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A verdadeira razão pela qual os empregos na indústria estão desaparecendo

  • 0:01 - 0:03
    Quando alguém fala de Cuba,
  • 0:03 - 0:04
    o que vêm à sua mente?
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    Carros clássicos?
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    Quem sabe bons charutos?
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    Talvez um famoso jogador de basebol.
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    E quando alguém fala
    sobre a Coreia do Norte?
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    Você pensa em testes de mísseis,
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    talvez seu líder famoso,
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    ou seu bom amigo, Denis Rodman.
  • 0:21 - 0:22
    (Risos)
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    Algo que, provavelmente, nunca vem à mente
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    é a visão de um país
  • 0:27 - 0:28
    de economia aberta,
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    no qual os cidadãos têm acesso
    a uma vasta gama de produtos baratos.
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    Não estou aqui para dizer como esses
    países chegaram ao que são hoje.
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    Simplesmente quero usá-los
    como exemplos de países e cidadãos
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    que têm sido afetados, negativamente,
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    pela política comercial
    que limita a importação
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    e protege as indústrias locais.
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    Recentemente, temos ouvido vários países
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    falarem sobre restrição às importações
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    e proteção das indústrias locais.
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    Isso pode parecer bom, à primeira vista,
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    mas, na verdade, isso é protecionismo.
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    Ouvimos muito sobre isso durante
    a eleição presidencial de 2016.
  • 1:12 - 1:14
    Ouvimos sobre isso durante
    os debates do Brexit
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    e, mais recentemente,
    durante as eleições francesas.
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    De fato, é um assunto muito importante
    que tem sido falado pelo mundo afora
  • 1:24 - 1:26
    e muitos aspirantes a líderes políticos,
  • 1:26 - 1:30
    defendem o protecionismo,
    em suas plataformas, como algo bom.
  • 1:31 - 1:34
    Entendo por que eles veem
    o protecionismo como algo bom,
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    porque, às vezes, parece
    que o comércio é injusto.
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    Alguns culpam o comércio
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    por alguns problemas que temos
    tido aqui, nos Estados Unidos.
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    Por anos, temos ouvido
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    sobre a perda de empregos
    de altos salários na indústria americana.
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    Muitos acham que a indústria está
    em declínio, nos Estados Unidos
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    porque as empresas estão mudando
    suas operações para fora do país,
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    para mercados com custo
    de mão de obra mais barato,
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    como a China, o México e o Vietnã.
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    Eles também acham que os acordos
    comerciais, às vezes, são injustos,
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    como o NAFTA
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    e o Acordo de Parceria Trans-Pacífico,
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    porque esses acordos comerciais
    permitem às empresas
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    reimportar produtos, a um custo menor,
    de volta para os Estados Unidos
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    e para outros países de onde
    os empregos foram tirados.
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    Então, há um sentimento
    de que os exportadores ganham
  • 2:24 - 2:26
    e os importadores perdem.
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    Mas a realidade é que a produção
    do setor de manufatura nos Estados Unidos
  • 2:32 - 2:34
    está, de fato, crescendo,
  • 2:34 - 2:35
    mas estamos perdendo empregos.
  • 2:35 - 2:37
    Perdendo muitos deles.
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    De fato, de 2000 a 2010,
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    5,7 milhões de empregos
    da indústria, foram perdidos.
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    Porém, eles não estão sendo perdidos
    pelos motivos que pensamos.
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    Mike Johnson em Toledo, Ohio,
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    não perdeu o emprego na fábrica
  • 2:54 - 2:57
    para Miguel Sanchez em Monterrey, México.
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    Não.
  • 2:58 - 3:00
    Mike perdeu seu emprego para uma máquina.
  • 3:02 - 3:05
    Cerca de 87% dos empregos
    perdidos nas indústrias
  • 3:05 - 3:08
    têm sido eliminados
    porque foram feitas melhorias
  • 3:08 - 3:10
    na produtividade, através da automação.
  • 3:12 - 3:16
    Isso quer dizer que um em cada dez
    empregos perdidos na indústria
  • 3:16 - 3:19
    são decorrentes
    da transferência da produção.
  • 3:20 - 3:22
    Vejam que esse não é apenas
    um fenômeno americano.
  • 3:22 - 3:23
    Não.
  • 3:23 - 3:27
    A automação está se espalhando
    para todas as linhas de produção,
  • 3:27 - 3:29
    em todos os países ao redor do mundo.
  • 3:30 - 3:31
    Mas vejam, eu entendo:
  • 3:31 - 3:33
    se você perdeu seu emprego
  • 3:33 - 3:37
    e leu nos jornais que sua antiga empresa
    acabou de fazer um acordo com a China,
  • 3:37 - 3:40
    é fácil pensar que você foi substituído
  • 3:40 - 3:41
    numa relação um para um.
  • 3:42 - 3:45
    Ouvindo essas histórias,
    imagino que as pessoas acham
  • 3:45 - 3:48
    que o comércio acontece
    apenas entre dois países.
  • 3:49 - 3:52
    Produtores de um país,
  • 3:52 - 3:53
    fabricam produtos e os exportam
  • 3:54 - 3:56
    para consumidores de outros países.
  • 3:57 - 4:00
    É como se os países produtores ganhassem,
  • 4:00 - 4:03
    e os importadores perdessem.
  • 4:04 - 4:06
    Bem, a realidade não é bem assim.
  • 4:07 - 4:11
    Sou parte de uma cadeia de fornecedores
    e moro e trabalho no México.
  • 4:13 - 4:17
    Trabalho no meio de uma rede
    altamente conectada de produtores,
  • 4:17 - 4:20
    todos colaborando ao redor do mundo
  • 4:20 - 4:22
    fabricando muitos dos produtos
    que usamos hoje.
  • 4:23 - 4:26
    O que vejo, da minha mesa
    na Cidade do México,
  • 4:26 - 4:29
    de fato, me parece mais como isto.
  • 4:30 - 4:34
    Esta é uma representação mais precisa
    de como o comércio realmente se parece.
  • 4:35 - 4:39
    Tenho tido o prazer de ver quantos
    produtos diferentes são fabricados,
  • 4:39 - 4:42
    desde materiais para golfe a computadores,
  • 4:42 - 4:45
    servidores de internet, automóveis
  • 4:45 - 4:46
    e até mesmo aviões.
  • 4:47 - 4:49
    Acredite, nada disso
    acontece de forma linear.
  • 4:50 - 4:52
    Vou dar um exemplo.
  • 4:54 - 4:58
    Alguns meses atrás, eu estava
    visitando uma fábrica
  • 4:58 - 5:01
    de uma empresa multinacional
    do ramo aeroespacial
  • 5:01 - 5:02
    em Querétaro, México;
  • 5:03 - 5:06
    e o vice-presidente de logística mostrou
    a montagem completa de uma cauda.
  • 5:07 - 5:12
    Acontece que a montagem da cauda
    é feita a partir de painéis
  • 5:12 - 5:14
    produzidos na França
  • 5:14 - 5:17
    e montados no México,
  • 5:17 - 5:20
    usando componentes importados
    dos Estados Unidos.
  • 5:20 - 5:22
    Quando a montagem das caudas é concluída,
  • 5:22 - 5:25
    elas são exportadas
    em caminhões para o Canadá,
  • 5:25 - 5:27
    para a planta principal de montagem,
  • 5:27 - 5:28
    onde elas se juntam
  • 5:28 - 5:30
    com milhares de outras partes,
  • 5:30 - 5:33
    como asas, assentos
  • 5:33 - 5:36
    e as pequenas persianas
    sobre pequenas janelas,
  • 5:36 - 5:39
    todas vindas para se tornarem
    parte de um novo avião.
  • 5:39 - 5:41
    Pense nisso.
  • 5:41 - 5:43
    Esses novos aviões,
  • 5:43 - 5:45
    antes de decolarem em seu primeiro voo,
  • 5:45 - 5:48
    têm mais selos em seus passaportes
  • 5:48 - 5:49
    do que a Angelina Jolie.
  • 5:51 - 5:54
    Agora, essa abordagem de processamento
    acontece no mundo todo,
  • 5:54 - 5:57
    para fabricar muitos dos produtos
  • 5:57 - 5:59
    que usamos diariamente,
  • 5:59 - 6:02
    de cremes para a pele até aviões.
  • 6:03 - 6:05
    Ao chegar em casa esta noite,
    olhe à sua volta.
  • 6:06 - 6:09
    Você ficará surpreso ao encontrar
    uma etiqueta como esta:
  • 6:10 - 6:14
    "Fabricado nos EUA, com peças
    produzidas nos EUA e no exterior".
  • 6:15 - 6:17
    O economista Michael Porter
  • 6:17 - 6:19
    descreveu isso da melhor forma.
  • 6:20 - 6:25
    Várias décadas atrás, ele disse
    que é mais benéfico para um país
  • 6:25 - 6:29
    focar a fabricação de produtos que podem
    tornar sua produção mais eficiente
  • 6:29 - 6:31
    e comercializar o resto.
  • 6:32 - 6:35
    O que ele diz com isso
    é que produção compartilhada
  • 6:36 - 6:37
    e eficiência são pontos-chave.
  • 6:39 - 6:41
    Provavelmente, você tem
    visto exemplos disso,
  • 6:41 - 6:43
    em casa ou no trabalho.
  • 6:44 - 6:46
    Vamos ver um exemplo.
  • 6:46 - 6:48
    Pense em como sua casa foi construída
  • 6:49 - 6:50
    ou como sua cozinha foi reformada.
  • 6:51 - 6:53
    Normalmente, há um fornecedor geral,
  • 6:53 - 6:57
    responsável pela coordenação
    dos esforços de diferentes fornecedores:
  • 6:57 - 6:59
    um arquiteto para projetar,
  • 6:59 - 7:02
    uma empresa para fazer as fundações,
  • 7:02 - 7:04
    um encanador, um marceneiro, etc.
  • 7:05 - 7:11
    Então, por que o fornecedor geral não pega
    apenas uma empresa para todo o trabalho,
  • 7:11 - 7:12
    por exemplo, o arquiteto?
  • 7:13 - 7:14
    Porque isso é tolo.
  • 7:15 - 7:17
    O fornecedor geral escolhe especialistas,
  • 7:17 - 7:21
    porque leva anos para aprender e dominar
  • 7:21 - 7:24
    cada uma das tarefas para construir
    uma casa ou reformar a cozinha;
  • 7:24 - 7:27
    algumas delas requerem
    treinamento específico.
  • 7:28 - 7:29
    Pense nisto:
  • 7:29 - 7:33
    você gostaria que seu arquiteto
    instalasse seu banheiro?
  • 7:33 - 7:35
    Claro que não.
  • 7:35 - 7:38
    Então vamos considerar esse processo
    no mundo corporativo.
  • 7:38 - 7:41
    As empresas, hoje, focam em produzir
  • 7:41 - 7:44
    o que fazem melhor
    e de forma mais eficiente
  • 7:44 - 7:46
    e negociam todo o resto.
  • 7:47 - 7:49
    Isso significa que elas confiam
  • 7:49 - 7:54
    numa rede global, interconectada
    e interdependente de produtores
  • 7:54 - 7:56
    para fabricar esses produtos.
  • 7:56 - 7:58
    De fato, essa rede é tão interconectada,
  • 7:58 - 7:59
    que é quase impossível
  • 8:00 - 8:03
    desmontá-la e fabricar produtos
    em apenas um único país.
  • 8:04 - 8:08
    Vamos olhar para a rede interconectada
    que vimos momentos atrás
  • 8:08 - 8:10
    e vamos focar apenas uma conexão,
  • 8:10 - 8:13
    entre Estados Unidos e México.
  • 8:15 - 8:19
    O instituto Wilson diz que a produção
    compartilhada representa 40%
  • 8:19 - 8:23
    dos US$ 500 bilhões em comércio
    entre México e Estados Unidos.
  • 8:23 - 8:26
    Isso são quase US$ 200 bilhões
  • 8:26 - 8:29
    ou o mesmo que o PIB de Portugal.
  • 8:30 - 8:32
    Então vamos apenas imaginar
  • 8:32 - 8:35
    que os Estados Unidos decidem impor
  • 8:35 - 8:39
    cerca de 20% de impostos de fronteira
    sobre todas as importações mexicanas.
  • 8:40 - 8:41
    Certo, tudo bem.
  • 8:41 - 8:45
    Mas vocês acham que o México
    vai apenas olhar e deixar isso acontecer?
  • 8:46 - 8:48
    Não. De jeito algum.
  • 8:48 - 8:51
    Então, como retaliação, eles também
    definem impostos similares
  • 8:51 - 8:54
    sobre todos os produtos importados
    dos Estados Unidos.
  • 8:55 - 8:57
    E um pequeno jogo
    de toma-lá-dá-cá se inicia,
  • 8:58 - 9:05
    e 20%, imagine, 20% de taxas é adicionado
    a cada bem, produto ou componente
  • 9:05 - 9:08
    que atravessa a fronteira
    de um lado a outro;
  • 9:08 - 9:11
    e você pode ver um aumento
    de mais de 40% de taxas
  • 9:11 - 9:13
    ou US$ 80 bilhões.
  • 9:14 - 9:16
    Agora, não se deixe enganar;
  • 9:16 - 9:18
    esses custos serão repassados
  • 9:18 - 9:20
    para você e para mim.
  • 9:22 - 9:27
    Agora, vamos pensar no impacto
    que pode haver em alguns produtos
  • 9:27 - 9:30
    ou nos preços dos produtos
    que compramos diariamente.
  • 9:31 - 9:35
    Se 30% de aumento em impostos
    forem passados adiante,
  • 9:35 - 9:39
    teremos um aumento
    significativo dos preços.
  • 9:40 - 9:43
    Um Lincohn MKZ poderia ir
    de US$ 37 mil para US$ 48 mil.
  • 9:45 - 9:48
    E o preço de uma HDTV Sharp, 60 polegadas,
  • 9:49 - 9:54
    iria de US$ 898 dólares para US$ 1.167.
  • 9:54 - 9:58
    E o preço de um hidratante de pele
  • 9:58 - 10:02
    iria de US$ 13 para US$ 17.
  • 10:02 - 10:08
    E lembre-se, isso apenas olhando
    para um único ramo da cadeia de produção,
  • 10:08 - 10:09
    entre USA e México,
  • 10:09 - 10:12
    então, multiplique isso
    por todos os ramos.
  • 10:13 - 10:14
    O impacto seria considerável.
  • 10:14 - 10:17
    Agora, pense apenas nisto:
  • 10:17 - 10:20
    mesmo que sejamos capazes
    de desmontar essa rede
  • 10:21 - 10:25
    e produzir produtos apenas
    em um único país,
  • 10:25 - 10:27
    o que é mais fácil falar do que fazer,
  • 10:27 - 10:31
    ainda assim estaríamos protegendo
  • 10:31 - 10:34
    apenas um, entre dez empregos perdidos.
  • 10:34 - 10:36
    Porque, lembre-se,
  • 10:37 - 10:40
    a maioria desses empregos, 87%,
  • 10:40 - 10:43
    foram perdidos por melhorias
    na nossa produtividade.
  • 10:44 - 10:47
    E, infelizmente, esses empregos,
    foram perdidos para o bem.
  • 10:48 - 10:50
    Então a questão é:
  • 10:51 - 10:53
    faz sentido para nós aumentar os preços
  • 10:53 - 10:58
    para um nível em que a maioria não poderia
    pagar pelos produtos básicos diários,
  • 10:59 - 11:01
    com o propósito de salvar empregos,
  • 11:02 - 11:04
    que logo seriam eliminados,
    de qualquer forma?
  • 11:06 - 11:08
    A verdade é que a produção compartilhada
  • 11:08 - 11:12
    nos permite fabricar
    produtos de alta qualidade
  • 11:12 - 11:13
    a preços menores.
  • 11:13 - 11:14
    Isso é bem simples.
  • 11:15 - 11:17
    Isso nos permite obter mais
  • 11:17 - 11:19
    dos nossos limitados
    recursos e habilidades,
  • 11:19 - 11:22
    e ao mesmo tempo, nos beneficiar
    de preços menores.
  • 11:24 - 11:26
    É muito importante lembrar
  • 11:26 - 11:28
    que, para a produção
    compartilhada ser efetiva,
  • 11:28 - 11:33
    ela se baseia na movimentação
    eficiente, entre as fronteiras,
  • 11:33 - 11:36
    de matérias-primas,
    componentes e produtos finais.
  • 11:37 - 11:38
    Então, lembre-se disto:
  • 11:39 - 11:43
    da próxima vez que alguém
    tentar te convencer
  • 11:43 - 11:46
    de que o protecionismo é um bom negócio,
  • 11:46 - 11:48
    simplesmente não é.
  • 11:48 - 11:49
    Obrigado.
  • 11:49 - 11:52
    (Aplausos)
Title:
A verdadeira razão pela qual os empregos na indústria estão desaparecendo
Speaker:
Augie Picado
Description:

Temos ouvido muita retórica, ultimamente, sugerindo que países como os Estados Unidos estão perdendo empregos industriais valorosos para mercados de baixo custo, como a China, México e Vietnã; e que o protecionismo é o melhor caminho a seguir. Mas esses empregos não estão desaparecendo pelas razões que se pode imaginar, diz o especialista de logística e fronteira, Augie Picado. Ele nos dá uma análise real de como se parece o comércio global e como a produção compartilhada e as fronteiras abertas nos ajudam a fazer produtos de alta qualidade com baixo custo.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:02

Portuguese, Brazilian subtitles

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