • 38:03 - 38:12
    Não há nada refletindo você de volta a
    você mesmo. Onde você está?
  • 38:14 - 38:23
    Quando a mente se torna quieta os espelhos
    deixam de refletir. Não há mais
  • 38:23 - 38:33
    sujeito e objeto. Mas não erre
    o estado primordial para o nada ou
  • 38:33 - 38:48
    esquecimento. O eu imanente não é
    algo, mas também não é nada.
  • 38:48 - 38:57
    A fonte não é uma coisa
    é o vazio ou a própria quietude.
  • 38:57 - 39:06
    É um vazio que é a fonte de
    todas as coisas. A forma é realizada exatamente como
  • 39:06 - 39:17
    vazio, o vazio é percebido como
    exatamente forma. Esta fonte é o grande
  • 39:17 - 39:23
    ventre da criação, grávida de todas as
    possibilidades.
  • 39:41 - 39:48
    Samadhi é o despertar da
    consciência impessoal. Tal como quando você
  • 39:48 - 39:54
    tem um sonho, e ao acordar você
    perceber que tudo no sonho estava
  • 39:54 - 39:59
    apenas em sua mente.
    Ao perceber Samadhi, percebemos que
  • 39:59 - 40:05
    tudo neste mundo está acontecendo
    dentro de níveis e níveis de energia e
  • 40:05 - 40:13
    consciência. É tudo espelhos dentro de
    espelhos, sonhos dentro de sonhos. O você,
  • 40:13 - 40:21
    que você pensa que é, é tanto o sonho
    quanto o sonhador.
  • 40:34 - 40:44
    O que quer que digamos neste filme, deixe ir, não capture isso com a mente. A alma
  • 40:44 - 40:49
    está sonhando, sonhando com o seu sonho.
  • 40:49 - 40:57
    O sonho é tudo que está mudando,
    mas é possível perceber o
  • 40:57 - 41:13
    imutável. Esta compreensão não pode ser
    alcançada com a limitada
  • 41:13 - 41:22
    mente individual.
  • 41:22 - 41:29
    Quando voltamos de Nirvikalpa Samadhi os espelhos começam a refletir novamente e
  • 41:29 - 41:37
    percebemos que o mundo no qual você acha está vivendo agora é na verdade você.
  • 41:37 - 41:44
    Não o você limitado, que é apenas um
    reflexo temporário, mas você está ciente
  • 41:44 - 41:54
    da sua verdadeira natureza como a fonte de tudo
    aquilo que É. Este alvorecer da maior sabedoria,
  • 41:54 - 42:04
    o embrião, "prajna" ou gnose é o que é
    nascido de Samadhi. De acordo com
  • 42:04 - 42:13
    livro de Job Chokhmah ou sabedoria que vem do nada. Este ponto de sabedoria é tanto
  • 42:13 - 42:19
    infinitamente pequeno quanto capaz de englobar todo o ser, mas permanece
  • 42:19 - 42:25
    incompreensível até que tenha tomado feitio e forma no palácio dos espelhos,
  • 42:25 - 42:32
    chamado "binah", o ventre esculpido por
    sabedoria superior que dá forma ao
  • 42:32 - 42:50
    Espírito embrionário de Deus.
  • 42:50 - 43:01
    [música] "Abwoon d'bashmaya", de Indiajiva
  • 43:08 - 43:15
    A existência dos espelhos ou existência das mentes não é um problema. Pelo contrário,
  • 43:15 - 43:22
    o erro ou aberração da percepção humana é que nos identificamos
  • 43:22 - 43:33
    com isso. Esta ilusão, de que nós
    somos o eu limitado, é Maya. Os ensinamentos
  • 43:33 - 43:38
    yógicos dizem que para realizar Samadhi é preciso observar o objeto de meditação
  • 43:38 - 43:50
    até ele desaparecer, até você desaparecer dentro dele ou dentro de você. Apesar da
  • 43:50 - 43:56
    linguagem nas várias tradições ser
    diferente, em sua raiz todas elas apontam
  • 43:56 - 44:01
    para uma cessação da
    auto-identificação e da atividade
  • 44:01 - 44:08
    egocêntrica. O Buda sempre ensinou em
    termos negativos. Ele ensinou a investigar
  • 44:08 - 44:15
    diretamente no funcionamento da estrutura do eu. Ele não disse o que era Samadhi
  • 44:15 - 44:24
    exceto que foi o fim do sofrimento.
    Em Advaita Vedanta há um termo "neti neti",
  • 44:24 - 44:31
    o qual significa: '''nem isso nem aquilo''.
    Pessoas no caminho da auto-realização
  • 44:31 - 44:38
    buscam sua verdadeira natureza, ou a
    natureza de Brâman primeiramente pela descoberta
  • 44:38 - 44:42
    do que elas não são.
  • 44:43 - 44:49
    Da mesma forma no cristianismo, Santa Teresa de
    Ávila descreveu uma abordagem à oração
  • 44:49 - 44:57
    baseada no caminho negativo, ou via
    negativa. Uma oração de calma, rendição e
  • 44:57 - 45:03
    união, que é a única maneira de aproximar-se do absoluto.
  • 45:03 - 45:09
    Através deste processo gradual de
    despir-se de cada gota do que
  • 45:09 - 45:18
    não é permanente, qualquer coisa que esteja mudando. A mente que o ego constrói e
  • 45:18 - 45:24
    todos os fenômenos, incluindo as camadas ocultas do eu. O inconsciente deve
  • 45:24 - 45:31
    tornar-se transparente, a fim de refletir
    a única fonte. Se houver algum profundo
  • 45:31 - 45:37
    conhecedor ou algum eu operando no
    inconsciente, então nossas vidas permanecem trancadas
  • 45:37 - 45:45
    em um labirinto de padrões ocultos que
    abrangem o eu não descoberto.
  • 45:48 - 45:55
    Quando todas as camadas do eu são reveladas como
    vazio,então uma pessoa se torna livre do
  • 45:55 - 46:00
    eu. Livre de todos os conceitos
  • 46:04 - 46:11
    Um ponto de virada em sua evolução é
    quando você percebe que não sabe quem você é.
  • 46:11 - 46:22
    Quem experimenta a respiração?
    Quem experimenta o gosto?
  • 46:22 - 46:36
    Quem experimenta o canto, o ritual, a
    dança, a montanha? Testemunhe a testemunha,
  • 46:36 - 46:40
    observe o observador.
  • 46:40 - 46:47
    No começo, quando você observar o observador
    você só verá o falso eu, mas se
  • 46:47 - 46:52
    você for persistente isso irá cessar.
  • 46:54 - 47:00
    Investigue diretamente sobre quem ou o quê experiencia.
  • 47:00 - 47:10
    Sem pestanejar, penetrantemente, fervorosamente, com toda a força do seu ser.
  • 47:16 - 47:27
    [música] "Gate, Gate, paragate. Parasum gate, bodhisvaha." (Significado: foi, foi, muito além, completamente além da fonte desperta ESTÁ)
  • 47:48 - 47:57
    Não há eu que desperta. Não há
    VOCÊ que desperta. O que você é
  • 47:57 - 48:04
    desperta da ilusão do
    eu separado. Do sonho de um
  • 48:04 - 48:08
    limitado "você". Falar sobre isso é
    insignificante.
  • 48:08 - 48:15
    Deve haver uma cessação real do
    eu para perceber diretamente o que isso é, e
  • 48:15 - 48:24
    uma vez percebido, não há nada
    que possa ser dito sobre isso. Assim que você
  • 48:24 - 48:40
    disser algo, estará de volta na mente. Eu já falei demais.
  • 48:40 - 48:46
    Nós normalmente temos três estados de
    consciência: acordado, sonhando e dormindo profundamente.
  • 48:46 - 48:53
    Samadhi é por vezes referido
    como o quarto estado, o estado fundamental de
  • 48:53 - 49:00
    consciência. Um despertar primordial
    que pode se tornar presente continuamente e
  • 49:00 - 49:10
    em paralelo com os outros estados de consciência. No Vedanta isso é chamado de Turiya
  • 49:11 - 49:17
    Outros termos para Turiya são
    Consciência Crística, Consciência de Krishna,
  • 49:17 - 49:27
    Natureza de Buda ou Sahaja Samadhi. Em Sahaja Samadhi o eu imanente fica
  • 49:27 - 49:34
    presente juntamente com a plena utilização de todas
    funções humanas. A quietude está
  • 49:34 - 49:39
    imóvel no centro da espiral de
    fenômenos mutáveis.
  • 49:39 - 49:46
    Pensamentos, sentimentos, sensações e energia
    giram em torno dela na circunferência,
  • 49:46 - 49:54
    mas o grau de quietude ou de "eu sou" permanece durante a atividade externa exatamente como
  • 49:54 - 50:03
    na meditação. É possível que o
    eu imanente permaneça presente mesmo
  • 50:03 - 50:12
    durante o sono profundo; que a sua consciência de
    "eu sou" não venha e vá mesmo com a mudança
  • 50:12 - 50:15
    de estados de consciência.
  • 50:20 - 50:24
    Isto é a yoga do sono.
  • 50:25 - 50:30
    No Cântico dos Cânticos, ou na Canção de
    Salomão da Bíblia Hebraica ou Velho
  • 50:30 - 50:40
    Testamento, lê-se "Eu dormia, mas meu coração velava". Esta compreensão da eterna
  • 50:40 - 50:47
    consciência impessoal se reflete nas palavras de Cristo quando ele disse
  • 50:47 - 50:54
    "Antes que Abraão fosse, EU SOU".
  • 50:56 - 51:09
    Uma consciência que brilha através de
    rostos incontáveis, inúmeras formas.
  • 51:16 - 51:23
    No começo é como uma flama frágil nascida
    fora das polaridades dentro de você.
  • 51:23 - 51:29
    Consciência masculina penetrante com uma restituição ou abertura de energia
  • 51:29 - 51:36
    feminina. É delicada e facilmente perdida
    e é preciso ter muito cuidado para protegê-la
  • 51:36 - 51:41
    e mantenha-a viva até que amadureça.
  • 51:44 - 51:51
    Samadhi é simultaneamente um atemporal
    estado de consciência e um estágio em um
  • 51:51 - 51:58
    desdobramento do processo de desenvolvimento. Algo orgânico e crescendo no tempo.
  • 52:05 - 52:14
    Conforme passamos mais e mais tempo em
    Samadhi, no agora, no atemporal,
  • 52:14 - 52:23
    tomaremos mais e mais a direção do coração, da alma ou de Atman, e menos
  • 52:23 - 52:28
    da estrutura condicionada.
  • 52:29 - 52:38
    É assim que ficamos livre da
    mente inferior. Livre de pensamento patológico.
  • 52:38 - 52:45
    A fiação interna muda. Energia não
    mais flui inconscientemente nas velhas
  • 52:45 - 52:52
    estruturas condicionadas, que é outra
    maneira de dizer que a pessoa não está mais
  • 52:52 - 53:10
    identificada com a estrutura do eu, com o mundo exterior da forma.
  • 53:11 - 53:17
    Perceber Samadhi requer um esforço tão grande que isso se torna uma rendição total
  • 53:17 - 53:25
    de si mesmo, e uma rendição tão
    abrangente que é um completo
  • 53:25 - 53:34
    esforço de nosso ser; todas as nossas
    energias. É um equilíbrio de esforço e
  • 53:34 - 53:41
    rendição, yin e yang. Uma espécie de esforço sem esforço.
  • 53:47 - 53:55
    O místico indiano e iogue Paramahamsa
    Ramakrishna disse "não busque
  • 53:55 - 54:03
    a iluminação, a menos que você a procure como alguém
    cujo cabelo está em chamas procura uma lagoa> "
  • 54:03 - 54:06
    Você procura com todo o seu ser.
  • 54:06 - 54:13
    Durante a prática de transcendência do ego, é preciso muita coragem, vigilância e
  • 54:13 - 54:22
    perseverança para manter o embrião vivo. Para
    não cair de volta nos padrões do
  • 54:22 - 54:28
    mundo. É preciso disposição para ir
    contra a corrente, contra o
  • 54:28 - 54:36
    esmagamento inexorável da matrix, e as rodas do Samsara. Cada respiração,
  • 54:36 - 54:44
    cada pensamento, cada ação deve ser para percepção da Fonte. Samadhi não é
  • 54:44 - 54:51
    alcançado pelo esforço, nem sem esforço.
    Deixe de lado o esforço e o não esforço; é uma
  • 54:51 - 54:59
    dualidade que só existe na mente. A
    percepção real de Samadhi é tão
  • 54:59 - 55:05
    simples, tão indiferenciada que é
    sempre mal interpretada através da linguagem,
  • 55:05 - 55:13
    a qual é inerentemente dualista. Há
    apenas uma consciência primordial que
  • 55:13 - 55:21
    desperta como o mundo, mas tem sido
    obscurecida por muitas camadas da mente. Como o
  • 55:21 - 55:28
    Sol escondido atrás das nuvens, quando cada
    camada da mente é descartada a essência de uma pessoa é
  • 55:28 - 55:31
    é revelada.
  • 55:33 - 55:39
    Conforme cada camada da mente é descartada, as pessoas rotulam-nas como um Samadhi diferente. Elas dão
  • 55:39 - 55:45
    nomes para diferentes experiências ou
    diferentes tipos de fenômenos,
  • 55:55 - 56:00
    mas Samadhi é tão simples que quando você diz o que é e como percebê-lo
  • 56:00 - 56:05
    sua mente sempre irá perdê-lo.
  • 56:05 - 56:13
    Na verdade Samadhi não é simples ou
    difícil; é só a mente que o torna.
  • 56:13 - 56:20
    isso ou aquilo. Quando não há mente
    não há problema, porque a mente é
  • 56:20 - 56:29
    o que precisa parar antes que ele seja percebido.
    Não é um acontecimento de modo algum.
  • 56:37 - 56:44
    O ensinamento mais conciso sobre Samadhi é
    talvez encontrado nesta frase:
  • 56:44 - 56:56
    "Aquietai-vos e sabei."
  • 56:59 - 57:05
    Como podemos usar palavras e imagens para
    transmitir tranquilidade? Como podemos transmitir
  • 57:05 - 57:13
    silêncio fazendo barulho? Ao invés de
    ficar falando sobre Samadhi como um conceito
  • 57:13 - 57:23
    intelectual, este filme é um chamado radical para
    inação. Um chamado para meditação,
  • 57:23 - 57:31
    silêncio interior e oração interior. Uma chamado para PARAR.
  • 57:38 - 57:45
    Pare tudo o que é impulsionado pela
    mente egoica patológica.
  • 57:46 - 57:50
    Aquietai-vos e sabei.
  • 57:54 - 58:00
    Ninguém pode dizer-lhe o que irá surgir da
    quietude.
  • 58:00 - 58:06
    É um chamado para agir a partir do
    coração espiritual.
  • 58:22 - 58:30
    É como lembrar de algo antigo.
    A alma acorda e se lembra de si mesma.
  • 58:30 - 58:37
    Ela tem sido uma passageira adormecida, mas agora
    o vazio desperta e percebe
  • 58:37 - 58:43
    a si mesmo como todas as coisas.
  • 58:44 - 58:51
    Você não pode imaginar o que é Samadhi com a limitada mente egoica , assim como você não pode
  • 58:51 - 58:58
    descrever para uma pessoa cega o que é a cor.
    Sua mente não pode saber. Não pode
  • 58:58 - 59:07
    fabricá-lo. Perceber Samadhi é
    ver de uma maneira diferente, não ver
  • 59:07 - 59:13
    coisas separadas, mas reconhecer aquele que observa.
  • 59:15 - 59:25
    São Francisco de Assis disse: "o que você procura é o que está procurando." Tão logo você
  • 59:25 - 59:34
    veja a lua poderá reconhecê-la
    em cada reflexo. O verdadeiro eu
  • 59:34 - 59:43
    sempre esteve lá, ele está em tudo,
    mas você não percebeu sua presença.
  • 59:43 - 59:51
    Quando você aprende a reconhecer e tolerar como
    o verdadeiro eu além da mente e dos sentidos
  • 59:51 - 60:09
    é possível sentir veneração pelo
    mais mundano, tornamo-nos VENERAÇÃO.
  • 60:09 - 60:16
    Não tente ficar livre de desejos porque
    querer estar livre de desejos é um
  • 60:16 - 60:26
    desejo. Você não pode tentar ficar parado porque
    você é esforço, é movimento.
  • 60:26 - 60:35
    Perceba a quietude que sempre está presente.
  • 60:35 - 60:38
    Seja a quietude e saiba
  • 60:39 - 60:45
    Quando todas as preferências forem descartadas,
    a fonte será revelada, mas não se apegue até
  • 60:45 - 60:57
    mesmo à fonte. A grande realidade, Tao,
    não é um nem dois. Ramana Maharshi disse
  • 60:57 - 61:08
    "O eu é apenas um. Se for limitado,
    é o ego, se ilimitado, é infinito
  • 61:08 - 61:21
    e a grande realidade ".
    Se você acredita no que está sendo dito, você se equivocou.
  • 61:21 - 61:28
    Se você não acredita, você também se equivocou.
    Crença e descrença operam no
  • 61:28 - 61:35
    nível da mente. Elas exigem um conhecimento, mas
    se você entrar em sua própria investigação
  • 61:35 - 61:40
    examinando todos os aspectos do seu próprio
    ser, descobrirá quem está fazendo a
  • 61:40 - 61:46
    investigação, se você estiver disposto a viver
    pelo princípio de "não a minha, mas a Vossa Vontade
  • 61:46 - 61:54
    seja feita", se estiver disposto a viajar para além da onisciência, então você pode perceber
  • 61:54 - 62:00
    o que tentei apontar.
    Só então você provará por si mesmo
  • 62:00 - 62:08
    o profundo mistério e beleza de
    simplesmente existir.
  • 62:08 - 62:16
    Existe outra possibilidade para a vida.
    Há algo sagrado, insondável
  • 62:16 - 62:23
    que pode ser descoberto nas profundidades do seu ser, além dos conceitos
  • 62:23 - 62:34
    além dos dogmas, além das atividades condicionadas
    e de todas as preferências. Não é
  • 62:34 - 62:41
    adquirido por técnicas, rituais ou
    práticas. Não há "como" adiquiri-lo.
  • 62:41 - 62:54
    Não há sistema.
    Não há caminho para o Caminho. Como dizem no Zen,
  • 62:54 - 63:01
    é descobrindo seu rosto original
    antes de você nascer. Não é
  • 63:01 - 63:10
    adicionar mais para si mesmo. É tornar-se uma
    luz para si mesmo; uma luz que dissipa
  • 63:10 - 63:20
    a ilusão do eu. A vida irá
    permanecer sempre incompleta
  • 63:20 - 63:27
    e o coração sempre permanecerá
    inquieto até que ele descanse nesse
  • 63:27 - 63:33
    mistério além de nome e forma
  • 64:04 - 64:06
    [música] Om Shreem Lakshmi
Title:
Samadhi Part 2 (It's Not What You Think)
Description:

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Video Language:
English
Team:
Awaken the World
Project:
01 -Samadhi Film Series
Duration:
01:10:26

Portuguese subtitles

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