O segredo para nos tornarmos mentalmente fortes | Amy Morin | TEDxOcala
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0:05 - 0:09Eu tenho uma amiga no Facebook
cuja vida parece perfeita. -
0:10 - 0:12Vive numa casa maravilhosa.
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0:12 - 0:14Tem um trabalho gratificante.
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0:15 - 0:17E viaja em família,
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0:17 - 0:19ao fim-de-semana,
vivendo aventuras empolgantes. -
0:20 - 0:21Juro-vos que eles devem levar
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0:21 - 0:23um fotógrafo profissional com eles...
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0:23 - 0:25(Risos)
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0:25 - 0:27... porque, onde quer que vão
ou o que quer que façam, -
0:27 - 0:30parecem sempre uma família maravilhosa.
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0:30 - 0:34Ela está sempre a publicar na Internet
acerca do quão sortuda ela é -
0:34 - 0:37e quão grata está pela vida que tem.
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0:37 - 0:39Fico com a impressão
que ela não diz essas coisas -
0:39 - 0:43só para pôr no Facebook,
mas porque acredita realmente nelas. -
0:44 - 0:47Quantos de vocês têm um amigo
mais ou menos assim? -
0:49 - 0:51E quantos de vocês
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0:51 - 0:53às vezes não gostam muito dessa pessoa?
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0:53 - 0:56(Risos)
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0:56 - 0:59Toda a gente faz isso, não é?
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0:59 - 1:01É difícil não o fazer.
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1:01 - 1:05Mas esta forma de pensar custa-nos algo.
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1:05 - 1:07E é sobre isto que vos quero falar hoje
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1:07 - 1:10— o preço de termos maus hábitos.
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1:11 - 1:14Talvez tenham navegado
pelo vosso "feed" no Facebook -
1:14 - 1:16e pensado: "Que mal tem
dar uma vista de olhos? -
1:16 - 1:18"São cinco minutos da minha vida.
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1:18 - 1:20"Que mal me pode isso fazer?"
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1:21 - 1:23Bem, os investigadores descobriram
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1:23 - 1:25que ter inveja dos amigos no Facebook
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1:25 - 1:27conduz à depressão.
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1:28 - 1:32É apenas uma das armadilhas
que a nossa mente nos monta. -
1:32 - 1:35Já se queixaram do vosso patrão?
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1:35 - 1:38Ou olharam para as vidas
de amigos e pensaram: -
1:38 - 1:40"Porque é que eles são tão sortudos?"
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1:41 - 1:43Não conseguem evitar pensar assim, não é?
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1:43 - 1:46Este modo de pensar
parece inocente na altura. -
1:46 - 1:49Na verdade, pode até fazer-vos
sentir melhor no momento. -
1:50 - 1:53Mas esse modo de pensar
está a devorar a vossa força mental. -
1:55 - 1:58Há três tipos de crenças destrutivas
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1:58 - 2:00que nos tornam menos eficazes,
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2:00 - 2:03e que nos roubam a nossa força mental.
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2:03 - 2:07A primeira é ter opiniões pouco saudáveis
acerca de nós mesmos. -
2:08 - 2:11Temos tendência a ter pena
de nós próprios. -
2:11 - 2:14E, apesar de ser normal estar triste
quando algo de mal acontece, -
2:14 - 2:16a autocomiseração vai mais longe.
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2:16 - 2:19É quando começam a ampliar
a vossa má sorte. -
2:19 - 2:21Quando pensam coisas como:
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2:21 - 2:23"Porque é que estas coisas
acontecem sempre comigo?" -
2:23 - 2:26"Não devia ter de lidar com isto."
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2:26 - 2:28Essa forma de pensar deixa-vos presos,
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2:28 - 2:30deixa-vos focados no problema,
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2:30 - 2:33e impede-vos de encontrar uma solução.
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2:33 - 2:35E mesmo quando não há uma solução,
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2:35 - 2:39podem sempre fazer algo para melhorar
a vossa vida ou a de outra pessoa. -
2:39 - 2:41Mas não conseguem fazê-lo
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2:41 - 2:45quando estão ocupados a dar
a vossa própria festa de autocomiseração. -
2:45 - 2:49O segundo tipo de crença
destrutiva que nos limita -
2:49 - 2:52são opiniões pouco saudáveis
acerca dos outros. -
2:52 - 2:55Nós achamos que eles nos podem controlar,
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2:55 - 2:57e abdicamos do nosso poder.
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2:58 - 3:01Mas, como adultos num país livre,
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3:01 - 3:04há muito poucas coisas na vida
que são obrigados a fazer. -
3:04 - 3:07Por isso, quando dizem:
"Tenho de trabalhar até tarde", -
3:07 - 3:09estão a abdicar do vosso poder.
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3:09 - 3:13Sim, talvez haja consequências
se não trabalharem até tarde, -
3:13 - 3:15mas mesmo assim é uma escolha.
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3:16 - 3:20Ou quando vocês dizem:
"A minha sogra dá comigo em doido", -
3:20 - 3:22estão a abdicar do vosso poder.
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3:23 - 3:25Talvez ela não seja a pessoa
mais simpática do mundo, -
3:25 - 3:28mas são vocês que decidem
como lhe respondem, -
3:28 - 3:30porque vocês é que têm o controlo.
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3:31 - 3:35O terceiro tipo de crença
destrutiva que nos limita, -
3:35 - 3:38são as convicções doentias
acerca do mundo. -
3:39 - 3:41Tendemos a acreditar que o mundo
nos deve alguma coisa. -
3:41 - 3:44Pensamos: "Se eu me esforçar muito,
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3:44 - 3:47"então eu mereço ter sucesso."
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3:47 - 3:49Mas esperar que o sucesso
vos caia do céu -
3:49 - 3:52como uma espécie de recompensa cósmica,
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3:52 - 3:55só leva à desilusão.
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3:56 - 3:59Eu sei que é difícil abdicar
dos maus hábitos mentais. -
4:00 - 4:02É difícil livrarmo-nos
dessas crenças doentias -
4:02 - 4:04que andaram connosco
durante tanto tempo. -
4:05 - 4:08Mas não nos podemos dar ao luxo
de não abdicar delas. -
4:08 - 4:12Porque mais tarde ou mais cedo,
há de chegar uma altura na vida -
4:12 - 4:15em que iremos precisar de toda
a força mental possível. -
4:17 - 4:19Quando eu tinha 23 anos,
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4:19 - 4:22eu pensava que tinha
a minha vida toda resolvida. -
4:23 - 4:25Acabei a universidade.
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4:25 - 4:28Arranjei o meu primeiro
trabalho a sério, como terapeuta. -
4:28 - 4:30Casei-me.
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4:30 - 4:32E até comprei uma casa.
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4:32 - 4:34E pensei: "Isto vai ser maravilhoso!"
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4:34 - 4:36"Eu tenho este enorme avanço
para uma vida de sucesso." -
4:36 - 4:39O que poderia correr mal?
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4:39 - 4:41Tudo mudou um dia,
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4:41 - 4:44quando recebi uma chamada da minha irmã.
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4:45 - 4:48Ela disse que a nossa mãe
tinha sido encontrada inconsciente -
4:48 - 4:50e tinha sido levada para o hospital.
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4:51 - 4:55O meu marido Lincoln e eu metemo-nos
no carro e corremos para o hospital. -
4:55 - 4:57Não conseguíamos imaginar
o que tinha acontecido. -
4:57 - 5:00A minha mãe só tinha 51 anos.
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5:00 - 5:03Não tinha nenhum historial
de qualquer tipo de problema de saúde. -
5:04 - 5:06Quando chegámos ao hospital,
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5:06 - 5:10os médicos explicaram que ela
tinha tido um aneurisma cerebral. -
5:10 - 5:13E, em 24 horas, a minha mãe,
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5:13 - 5:18que costumava acordar de manhã a dizer:
"Que belo dia para se estar vivo", -
5:18 - 5:19faleceu.
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5:19 - 5:22A notícia foi devastadora para mim.
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5:22 - 5:24A minha mãe e eu éramos muito chegadas.
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5:24 - 5:28Como terapeuta, eu sabia a teoria toda
de como ultrapassar o luto. -
5:28 - 5:32Mas sabê-lo e fazê-lo
são coisas muito diferentes. -
5:33 - 5:37Foi preciso muito tempo até eu sentir
que estava realmente a sarar. -
5:38 - 5:43E depois, três anos após
a morte da minha mãe, -
5:43 - 5:44uns amigos ligaram,
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5:44 - 5:48e convidaram-me a mim e ao Lincoln
para um jogo de basquetebol. -
5:48 - 5:52Por coincidência, o jogo iria ser
no mesmo pavilhão -
5:52 - 5:55onde tinha visto a minha mãe
pela última vez, -
5:55 - 5:57na noite antes de ela ter falecido.
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5:57 - 6:00Eu não tinha lá estado desde então.
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6:00 - 6:02Nem sequer sabia se queria lá voltar.
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6:02 - 6:06Mas falei com o Lincoln sobre isso,
e acabámos por concordar: -
6:06 - 6:08"Talvez fosse uma boa forma
de honrar a sua memória." -
6:08 - 6:10Então fomos ao jogo.
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6:10 - 6:13E até passámos um bom bocado
com os nossos amigos. -
6:13 - 6:16Nessa noite, no regresso para casa,
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6:16 - 6:19nós falámos de quão bom era
conseguir finalmente voltar àquele local, -
6:19 - 6:21e lembrar a minha mãe com um sorriso,
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6:22 - 6:24em vez de todos aqueles
sentimentos de tristeza. -
6:26 - 6:30Mas pouco depois de chegarmos a casa,
o Lincoln disse que não se sentia bem. -
6:31 - 6:34Uns minutos depois desmaiou.
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6:35 - 6:37Tive de chamar uma ambulância.
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6:38 - 6:41A família dele foi ter comigo
à sala das urgências. -
6:41 - 6:44Nós esperámos o que
pareceu uma eternidade, -
6:44 - 6:46até aparecer finalmente um médico.
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6:47 - 6:50Mas em vez de nos levar
com ele para ver o Lincoln, -
6:50 - 6:52ele levou-nos para uma sala privada,
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6:53 - 6:55mandou-nos sentar,
-
6:55 - 6:57e explicou-nos que o Lincoln,
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6:57 - 7:00a pessoa mais aventureira
que eu alguma vez conhecera, -
7:00 - 7:02tinha partido.
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7:04 - 7:07Nós na altura não sabíamos,
mas ele tivera um ataque cardíaco. -
7:07 - 7:09Ele só tinha 26 anos.
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7:09 - 7:12Não tinha qualquer historial
de problemas cardíacos. -
7:14 - 7:17Portanto, ali estava eu,
uma viúva de 26 anos, -
7:17 - 7:19e não tinha a minha mãe.
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7:20 - 7:23Eu pensei: "Como é que eu
vou ultrapassar isto?" -
7:23 - 7:25Descrevê-lo como um período
doloroso na minha vida -
7:25 - 7:28parece um eufemismo.
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7:28 - 7:30Foi durante esse período
que eu me apercebi -
7:30 - 7:32que quando passamos
por tempos difíceis -
7:32 - 7:34ter bons hábitos não chega.
-
7:34 - 7:37Basta um ou dois pequenos hábitos
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7:37 - 7:39para nos deter.
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7:40 - 7:42Eu esforcei-me ao máximo,
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7:42 - 7:44não apenas para criar bons hábitos,
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7:44 - 7:46mas para me livrar
desses pequenos hábitos, -
7:46 - 7:49por mais pequenos que parecessem.
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7:49 - 7:51Durante isso tudo,
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7:51 - 7:55eu mantive a esperança que um dia
a vida pudesse melhorar. -
7:55 - 7:57E acabou por melhorar.
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7:57 - 8:00Uns anos mais tarde conheci o Steve
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8:00 - 8:01e apaixonámo-nos.
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8:01 - 8:03Voltei a casar.
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8:04 - 8:06Vendemos a casa em que
tinha vivido com o Lincoln, -
8:06 - 8:09e comprámos uma nova, numa zona nova.
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8:09 - 8:11Eu arranjei um novo trabalho.
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8:12 - 8:15Mas ainda eu estava a começar
a respirar de alívio -
8:15 - 8:18com esse recomeço que tivera,
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8:18 - 8:22disseram-nos que o pai do Steve
tinha um cancro terminal. -
8:23 - 8:24Eu comecei a pensar:
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8:24 - 8:27"Porque é que estas coisas
me acontecem sempre?" -
8:27 - 8:30"Porque tenho de perder
todos os meus familiares?" -
8:30 - 8:31"Isto não é justo."
-
8:33 - 8:35Mas se aprendera algo,
-
8:35 - 8:39era que esse modo de pensar
me iria deitar abaixo. -
8:40 - 8:44Eu sabia que iria precisar
de tanta força mental quanta possível, -
8:44 - 8:46para ultrapassar mais uma perda.
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8:46 - 8:49Então sentei-me e escrevi uma lista
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8:49 - 8:52de todas as coisas que as pessoas
mentalmente fortes não fazem. -
8:53 - 8:54E reli essa lista.
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8:54 - 8:57Era um lembrete de todos
esses maus hábitos -
8:57 - 9:01que eu tinha feito em algum momento,
e que me deixariam presa. -
9:01 - 9:04Continuei a reler essa lista
vezes sem conta. -
9:04 - 9:06E realmente precisava disso.
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9:06 - 9:08Porque umas semanas após a escrever,
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9:08 - 9:10o pai do Steve faleceu.
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9:13 - 9:17A minha história ensinou-me
que o segredo para ter força mental -
9:17 - 9:20é abdicar de todos
os maus hábitos mentais. -
9:21 - 9:24A força mental é muito parecida
com a força física. -
9:24 - 9:27Se quisessem ser fisicamente fortes,
-
9:27 - 9:29teriam de ir para o ginásio
e levantar pesos. -
9:29 - 9:32Mas se realmente quisessem resultados,
-
9:32 - 9:35também teriam de abdicar
de comer coisas pouco saudáveis. -
9:35 - 9:37A força mental é idêntica.
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9:37 - 9:39Se quiserem ser mentalmente fortes,
-
9:39 - 9:42têm de ter bons hábitos,
tais como praticar a gratidão. -
9:42 - 9:44Mas também têm de largar maus hábitos,
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9:44 - 9:47como ter inveja do sucesso de alguém.
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9:47 - 9:50Não importa quantas vezes acontece,
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9:50 - 9:52isso vai sempre limitar-vos.
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9:53 - 9:57Então, como treinar o vosso cérebro
a pensar de forma diferente? -
9:57 - 10:00Como abdicar desses maus hábitos mentais
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10:00 - 10:03que andaram convosco este tempo todo?
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10:03 - 10:08Começa-se por combater
as crenças destrutivas de que falei -
10:08 - 10:10com crenças mais saudáveis.
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10:11 - 10:14Por exemplo, as crenças destrutivas
acerca de nós mesmos -
10:14 - 10:18em geral existem porque nos sentimos
desconfortáveis com as nossas emoções. -
10:18 - 10:20Sentirmo-nos tristes, magoados,
zangados ou assustados, -
10:20 - 10:23todas essas coisas são desconfortáveis.
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10:23 - 10:26Por isso esforçamo-nos muito
para evitar esse desconforto. -
10:26 - 10:28Tentamos escapar-lhe,
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10:28 - 10:31fazendo coisas como
enchermo-nos de autocomiseração. -
10:32 - 10:34E embora isso seja
uma distração no momento, -
10:34 - 10:37apenas prolonga a dor.
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10:37 - 10:40A única forma de ultrapassarmos
emoções desconfortáveis, -
10:40 - 10:43a única forma de lidarmos com elas,
é vivendo essas emoções. -
10:43 - 10:46Permitirmo-nos estar tristes,
e depois seguir em frente. -
10:46 - 10:48Ter confiança na nossa capacidade
-
10:48 - 10:51de lidar com esse desconforto.
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10:52 - 10:55As crenças destrutivas acerca dos outros
-
10:55 - 10:58surgem porque nos comparamos
com as outras pessoas. -
10:58 - 11:01Nós achamos que eles estão
ou acima ou abaixo de nós. -
11:01 - 11:03Ou que eles podem controlar
como nos sentimos. -
11:03 - 11:05Ou que podemos controlar
como eles se comportam. -
11:05 - 11:08Ou culpamo-los por nos retraírem.
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11:08 - 11:11Mas as nossas escolhas é que são
os verdadeiros culpados. -
11:11 - 11:14Temos de aceitar que somos nós mesmos,
-
11:14 - 11:16e os outros estão separados de nós.
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11:16 - 11:18A única pessoa com quem
nos deveríamos comparar -
11:18 - 11:21é a pessoa que fomos ontem.
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11:22 - 11:25E as crenças destrutivas acerca do mundo
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11:25 - 11:29surgem porque, lá no fundo,
queremos que o mundo seja justo. -
11:29 - 11:33Nós queremos acreditar que,
se fizermos suficientes boas ações, -
11:33 - 11:35nos acontecerão suficientes coisas boas.
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11:35 - 11:37Ou que, se aguentarmos
bastantes períodos difíceis, -
11:37 - 11:40iremos receber algum tipo de recompensa.
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11:40 - 11:45Mas por fim teremos de aceitar
que a vida não é justa. -
11:45 - 11:47E isso pode ser libertador.
-
11:47 - 11:50Sim, significa que poderemos não ser
compensados pela nossa bondade, -
11:50 - 11:53mas também significa que,
por mais que tenhamos sofrido, -
11:53 - 11:56não estamos condenados
a sofrer eternamente. -
11:57 - 11:59O mundo não funciona assim.
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11:59 - 12:02O nosso mundo é o que fazemos dele.
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12:03 - 12:05Mas claro que antes de podermos
mudar o nosso mundo, -
12:05 - 12:08temos de acreditar que podemos mudá-lo.
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12:09 - 12:13Eu trabalhei uma vez com um homem
que era diabético há anos. -
12:13 - 12:15O médico dele recomendou-lhe fazer terapia
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12:15 - 12:18porque ele tinha alguns
maus hábitos mentais -
12:18 - 12:20que começavam a afetar
a sua saúde física. -
12:21 - 12:25A mãe dele tinha morrido ainda nova,
devido a complicações da diabetes, -
12:25 - 12:28por isso ele achava que estava condenado,
-
12:28 - 12:31e tinha desistido por completo de tentar
controlar o seu nível de glicemia. -
12:32 - 12:35Aliás, os níveis de glucose dele
tinham-se tornado tão elevados -
12:35 - 12:37que já estavam a afetar a sua visão.
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12:37 - 12:40E tiraram-lhe a carta de condução.
-
12:40 - 12:43O mundo dele estava a encolher.
-
12:44 - 12:46Quando chegou ao meu gabinete,
-
12:46 - 12:48era óbvio que ele sabia
tudo o que podia fazer -
12:48 - 12:51para controlar os níveis de glicemia.
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12:51 - 12:53Ele só não achava que valesse a pena.
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12:54 - 12:59Mas, por fim, acabou por concordar
em fazer uma pequena mudança. -
12:59 - 13:02Ele disse: "Vou deixar o meu hábito
dos dois litros de Pepsi por dia, -
13:02 - 13:05"e trocá-lo por Pepsi Diet ."
-
13:06 - 13:10Ele nem queria acreditar quão rápido
os números começaram a melhorar. -
13:11 - 13:12E apesar de todas as semanas
-
13:12 - 13:17ele me relembrar o quão horrível
era o sabor da Pepsi Diet, -
13:17 - 13:18manteve-se firme.
-
13:20 - 13:23Assim que começou a ver progressos, disse:
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13:23 - 13:26"Bem, talvez eu pudesse
analisar outros hábitos meus. -
13:26 - 13:29"Eu podia trocar
a minha taça noturna de gelado -
13:29 - 13:31"por um lanche com menos açúcar."
-
13:32 - 13:36Um dia, ele estava numa loja
de artigos usados com uns amigos -
13:36 - 13:39e encontrou uma bicicleta elíptica
já velha e desgastada. -
13:39 - 13:41Comprou-a por uns tostões,
-
13:41 - 13:44levou-a para casa,
e pô-la em frente à televisão. -
13:44 - 13:46Começou a pedalar todas as noites,
-
13:46 - 13:49enquanto via alguns
dos seus programas favoritos. -
13:49 - 13:52Não só perdeu peso
-
13:52 - 13:56como, um dia, ele notou
que conseguia ver televisão -
13:56 - 13:59com um pouco mais de nitidez
do que via antigamente. -
14:00 - 14:02De repente passou-lhe pela cabeça
-
14:02 - 14:06que talvez os danos na visão
não tivessem sido permanentes. -
14:07 - 14:08Então, definiu um novo objetivo,
-
14:08 - 14:11recuperar a sua carta de condução.
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14:11 - 14:14A partir desse dia, ninguém o parou.
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14:15 - 14:18Nas nossas últimas sessões,
ele aparecia todas as semanas a dizer: -
14:18 - 14:21"Então, o que vamos fazer esta semana?
-
14:21 - 14:25Porque ele finalmente acreditava
que conseguia mudar o seu mundo -
14:25 - 14:27e que tinha a força mental
necessária para o fazer. -
14:28 - 14:31E que era capaz de deixar
os maus hábitos mentais. -
14:31 - 14:34Tudo começou com um só pequeno passo.
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14:36 - 14:38Por isso, convido-vos a perguntarem-se:
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14:38 - 14:41"Que maus hábitos mentais
vos estão a empatar? -
14:42 - 14:43"Que crenças destrutivas
-
14:43 - 14:47"vos impedem de ser mentalmente fortes?
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14:48 - 14:51"Que pequeno passo poderiam dar hoje?"
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14:52 - 14:54Aqui mesmo, agora mesmo.
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14:55 - 14:56Obrigada.
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14:56 - 14:58(Aplausos)
- Title:
- O segredo para nos tornarmos mentalmente fortes | Amy Morin | TEDxOcala
- Description:
-
Esta palestra foi feita num evento TEDx, organizado de forma independente por uma comunidade local mas usando o formato das Conferências TED. Saiba mais em: http://ted.com/tedx.
Toda a gente tem a capacidade de construir força mental, mas a maior parte de nós não sabe como o fazer.
Passamos muito tempo a falar sobre força e saúde física, mas pouco a falar sobre força e saúde mentais.
Podemos praticar exercícios que nos ajudem a aprender como regular os nossos pensamentos, gerir as nossas emoções e agir de modo produtivo, em qualquer circunstância — os três principais fatores para a força mental. Quaisquer que sejam os nossos objetivos, construir força mental é a chave para atingir o nosso potencial máximo.Amy Morin é uma trabalhadora social clínica licenciada e psicoterapeuta. Desde 2002 que dá aconselhamento a crianças, adolescentes e adultos. Também leciona Psicologia como professora adjunta.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 15:02
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala | ||
Juliana Rodrigues edited Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala | ||
Juliana Rodrigues edited Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala | ||
Juliana Rodrigues edited Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala | ||
Juliana Rodrigues edited Portuguese subtitles for The secret of becoming mentally strong | Amy Morin | TEDxOcala |