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Como posso impedir que a minha raiva expluda?

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    Como posso fazer para não deixar que
    a minha raiva expluda e magoe outros?
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    Caro Thay, cara Sangha,
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    Por vezes controlo muita raiva que surge.
  • 0:39 - 0:43
    Guardo-a dentro de mim,
    mas ela acaba por explodir de repente.
  • 0:43 - 0:45
    Deixo-a sair de uma só vez,
  • 0:45 - 0:50
    sem saber porquê e sem conseguir
    controlá-la nesse momento.
  • 0:50 - 0:52
    Quando toda a minha raiva explode
  • 0:54 - 0:58
    magoo muito a outra pessoa
    e também a mim mesma.
  • 1:00 - 1:05
    Não tenho compaixão pelo outro, porque
    não tenho consciência do que acontece.
  • 1:06 - 1:13
    Depois de me acalmar, depois da explosão
    de raiva e de a ter deixado sair,
  • 1:13 - 1:17
    então sinto compaixão e tenho consciência
    de que fiz a outra pessoa sofrer.
  • 1:17 - 1:20
    Mas no momento em que acontece,
    não consigo fazer nada.
  • 1:20 - 1:22
    O que posso fazer?
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    Caro Thay, a nossa amiga está a dizer...
  • 1:27 - 1:30
    Esta é outra pergunta acerca da raiva.
  • 1:30 - 1:34
    Ela sente surgir uma grande raiva às vezes
  • 1:34 - 1:37
    e não quer deixá-la sair.
  • 1:37 - 1:41
    Tenta mantê-la sob controlo, recalca-a.
  • 1:41 - 1:44
    Mas a raiva acaba por explodir, por sair
  • 1:46 - 1:48
    e ela magoa a outra pessoa.
  • 1:48 - 1:51
    Lamenta magoar a outra pessoa.
  • 1:51 - 1:55
    Sente compaixão pelo sofrimento que causou
  • 1:55 - 2:00
    E quer saber como pode lidar
    melhor com a situação.
  • 2:03 - 2:07
    É ela capaz de ver o sofrimento
    da outra pessoa?
  • 2:10 - 2:15
    Consegue ver o sofrimento
    na outra pessoa?
  • 2:16 - 2:16
    E quando?
  • 2:17 - 2:20
    Antes ou depois da explosão?
  • 2:41 - 2:43
    Eu vejo o seu sofrimento
  • 2:43 - 2:47
    mas continuo a sentir esta emoção forte.
  • 2:47 - 2:49
    O que posso fazer com ela?
  • 2:56 - 2:58
    Controlar não basta.
  • 2:59 - 3:03
    Controlar pode ser suprimir.
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    Suprimir não é bom,
  • 3:06 - 3:10
    porque a emoção continua a estar lá,
    fica presa
  • 3:10 - 3:12
    mas continua presente.
  • 3:13 - 3:16
    Por isso, suprimir não é bom.
  • 3:17 - 3:19
    Temos de a transformar.
  • 3:23 - 3:28
    E para a transformar,
    precisamos de compaixão.
  • 3:30 - 3:35
    O único antídoto para a raiva,
    para a violência, é a compaixão.
  • 3:37 - 3:39
    Não há outro caminho.
  • 3:40 - 3:44
    Mas como construir a compaixão?
  • 3:44 - 3:47
    Como gerar a energia da compaixão?
  • 3:47 - 3:49
    Esta é a verdadeira questão.
  • 3:50 - 3:57
    E neste retiro aprendemos
    a reconhecer o sofrimento.
  • 3:59 - 4:02
    Porque o sofrimento nessa pessoa é
  • 4:02 - 4:08
    a causa da sua acção ou das palavras
    que podem causar sofrimento.
  • 4:11 - 4:15
    A raiva dessa pessoa rega a raiva em nós.
  • 4:17 - 4:23
    A violência dessa pessoa rega
    a violência em nós.
  • 4:26 - 4:32
    É por isso que temos de inspirar e expirar
    com atenção plena
  • 4:33 - 4:40
    e ver que a outra pessoa é uma vítima
  • 4:40 - 4:46
    da sua própria violência, do seu próprio
    sofrimento, do seu próprio equívoco.
  • 4:47 - 4:49
    Isto é muito importante.
  • 4:50 - 4:52
    Este é o ensinamento de Buda:
  • 4:53 - 4:56
    observa o sofrimento e
    entende o sofrimento.
  • 4:58 - 5:01
    Quando entendemos o nosso
    próprio sofrimento
  • 5:01 - 5:05
    conseguimos entender o sofrimento
    da outra pessoa.
  • 5:06 - 5:09
    Entender o sofrimento traz
    sempre consigo a compaixão.
  • 5:09 - 5:15
    E apenas a compaixão consegue transformar
    a raiva e a violência.
  • 5:19 - 5:24
    Alguns pensam que podemos...
  • 5:25 - 5:29
    que podemos tirar o pedaço de raiva
    de dentro de nós,
  • 5:30 - 5:33
    como numa cirurgia.
  • 5:38 - 5:40
    Mas não conseguimos fazer isso com a raiva
  • 5:40 - 5:43
    Não conseguimos tirar a raiva
    de dentro de nós.
  • 5:45 - 5:48
    Apenas conseguimos transformá-la.
  • 5:48 - 5:52
    A raiva pode transformar-se cá dentro
    noutra coisa.
  • 5:52 - 5:56
    A raiva pode transformar-se
    em compreensão e compaixão.
  • 5:57 - 5:59
    E é esse o trabalho do praticante:
  • 6:02 - 6:04
    observar de perto o sofrimento,
  • 6:04 - 6:08
    o seu próprio sofrimento e
    o sofrimento da outra pessoa
  • 6:08 - 6:10
    e tentar entender a causa.
  • 6:12 - 6:17
    É assim que se gera a energia da compaixão
  • 6:19 - 6:23
    E quando existe compaixão,
    esta transforma a raiva.
  • 6:24 - 6:27
    Não precisam de a extrair.
  • 6:29 - 6:32
    Há quem tente extraí-la.
  • 6:34 - 6:36
    Há quem nos aconselhe
  • 6:36 - 6:41
    a extraí-la pela prática da chamada
    "ventilação".
  • 6:43 - 6:46
    É como se houvesse fumo no vosso quarto
  • 6:46 - 6:50
    e vocês ventilassem o quarto
    para que o fumo saísse.
  • 6:50 - 6:56
    E a maneira de o fazer é ir para o nosso
    quarto, fechar a porta
  • 6:57 - 7:02
    e tentar bater, dar socos
    na almofada,
  • 7:06 - 7:09
    dar socos na almofada durante
    dez, quinze minutos.
  • 7:11 - 7:19
    E acredita-se que ao fazer isto
    estamos a expulsar a raiva de nós.
  • 7:21 - 7:24
    "Tenho consciência da raiva que tenho."
  • 7:24 - 7:25
    "Quero expulsá-la."
  • 7:27 - 7:31
    Porque acha-se que é mais seguro
    bater numa almofada
  • 7:31 - 7:34
    do que bater directamente numa pessoa.
  • 7:34 - 7:37
    E chama-se a isto "atirar a raiva
    cá para fora".
  • 7:40 - 7:41
    Mas não funciona.
  • 7:43 - 7:44
    Não funciona.
  • 7:45 - 7:48
    Pode antes reforçar a nossa raiva.
  • 7:50 - 7:53
    É como ensaiar a nossa raiva.
  • 7:59 - 8:03
    E chama-se a isto "entrar em contacto
    com a nossa raiva".
  • 8:04 - 8:07
    É bom entrar em contacto
    com a nossa raiva.
  • 8:07 - 8:11
    Buda aconselhou-nos também a inspirar
  • 8:12 - 8:16
    a ir para casa e a entrarmos em contacto
    com a nossa raiva
  • 8:17 - 8:22
    a abraçá-la com ternura e a observarmos
    muito bem a nossa raiva.
  • 8:24 - 8:31
    Mas nesta prática de...
    bater... na almofada
  • 8:32 - 8:36
    não entramos realmente em contacto
    com a nossa raiva.
  • 8:39 - 8:41
    Somos vítimas da nossa raiva.
  • 8:42 - 8:44
    Não estamos a entrar em contacto.
  • 8:45 - 8:47
    Nem sequer estamos em contacto
    com a almofada...
  • 8:47 - 8:50
    .
  • 8:50 - 8:53
    embora estejamos a bater-lhe,
  • 8:53 - 8:57
    porque se estivéssemos mesmo em contacto
    com a almofada,
  • 8:57 - 8:59
    saberíamos que não passa de uma almofada.
  • 8:59 - 9:02
    .
  • 9:02 - 9:04
    É divertido bater numa almofada.
  • 9:04 - 9:06
    A almofada está inocente.
  • 9:06 - 9:07
    .
  • 9:07 - 9:09
    Por isso, se nem entramos em
    contacto com a almofada
  • 9:09 - 9:12
    não conseguimos entrar em contacto
    com a nossa raiva.
  • 9:14 - 9:16
    E se continuarem assim
  • 9:16 - 9:20
    pode bem acontecer que um dia encontram
    a pessoa na rua e passam mesmo a...
  • 9:21 - 9:23
    bater-lhe directamente e acabam na cadeia.
  • 9:24 - 9:30
    Portanto, este trabalho não ajuda muito
    a tirar a raiva cá para fora.
  • 9:33 - 9:35
    Segundo esta prática,
  • 9:36 - 9:40
    a prática que o Buda recomenda,
  • 9:40 - 9:44
    é preciso irmos para casa e
    reconhecer a raiva
  • 9:44 - 9:47
    e tentar segurá-la com a energia
    da atenção plena.
  • 9:47 - 9:50
    Chama-se a isto atenção plena à raiva.
  • 9:50 - 9:53
    A atenção plena tem sempre um alvo.
  • 9:54 - 10:04
    Quando bebo o meu chá e estou ciente
    de estar aqui e agora a beber o meu chá
  • 10:05 - 10:07
    isso é atenção plena ao acto de beber.
  • 10:08 - 10:12
    E quando respiro com atenção plena
    isso é atenção plena à respiração.
  • 10:13 - 10:17
    Quando caminho com atenção plena,
    isso é atenção plena ao caminhar.
  • 10:17 - 10:22
    Portanto, quando regresso ao meu interior
    e reconheço a minha raiva e a agarro
  • 10:22 - 10:25
    a raiva torna-se no objecto
    da minha atenção plena.
  • 10:25 - 10:28
    A isto se chama atenção plena à raiva.
  • 10:28 - 10:30
    Existem duas energias.
  • 10:30 - 10:33
    Primeiro, há a energia da raiva.
  • 10:33 - 10:37
    A segunda energia é a energia
    da atenção plena.
  • 10:38 - 10:40
    Para termos esta energia
  • 10:40 - 10:43
    é necessário praticar a respiração
    e o caminhar com atenção plena.
  • 10:43 - 10:50
    E com a segunda energia, reconhecemos a
    primeira energia e abraçamo-la com ternura
  • 10:50 - 10:52
    Não a suprimimos
  • 10:57 - 11:01
    mas abraçamo-la com ternura,
  • 11:02 - 11:04
    como uma mãe abraça o seu...
  • 11:07 - 11:09
    o seu filho que sofre.
  • 11:12 - 11:16
    E quando a energia da atenção plena
    abraça a energia da raiva,
  • 11:16 - 11:18
    sofremos menos.
  • 11:20 - 11:25
    É como a luz do sol a abraçar
    a flor de lótus.
  • 11:25 - 11:30
    A flor de lótus recebe o calor,
    a energia, para florescer.
  • 11:32 - 11:38
    Quando usamos a energia da atenção plena
    para abraçar a nossa raiva
  • 11:38 - 11:40
    sofremos menos, sentimo-nos aliviados.
  • 11:40 - 11:41
    Sofremos menos.
  • 11:43 - 11:48
    E se observarmos mais profundamente,
    conseguimos identificar a causa da raiva.
  • 11:49 - 11:52
    Pode ser uma percepção errada.
  • 11:52 - 11:57
    Pode ser a nossa incapacidade para vermos
    o sofrimento da outra pessoa.
  • 11:58 - 12:01
    E se identificarmos a nossa
    percepção errada
  • 12:01 - 12:04
    ou se conseguirmos ver o sofrimento
    da outra pessoa
  • 12:05 - 12:11
    de repente, esse tipo de compreensão
    e visão faz surgir a compaixão.
  • 12:12 - 12:14
    E quando a compaixão surge,
  • 12:14 - 12:18
    é como se fosse um néctar que faz com que
    soframos menos imediatamente.
  • 12:18 - 12:20
    Obtemos um alívio.
  • 12:20 - 12:21
    E conseguimos transformá-la.
  • 12:25 - 12:26
    E...
  • 12:28 - 12:30
    Esta...
  • 12:32 - 12:34
    Esta prática funciona sempre.
  • 12:36 - 12:42
    Talvez já saibam que em Plum Village,
    já patrocinámos
  • 12:42 - 12:46
    grupos de palestinianos e israelitas,
    para que viessem e praticassem.
  • 12:48 - 12:53
    Há muitos equívocos, raiva e suspeições
    em ambos os grupos.
  • 12:58 - 13:04
    Se conseguirem ficar duas semanas,
    é possível a transformação e cura.
  • 13:06 - 13:10
    Praticamos a calma e a libertação
    de tensões.
  • 13:11 - 13:16
    Praticamos o contacto com as
    maravilhas da vida para que nos nutram.
  • 13:17 - 13:20
    E praticamos também a respiração
  • 13:20 - 13:26
    para reconhecermos as nossas suspeições,
    o nosso medo, a nossa raiva.
  • 13:29 - 13:34
    Depois, sentamo-nos e tentamos escutar-nos
    uns aos outros.
  • 13:37 - 13:42
    E falamos do nosso sofrimento, do nosso
    medo ao outro grupo.
  • 13:44 - 13:48
    Usamos a prática do quarto treino
    da atenção plena:
  • 13:49 - 13:52
    Discurso Amoroso e Escutar Profundamente.
  • 13:54 - 13:58
    Podemos dizer-lhes tudo o que nos vai
    no coração:
  • 13:59 - 14:02
    o nosso sofrimento, o nosso medo,
    a nossa raiva.
  • 14:03 - 14:07
    Mas falamos de tal maneira que
    a outra pessoa, o outro grupo
  • 14:07 - 14:09
    nos entende.
  • 14:09 - 14:11
    Ajudamo-lo a entender.
  • 14:12 - 14:18
    Enquanto falamos, não condenamos,
    não culpamos.
  • 14:21 - 14:25
    Apenas tentamos ajudá-los a entender
    o quanto sofremos,
  • 14:26 - 14:29
    nós, o nosso povo, os nossos filhos.
  • 14:30 - 14:33
    Desta forma, ajudamo-los a entender
    o nosso sofrimento.
  • 14:36 - 14:43
    Depois é a nossa vez de nos sentarmos
    e escutarmos o sofrimento deles.
  • 14:44 - 14:46
    Contam-nos
  • 14:46 - 14:50
    o sofrimento, o medo, a raiva,
    o desespero deles.
  • 14:50 - 14:52
    E nós temos de escutar.
  • 14:54 - 14:57
    E enquanto eles falam
  • 14:57 - 15:01
    podemos aperceber-nos de que têm
    percepções equivocadas acerca de nós.
  • 15:05 - 15:08
    E queremos corrigi-los.
  • 15:09 - 15:12
    Mas segundo esta prática,
    não devemos corrigi-los.
  • 15:13 - 15:16
    Porque se os corrigimos enquanto falam
  • 15:16 - 15:19
    transformamos a sessão num debate.
  • 15:21 - 15:24
    Essa não é a prática de escutar
    profundamente.
  • 15:24 - 15:25
    Dizemos:
  • 15:25 - 15:30
    "Oh dizem coisas erradas porque
    não vêem a verdade.
  • 15:30 - 15:33
    Mas tenho tempo para os ajudar
  • 15:33 - 15:38
    a corrigir as suas percepções
    nos próximos dias,
  • 15:38 - 15:41
    porque vão ficar aqui mais uma semana.
  • 15:42 - 15:45
    Por isso, nestes dias teremos a
    oportunidade de lhes explicar,
  • 15:45 - 15:49
    de lhes dar o tipo de informações
    que podem ajudá-los
  • 15:49 - 15:51
    a corrigir as suas percepções.
  • 15:51 - 15:52
    Mas agora não.
  • 15:52 - 15:57
    Agora temos de escutar,
  • 15:59 - 16:01
    escutar com atenção."
  • 16:01 - 16:05
    Escutar assim chama-se
    "escuta compassiva".
  • 16:07 - 16:11
    E se souberem como escutar
    com compaixão por uma hora,
  • 16:11 - 16:12
    eles sofrerão menos.
  • 16:13 - 16:16
    Estamos assim a praticar a compaixão.
  • 16:16 - 16:19
    Estamos a dar-lhes uma hipótese
    de sofrer menos.
  • 16:22 - 16:26
    Esta é a prática do quarto treino
    da atenção plena:
  • 16:26 - 16:31
    escutar compassivamente para ajudar
    os outros a sofrerem menos.
  • 16:31 - 16:34
    Podem fazer isso com o vosso marido,
    com a vossa mulher,
  • 16:34 - 16:38
    com o vosso filho, com a vossa filha,
    com o vosso pai ou mãe.
  • 16:39 - 16:46
    Escutem de maneira a dar-lhes uma
    oportunidade de esvaziarem o seu coração.
  • 16:47 - 16:48
    Isso é compaixão.
  • 16:50 - 16:59
    Com uma semana de prática, conseguimos
    remover muitas percepções erradas.
  • 17:00 - 17:03
    Cresce a nossa compreensão mútua.
  • 17:03 - 17:05
    E os dois grupos podem sentar-se,
  • 17:07 - 17:13
    podem dar as mãos na meditação em
    movimento, podem partilhar uma refeição.
  • 17:16 - 17:19
    Nasce a fraternidade.
  • 17:21 - 17:24
    Por isso esta é uma prática
    muito importante.
  • 17:27 - 17:29
    E...
  • 17:30 - 17:34
    Acreditamos que os políticos têm de
    aprender esta prática.
  • 17:36 - 17:39
    Quando comparecessem a uma
    negociação de paz,
  • 17:39 - 17:42
    deveriam seguir as instruções para
    se acalmarem,
  • 17:44 - 17:45
    libertarem,
  • 17:47 - 17:49
    reconhecerem o sofrimento interior,
  • 17:49 - 17:53
    reconhecerem o sofrimento da
    outra parte.
  • 17:53 - 17:57
    E se passassem uma ou duas semanas
    a praticar assim,
  • 17:57 - 18:01
    as negociações de paz
    seriam frutíferas.
  • 18:04 - 18:07
    Acho que nas escolas de ciências políticas
  • 18:09 - 18:12
    os alunos têm de aprender este tipo
    de prática.
  • 18:12 - 18:16
    Não têm de ser budistas para a aprender.
  • 18:16 - 18:21
    Isto é ética aplicada que pode ser
    ensinada em todo o tipo de escola,
  • 18:22 - 18:23
    até mesmo na primária.
  • 18:25 - 18:28
    Porque as crianças conseguem aprender
    a prática
  • 18:28 - 18:31
    e reconciliar-se com os seus irmãos
    e irmãs
  • 18:31 - 18:33
    e reconciliar-se com os seus pais
  • 18:33 - 18:36
    e até ajudar os seus pais.
  • 18:36 - 18:40
    Há muitos retiros organizados para
    jovens e crianças.
  • 18:40 - 18:44
    E as crianças transformam-se quando
    conseguem ver
  • 18:44 - 18:48
    o sofrimento do seu pai, da sua mãe.
  • 18:48 - 18:50
    E chegam a casa, depois do retiro,
  • 18:50 - 18:52
    escutam o pai, escutam a mãe
  • 18:52 - 18:54
    e ajudam-nos a sofrer menos.
  • 18:55 - 18:56
    É um milagre.
  • 18:56 - 18:59
    Acontece sempre nos nossos retiros.
  • 19:04 - 19:08
    ligue-se, inspire-se, nutra-se
Title:
Como posso impedir que a minha raiva expluda?
Description:

Thay responde a perguntas a 21 de Junho de 2014. Pergunta 9.

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Video Language:
English
Duration:
19:42

Portuguese subtitles

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